História Terceira Guerra Mundial - Interativa - Histórias - O Segredo Alemão Parte 1

Tour Majunga, Puteaix, Paris, França

13 de agosto de 2016 - 06:40h

Em uma sala,  uma mulher estava amarrada a uma cadeira em frente à um monitor com uma câmera acoplada em cima. O refletor estava apontado para ela deixando-a quase cega.

- Por favor, não faz isso. - Implorava a mulher. - Nós já te falamos tudo que sabemos.

- Não é o suficiente. - Disse uma mulher que estava atrás da luz escondendo se no escuro e usando um sotaque russo. - Diga me, onde está o hd.

- Ela não sabe, não faz nada com ela, já dissemos tudo que sabíamos. Gritava um homem que estava na tela assistindo a tudo.

- Vou perrguntarr apenas mais uma vez e vou contarr, se não me falarr o que eu querro saberr… irei fritarr esse lindo rrosto.

A mulher se aproximou de sua refém e mostrou para a câmera um cabo de cobre ligado à várias baterias. Essa mulher usava um blazer justo com um expressivo decote valorizando ainda mais seus seios, uma calça social colada mostrando suas belas curvas mas não era possível ver seu rosto por causa da posição da câmera que estava na altura da refém.

- Deixa ela ir, eu convenci ela a fazer isso, venha me procurar e deixe ela em paz! - Implorou o homem no monitor.

A mulher aproximou o cabo um pouco mais próximo do rosto da mulher fazendo ela se contorcer para o lado tentando evitar de ser eletrocutada.

- Não faz isso, eu já te falei tudo que sabia! - Disse o homem na  tela.

- 1...

- Ok, ok… o hd está no setor de serviço! - Disse o homem.

- 2…

- O que mais você quer saber?

- Apenas responda a perrgunta senhorr Augush, não tenho tempo a perrderr com você. - Disse a mulher com seu sotaque russo.

- Me escute, um de seus homens nos interceptou no setor de serviço, se não estiver com eles ainda deve estar lá. Disse Augush na tela.

- 3.

- Nãoooooo! - Gritou Augush quase destruindo seu teclado de raiva. - Desgraçada, não faça isso, pelo amor de deus!

- Calma senhorr Augush, eu ainda não a eletrrocutei. - Disse a mulher com o cabo a poucos centímetros do rosto da moça.

Todo o corpo da refém estava com algumas queimaduras, suas unhas estavam quase pretas e seu rosto com algumas bolhas por causa de um bastão de choque que a russa estava usando na refém. Agora a ferramenta de tortura era um cabo com várias baterias conectadas. Um balde de água tinha sido jogado no corpo da refém e apenas mais alguns centímetros do cabo próximo a sua pele seria o suficiente para matá la.

- 4…

- Não está com agente…

- 5…

- 6…

- 7…

- Por favor não faz isso! - Implorou a refém.

- 8… - Continuou a russo enrijecendo a voz.

- Acha que estou brrincando senhorr Augush?

- Eu falo! - Gritou a refém.

- …

- O que está esperrando, vamos, diga me. - Disse a mulher ameaçando com o cabo.

- Eu joguei ele em um dos carrinhos de limpeza.

A russa olha para um de seus capangas e faz sinal para que ele busque pelo hd, em seguida ela olhou novamente para a refém e encostou um pouco mais o cabo eletrocutado no rosto dela.

- Ainda não é o suficiente, diga me, onde está o hd?

- São muitos carrinhos, não tem como eu saber. Disse a refém.

- Se você disserr, estarrá livrre para viverr essa sua vida meserrável.

- ...

- 9…

- Não por favor, eu não sei mais nada. - Gritou a refém chorando aos monte.

Nesse momento enquanto Augush estava calado impotente sem poder falar mais nada e a refém já estava para morrer o capanga da russa bate a porta e entra na sala.

- Senhora, encontramos o hd, estava na mesma sala que ela disse!

- Ok… ok, você encontrou o hd… certo, agora que você já tem o que queria libera a Josí e nunca mais irá encontrar com ela.

A russa olhou para Josí, a refém, e em seguida olhou para a câmera.

- Isso é porr me fazerr perrderr tempo senhorr Augush.

