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História Teoria das Cores - Síndrome de Colorear.


Escrita por: bunnykook

Notas do Autor


OIEEEE, ENTÃO EU PRECISO MUITO QUE VOCÊS LEIAM ISSO AQUI ANTES DE LER O CAPÍTULO, ENTÃO POR FAVOR, NÃO PULEM ESSA NOTA, É IMPORTANTE DE VERDADE E EU JURO QUE NÃO VOU ENROLAR MUITO.

1. EU TO MUITO FELIZ PELOS 100+ COMENTÁRIOS NO CAPÍTULO PASSADO, PQP, ISSO ME FEZ TÃO BEM CARA

2. EU FALEI QUE ESSE IA SER O ULTIMO CAP MAS FICOU MAIOR DO QUE EU ESPERAVA ENTÃO EU TO TENDO QUE DIVIDIR, >>>ESSE NAO É O ULTIMO CAPITULO<<<<, ENTÃO ESPEREM PELO PRÓXIMO, SIM????

3. OLHEM AS NOTAS FINAIS POIS É IMPORTANTE TAMBÉM!!!

4. NÃO PAREM COM OS COMENTÁRIOS, POR FAVOR, ESSE FOI O CAPITULO QUE EU MAIS AMEI FAZER E TAVA ESPERANDO HA MUITO TEMPO, TEM MUITOS PONTOS IMPORTANTES NELE E EU ESPERO DE VERDADE QUE VOCÊS GOSTEM PORQUE, NOSSA, FOI DIFÍCIL, VIU??

ENFIM, PARA O CAPÍTULOOOOO!!!

Capítulo 7 - Síndrome de Colorear.


Fanfic / Fanfiction Teoria das Cores - Síndrome de Colorear.

 

Eu não estava bêbado, bom, pelo menos eu gostaria de acreditar que não. Hoseok havia apenas me acompanhando com alguns drinks logo após o fiasco de mais cedo. Minhas pernas pareciam geleia enquanto voltávamos para casa, e por um momento minha mente divagava para outros lugares, até voltar há alguns momentos atrás, me fazendo apertar os olhos para afastar a luz amarela forte que vinha dos postes. Maldita cor amarela, eu não estava nem um pouco feliz.

— Vai se foder. — Murmurei, olhando para o lado e vendo Hoseok me encarar confuso. Suspirei. — Não você. Aquilo. — Disse, apontando para o poste.

Hoseok parou de andar por um instante, e por mais que minha cabeça estivesse longe novamente, também acabei parando, dessa vez sendo eu a ficar confuso. Vi meu amigo andando até o poste e o chutando algumas vezes, antes de fazer uma careta de dor e segurar o próprio pé enquanto tentava se equilibrar no outro.

— Vai se foder! — Ele gritou para o poste, mostrando o dedo do meio, e então eu consegui rir.

Acabamos nos sentado no asfalto ali mesmo, observando os carros indo e vindo. As luzes do farol machucavam meus olhos, cada brilho me fazia sentir numa daquelas peças onde eu sou a atração principal e preciso recitar algum monólogo sobre a vida, a dor, ou qualquer merda que prenda a atenção do público. O problema é que eu não sabia o que dizer, e meu peito doía com a possibilidade da luz sumir de repente e me deixar na escuridão novamente.

Porém, quando os carros pararam de aparecer, as luzes do poste ainda estavam ali, quase como se fizessem alguma piada sobre mim. Eu comecei a pensar no futuro, talvez fosse sobre isso meu monólogo. Mas de alguma forma, minha mente divagava para o passado, me lembrei que quando eu era pequeno achava que as pessoas de antigamente viviam num mundo preto e branco por causa das fotos que haviam nas gavetas dos meus avós, eu achava tão estranho, e até tentava forçar meus olhos a colorirem aquelas fotografias, mas infelizmente eu nunca fui muito criativo.

— A gente deveria ir pra casa. — Hoseok murmurou.

Mas enquanto andávamos, eu tinha a estranha sensação de estar flutuando, então me perguntei: Eu vou cair ou voar?

[]

Durante os dias que se passaram eu me sentia, por falta de palavra melhor, entorpecido. Eu esperei por uma ligação, é claro que esperei, ou apenas uma mensagem que fosse, mesmo que no fundo eu sabia que não iam chegar. Então eu passei a trabalhar dia e noite, e percebi que os resultados eram rápidos, mas no final das contas pareciam todos a mesma coisa, e eu precisava me segurar para não jogar o notebook ou o Ipad do outro lado do quarto.

Eram todos o mesmo padrão, as mesmas sequências de cores, banners coloridos. Àquela altura eu já podia produzir meu próprio livro de colorir para crianças, já até podia imaginar a capa com um grande barco em aquarela amarela e azul.

Então, basicamente, minha semana foi como ser internado em um manicômio.

Eu via cores em todos os lugares que ia, e ainda que soubesse que elas estavam ali, eu olhava para minhas próprias mãos e só conseguia ver o cinza. Mas, ao invés de seguir o caminho que eu deveria ir, meus pés me levaram a outro lugar, e naquele momento eu pensei que talvez eu não fosse louco, só masoquista. Eu sabia que Jeongguk estava na casa de Taehyung naquele dia, eu não tinha a intenção de ouvir a conversa de Hoseok, mas foi inevitável. Então eu fui até lá.

