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História Tenha-me - Doze


Escrita por: Melyssa_

Notas do Autor


Hey, amoras e amoros, tudo bem?

Como podem ver, estou cumprindo com a minha palavra e voltando com as postagens regulares. Como sabem, os capítulos de quartas não são fixos, mas os de sábado sim! Para falar a verdade, escrevi o capítulo ontem de manhã e o revisei, esperando a quarta para postá-lo para vocês!

Queria agradecer pelas mensagens de apoio que recebi de vocês. Foi algo muito importante para mim saber que vocês me apoiaram mesmo quando eu falhei com você. Me desculpem mais uma vez e um sincero obrigada!

Para quem se interessar em manter contato pelo Whats, eu criei um grupo de fãs de SasuSaku. É um grupo destinado a falarmos sobre as fan arts, divulgações de fanfics e fazer amizades. Quem se interessar é só mandar uma MP que eu adiciono.

AGORA BORA LER, PORQUE TÁ MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARA! BEIJOX.

Capítulo 13 - Doze


Sakura

 

– Então eu só preciso me desculpar com ela para você voltar?

– Não é simplesmente se desculpar, precisa ser verdadeiro, Sasuke. Se desculpará porque se arrependeu, eu voltar para o quarto será um brinde. – Dou um sorrisinho e vejo a expressão de Sasuke pensativa.

– Você sabe onde ela mora?

Puxo na memória o local que Ino me contou que morava há um tempo atrás e me surpreendo por lembrar. Ela havia comentado apenas uma vez e pediu que eu fosse com ela algum dia visitar sua mãe. Esse dia nunca chegou, eu fui embora e Ino também, mesmo que contra sua vontade.

– Sim, vamos agora.

 

***

 

– É aqui. – Falo apontado para a casa a minha frente.

A casa é pequena e simples. A fachada era amarela, mas boa parte da tinta havia saído com os anos. As telhas e todo o jardim de entrada estavam velhos e maltratados. A casa era completamente sem vida.

– É crime dizer que isso aqui é uma casa, Sakura. – Sasuke diz atrás de mim.

– A minha antiga era pior. – Digo e subo os dois degraus que dão em direção a porta de entrada.

A casa está em completo silêncio, como se não estivesse ninguém ali, mas eu sei que Ino está.

Bato na porta e nada. Bato novamente e nada. Então lembro-me do código do bairro. Ino morava no mesmo bairro que eu morava, só que minha casa era no lado oposto ao dela. O bairro era comandado por duas gangues rivais. Algumas vezes no dia, um dos representantes das gangues iam até casas alheias tomar posse de qualquer coisa. A menos que você finja não estar, eles não entrariam. Era motivo de orgulho ver a decepção nos olhos das vítimas em ver seus pertences levados por drogados cafajestes.

Resolvo então gritar por Ino, ela reconheceria minha voz e abriria a porta sem hesitar.

– INO! SOU EU, INO! SAKURA! – Grito contra a porta e escuto passos dentro da casa.

Alguns segundos depois, a porta é destrancada e sou puxada para dentro por uma pequena fresta. Seguro o braço de Sasuke o puxando comigo.

– Ninguém te viu, né? – Ela pergunta aflita, nem percebendo a presença de Sasuke ali.

– Não, eu não sou tão descuidada assim. – Respondo.

Ino suspira aliviada e então percebe Sasuke.

– Ah... Olá, senhor Uchiha. – Ela diz insegura.

Sasuke pisca.

– Sasuke. Me chame de Sasuke.

Ino assente em positivo e então me encara, sua testa franze e seu rosto toma uma expressão confusa.

– Você sumiu. Ai meu Deus, para onde você foi, Sakura? Porque sumiu daquele jeito? – Ela olha para baixo e percebe minha barriga redonda. – Meu Jesus Cristo, você está grávida?

A expressão de choque em seu rosto me faz rir.

– Sim, irei completar seis meses. – Respondo e me divirto com sua expressão.

– Mas você sumiu só tem cinco meses. – Percebo ela fazendo as contas na cabeça.

– Sim, eu fugi grávida. – Sinto Sasuke bufar atrás de mim e faço um gesto para Ino encerrar o assunto. – Não viemos aqui por causa de mim, mas sim por causa dele.

Dou um passo para trás, deixando Sasuke exposto. O empurro com o corpo para que ele fale o motivo da sua vinda até aqui. Ele suspira.

– Eu queria te dizer umas coisas. – Ele começa.

– Ah, desculpe senhor... – Ela interrompe quando lembra que é para trata-lo informalmente. – Sasuke. Eu realmente não quero mais ouvir como sou culpada pela fuga de Sakura.