O cabo elétrico foi cravado na nuca de Josí fazendo ela se contorcer e queimar até a morte.

- Nãoooooo… - Gritou Augush.

Quartier de Grenelle, Paris, França

13 de agosto de 2016 - 07:10h

- Fisher, está aí? - Perguntou uma voz masculina no rádio.

- Oi Little, estou sim, achei que não iria ligar mais, bom dia. - Respondeu Fisher com uma voz feminina e sonolenta. - Faz tempo que não te vejo, ultimamente estou muito estressada no trabalho. não quer vir desestressar? - Continuou Fisher com uma voz deliciosa e safada.

- Quem dera mas estou te ligando por outro motivo. - Disse Fisher com uma voz ansiosa.

- Então… não ligou por mim? Ok, vou voltar a dormir - Disse Fisher.

- Liguei mas não pelo motivo que você está pensando. Preciso que você apenas confie em mim, não é seguro falar por aqui então me encontre amanhã ás 18 horas no lugar que sempre nos encontramos está bem? - Disse Little quase implorando que ela confie nele. - Não deixa ninguém te seguir, te amo. - Continuou Little desligando o rádio em seguida.

- Little, Little?

- (Rádio mudo...)

- Está bem… se ele estiver me trollando faço greve de sexo por um mês. - Disse Fisher deitando para o lado, abraçando seu travesseiro e voltando a dormir.

- Se eu aguentar esse tempo todo…

BND (Serviço Federal de Inteligência da Alemanha),  Berlim, Alemanha

13 de agosto de 2016 - 10:40h

Na agência de inteligência, Igor Augush, chefe da equipe técnica de espionagem estava em uma reunião a portas fechadas com sua superior discutindo sobre a última missão que tinha provocado mais uma baixa para a agência. A missão até então estava sendo executada secretamente de maneira que pouquíssimas pessoas estavam sabendo de sua existência, inclusive o presidente, afinal, se alguém descobrisse que a Alemanha e a França estavam espionando um ao outro e estas informações vazassem, ambos os países membros da OTAN iriam passar por constrangimentos sérios e se expor. Todo mundo sabe que espionagem entre países aliados e não aliados é normal, pois, não é feio espionar mas sim ser pego espionando.

Augush assim que entrou na sala notou a presença de um homem sentado no sofá de maneira bem à vontade com seu rosto encoberto por um livro de romance que estava lendo, seus trajes eram de um general do exército alemão, sem muito tempo para descobrir quem era a pessoa que estava sentada no sofá, Augush prestou continência para Leona que foi direto ao assunto.

- A morte de Josí irá nos expor? - Perguntou Leona Müller, chefe de Igor Augush.

- Não se preocupe, nós removemos todos os registros dela de nossos bancos de dados, é como se ela nunca tivesse existido. - Respondeu Augush.

- A morte dela foi lamentável, ainda mais da forma que morreu mas não podemos ficar parados, eu quero aquele hd, nós precisamos dele Augush. - Disse Leona.

- Mas o que tem nesse hd, já perdemos uma agente e ele está em um local muito bem defendido, ele realmente vale outra vida? - Perguntou Augush tentando evitar que Leona mande outro agente para a missão, principalmente por saber qual seria sua próxima escolha.

- Não importa o que tem nesse hd Augush, nós precisamos recuperá lo antes que ela fuja do país e você tem que dar um jeito nisso, a reputação de nosso país depende dessa missão. - Disse Leona, dando meia volta, indo em direção a janela e olhando para o horizonte. - Esse hd contém informações que podem abalar as relações com todos os países da europa, eles não iriam entender… Augush, chame a agente 5, soube que ela foi muito bem na missão contra Sawahiri. - Disse Leona com um sorriso no rosto confiante em sua decisão.

Augush olha para Leona com um olhar não muito surpreso, a agente 5 era a única que poderia cumprir essa missão mas ainda assim seria muito arriscado por causa da russa que estava guardando o hd. Por causa de um envolvimento entre Augush e a agente 5 no passado ele não queria que acontecesse algo com ela, algum sentimento ainda era presente em seu peito mas ele não assumia para ninguém, muito menos para ele mesmo.

- Augush… está deixando que seu relacionamento com ela no passado interfira no sucesso da missão? - Perguntou Leona.

