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História Tensei shitara Smile datta ken (leitor masculino) - 01


Escrita por: mini_tobi

Capítulo 1 - 01


Fanfic / Fanfiction Tensei shitara Smile datta ken (leitor masculino) - 01


Entre os escombros, fumaça cobria todo o local. Um túnel, um carro colidiu com um ônibus, chamas cobria os metais, panos e corpo de pessoas que jazia mortas espalhas por entre os metais dos automóveis. Um rapaz se erguia, com o corpo ferido. O mesmo põe as mãos em seu nariz, gritava chamando por ajuda, mas não recebia respostas. Rastejava o seu corpo, esse que estava incapaz de ficar sobre os seus pés. 

Suas pernas estavam torcidas de formas impossíveis, lágrimas desciam de seus olhos castanhos. O rapaz rastejava para longe, os seus gritos era abafadas pelo som do fogo estralando.

"Mãe?" O rapaz murmura, tendo um celular encostado em seu ouvido. "Mãe... Peço desculpas pelas discussões, e pela minha teimosia... Perdão. Talvez, essa seja uma última vez que escutará a minha voz... Por isso peço perdão por toda merda que te disse ontem. E... Te amo." Falava entre tosses, e respirações ofegantes. 

"Yukimura? Yukimura!!" Os gritos da mulher saia do telefone.

Entre tosses, lágrimas, gritos de despedida. Uma explosão, logo em seguida uma segunda.

...

—... Claro... Está muito claro... Onde estou? O que ouve comigo? Me lembro das chamas, a fumaça, as explosões... Não tem como eu ter sido salvo... Era impossível... Aqui é o pós a vida? Não consigo ver nada. Está muito claro.—  Piscando os olhos, aos poucos a imagem foi melhorando. — Estou numa floresta?— indaga confuso.

Yukimura olha para os lados. Matos, gramas e folhas cobriam os seus olhos. — Eu diminuí? — pergunta, percebendo uma raiz de árvore maior que o próprio, assim como uma folha maior que o seu corpo.

O cheiro é forte, tão forte que sinto dores de cabeça. Os meus olhos ardem por causa da forte luz. Os sons são muito altos, ao ponto de sentir os meus tímpanos "explodirem". — Piscando os olhos, e solta do alguns grunhidos. O mesmo divaga mentalmente. 

Tenho que sair daqui. A minha família devem estar preocupados. A minha última mensagem para a minha mãe não foi um dos mais calmos. — Murmura mentalmente. Com um único passo, o mesmo tropescas em seus pés e tomba no chão, caindo do lado de um lago. — Mas que porra!? — grita mentalmente. Hm? O que é isso? Um lagarto verde? — Pergunta confuso. 

O quee??? — Grita mentalmente, perceber que era o seu reflexo na água cristalina. — Eu virei uma porra de lagartixa gigante? Devo estar sonhando! Eu não sou mais um humano, mas sim um réptil?! Que tipo de brincadeira de mal gostos é essa?! — grunhidos saia de sua boca. O mesmo dá alguns passos para trás, novamente tropeçando, cambaleando e caindo pro lado. 

Yukimura parecia um cabrito aprendendo a andar. Dando alguns passos, e tropeçando nas próprias patas.

...

 Sou um lagarto diferente...— Murmura mentalmente, vendo o próprio reflexo novamente. O mesmo era esverdeado, contendo folhas como uma segunda pele, e chifres semelhante a dois galhos de árvore. — Legal. Sou um lagarto corno. — Murmura irônico, debochando de si mesmo. Soltando alguns resmungos, que saiam como grunhidos e rosnados, o mesmo da a costa para o lago. 

Yukimura dava alguns passos trêmulos, se acostumando aos poucos com o seu novo corpo. O lagarto se distanciava aos poucos do lago, andando pela grama, se camuflando nos arbustos.

...