Eu fui lá e não foi bom.

Quando bati na porta esperava que Taehyung fosse atende-la, talvez me dar algum tempo pra pensar em palavras boas o bastante. Mas eu não estava preparado para ver Jeongguk ali, me encarando como se eu fosse um fantasma.

— Taehyung! — Jeongguk gritou.

— Não, não, ei. — Eu falei rapidamente, segurando em seu braço. — Tudo bem, eu só queria falar com você.

Ele puxou o braço de maneira tão rápida como se meu toque o queimasse, e eu tentei não parecer ofendido com aquilo, eu juro que sim.

— Nós já nos falamos, Jimin. — Ele murmurou. — Não existe mais palavras entre a gente.

— Mas tem sim! — Eu insisti. — Eu preciso te dizer um monte de coisas, eu só não consegui pensar ainda, mas eu tenho tanta coisa pra dizer.

— Por favor, Jimin, por favor, não faz as coisas serem mais complicadas. — E embora aquelas palavras saíssem de sua boca, eu descobri que havia aprendido a ler Jeongguk mais do que esperava, conseguia ver sua mão apertando a porta de maneira que seus dedos ficassem brancos, e eu sabia. Sabia que ele não queria fechar a porta.

— Não, só... Só espera, por favor. — Eu falava de forma automática, quase como se as palavras estivessem transbordando da minha boca, sem rumo, apenas como se não tivessem mais espaço, como se elas precisassem apenas... Sair. — Olha, eu trouxe uma coisa. — Falei, tirando a touca amarela de dentro do bolso do meu casaco e colocando na cabeça. — Ainda é cedo, podemos tirar fotos pela cidade, eu vi um clube novo, é bem perto daqui, tem umas luzes lindas, eu sei que você vai adorar.

— Jimin, eu- Por favor, eu só preciso fechar a porta. — Disse em um tom baixo, e por mais maldoso que parecesse eu fiquei feliz em ouvir sua voz de choro. Não porque queria machuca-lo, mas porque de alguma forma aquilo significava que ele ainda se importava.

Não é?

Mas quando ele tentou fechar a porta novamente, apenas meu braço o impedia, e embora não conseguisse mais ver seu rosto, continuei a falar.

— Se lembra da loja de livros e cds? Adivinha só, eles estão com uma promoção, e só vai durar hoje, a gente podia ir lá, eu não aguento mais ler o mesmo livro. — Soltei uma risada que logo se transformou num soluço. — Nós podemos achar pedrinhas da cor dos olhos dos nossos amigos também, aposto que o Tae adoraria isso, o que acha? Por favor, Jeongguk, eu só quero ver vários filmes com você de novo. Eu te deixo escolher minha tatuagem dessa vez, o que você quiser, a porra de um leão cobrindo toda minhas costas, qualquer coisa, eu juro. Nós vamos fazer o que você quiser, eu posso aprender a pilotar um barco também e te levar pra bem longe daqui.

Tudo o que tive em retorno foi o silêncio por algum tempo, e eu me senti no filme 500 Dias com ela, onde essa mesma cena existia ao lado, num quadrinho de Expectativa, e nele Jeongguk me puxava para dentro do apartamento e me beijava até que meus pulmões ardessem pela falta de ar e eu me afogasse em seus lábios. Nós mostraríamos o dedo do meio para Taehyung que estaria nos encarando com uma expressão nada boa, e nossas roupas estariam espalhadas pelo chão apenas algum tempo depois.

Mas no quadrinho da Realidade meu braço continuava doendo com a pressão da porta, e eu ouvi sua voz baixinha:

— O que eu quiser? Você vai fazer o que eu quiser?

— O que você quiser!

— Eu quero que você vá embora, Jimin.

Ao menos da expectativa o sentimento de se afogar se mantinha na realidade também, mas não da forma que eu gostaria.

— Ok. — Sussurrei. — Antes- Antes de eu ir, você pode segurar minha mão? Por favor, só por um segundo. — Pedi, abrindo minha mão que ainda estava na parte de dentro do apartamento, esperando que Jeongguk a tocasse. — Você se lembra quando me pediu pra ser como as ondas? Eu te disse que seria sua âncora, mas eu não queria te puxar para baixo assim.

O ouvi murmurar algo, mas não foi alto o bastante para que eu pudesse ouvir.

— Eu queria ser como as ondas pra você, Jeongguk. Eu queria que você fosse como a areia da praia e me aceitasse de volta também. — Balancei a cabeça, encostando minha testa contra a porta. — Ou talvez você devesse ser as ondas nessa teoria, e eu só seria eu mesmo, porque eu queria tanto me afogar em você. — Suspirei. — Eu queria me afogar em você porque essa é a única forma que eu encontrei de respirar.

Quando puxei minha mão de volta ainda estava tão fria quanto a brisa daquela noite. Mesmo quando a porta se fechou fiquei ali por uns cinco minutos talvez, não sei ao certo o que estava esperando, mas não aconteceu.