- Não senhora - Disse Augush erguendo o queixo.

- Eu espero que não. Ela terá que servir, quero que você convoque-a ainda hoje e cuide para que ela seja discreta. - Disse Leona fazendo sinal para que Augush siga com o novo plano imediatamente.

- Ela ainda está se recuperando de uma outra missão, nós temos outros agentes para mandar, Klotz é capaz de cumprir a missão, ele ajudou os curdos a destruir vários postos avançados no Iraque indicando suas posições e treinou vários de seus combatentes. - Disse Augush tentando tirar Victória dessa missão quase suicida.

- Hahaha… Por que alguém daria flores para alguém que ama?... Isso não faz o menor sentido… - Disse o homem virando a página.

Leona ignorou o homem e olhou já irritada para Augush com seus punhos cerrados e bateu na mesa.

- Apenas cumpra minhas ordens Augush, minha decisão já está tomada, se a agente 5 tiver que morrer mandaremos outra pessoa mas nesta missão ela é quem vai, estamos entendidos?

- Sim... senhora. - Respondeu Augush dando meia volta indo em direção a porta.

- Espere um momento… - Disse o homem que estava sentado.

Neste momento o homem guardou seu livro e se levantou ajeitando seu uniforme. Assim que se levantou, Augush reconheceu que aquele era o famoso general prodígio Alemão, Yan von Rundstedt.

- Nós não podemos confiar totalmente em vocês para uma missão tão importante. Você Augush, acredito que já saiba o motivo, antes de trabalhar para nós hackeava nossos servidores só por diversão, quanto a agente 5, ela nem nasceu aqui, porque eu confiaria? - Disse o homem olhando nos olhos de Augush.

- Justamente por esse motivo trouxe um de meus homens para acompanhar toda a missão. - Completou indo em direção a porta.

- Tenente, pode entrar. - Disse Rundstedt.

Augush e Leona olharam para a porta na expectativa de saber quem iria acompanhar a missão para garantir que o hd fosse entregue a pessoa correta e dedurar qualquer erro ou quebra de sigilo que eles poderiam cometer.

Uma mulher se levantou da cadeira e foi em direção a sala, ela estava com um uniforme militar, um notebook na mão e uma mochila militar caqui.

- Tenente Emily Silva se apresentando para o serviço. - Disse, prestando continência.

- De agora em diante quero que Emily esteja a par de toda a situação, todos os passos dado pela agência referente a esta missão deve passar por ela. - Disse Rundstedt.

- Ela foi a mesma pessoa que fez a missão com a agente 5. Que eu saiba ela também é brasileira. - Disse Augush.

