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História Tentativas de (Des)viciar Meu Namorado - Double Kill: Pare de agradá-lo


Escrita por: cookiecomleite

Notas do Autor


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Capítulo 3 - Double Kill: Pare de agradá-lo


Fanfic / Fanfiction Tentativas de (Des)viciar Meu Namorado - Double Kill: Pare de agradá-lo

TENTATIVA 02 : Pare de agradá-lo

Porque até em ser trouxa tem limite


 

Jeongguk se remexe na cadeira antes de abrir os olhos e se encontrar com os meus.

— Oi, Amor. — ele sorri fraco.

Um sorriso tão encantador que qualquer um poderia se derreter por ele — Qualquer um, menos eu.

— Oi, Jeon, como vai? Se divertindo muito? — sorri de volta, cínica, cruzando os braços sob o peito sem acabar com aquele contato visual, que estava sendo raro entre nós — Porque eu estava agora mesmo comentando com uma amiga minha sobre o nosso aniversário maravilhoso… — ri seca.

Mentira. Eu estava chorando numa chamada de vídeo com o meu irmão idiota.

Jeon revira os olhos, deixando agora sua postura ereta e sua visão focada no monitor.

— Que mesmo estando ainda na sala de espera, parecia ser bem mais atrativo do que a minha tentativa repertória de resolver o nosso desentendimento.

— Chega disso, Hyeri. Nós já brigamos hoje de manhã, e foi você quem disse pra eu continuar jogando.

Franzo o cenho, voltando a ficar irritada.

— E desde quando o que eu digo alterada conta, Jeongguk? Você sabe muito bem que eu não estava falando sério. Caralho, é o nosso aniversário!

— Não sou um gênio pra entender que “Vai jogar” significa “Sai do jogo”. Na verdade, isso não faz o menor sentido.

— Mas não é esse ponto que eu estou falando. A questão é que-

 

“BEM-VINDO A SUMMONER’S RIFT”

 

Não vou dizer que foi de imediato — ou meu namorado seria um louco. Ou talvez seja isso mesmo e eu só queira encobrir tudo —, mas quando a voz daquela mulher ecoou pelo seu headphone em alto volume, Jeongguk se armou diante da tela e voltou ao seu “modo viciado”. Minha voz nem era mais ouvida por ele.

— Jeon! — o chamei entredentes, recebendo uma olhada rápida e franzida do mesmo. Bati o pé — Vai ser assim, então?

— Droga, Hye! Agora que eu entrei não posso sair. Se quer conversar, se acalma e aí eu sou todo ouvidos, está bem?

Bato o pé mais três vezes, me entregando àquilo de novo.

— Está bem!

 

[...]

 

Estava assistindo uma série policial que nem ao menos lembrava o nome do protagonista, quando ouvi Jeon me gritar do nosso quarto. Apesar de estar emburrada, desliguei a tevê e caminhei rapidamente para o andar de cima, disposta a qualquer negócio. Abri a porta fingindo estar sem animação e encontrei uma cena bem inovadora diante de mim: Jeongguk sentado na ponta da nossa cama me esperando.

Não sorri, mas confesso que queria abrir o maior dos meus sorrisos com aquela visão sexy do meu namorado de pernas abertas com os cotovelos apoiados em seus joelhos e suas mãos entrelaçadas — Sem contar da sua expressão séria me olhando.

Jung Hyeri, não abaixe a guarda.

— Bem, estou aqui. — anunciei simplista, me escorando na porta que acabo de fechar atrás de mim — O que foi, Jeon?

Ele morde o lábio inferior.

— Amor… Me desculpe por ter esquecido do nosso aniversário… Não foi por querer, eu realmente perdi a noção do tempo. Mas olha, antes de querer me matar, deixa eu te mostrar o presente que eu comprei pra você um mês atrás?

Fecho os olhos, tentando manter a calma.

— Eu não quero um presente material, Jeon. O que eu quero…

— E que tal uma transa agora?

Quase me engasgo com a saliva quando o ouço dizer aquilo; arregalo os olhos, surpresa com a sua atitude.

Eu poderia ceder. Eu realmente podia — Mas isso seria aceitar a derrota e deixar que Jeongguk continue agindo desse jeito. Não, ele precisa aprender a lição. Não posso simplesmente aceitar agora e depois ser largada de novo. Quando o nosso aniversário passar, nossa rotina voltará a ativa como nunca. E eu não seria trouxa de deixar uma coisa dessas acontecer. Não mesmo!

Rapidamente me lembrei da ideia de Youngjae. As tentativas de vencer pro LoL. Essa poderia ser a primeira ação que eu teria chance de ganhar — Não agradar ele mais. E isso, claro, conta também com dormirmos juntos.

— Não. — foi tudo que respondi, bem plena e sem expressão.

— O quê?

Acho que ele não esperava mesmo por essa resposta. Que maravilha!

— Como assim “não”, Hyeri? Não foi você que tava reclamando que eu estava te deixando de lado? Garota, assim eu fico perdido. — ele suspirou.

Você não imagina o quanto eu te quero agora, seu idiota. Isso é culpa sua.