– Ino, escute, por favor. – Peço.

Ela me observa hesitante, mas reconsidera minhas palavras.

– Está bem.

Sasuke suspira novamente e retoma sua fala.

– Eu queria te pedir desculpas pelas coisas que falei e acusei você. Errei em descontar minha dor em você e te acusar de coisas que eu não tinha certeza. Eu errei, reconheço meu erro e estou aqui para pedir o seu perdão.

Ino arregala os olhos em espanto e sorrio orgulhosa de Sasuke.

– Sei o como você é importante para Saky. E quando ela descobriu o que fiz com você, ela quase acabou com a minha vida. – Assinto concordando com ele. – Eu fui egoísta. Eu assumo meu erro e desejo consertá-lo.

Sasuke observa Ino silenciosamente. Percebo como seu rosto está mais leve. Presumo que a culpa por ter expulsado Ino sem motivos, também era um fator que o degradou nesses meses. Agora que de certa forma tudo se resolveu, ele pôde se livrar de um peso e seu rosto demonstra isso claramente. Pego sua mão na minha e a aperto, ele vira um pouco seu rosto, apenas o suficiente para me olhar de canto de olho. Sorrio e aperto sua mão novamente.

Ele entende o que eu quis dizer e sorri levemente, mas volta a observar Ino, aguardando sua resposta.

– Eu realmente não pensava que você viesse até aqui se desculpar, mas confesso que estou feliz por o ter feito. – Ela sorri docilmente. – Eu aceito suas desculpas, Sasuke. De certa forma eu entendo seus motivos, mas eu também não entendo os motivos de Sakura. – Dessa vez ela me encara e Sasuke se vira também.

Engulo em seco. Aqui não é o momento para contar tudo. Não agora.

– Eu não sou a pauta de hoje, certo? Quando eu achar que é o momento certo, eu direi. – Solto a mão de Sasuke. Eu não quero que ele sinta meu nervosismo.

Ando pela sala, observando a arquitetura precária e simplória da casa.

– Ino, sua mãe está aqui? – Pergunto, observando uma mancha de mofo no canto inferior do teto. Ali tem infiltração, mas como nunca foi tratada, mofou.

Ino pigarreia, talvez incomodada com a minha observação em sua casa, ou por eu ter tocado no assunto na frente do Sasuke. Talvez seja as duas coisas.

– Ah, não. Ficou complicado cuidar dela e procurar emprego ao mesmo tempo. Eu não poderia deixa-la sozinha e eu já não tinha dinheiro para pagar a enfermeira. – Noto que ela olha para Sasuke sorrateiramente.

– Entendo. – Sasuke engole em seco e mantém seus olhos em mim.

Continuo caminhando pela sala e observando tudo.

– E onde ela está?

– Em uma clínica. Consegui um trabalho de meio período em uma lanchonete. O salário é baixo, mas é o suficiente para pagar a clínica que minha mãe está. – Ela me mostra seu sorriso orgulhoso, mas eu sei que é falso. Então eu percebo como Ino está magra, muito mais magra. Não é um corpo magro que inspira saúde e cuidados. É uma magreza esquelética, onde é perceptível que a saúde é inexistente.

– Ino, você está comendo? – Dessa vez Sasuke a olha também e ele percebe como ela está magra. Ela deve ter perdido uns 10 quilos, no mínimo.

Ela pigarreia.

– Sim, a lanchonete é bem generosa nessa parte. Eu posso comer todas as sobras dos clientes sem pagar nada, já que iam para o lixo mesmo.

– Você come sobras de pessoas que você nem ao menos sabe o que fizeram antes? – Sasuke pergunta e vejo seu rosto estampando o absurdo.

Ino se encolhe, como se estivesse sido exposta ao mundo da pior forma possível.

Ela não fala, apenas assente em afirmação. Sasuke exaspera e passa a mão pelos cabelos, um claro sinal de que está irritado e puto.

– Ino, arruma suas coisas. – Digo, concluindo.

– E por quê? – Ela pergunta confusa.

– Porque você vai voltar para minha casa agora. – Sasuke conclui e sai da casa dela, batendo a porta atrás de si. ino assusta com o ato e seu corpo treme com o baque.

– Por que ele está tão bravo? – Sua testa franze e sua voz é baixa, quase um sussurro.

Acaricio minha barriga.

– Porquê de certa forma foi ele que te colocou nessa situação. Então a melhor forma de consertar, é cuidar de você. – Respondo calmamente e estendo minha mão. – Vem, vamos arrumar suas coisas e sair logo daqui.

– Tudo bem. – Ela responde e pega minha mão.