- Você já tem sua ordens, apenas cumpra. - Disse Yan indo pegar seu livro e em seguida se retirar da sala.

~~~~~~~

Augush voltou a sua sala para buscar a ficha da agente 5, depois de tanto tempo afastado da agente ele não sabia mais nada atualizado sobre ela a não ser suas informações profissionais. Seus sentimentos em relação a agente eram a muito tempo bloqueados e revive los agora não seria o ideal por causa da missão que ele iria coordenar.

- Mia preciso que busque a ficha da agente 5. - Disse Augush para sua assistente.

- Quem é essa agente? eu não lembro de já ter trabalhado com ela. - Perguntou Mia.

- Ela ainda não trabalhou conosco mas irá entrar para a equipe. - Respondeu Augush.

- Ok… procurando…

- Buscando por: Agente 5…

- 95%…

- 97%…

- 99%…

- …

- …

- 100%

Agente 5

Nome: Victória Verteli

Profissão: Agente Especial Alemã

Idade: 30    Sexo: Feminino

Nacionalidade: Alemã

País de Origem: Brasil, Rio de Janeiro

Cidade atual: Berlim

Endereço: Niederschönhausen - 265

Missões: “CONFIDENCIAL”

3 Horas antes…

Tour Majunga, Puteaux, Paris, França

13 de agosto de 2016 - 07:30h

Helena Petrovna já com o hd estava voltando para a sala de Maximilien de Robespierre, seu amante, para esconder o hd e voltar para a mansão onde estava morando.

Maximilien era empresário de uma empresa multibilionária em Puteaux e presidente de um dos partidos político mais poderosos da França, o homem mandava em boa parte do plenário francês e foi acusado por várias vezes de ser um dos líderes da máfia francesa agindo na indústria de proteção forçada, mas em nenhuma das acusações foi considerado culpado, talvez porque os melhores advogados do mundo lutavam em sua defesa.

Já na sala de Maximilien, Helena põe o hd através do computador para que ninguém pudesse desconfiar que estaria ali.

- O que está fazendo na minha mesa a essa hora? Achei que tinha ido a uma festa de caridade. - Perguntou Maximillien com uma voz firme acabando de entrar na sala.

Maximilien não costumava chegar tão cedo no trabalho, isso o deixava nervoso, ele pensava que depois de tanta luta extorquindo, espiando e entregando pessoas para subir na vida ele merecia ao menos o capricho de acordar tarde, “Trabalhar antes das 10 horas é para os peões” ele pensava. Helena precisava pensar rápido para sair daquela situação sem levantar suspeitas, é óbvio que ela poderia acabar com Maximilien fácilmente mas ela ainda precisava dele para concluir com seus planos.

- Onde você esconde a bebida? - Disse Helena mandando um olhar sensual para ele e mordendo os lábios.

A posição de Helena era favorável pois como estava inclinada seus seios ficavam a mostra e essa visão deixava Maximilien louco.

- Vim te fazerr uma surprresa no trrabalho, a festa estava muito chata e eu não tinha com quem converrsarr e nem… - Continuou Helena com uma expressão de coitadinha sex e finalizando com um sorrisinho de malícia.

- Você veio direto da festa só para me fazer essa surpresa? Eu gosto de mulher proativa, tira a roupa vamos fazer aqui nesta mesa mesmo. - Disse Maximilien já afrouxando seu cinto.

Helena sentia uma mistura de repulsa e pena da criatura que não tinha um traço atraente e muito menos sabia ser sexy ou sedutor, não passava de um ogro gordo cheirando a charuto cubano, o mais repulsivo era aquela boca de dentes amarelados e lábios pretos.

- Eu adoro seu cheiro. - Disse Maximilien a abraçando e tentando beijá-la.

Sem paciência para tanta saliência Helena o abraça forte, faz um carinho em suas costas,  leva sua mão em direção ao pescoço e pressiona sua artéria carótida externa fazendo ele desmaiar. Sem perder tempo ela conecta o hd externo ao computador de Maximilien usando a porta usb traseira e o esconde atrás  do computador para que ninguém o encontre. Ela já tinha o hd mas sabia que a BND ainda iria ficar no pé, então a única forma de garantir que os dados seriam entregues com segurança seria transferi-los para as nuvens, como os servidores eram para uso militar russo a transferência iria demorar muito já que as informações teriam que ser criptografadas durante o processo. Para finalizar Helena configura o processo de transferência para que seja feito em segundo plano, assim nenhum usuário que fosse usar o computador poderia ver essa transferência a menos que procure.