[]

 

Por sorte Hoseok não estava em casa quando voltei, mas ainda assim, na manhã seguinte não consegui esconder e contei tudo sobre a cena deplorável que havia feito na frente da porta de Taehyung. Não é nem preciso dizer que Hoseok me chamou de todos os palavrões possíveis.

— E você achou o que? Que ele ia magicamente mudar de ideia? Ele tem muito na cabeça agora, hoje é a exposição dele, esqueceu? Você não podia esperar pra dar um show depois? — Bufou, se jogando no sofá. — Só faltou chamar ele de mariquinha e o mandar abrir a porta.

— Vai se ferrar, Hoseok, pelo menos eu tentei. — Resmunguei, abraçando a almofada contra meu peito.

— Você vai hoje na exposição? — Perguntou depois de um tempo, e eu apenas neguei com a cabeça.

— Que porra? Por que não?!

— Ele não me quer lá, Hobi. — Dei de ombros. — Além do mais, seria estranho, principalmente depois da humilhação que eu passei.

— Eu acho que ele iria te querer lá, afinal, você meio que fez metade do trabalho com ele. — O ouvi suspirar. — Eu aposto que ele ainda vai te incluir também.

— Ele provavelmente queimou todas as nossas fotos. Esse é o Jeongguk, não é? Ele queima tudo que não precisa mais. — Murmurei o final, sentindo pena de mim mesmo. Admito que era patético, e Hoseok parece ter concordado já que senti um tapa atrás de minha cabeça.

— A única coisa que ele deve queimar é um verdinho de vez em quando, aquele garoto é maluco. — O Jung falou, e eu quase quis concordar. — Ainda acho que você devia vir. O Tae vai passar aqui mais tarde pra irmos juntos, o convite ainda está de pé.

 

Não fiquei surpreso quando, horas depois, Taehyung parou em minha frente com os braços cruzados e tampando minha visão da TV, obviamente exigindo minha atenção. Me movi para a esquerda e depois para a direita, tentando pegar algum pedacinho do filme que passava, mas desisti quando percebi que ele não iria se mover.

— Como assim você não vai vim com a gente, seu cuzão? — Ele finalmente gritou, e eu revirei os olhos.

— O que você quer que eu diga? Eu já tive essa mesma discussão com o Hoseok mais cedo, não vai adiantar nada.

— Bem, eu não sou o Hoseok. — Taehyung bufou, sentando-se ao meu lado. — Então você quer que eu te dê motivos pra ir? Eu vou te dar dezenas deles, eu sou muito melhor com as palavras do que o Hobi, mas isso é bem óbvio, as vezes eu finjo entender o que ele diz só pra ele calar a boca.

— Ei, eu ainda estou bem aqui. — O Jung resmungou, apontando para si mesmo e então cruzando os braços.

— Sim, sim, claro, bonitinho. — Taehyung sorriu, acenando em sua direção, e meu amigo apenas revirou os olhos, indo até a cozinha. O Kim virou-se para mim novamente, dessa vez com uma expressão mais séria. — Olha, você realmente tem que vir, Jimin.

— Taehyung, sério, você viu o que aconteceu. Olha, eu amo o Jeongguk, eu realmente o amo, mas eu não sou a porra de um saco de pancadas! — Passei as mãos pelo cabelo. Que porra é isso? Eu usei tudo o que podia, é verdade que eu enfrentaria o inferno por Jeongguk, provavelmente, mas eu tenho um pouco de dignidade restando, e as palavras dele, ou a falta delas, são sempre como tiros em meu peito, e às vezes fica difícil respirar.

— Eu sei! — Ele tentou novamente. — Eu sei, eu sei, droga, e como eu sei.

— Isso é um pouco... É meio bagunçado, sabe? Quando eu voltei pra cá eu não sabia o que fazer, mesmo já conhecendo tudo e tendo tantas pessoas por perto eu ainda me sentia perdido. Eu nunca soube o que fazer da minha vida, eu comecei a estudar fora pra tentar achar alguma merda de sentido nisso, desde criança eu sempre senti como se o universo tivesse me criado a partir de um erro. Era como se todos tivessem um propósito, coisas pra fazer, qualquer merda assim, mas eu não. E quando eu voltei ainda me sentia da mesma forma. Daí o Jeongguk apareceu, e ele me fez amar coisas tipo o mar, que eu mal dava atenção mesmo passando perto todos os dias. E agora parece que todo o lugar que eu vou tem um pouco dele. — Mordi o lábio, pensando se devia continuar. — Então eu pensei que, talvez, meu plano aqui fosse acha-lo, fosse ama-lo, sei lá, fugir com ele. Mas parece que tudo o que o universo me dá, no momento seguinte ele simplesmente toma de volta.

— Mas é! Esse é o plano! — Taehyung parecia quase desesperado agora, bufou novamente, puxando as pernas para cima do sofá e me olhando de uma forma intensa. — Olha, vamos fazer um acordo, sim? Eu vou te contar o que você precisa saber, e então, se mesmo assim você ainda não quiser ir, eu não vou mais insistir, parece bom?