Ino não tinha muitas coisas para serem arrumadas. Para falar a verdade, suas roupas e pertences pessoais couberam em uma mala média. Exatamente tudo. Mordo meu lábio e saímos da casa. Sasuke nos espera dentro do carro, os olhos fechados e o dedo polegar e indicador apertando a ponte do nariz, como se buscasse por paciência ou algo do gênero. Vou até o lado do motorista e beijo sua bochecha, despertando-o dos seus pensamentos.

– Ah, já podemos ir? – Ele pergunta, procurando por Ino.

– Sim, só abra o porta-malas.

Ele aperta um botão do painel do carro e vejo a porta subir em liberdade.

Ino coloca sua mala no porta-malas e entra no carro, se sentando no banco de trás. Entro e sento ao lado de Sasuke.

A viagem de volta é silenciosa, percebo como Sasuke está chateado com a situação em que ele colocou Ino. E Ino, bem, ela está chateada em ter dito como dependia do salário que Sasuke pagava e até sua casa.

– Seu quarto ainda é o mesmo. Suba, tome um banho e pedirei para Tsunade fazer algo para você. – Digo assim que Sasuke estaciona o carro em frente à porta de entrada do hall. 

Ela assente e sai do carro, Sasuke já havia aberto o porta-malas e Kakashi já havia pegado a mala de Ino. Quando percebe que era ela, ele sorri e a abraça, Ino retribui e ele a ajuda a levar a mala para dentro da mansão. Ponho minha mão sobre a de Sasuke.

– Ela passou fome por minha causa. – Ele finalmente diz e fecha os olhos. Observo a grama verde no jardim e as flores, segundos depois, o irrigador automático é disparado, jorrando água por toda a grama.

– Você não fez de propósito, Sasuke. Não se culpe. Você não tinha como saber. – Aperto sua mão e ele estremece. – Não se culpe por isso, certo? Apenas faça o que acredita que deve fazer.

– Pagar pela melhor clínica para a mãe dela e dar um salário enorme?

Solto uma risada, apenas um pigarreio como se Sasuke fosse inocente e ignorante demais nesse ponto.

– Dinheiro não é tudo, meu amor. Seria bom que fizesse isso, claro. Mas você acha que estaria se redimindo realmente com ela?

Ele não responde, apenas observa o irrigador molhar as plantas e dar a elas o suporte que precisam para crescer fortes e saudáveis.

– Ino precisa de ajuda para conseguir seguir em frente e andar sozinha se um dia precisar. Você sabe o que eu estou querendo dizer, você saberá o que fazer. – Sorrio e solto sua mão, me virando para sair do carro. – Bem, agora eu tenho uma mudança de quarto para fazer. – Sorrio abertamente e vejo-o sorri também.

– Mal vejo a hora de te ver lá novamente. – Ele diz e beija meu pescoço, arrepio instantaneamente. Rio e abro a porta, saindo do carro.

Subo os degraus em direção ao meu quarto, que passará a ser antigo novamente. Começo a arrumar minhas coisas na mesma mala que eu trouxe comigo. Sigo para o banheiro, para pegar os cremes tudo mais quando escuto a porta do quarto bater. Corro pensando que possa ser Sasuke ou até mesmo Ino e sorrio, porque qualquer um me deixará contente. Mas o que eu encontro é completamente o oposto. Kurenai.

– Você não se cansa, não é? – Ela dispara, os olhos ferventes de raiva. – Além de trazer esse bebê falso dizendo que é dele, traz aquela aberração que você diz ser sua filha, mas para completar, traz aquela vagabunda loira! – Ela grita e bufa, o ódio irradiando em seu corpo.

– Eu não te devo explicações do que eu faço, mas eu não admito que chame minha filha de aberração e minha amiga de vagabunda! – Esbravejo.

Kurenai engole em seco, vejo seus olhos marejados de lágrimas, lágrimas de puro ódio.

– Não pense que você ganhou, Sakura Haruno. – Ela sibila meu nome como se estivesse com nojo. – Eu vou acabar com você.

E então ela sai do quarto, batendo a porta atrás de si. Estremeço com o baque da mesma forma que Ino fez mais cedo. Sua ameaça não me assusta e nem me apavora como o que eu encontro em cima do criado-mudo. Um papel dobrado com apenas duas palavras. Eu não preciso de nomes para saber que o mandou. Eu apenas sei.

Achei você.

“Achei você” era o que dizia.

Fugaku havia me encontrado. Isso significava que ele havia encontrado Sasuke também. E Anne. E Itachi.

A ameaça de Kurenai me assustou, mas isso. Isso me fez chorar, porque agora era real. O diabo estava na terra e ele se chamava Fugaku Uchiha. 


Notas Finais


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