Enquanto desligava o computador Maximilien acorda lentamente respirando fundo e com uma dor no pescoço. Helena bagunça um pouco seu cabelo, abre alguns botões da blusa e coloca uma parte dablusa para fora da calça.

- O que aconteceu? - Perguntou Maximilien ainda desnorteado.

- Nós fizemos um sexo incrrível em sua mesa, você foi marravilhoso, é uma pena que eu cansei rrápido. - Respondeu Helena com um sorriso sínico.

- Eu falei para você Lana, você está muito magrinha, assim você não dá conta do garanhão aqui. - Disse Maximilien se referindo a Helena usando seu nome falso.

- Bom... eu já vou indo, estou muito cansada e prreciso dormirr um pouco, a noite nos falamos novamente garranhão. - Disse Helena pegando sua bolsa e indo em direção a porta.

- espera ai mesmo! - Disse Maximilien  com a voz firme.

- O que você está pensando? - Continuou.

- Eu esqueci alguma coisa? - Perguntou Helena desconfiada se posicionando para arrancar sua traqueia caso precise.

- Não vai se despedir, me dê um beijo. - Disse Maximilien.

Helena faz uma cara de alívio que rapidamente muda para uma expressão de nojo, não tendo para onde correr ela vai se aproximando de Maximilien para beijá-lo quando o telefone toca.

- Alô … Certo, já está tudo pronto, irei apresentar ainda hoje … tudo bem.

- Você já pode ir, anoite eu te dou um trato. - Disse Maximilien a Helena.

Helena queria matar Maximilien a cada novo milisegundo que passava mas ele ainda era importante para sua missão na França, sem ele não seria possível concluir, mas no final a recompensa de Helena será muito prazerosa.

Port de Grenelle, Margem do Rio Sena,  Paris, França

14 de agosto de 2016 - 11:15h

A margem do Rio Sena, Fisher, ou melhor Sophie Pitre, estava no porto de Grenelle próxima a bela ponte de Rouelle vendo as lanchas gt35 e os típicos barcos de passeio brunch enquanto aguardava seu namorado chegar. Distraída com a paisagem, Sophie não notou a presença de Little, ou melhor Luca Dufresne, que chegou e deu um abraço apertado pelas costas na tentativa de matar a saudade de tantos dias longe.

- Finalmente você chegou! - Disse Sophie.

- Eu também estava com muita saudade mas não tenho muito tempo, só vim te dar um beijo e voltar.

- Mas voltar para onde? Acabou de chegar.

Eu estou aqui a trabalho, não posso ficar muito tempo mas precisava te ver.

- A frança está fazendo algum exercício em conjunto com a Inglaterra? eu não fui chamada.

- Não exatamente, é só um treinamento das forças especiais, já que você não é então ficou de fora. - Disse Luca debochando de Sophie.

- É mas você perde para mim numa briga, grande coisa ser das forças especiais. - Disse Sophie.

- Aparece lá em casa depois do treinamento. - Continuou.

- Vou fazer o possível. - Disse Luca como se olhasse pela última vez para o rosto de Sophie.

Os dois ficaram o resto do tempo aproveitando a paisagem e colocando a conversa em dia, Sophie não fazia ideia do motivo pelo qual Luca estava na França mas sabia que ele estava mentindo, como o tempo era pouco ela planejou discutir apenas quando ele fosse embora e aproveitar sua companhia enquanto isso.

Sophie: Me aguarde seu mentiroso…

Niederschönhausen, Berlim, Alemanha

14 de agosto de 2016 - 15:25h

Deitada no sofá de sua casa que ficava em uma área modesta de Berlim, Victória estava assistindo uma série de romance “Descendants of the Sun” enquanto comia batatas e tomava refrigerante. De férias, um bom livro ou uma boa série era o melhor passatempo para Victória, nada como a tranquilidade de casa, diferente de suas missões que graças a sua competência nunca foram fáceis, ela sinceramente não sabe se ser boa no que faz era qualidade ou defeito. No meio da série sua campainha toca, Victória não tem idéia de quem poderia ser já que não tinha marcado nada com alguém. Ao abrir a porta ela se depara com um homem que despertou um sentimento nela, um sentimento que vinha de seu estômago e subia para sua cabeça se transformando em muito estresse, aquele homem já tinha feito muito mal a ela.

- Oi Victoria, quanto tempo! - Disse o homem.

O homem na porta era Igor Augush, Victória nem piscou e no mesmo instante em que ele terminou sua frase ela puxou com força a porta e fechou na cara dele.

- Vá embora! - Gritou estressada.

- Eu preciso falar com você Victória.

- Não temos nada para falar, acha que é só vir a hora que quiser e voltamos a falar como se nada tivesse acontecido, ao menos marque um horário?