Fiquei em silêncio por alguns segundos. Eu finalmente saberia mais sobre a vida de Jeongguk, não sabia se estava preparado, quase parecia que eu estava metendo o bedelho onde não via, em algo íntimo demais. Mas ao mesmo tempo eu queria tanto saber, eu queria entender, juntar as peças, qualquer coisa que me fizesse mais próximo dele.

Então assenti.

— Eu conheci Jeongguk com 10 anos. — Ele começou. — Eu tinha acabado de me mudar pra cá, era novo na escola, mas isso não me impediu de fazer novas amizades, então no final da primeira semana de aula eu já era amigo de todo mundo da minha sala, menos de um. Jeongguk. — Ele sorriu de canto. — As outras crianças tentavam conversar com ele às vezes, mas ele sempre foi muito excêntrico, então elas só... Desistiam. Mas eu sabia que precisava falar com ele, confesso que foi por puro orgulhoso, eu queria provar pra mim mesmo que conseguia ser amigo de quem quisesse, era meio que uma competição particular. — Ele deu de ombros e eu soltei uma risada nasalada.

Parecia mesmo algo que Taehyung faria.

— A primeira cor que eu vi foi verde. — Ele contou, e eu franzi o cenho. Havia sido o mesmo que eu. — Ele estava emburrado, sentado em um dos balanços do parquinho, e eu vi aquilo como uma oportunidade de finalmente saber mais sobre ele, mas eu tomei um susto quando vi aqueles olhos verdes me encarando, era estranho, e a primeira coisa que eu pensei foi: Lentes de contato. — Ele riu. — E foi exatamente o que eu disse pra ele, disse que crianças não deviam usar lentes de contato, então ele me olhou da maneira mais séria que podia e disse que não eram lentes, e que na verdade ele era um alien.

Não pude deixar de rir, Jeongguk usava a mesma tática desde criança.

— Então eu apenas disse: Wah, legal, então eu sou um reptiliano. É claro que ele não acreditou, mas não disse nada, acho que, no fundo, ele queria que fôssemos mesmo o que dizíamos ser. Então eu descobri que ele estava bravo por causa da tarefa que nossa professora havia passado mais cedo, algo sobre desenhar nossa coisa preferida no mundo. Jeongguk sempre amou desenhar, mas ficou frustrado por não saber o que fazer, disse que era estúpido, que ninguém podia escolher apenas uma coisa que mais gosta no mundo inteirinho. Eu fingi concordar, embora já tivesse desenhado a torta de limão que minha mãe fazia pra mim. Mas nós nos tornamos amigos, e eu fiquei surpreso quando Jeongguk veio me procurar no dia seguinte, e depois disso nós ficamos inseparáveis, nossas mães costumavam dizer que éramos parceiros de crime, já que sempre acabávamos de castigo toda vez que íamos na casa um do outro. — Ele pareceu engolir a seco por um segundo. — No meu aniversário ele me deu o presente mais legal que eu podia ter ganho, Jeongguk sabia tudo sobre mim e eu fiquei tão feliz quando ele me entregou aquele carrinho de controle remoto. Mas não foi isso, junto com o carrinho veio um papel, um desenho, Jeongguk havia me desenhado. Eu era sua coisa preferida no mundo. E ele era a minha também.

Vi Taehyung ajeitar-se no sofá e coçar os olhos, embora eu ache que essa ação foi apenas para esconder pequenas gotinhas que ameaçavam cair.

— Ele me contou sobre algumas de suas cores, e eu achei o máximo, era a coisa mais legal que eu já tinha visto. A primeira vez que o vi falando mal delas foi também a primeira vez que brigamos, eu achava idiota ele não conseguir ver o quanto aquilo era diferente e incrível, mas ele me chamou de babaca, disse que eu nunca entenderia. E, honestamente, eu nunca poderia entender, ninguém pode. — Ele parou, como se tivesse uma batalha interna se deveria ou não me dizer o que estava pensando, mas quando ele continuou a falar me senti aliviado. — Mas eu acho que entendi pelo menos uma parte quando tínhamos 16 anos e ele me ligou desesperado no meio da noite. Ele havia começado a sair com um cara, SeungHyun. Eu não gostava dele, era um babaca, o típico playboy da escola, mas Jeongguk achava tão legal. Enfim, ele me ligou e eu quase não atendi. Eu sabia que ele estava com o Hyun, e não queria ouvir sobre os beijos ou qualquer merda que haviam feito. Não me entenda mal, eu sempre vi o Jeongguk como um irmão, mas ele era sempre tão... Sem noção. Ele nunca entendia o perigo das coisas, ou como era errado, parecia sempre querer viver no limite, e isso colocava meu pobre coração a prova. — Falou, colocando a mão no lado do esquerdo do peito e fazendo uma cara de sofrimento, rindo logo em seguida. — Mas depois do quarto toque eu atendi, e ele estava chorando tanto. Eu disse pra ele ficar onde estava que eu iria o buscar. Eu pedalei o mais rápido que pude, encontrei ele sentado na calçada em frente ao Fliperama que sempre íamos, seus olhos estavam castanhos, mas eu podia ver um restinho de roxo neles.