Isso é um mundo de fantasia? Como aqueles jogos RPG? Não sei muito sobre, mas já li mangás desse gênero... — Divagava mentalmente. — Faz um tempo que me aceitei como lagarto. Já me acostumei nesse corpo, a andar sobre quatro patas. Sinto muito calor, como também o frio, a minha pele é sensível a temperaturas e a toques. Todos os cinco sentidos são extremamente afiados. Tenho uma audição melhor do que quando era um humano, assim como a visão, tato, o olfato e o paladar. Sou noturno, mas também enxergo muito bem durante o dia, consigo ficar uma semana sem dormir. Prefiro carne do que folhas. Onde estou é muito solitário, não consigo achar alguém para conversar, um animal da mesma raça? Nenhum! Os que encontro tentam me matar, acabo me alimentando deles. Pelo o que percebi, talvez eu seja um filhote, de uma raça de lagartixa já extinta. Esse mundo é fantasia, está mais do que óbvio, cada animal estranho que encontro pelo caminho. 

— Descobri algumas habilidades interessante desse corpo. Sou capaz de saltar até cem metros de distância. Minha saliva é venenosa, assim como o meu sangue. Minhas garras são extremamente fortes, capazes de cortar uma rocha ao meio, ou até mesmo um ferro e aço, assim como a força física. O meu corpo é exatamente flexível. Também possuo um hálito venenoso, que cria um jato de nuvem tóxica e ácido que causa dano a todos que respiram e se aproximam. Tenho resistência a qualquer veneno. Habilidades simples, mas interessante para um simples lagarto.

— Com o passar dos dias fui adquirindo mais habilidades, com o passar de semanas fui aprendendo a utilizá-las. Cada "nível" que eu subia, mais habilidades eu ganhava. Mas há um único defeito... Não consigo falar, sempre que abro a boca somente rosnados e grunhidos saem do mesmo. Isso é irritante.

—... Todo esse tempo venho matando e me alimentando de vários tipos de demônios, monstros e animais. É cansativo, mas prazeroso. É divertido usar as minhas novas habilidades.

Em uma de minhas aventuras, encontrei algo interessante e curioso. Um Smile falante! Um Smile fala e eu não! Aahh, o mundo deve me odiar. Quando o mesmo me avistou ficou em guarda, esperando um ataque, aquilo foi divertido. Me sentei, e tombei a cabeça pro lado, não entrei em combate, estava somente curioso sobre o mesmo. Nesse tempo em que reencarnei nesse mundo entendi que existe magia, mana neste mundo, cada fibra de meu corpo o sente, como eu disse antes, a minha pele é extremamente sensível, e por isso consigo o sentir, é como um pano macio e fofo e leve como uma pluma e é quente como uma coberta, mas invisível aos olhos. É estranho, mas confortável. 

— Quando o mesmo notou que não consigo me comunicar, e que não iria entrar numa briga com ele, o Smile abaixou a guarda. Estou com ele há uma semana, ele treina as duas habilidades em árvores e rochas. Nesse tempo nenhum monstro foi visto por nós, ou nem mesmo se aproximou, tive que me alimentar de grama, e até que são gostosas mas prefiro carne. E é engraçado vê-lo praticar as suas falas, parece um retardado falando sozinho.

...

— Rosnados chama a nossa atenção, ergo a cabeça e olho curioso na direção dos sons, avistando uma matilha de lobos gigantes se aproximando. Me levanto, rosno de volta sentindo as folhas em minhas costas se arrepiarem.

"Eh?" O Smile resmunga confuso, intercalando os olhos entre o largado e a matilha, se mantendo ainda pendurado sob um fio de aranha pegajoso e se balança na mesmo que estava grudada em um galho de árvore.

Derrepente os lobos começam a correr, voltando pelo caminho que vieram, sumindo da vista de ambos.

Aquilo foi bizarro, estranho pra caramba.

 Ouço sons de passos atrás de nós, me viro na direção. Volto a rosnar avisando o Smile sobre os nossos outros inimigos, que demoraram alguns minutos até que os avistamos. Por entre as folhagens saíram um grupo de... Goblins? São no mínimo uns trinta. Todos de estaturas magras e pequenos. Eles aparentavam estar com medo nós? Sei lá, são estranho pra caralho. Realmente não é uma surpresa, já que existe magia nesse mundo. Então esses caras estão pensando em nos atacar? Mas porque um lagarto e um Smile precisam serem atacados por trinta monstros!?