— Eu não quero transar mais, ué. Vai me obrigar? — dei de ombros, me virando pra porta e a abrindo. Parei somente para memorizar a cara que o meu namorado estava fazendo agora e também criar uma saída triunfal — Perdi o tesão.

Bati a porta sem fazer força e voltei para a sala. Me joguei no sofá e tirei daquela série previsível. Procurei por um filme de comédia romântica e sorri satisfeita quando encontrei um antigo que não canso de ver. Nessa mesma hora, ouvi os passos apressados de Jeon nas escadas e sua expressão irritada ficou diante de mim em segundos. Olhei para cima e dei um sorrisinho para o maior a fim de provocá-lo.

— Hyeri, por favor, me explica isso. Eu realmente não consigo entender. — cruza os braços ainda de pé.

— Ficar te esperando me dar atenção acabou com o meu ânimo. Agora eu também não quero, Jeongguk. Difícil entender? — me levantei e passei por ele, indo até a cozinha. Jeon foi indo logo atrás. Suspirei — Vou assistir um filme agora, pode ir lá jogar à vontade. — e sorri para ele novamente.

O moreno bufou, mas não falou mais nada. Saiu da cozinha batendo o pé e pude escutar a porta do segundo andar bater forte.

Eu poderia rir daquela cena, mas como eu também estava na seca e também queria comemorar o nosso aniversário — e saber qual era o meu presente —, estava tão puta quanto ele. Então só pude ignorar a minha vontade de entrar naquele quarto e resolver o nosso problema, e fazer uma pipoca para aliviar o estresse.

Fiquei assistindo meu filme até umas seis horas — Jeon pôde ser ouvido xingando em todos os minutos até ele acabar. Foi tanto palavrão que eu conheci alguns que nem sabia da existência antes. Comi tanta pipoca que só de pensar já fico enjoada. Devia ter maneirado um pouco.

Desliguei a tevê e fui dar uma olhada no meu namorado. A primeira coisa que vi foi um Jeongguk com a mão no rosto, provavelmente se lamentando por ter “morrido”. Comecei a fechar a porta devagar e me assustei um pouco quando o escutei me chamando.

Deixei só a cabeça em amostra:

— Que foi? — perguntei, já querendo ir embora dali.

— Tem algum lanchinho…?

Não agrade ele!

— Tem, Jeongguk. — fiz uma pausa somente para iludi-lo, e de fato consegui, pois ele me lançou um sorriso. Trouxa. — É só ir pra cozinha e fazer. — dei uma radiante piscadela antes de bater a porta na sua cara.

Ah, agora eu admito que ri muito!

 

[...]

 

Terminando de escrever na minha agenda, reli os tópicos que havia planejado durante os últimos dois dias e sorri com isso — Youngjae não foi um irmão tão cruel assim. Ele me ajudou bastante. Com sua ideia genial, agora eu tinha exatamente quatro tentativas de desviciar meu namorado. Elas eram infalíveis, impossível não darem certo — Quer dizer, quase impossível.

Uma dessas tinha que servir para Jeongguk. E se não derem, aí digam adeus ao nosso namoro perfeito.

Hoje era domingo. Ou seja, sem trabalho para mim e sem falta de Jeon no seu. E agora poderia ser mais um dia em que a trouxa aqui iria tentar arrancar as roupas do maior de alguma maneira. Mas as coisas mudaram. Mudaram bastante. Deixá-lo sem comer era só o início do meu plano — Admito que as tentativas eram bem diferentes uma da outra, sem ligação alguma. Mas tudo bem, eu sou louca mesmo. Não vou negar um fato também, né? O importante é que eu faça tudo conforme o planejado.

Olho para o relógio na parede da cozinha: cinco horas. Jeongguk agora deve estar de barriga pra baixo na nossa cama quase babando feito um bebê. Claro, afinal é fim de semana. Por qual razão ele estaria acordado às cinco horas da manhã se dessa vez ele não madrugou no League, não é mesmo? Seria loucura, certo? Errado!

Sobre o banquinho da cozinha, cruzei as pernas como uma dama que eu era e dei um gole do meu chá de camomila, bem plena.

— Delícia.

Bastaram pouquíssimos minutos para a porta do andar de cima ser aberta bruscamente e um Jeongguk bem irritado descer as escadas quase correndo até brotar na minha frente com a cara toda amassada e os cabelos pro alto.

De fato, um fofo.

— Bom dia, Amor! — proferi ainda calma, com um sorriso de orelha a orelha — Dormiu bem?

Ele parecia querer me bater ali mesmo, mas como me amava muito e respeitava as mulheres mais que tudo — e não queria ir pra cadeia, também —, guardou todo o seu ódio para si. Era percetível.

— Não, Hyeri. Não mesmo. Porque são apenas cinco horas da manhã de um domingo cinzento e você colocou a porra do alarme pra tocar e interromper o meu sono precioso!

Dei outro gole do meu chá.

— Uma pena que não tenha dormido bem, querido. Eu dormi maravilhosamente bem! Nunca me senti tão viva antes. — pausei para analisar sua expressão enfurecida — E sobre o alarme… Me perdoe, eu esqueci.