Roxo. Arregalei os olhos, será que finalmente descobriria o que significa?

— O babaca do SeungHyun havia ultrapassado os limites com Jeongguk, e eu fiquei uma fera quando soube que ele havia deixado. Ele disse que tinha sido muito bom no começo, mas quando a sensação começou a ficar boa demais, também ficou estranho demais. Era como prazer misturado com dor. Ele havia sentido demais, e como foi a primeira vez dele, eu meio que já havia matado a charada. Jeongguk nunca havia experimentado sensações como aquela, era tudo novo pra ele, ele não sabia como controlar. O roxo tomou conta do seu corpo, transformando algo bom em algo desconfortável.

— Então, espera, — Eu lhe cortei. — Toda vez que ele sentir prazer em algum momento vai se tornar desconfortável? — Perguntei genuinamente curioso.

— Não. Bem, não exatamente. — Taehyung deu de ombros. — Foi a primeira vez dele. Ele pode controlar quando já conhece a cor, a sensação, o sentimento. É claro que pode se tornar algo maior em alguns casos, bem, ele nunca poderia ser praticante de BDSM. — Ele brincou, me lançando uma piscadinha, e eu revirei os olhos.

Mas isso ainda não explicava a reação dele naquela noite. Suspirei.

— De qualquer forma, isso só ajudou pra que eu assimilasse mais coisas sobre sua síndrome. — Taehyung continuou a dizer. — E então, com 18 anos, ele conheceu Choi Kibum. Ele parecia um cara legal, foi a primeira vez que não sabia com o que implicar, então achei que talvez as coisas pudessem ser diferentes. Eles estavam felizes por um tempo, Kibum conheceu os pais dele, e ele conheceu os pais do Choi também. Mas você sabe como Jeongguk é, ele é uma alma livre, gosta de fazer o que lhe der na telha, e Kibum não parecia lidar muito bem com esse lado dele. Depois do incidente com Seunghyun eu comecei a ajudar Jeongguk com as cores, a aceitar elas, nós começamos a pesquisar sobre outras pessoas com a mesma síndrome e descobrimos que havia bastante gente como ele. Também descobrimos que ele havia tido sorte, já que existiam efeitos muito mais agressivos do que os dele, e pessoas que precisam tomar remédios ou fazer tratamentos. Jeongguk começou a ajudar uma instituição para pessoas que sofriam de SDC, os medicamentos eram caros, e qualquer ajuda era bem vinda. E então, como resultado disso, passou a aceitar melhor suas cores, haviam pessoas que o paravam na rua pra comentar sobre seus olhos, e Jeongguk já não se importava mais, explicava tudo de maneira animada, era algo inocente, eu sabia que aquilo o ajudava. Mas Kibum não, Kibum achava um absurdo, odiava que Jeongguk desse atenção para estranhos, odiava que ele explicasse sobre ‘’as malditas cores’’. — Taehyung fez aspas com as mãos. — Como ele mesmo dizia. Ele não sabia de nada sobre as cores, Jeongguk não havia lhe explicado nada sobre elas, eu acho que por isso ele ficava tão bravo. Eles começaram a brigar constantemente, Kibum não queria fazer as coisas que Jeongguk sugeria, achava tudo uma perda de tempo, mas estaria tudo bem se ele apenas ficasse em casa e deixasse que Jeongguk saísse com os amigos. Mas é claro que não, ele não queria fazer e não deixava que Jeongguk fizesse também.  

— Ele queria controlar as ações do Gukkie. — Eu murmurei, quase entendendo onde aquilo daria.

— Sim. Ele queria ser o dono dele. As coisas ficaram bastante feias depois de um tempo, as brigas não eram apenas discussões, se tornaram gritos, violência. Eles destruíam qualquer coisa que estivesse perto deles no momento. Jeongguk começou a ficar retraído, violento, irritado o tempo todo, nem eu conseguia melhorar as coisas. Mas havia um serzinho que era a luz dos olhos de Jeongguk. Yesung ll, seu pug. Eu nunca entendi o porquê do Segundo em seu nome, já que o primeiro havia sido um sapo pelo o que seu pai me contou. — Taehyung comentou, e eu sabia que nunca devíamos questionar Jeongguk, sua mente era muito complexa. — Enfim, Yesung ll era seu bebê, era o que fazia a cor amarela aparecer de vez em quando pra dar um oi. Um dia, quando os pais de Jeongguk estavam viajando, Kibum foi até a casa dele para assistirem um filme, eles continuavam tentando, mesmo com todo o clima ruim, e hoje eu penso que talvez devesse ter intervindo, eu deveria ter dito algo, qualquer coisa. Era ridículo, nada de bom podia sair da relação que eles tinham. É claro que, naquela noite, tiveram mais uma briga, Kibum saiu da casa nervoso, ele viu Jeongguk ir atrás de si, gritando alguma coisa, mas apenas acelerou quando entrou no carro. — O Kim parou por alguns segundos, passando as mãos pelo rosto. — Aquela noite foi como se eu estivesse revivendo dois anos antes, naquele dia com Seunghyun. Jeongguk me ligou desesperado, mas daquela vez era pior, quando cheguei em sua casa o vi ajoelhado no meio do asfalto, Kibum já havia sumido, e ele ficou ali, com o corpinho sem vida de Yesung ll jogado no meio da rua. Kibum havia atropelado ele.