- Victória eu tentei explicar, tínhamos que nos afastar.

- Você não disse nada, apenas ficou cada vez mais calado, eu me sentia só naquele relacionamento, pensei até em te largar mas não consegui, mas você conseguiu muito fácil.

- Victoria, eu precisei...

- Vá embora!

- Eu vim a trabalho, Leona Müller e Yan von Rundstedt me mandou aqui, precisamos conversar.

Victória muito profissional tentou se controlar ao escutar o nome de duas pessoas muito influentes em seu trabalho, não era nada bom rever Igor após algum tempo tentando esquece-lo mas o trabalho exigia este sacrifício, então ela fez o que tinha que fazer.

Ao abrir a porta Igor estava olhando para ela com uma cara de vergonha e culpa, ele tinha seus motivos mas não podia falar por uma força maior, motivos que um dia talvez alguma pessoa além dele irá saber. Em um relacionamento dos sonhos para ela, Igor de uma hora para outra havia transformado na maior decepção da vida de Victoria.

- Entre e seja rápido, estou no meio da minha série.

- Nós precisamos de alguém para assumir uma operação de resgate, precisamos resgatar um hd que roubaram de nós e temos pouco tempo para isso, preciso de você ainda hoje a noite pois não podemos deixar que ele seja replicado ou que suma do mapa.

- O que tem nesse hd? - Perguntou Victoria.

- Não me disseram, mas avaliando a quantidade de patentes altas envolvida nesse caso ele deve ter informações muito comprometedoras. - Disse Igor.

- Mas você não vai. - Completou Igor.

Victoria franziu suas sobrancelhas, olha para igor e disse:

- Eu nunca recusei uma missão e não será você quem irá me convencer a declinar a primeira.

Igor se aproximou da Victoria, passou sua mão em seu rosto, apoiou na nuca de Victoria, olhou em seus olhos e disse:

- Eu não quero que você se machuque, já perdi uma agente para eles de maneira horrível e não posso permitir que aconteça o mesmo com você. - Disse Igor olhando profundamente nos olhos de Victoria.

- Eu sobrevivi todo esse tempo sozinha, não tinha ninguém ao meu lado para qualquer coisa, familia, amigos… namorado, se eu superei a perda de todos que amava que era meu maior medo, então posso enfrentar qualquer coisa. - Disse Victoria com os olhos marejados indo para o sofá.

O motivo da visita de Igor a casa de Victoria foi para impedir que ela se machucasse, mas o resultado estava machucando Victoria ainda mais. Igor com o coração na mão sem poder contar seu real motivo da separação vai até o sofá tentar confortá-la, no caminho, convenientemente Igor encontra um pequeno jarro de vinho e alguns amendoins e decide servir para Victoria relaxar um pouco.

- Eu não te larguei totalmente, fiquei de olho em você. - Disse Igor enxugando as lágrimas de Victoria e oferecendo o copo de vinho em seguida.

- Lembra da sua missão no afeganistão? Quem você acha que disse a Emily onde e qual o  momento certo de quebrar o teto da casa? - Continuou Igor acariciando o queixo de Victoria.

- Achei que ela que tinha quebrado o teto sozinha. - Disse Victoria.

- Como ela quebrou eu não sei mas quebrou, eu só falei onde e o momento. - Disse Igor.

- Victoria, apenas confie em mim, não posso te falar o motivo de ter me afastado de você mas foi preciso. Quem sabe no final que conta esse nosso capítulo de decepções eu te revele o motivo, mas agora não posso. Só te peço… confie em mim. - Disse Igor apertando as mãos de Victoria e as colocando próximo ao seu peito enquanto olhava profundamente em seus olhos.

Victoria ainda confusa olha para Igor e balança a cabeça mostrando que irá confiar nele, ela não queria mais pensar besteiras de Igor, aceitar seria mais fácil e menos doloroso.

Os dois ficam se olhando e se aproximam um pouco mais um do outro até se beijarem, Igor segura na nuca de Victoria que o agarra e deita no sofá. Igor pensava em como era bom voltar a sentir o cheiro suave e delicioso de Victoria, sentir sua pele morena e sua boca macia. Ele sabia que esse momento não poderia se repetir nem tão cedo por causa de seu segredo, então teria que aproveitar ao máximo esses poucos minutos com ela. Com uma mão pegando firme na cintura de Victoria e a outra segurando seus braços acima da cabeça ele a beija indo de sua boca passando por suas bochechas até a orelha e a mordisca. Victoria se arrepia e sente calafrios circulando pelo seu corpo, Igor desce um pouco mais e passa