—... Mas... Todos tem corpos frágeis, magros, e armas velhas e gastas. — Murmura mentalmente, observando os corpos dos fracos dos monstros, assim com as suas armas decrépitos. — Sinceramente, não acho algum golpe deles possam me causar danos, mas não sei quanto o Smile.

"Guga Forte." Um dos smiles falam, se pondo na frente do grupo, usando uma espada e escudo velhos e gastos.

 Goblins falam! E eu não!! Que porra!!!

"Vocês tem algo pra fazer mais a frente nesse caminho?" O goblin pergunta, engolindo em seco e olhando medroso para a dupla.

"É a primeira vez que nos encontramos. Meu nome é Rimuru." Smile grita, o Yukimura grunhe de dor sentindo os seus ouvidos e a cabeça latejar. O lagarto não tinha se acostumado totalmente com os seus cinco sentidos aguçados e não sabia os controlar completamente. Os goblins caem no chão, e rastejam para trás assustados e com dores na audição.

"Guga forte! Nós já conhecemos a sua força. Por favor fale mais baixo." Falam juntos enquanto se curvavam.

"Me desculpe, ainda não estou acostumado com isso." Rimuru fala olhando para o goblins.

"N-não precisa se desculpar!" O goblin fala rapidamente.

"Então, vocês precisam da minha ajuda pra algo? Eu não tenho planos pra nada daqui pra frente, ok?" Rimuru fala simples.

"É porque, nossa vila fica um pouco mais a frente, por esse caminho. Nós sentimos auras demoníacas fortes e viemos checar." O goblin fala.

— Auras demoníacas? — Yukimura murmura mentalmente, confuso. O mesmo olha de lado para o smile. — Será? — Indaga.

"Mas eu não senti nada com a minha percepção de magia..." Smile comenta confuso, o mesmo para de falar e olha para o lagarto do seu lado.

"Guga gugaga,  você não precisa brincar com a gente." O goblin fala olhando para o smile azulado. "Não somos enganados tão facilmente, de forma alguma um smile teria e um lagarto normais teriam uma aura demoníaca tão forte." Diz olhando para o lagarto esverdeado.

— Hm... Aura demoníaca? Não me recordo de transmitir algo assim... Será que despertei uma nova habilidade e não percebi? — Yukimura divagava mentalmente. O mesmo fecha os olhos, se concentrando, pela primeira vez sentindo a energia demoníaca saindo de si e do smile do seu lado. — Como não senti? A sua aura demoníaca é forte o bastante para fazer com que as bestas não se aproximem, mas não consegui o detectar de primeira. Assim como também não notei sobre a minha própria aura. Quando foi que recebi essa habilidade? — Respirando fundo, se acalmando, Yukimura começa a se concentrar. 

"Hehehe, então você entendeu?" Rimuru fala soltando um riso curto. Yukimura ergue sobrancelha confuso.

"É claro! Não precisa esconder o seu estilo egocêntrico." O goblin fala mais calmo. "Oh!" Murmura observando o Smile conter a sua aura. "Obrigado. Isso ajudou muito, aquelas áureas era realmente assustadoras." Diz olhando para os dois monstros em sua frente.

...

Depois disso, o Rimuru conversou com normalmente com os goblins e aceitou o convite de visitar a vila deles, fui junto já que eu não queria me sentir solitário novamente. Parece que irão nos deixar descansar por lá. Rapidamente comecei a entender facilmente a língua deles, e me adaptei. 

— Assim que chegamos percebi que, a vila é bem pobre e simples. E ficou mais óbvio quando entramos na tenda do ancião, ou líder não sei bem. 

Viro o meu rosto na direção dos sons de passos, os pés de quem se aproximava arrastava no chão cansados. Ergo as minhas orelhas na direção da porta, os esperando passar pelo mesmo.