Porra, eu nem conhecia Yesung ll, mas senti meu peito doer ao ouvir aquilo. De alguma forma era grato ao cachorrinho por ter confortado Jeongguk no momento difícil de sua vida, mas saber de sua partida me fez sentir estranho, quase podia sentir a doer que Jeongguk provavelmente sentiu.

— O cinza não deixou seus olhos nem por um minuto depois daquele dia. Ele não queria mais ver a cara de Kibum, e quando o Choi o procurou alguns dias depois, Jeongguk deixou um roxo em seu olho direito como lembrança. Ele faria mais, eu sei que sim, eu nunca havia o visto com tanto ódio, mas seu pai o segurou, disse para Kibum ir embora e nunca mais voltar. Mesmo um ano depois eu quase não lembrava mais do tom de castanho em seus olhos, era mais comum ver o cinza, mas se lembra do que eu disse antes? Ele sente demais. Começou a usar óculos escuro, mais uma vez escondendo as próprias cores, passou a odiá-las novamente, principalmente porque... Bem, ele mal podia vê-las. Ele mal podia ver qualquer coisa, pra ser sincero. O cinza estava o cegando. Literalmente. Achei que leva-lo para ver o mar seria bom, ele sempre se sentiu confortável na praia, achei que talvez o azul pudesse aparecer por alguns instantes. Ele pareceu feliz, estava calmo. Disse que queria dar uma volta em seu barco, fazia tempo que não o usava, e eu disse que tudo bem. — Vi Taehyung apertar os olhos, antes de abaixar a cabeça. — Eu estava contente, sabe? Ele estava bem, fazia tanto tempo que não o via daquele jeito, eu mal me lembrei do cinza. Eu o vi sair com o barco, ele disse que voltaria logo, então eu fiquei esperando. Mas alguns minutos depois, talvez meia hora, eu senti algo estranho, uma sensação ruim, Jeongguk ainda não havia voltado, então eu disse ao Sr. Lee que precisávamos ir atrás dele, que algo parecia estar errado. Eu nunca vou esquecer a cena de seu barco entre as rochas. Eu sabia que não podia ter sido um acidente, Jeongguk havia seguido reto, ele precisava sair da rota para parar nas pedras, então aquilo só podia significar que ele havia se jogado ali. O baque foi tão forte que ele voou para fora do barco. O achamos nas pedras, e aquilo foi tanto uma benção como uma maldição. Por estar em cima das rochas não havia se afogado, mas ele parecia completamente arrebentado. O Sr. Lee ligou para a emergência e eu liguei para seus pais. Por sorte não demoraram a chegar, mas eu precisei ficar olhando o corpo imóvel de Jeongguk por um bom tempo. Eu sabia que não podia pega-lo, não podia tira-lo dali, se havia alguma chance dele estar vivo eu não podia mexer em seu corpo. Comecei a pensar então que, talvez, ele fosse mesmo um alien, e que, talvez, aliens não morressem dessa forma. Eu rezei pra que ele fosse um alien. E então, depois daquele dia, eu passei a acreditar que ele era mesmo um alien, porque ele sobreviveu.

Taehyung já tinha o rosto vermelho e molhado, e só percebi que ele estava chorando quando Hoseok o puxou para um abraço, o forçando a parar de falar por algum tempo. Eu ainda estava em choque com aquilo tudo, minha visão de Jeongguk era algo quase hiperativo, cheio de vida, sempre que lembrava de seu rosto era com aquele sorriso de coelho. Não conseguia imaginar como era ver seu corpo sem vida atirado naquelas pedras

Mas Taehyung conseguia.

— Tem mais coisas, sabe? Coisas que não cabe a mim contar à você, eu já disse demais, Jimin. — Ele suspirou, se levantando e puxando Hoseok consigo. — Jeongguk não é um fantasma, ele é a porra de um alien, e aliens são legais pra caralho.

Continuei sentado ali enquanto os via andando até a porta, Taehyung manteve a palavra e não insistiu mais. Minhas pernas não se moviam, eu ainda tentava assimilar tudo o que havia acontecido e o que o Kim havia me contado. Antes de sair, Taehyung se virou para mim novamente.

— Eu sei que disse que a decisão final era sua, mas é você a pessoa preferida dele agora, Jimin, e eu sei que ele gostaria que você estivesse lá.

[]

Depois de meia hora eu finalmente saí de casa, o tempo frio me dava uma desculpa para usar a touquinha amarela mais uma vez, embora eu soubesse que só queria tornar mais fácil para Jeongguk me encontrar no meio da multidão. Por sorte o lugar da exposição não era tão longe e quando cheguei ainda tinham pessoas entrando. Respirei fundo, finalmente adentrando o local.