levemente sua língua no pescoço dela fazendo a respiração de Victoria ficar mais forte, pressionando o pescoço de Victória sem a machucar Igor usa sua outra mão para acariciar o rosto dela olhando em seus olhos, sua mão continua passeando por todo corpo dela sentindo todas suas curvas e dando pequenos arranhões com a ponta dos dedos. Victoria o empurra um pouco e bebe o resto do copo de vinho que estava no chão próximo ao sofá, respira fundo e continua o agarrando, Igor desce beijando seu pescoço até entre os seios de Victoria enquanto usa suas mão para acariciá los e dar pequenos beliscões de leve. Já despidos Igor beija seus seios e desce por seu abdômen chegando até entre suas coxas. Segurando nos cabelos de Igor Victoria o afasta colocando-o sentado e em seguida sentando em cima dele, arranhando e cavalgando enquanto Igor segura em sua cintura e a beija. Igor levanta Victoria e a deita de lado ficando de conchinha no sofá ficando em uma posição mais favorável para aproveitar acariciando todo o corpo de Victoria enquanto a penetrava…

~30 minutos depois~

Victoria já estava tranquila com Igor e decidida a confiar em seus sinceros motivos de ter se afastado dela, claro que não iria enterrar esse assunto, mas não era o momento.

- Não pense que eu esqueci, temos uma missão a cumprir. - Disse Victoria levantando sorridente e com um humor totalmente mais leve.

- Já vi que não tem mesmo como fazer você mudar de ideia… ok, vamos lá.. preparei um plano de invasão caso não conseguisse fazer você mudar de ideia. - Disse Igor enquanto caminhava para o banho com Victoria.

- Temos mais 20 minutos? - Perguntou Victoria.

- Temos sim! - Disse Igor sacando a ideia de Victoria.

Château Louis XIV,Louveciennes , Paris, França

14 de agosto de 2016 - 20:05h

No castelo Luiz XIV, uma mansão moderna e luxuosa ao estilo francês com controles e dispositivos high tech incorporada em um aspecto do século 17, Helena Petrovna estava em seu quarto arrumando suas malas para fugir da frança o mais rápido possível, ela sabia que a BND iria mandar mais agentes para recuperar o hd e dessa vez com certeza iriam vir com mais força, mas antes ela precisava se livrar de algumas evidências que deixou pelo caminho e que mais tarde poderiam incomodá-la.

Seu destino era o Tour Majunga onde o hd estava programado para terminar a transferência de dados  em aproximadamente uma hora, seus alvos pelo caminho eram seu amante Maximilien e seu motorista que tinha ajudado a acobertar nas mentiras que ela inventava para Maximilien em troca de alguns “Favores íntimos”, claro que Helena sempre soube enrolar sem precisar fazer muito esforço,  bastava olhar para sua vítima com aqueles olhos azuis intenso, balançar seus cabelos loiros e ondulado e para finalizar bastava falar algumas palavras com seu sotaque sexy vindo diretamente das terras gélidas da Rússia, seu sorriso malicioso e com um toque irresistível era usado em momentos especiais, momentos em que o resultado tinha que ser imediato, ela era uma mulher que sabia valorizar o que tinha.

Durante a viagem ao prédio comercial, Helena saca uma Glock 18 automática e enrosca um silenciador na ponta do cano.

- Oliverr, querro que me deixe na rruela de serrviço atrrás do edifício, não querro que me vejam entrrando no prrédio. - Disse Helena para o motorista apoiando sua arma em suas pernas.

- Sempre desconfiada em senhora Helena, hoje vai ser como aquele dia do bar? - Perguntou Oliver se referindo ao dia em que Helena tinha eliminado um homem que estava a perseguindo.

Helena odiava pessoas intrometidas e inconveniente e por isso não via a hora de acabar com aquele motorista que sabia de muitas coisas.

- Não querrido oliverr, serrá bem piorr. - Disse Helena colocando sua glock 18 na nuca de Oliver.

- Agorra que chegamos querro que abrra a mala e entrre lá, bem devagarrinho. - Continuou Helena.

- O que a senhora vai fazer comigo, por favor não faça nada, eu tenho família, filhos, minha mulher está grávida… minha amante também, compramos uma casa nova e eles não terão como pagar, todos precisam de mim! - Implorou Oliver apelando para sua família imaginária enquanto entrava na mala.

- Então não se prreocupe meu querrido, irrei te livrrarr de todos os seus prroblemas, você sabe de mais. - Disse Helena olhando para Oliver, disparando contra sua cabeça e fechando a mala do carro.

Continua...