"Nós lhe fizemos esperar caros convidados. Eu sinto muito, não temos muito o que servi-los." Um goblin idoso entrou acompanhado pelo o que nos trouxe. "Eu sou o ancião da vila."

"Ah, não se preocupe com isso. Então, para terem nos convidado até aqui, vocês precisam de ajuda em algo, certo?" Rimuru indaga.

"Meu filho me contou sobre as suas forças escondidas. Por favor, não ignore nosso pedido." O ancião diz se curvando junto com o outro. 

"Iremos decidir depois que ouvirmos os detalhes." Rimuru afirma.

"Um mês atrás, o deus dragão e seu filho que protegiam esse lugar repentinamente desapareceram sem nenhum motivo. E assim, demônios desejando expandir seus domínios começaram a visitar esse lugar. Isso incluí demônios poderosos como lobos de presa seria uma batalha difícil se fosse dez de nós contra um só deles..." O ancião fala.

—... Dragões, que maneiro!

"Existem quantos deles?" Rimuru pergunta.

"Juntos, devem ser uns mil." O ancião fala pensativo. "Em comparação, tem sessenta que podem lutar, contando com as mulheres."

— A diferença é gigantesca.

"Há quase mil lobos de presa na tribo deles, é isso mesmo?" Rimuru indaga, olhando para o goblin mais novo.

"Sim." O goblin responde. "É a informação que o Liguru nos deu depois de lutar contra a tribo dos lobos arriscando a sua vida." 

"Liguru?" Rimuru indaga confuso.

"Liguru é o meu irmão mais velho. Ele recebeu esse nome de Majin, e é o guerreiro mais forte de nossa vila. Nós só estamos vivos porque ele estava aqui." O goblin fala intercalando os olhos entre os dois monstros em sua frente.

"Liguru não está mais aqui?" Rimuru pergunta.

"... Ele é um filho do qual me orgulho muito. Mesmo que o destino dos fracos só resulte em morte. Queremos viver, mesmo que seja só pra honrar o meu filho." O ancião fala encarando o chão, se mantendo curvado.

Yukimura observava tudo sentado, numa almofada de palhas, do lado do Rimuru. O lagarto assistia tudo com curiosidade, intercalando os olhos entre os três monstros em sua frente e do seu lado.

"Ancião quero confirmar algo. Qual seria a sua recompensa se nós te ajudassemos a vila?" Rimuru indaga. "O que vocês podem nos dar em troca?" Pergunta.

"Lhes oferecemos as nossas lealdades." Ancião fala após alguns segundos pensativo.

Soltando um grunhido, Yukimura se pós de pé assutando os goblins. O seu corpo esverdeado começou a crescer, o seu rabo balançava para os lados, os dentes afiados do mesmo ficou a mostra enquanto encarava a saída. Logo em seguida uivos foi ouvido, assim como os sons de rosnados e latidos.

"Ele não é um lagarto?! É o uivo da tribo dos lobos da presa!" O goblin grita assustado.

"Eles estão, muito, muito perto!"

"Eles finalmente vão invadir?"

"Isso é terrível!"

"Acabou seremos todos devorados!"

"Vamos fugir!"

"Pra onde!?"

"Não há pra onde fugir! As mulheres e crianças feridas estão todas aqui!"

"Todos se acalmem..." O ancião começa a falar, mas é interrompido por Rimuru.

"Não há o que temer." Rimuru fala chamando atenção pra si. "Eles são inimigos a serem derrotados."

"Então...?" O ancião indaga.

"Ah, sobre o pedido. Eu, Rimuru Tempest. Aceito em nome do dragão Verudora!" Smile fala. Os goblins caem de joelho e se curvam. 

"Por favor, nos proteja!" Falam juntos. "De hoje em diante seremos os seus servos devotos!"





Notas Finais


Para aqueles que não entenderam, o nosso pequeno lagarto é na verdade um dragão da floresta. Até a próxima ❤️


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