Quando senti as luzes amarelas fracas em minha pele me senti ligeiramente sobrecarregado. O lugar era escuro, mas não o bastante para que tivesse que tomar cuidado por onde pisar. Nas paredes haviam fotos, mas não estavam em quadros, era como uma tela de computador, mas em formato de barquinhos, que se mexiam ligeiramente, como se estivessem no mar, tornando as fotos mais vivas.

Quando comecei a andar pelo lugar a melodia de Love me do Ikon tocou, o que deu um contraste estranho aos meus sentimentos, mas acho que combinava com a atmosfera. Eu me sentia hipnotizado, era quase como se eu fosse o único naquele lugar com aquelas obras de arte nas paredes. Comecei do lado direito, a primeira foto era de uma campo cheio de flores amarelas, e embaixo havia uma pequena descrição, provavelmente a introdução da exposição.

‘’Amarelo significa luz. Às vezes é fácil ficar do lado da escuridão, já que a claridade machuca nossos olhos. Mas você não adora o jeito que a luz reflete no rosto dele e faz seu cabelo parecer mais loiro do que o normal? Ou talvez o jeito que seus olhos diminuem ainda mais de tamanho e quase parece que ele não te enxerga. Mas ele enxerga.

Ele sempre enxerga.’’

Tentei não pensar demais, e passei para a segunda foto, me fazendo rir um pouco. Era Taehyung com os olhos fechados e com dois dedos levantados acima da cabeça, abaixei o olhar até a legenda:

‘’Esse é Taehyung, meu melhor amigo. Existem vários tipos de amarelo, mas esse da foto quer dizer que somos dois babacas que nos trancamos para fora do apartamento dele e tivemos que esperar o porteiro por quase duas horas. Foi um dia divertido.’’

Depois tinha outra foto do Kim, dessa vez com Jeongguk, havia uma parede amarela atrás, e eles tinham as testas encostadas uma na outra. Taehyung segurava um desenho na mão, mostrando para a câmera, tinha traços infantis, e embaixo seu nome em letras grandes. Ah, o desenho que Jeongguk havia feito quando eram crianças.

‘’Esse tipo de amarelo é o nostálgico. Quando éramos crianças Taehyung era o que me fazia querer encontrar o final do arco-íris. Nós procuramos por vários dias, até nos cansarmos e encher a barriga de doce.’’

Sorri, passando para a próxima foto. Dessa vez era de Taehyung e Hoseok. O Jung segurava uma câmera enquanto o Kim parecia tentar segurar o sol.

‘’Esse é o tipo amarelo esperança. Hoseok é o namorado do TaeTae, eles são como o sol e a lua, brilham de forma diferentes, mas eu sei que morreriam apenas para deixar o outro respirar.’’

Não pude deixar de gargalhar com a próxima foto, era Hoseok com uma camisa amarela em cima de uma boia da mesma cor, fazendo uma pose que ele provavelmente julgava ser sensual.

‘’O tipo amarelo divertido. Hobi hyung se ofereceu pra ajudar na exposição, mas acho que no fundo ele só queria que as pessoas vissem o rosto dele. Tudo bem, você tem um belo rosto, hyung.’’

Então veio uma foto de Jeongguk com moletom e boné amarelo e um sorriso no rosto.

‘’Esse sou eu, Jeon Jeongguk, você provavelmente vai me ver zanzando por aí. Eu sou estranho, pelo menos é o que a maioria das pessoas me dizem. Eu gosto de barulhos altos, do mar, de falar no ouvido das pessoas até me dizerem chega. Eu nunca soube dizer qual é meu tipo de amarelo, embora meus olhos julguem ser quando estou feliz. Eu gosto do amarelo, mas felicidade é uma emoção vaga demais pra uma cor tão bonita. Meu amarelo é... Espontâneo. É assim que vou chama-lo por enquanto.’’

Depois tinha a foto de um garoto com cabelos amarelos, não o reconheci, provavelmente era algum amigo de Jeongguk.

‘’Esse é o Yugyeom, eu o conheci porque ajudamos a mesma instituição. Ele também sofre de síndrome de colorear, mas é um pouco diferente da minha. O amarelo dele não significa algo bom, faz seus olhos arderem. Mas ele decidiu que não seria prisioneiro da síndrome, então a pintou em seu próprio cabelo. Yugyeom é uma das pessoas que eu mais admiro no mundo, fico feliz por sermos amigos. Eu quero ser como ele um dia.’’

A próxima foto era de um lugar cheio de flores amarelas e haviam duas pessoas, uma usando capa de chuva e a outra com uma blusa de frio, meio escondido entre as flores.

‘’Esse amarelo é o tipo alma gêmea. Esses na foto são meus pais, eu acho que são a fonte da minha estranheza. Se você acha que eu sou estranho, você deveria passar um dia inteirinho com eles. Quando contei sobre minha exposição eles ficaram extasiados, me mandavam fotos pra ‘’ajudar’’ todos os dias, mesmo que fosse de uma banana, e uma vez tiraram foto de uma placa amarela no portão de um cemitério. Eu nem sei o que eles estavam fazendo perto do cemitério.’’