— “Esqueceu”? Como é que você esquece que aos domingos não temos que trabalhar, caramba? Já estamos nessa há um ano e você nunca se esqueceu disso, Hyeri!

— Ora, as pessoas erram, não é mesmo? Devemos perdoá-las de qualquer forma. — e mais um gole, plena — E como você sabe que hoje é um domingo cinzento, hein? Nem saiu de casa ainda.

Jeon franze ainda mais o cenho, cheio de sono.

— Deve ser porque alguém também esqueceu de fechar a janela do quarto e me deu o prazer de acordar com um vento gelado no meio da cara.

— Nossa, quanto estresse logo de manhã… — falei ainda calma, dando outro gole do meu chazinho — Isso faz mal pra pele, sabia? Cuidado com as rugas, querido.

— Tô pouco me fudendo pra isso.

Neguei com a cabeça, terminando enfim o meu delicioso chá. Troquei de lado minhas pernas cruzadas e voltei a fitar meu namorado emburrado. Ele parecia querer me bater ainda, mas também parecia querer dormir em pé, ali mesmo. Essa cena com certeza é icônica.

— Olha, eu vou para a cama. Esse seu chá já está me irritando. Tô saindo…

E lá se foi meu amado de volta às cobertas grossas que tínhamos. Sorri novamente plena. Me levantei, deixando minha xícara do Harry Potter em cima do balcão da cozinha e caminhando até a sala de estar para pegar meu headphone branco de marca chinesa que não sei pronunciar. O encontro e rapidamente ligo o bluetooth. Busco meu celular e ponho na minha playlist mais animada e barulhenta que tenho. Ponho-o na cabeça e dou play. De primeira já reconheço a música: Believer do Imagine Dragons.

Ainda que não sabendo fazer rap direito, passo a tentar cantar o início, indo rumo à pequenina área de serviço do apartamento. Pego meu aspirador de pó e parto para a sala de estar novamente. Aperto o botão de ligar e abro mais um dos meus sorrisos. E começo. Primero perto da tevê, depois atrás da estante — claro que eu arrastei ela primeiro —, em seguida o sofá, então o rack, a mesinha de centro e perto da escada também. Passei cinco minutos só em volta da escada. E por fim, fui fazer o mesmo na cozinha, banheiro e área de serviço.

Quando estava terminando de aspirar perto da escada de novo, vejo Jeongguk aparecer na minha frente junto a melodia de Zara Larsson, Ain’t My Fault.

Não conseguia ouvir o que o moreno estava me dizendo, então simplesmente comecei a cantar para ele, ignorando-o como se fosse um mosquitinho. Desviei dele e continuei aspirando, cantando em voz alta. E Jeon reapareceu com uma carranca pra mim, falando sozinho.

— It ain't my fault. — cantei para ele.

— Hyeri! — pude ouvir meu nome vindo dele.

— No. No. No. No. — continuei cantando.

Mas não passou disso, pois Jeongguk puxou o fone de mim e desligou o aspirador de pó, cortando o meu barato — Ou melhor dizendo, cortando o meu teatro de “Eu não me importo”. Saco!

— Ai, que foi, Jeon? — ditei meio manhosa, tentando pegar meu fone de volta. Sem sucesso. Diferença de altura complica — Devolve meu fone agora!

—  Caralho, Hyeri, você ficou doida? Já tá uma hora aspirando essa casa. Tenho certeza que ela já está limpa o suficiente. E esse fone tá tão alto que eu consigo escutar sem nem colocar ele na cabeça. Quer prejudicar sua audição?

Pego o fone de suas mãos com sua pequena distração.

— Não precisa se preocupar comigo. Vai lá pro quarto descansar. Eu não vou aspirar mais, prometo!

— Não sei o que deu em você hoje, sinceramente… — resmungou enquanto subia as escadas com pressa e raiva. Capaz dele incendiar o apartamento todo com o fogo que está saindo dos seus olhos cansados nesse exato momento.

Dou de ombros, desligando o headphone e o deixando em cima do rack. Pego meu aspirador e o levo de volta ao seu lugar. Olho em volta e percebo que a casa poderia estar mais limpa e Jeongguk ainda não deveria dormir tranquilamente, então busco meus produtos de limpeza e panos de chão, e ligo a tevê, colocando no YouTube minha playlist de Heavy metal no volume máximo. Começo logo com Five Finger Death Punch, My Nemesis. Enquanto limpo cada canto da casa, canto em plenos pulmões — Torcendo para acabar com o mínimo de paciência que ainda restava em Jeon. Infelizmente, o maior preferiu logar na sua conta e ir jogar logo cedo, já que sua namorada havia enlouquecido e não poderia dormir nem tão cedo.

Mas que raiva! Hoje não deu certo! Terei que partir para o próximo plano.


Notas Finais


Sua opinião é muito importante para mim e me motiva mais do que você pode imaginar. Não tenha medo de me fazer críticas construtivas e dizer o que achou da história. Obrigada por ler e até a próxima ♡


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