Depois veio a foto de um pug com uma expressão entediada que me fez querer rir e soltar um ‘’awn’’ ao mesmo tempo. Ele usava uma roupinha de chuva com um patinho em cima.

‘’O tipo amarelo saudade. Esse é o Yesung ll, o que nunca fez sentido já que o primeiro Yesung era um sapo. Yesung ll não fazia muito além de dormir, bagunçar meu quarto e soltar flatulências. Mas quando tudo estava cinza, as lambidas de Yesung ll no meu rosto e seu corpinho deitado em minhas pernas eram meu amarelo esperança. Eu sinto falta dele.’’

As fotos seguintes eram coisas aleatórias, pessoas nas ruas, cachorros, crianças, todas com um toque amarelado, era uma verdadeira obra de arte, principalmente porque nunca pareciam ensaiadas, eram todas bem espontâneas, e senti meu coração esquentar ao ver uma foto de Jeongguk segurando um neném vestido de Pikachu. Me perguntei como ele havia convencido os pais do serzinho a deixa-lo pegar o bebê no colo e usar na exposição, mas me lembrei que Jeongguk podia ser bem persuasivo quando queria.

Havia uma foto de um luau na praia, com violões amarelos e sorrisos bonitos. Também havia uma pintura de Vincent Van Gogh que Jeongguk havia feito, e novamente encontrei-me fazendo perguntas: Será que os dons do Jeon não tinham fim?

Placas, folhas, livros, cds, cadernos, mais pessoas, mais animais, barcos, Jeongguk sorrindo, Jeongguk envergonhado, Jeongguk e Taehyung.

E eu.

Quase achei que estivesse olhando para um espelho quando me vi, já havia perdido as esperanças de me achar na exposição, mas lá estava eu, com minha touquinha amarela e fazendo uma pose ridícula apenas para ver Jeongguk rir. Agora era Two Ghosts do Harry Styles que tocava, e nada nunca pareceu tão correto.

‘’Esse é o Jimin, e eu ainda não sei como chamar seu amarelo. Ele é o cara mais legal que eu conheci em toda minha vida, é o completo oposto de mim, mas me faz rir como se eu nunca tivesse conhecido a solidão.’’

Engoli a seco, precisei piscar algumas vezes, temendo que aquilo fosse alguma ilusão da minha mente. Havia várias outras fotos minhas e de nós dois juntos, algumas que eu nem me lembrava. Nossa foto no restaurante, no estúdio de tatuagem, no barco com nossas vestimentas horríveis.

E a última foto era uma onde eu estava com uma roupa azul, e Jeongguk todo amarelinho. Eu estava o abraçando por trás, e é incrível como eu nem me lembrava da existência daquela foto.

‘’Esse é o tipo amarelo fogo. Mesmo a luz em mim tendo se apagado por muito tempo, ela ainda pôde ser acesa novamente. Precisou de um tempo, e precisou de uma ajuda, mas Jimin tornou as cinzas em mim o mais belo fogo já visto.’’

Engoli a seco, novamente sentindo minhas pernas presas, sem poder mexê-las só conseguia ler a legenda de novo e de novo. O que merdas estava acontecendo? Por que eu me sentia daquele jeito? Por que tudo doía de repente?

Me virei, pronto para seguir até o final da exposição, e foi aí que meus olhos encontraram um par castanho me observando atentamente. Jeongguk não parecia surpreso de me ver ali, mas estava nervoso, isso eu podia dizer. Nos encaramos por algum tempo, até meu olhar subir para algo acima de sua cabeça, onde haviam letras enormes com luzes amarelas que quase me cegavam.

I LOVE YOU TOO.

Eu não podia mais fazer aquilo. Me virei, saindo dali o mais rápido que meus pés conseguiam me levar.


Notas Finais


ENTÃO, PRIMEIRO DE TUDO, EU FIZ UMAS EDIÇÕES COM >ALGUMAS< FOTOS DA EXPOSIÇÃO SO PRA VOCÊS ENTENDEREM MAIS OU MENOS COMO FICOU, TA BEM VAGABUNDINHO, MAS DA P PEGAR O CONTEXTO

AQUI: https://78.media.tumblr.com/d746c15dea5124c6e4df2ad745c8f6ff/tumblr_p3byowXGPb1rn6bm1o1_500.jpg

E AQUI: https://78.media.tumblr.com/5633a02f591f96ba87b2d2d9bfcb392f/tumblr_p3byowXGPb1rn6bm1o2_500.jpg

AH E A PLAYLIST NO SPOTIFY TAMBEM ESTA PRONTA: https://open.spotify.com/user/22b6eal5nghfa3rky2w7fdi7a/playlist/0abrbbtE0Hb8kGuxV7Y8Z6

E NO YOUTUBE TAMBEM!: https://www.youtube.com/playlist?list=PLj0R7uEam3DwVUCoZW-NYurDYeLg3E8yt

provavelmente vou acrescentar mais musicas depois, mas enfim, espero que gostem

E NAO ESQUEÇAM DE COMENTAR, POR FAVOR, EU AMO VCS <3 <3 <3 muitO OBRIGADA POR TUDO!!!


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