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História Teste de gravidez - Sobre enjoos matinais, testes de farmácia e positivo


Escrita por: nksj

Notas do Autor


heyyy!

Sim, eu sou muito boiola com esse casal e a culpa é toda dos vídeos de interação (embora sejam bem poucas haha). Eu sofro MUITO com a falta de fics, acho que só encontrei uma fanfic lá no wattpad (triste realidade). Por isso, enfim cheguei aqui para sofrer com o flop do otp e irei postar algumas fanfics deles. Essa em especial, escrevi e postei no wattpad, no entanto como outro casal (link nas notas finais). Espero que gostem e boa leitura :)

Ps: suuuuper quero agradecer novamente pela capa tão fofa! Edições de kyungyeon acaba com meu coraçãozinho fraco. @jenoparte obrigada ♡


Ps2: VOU DEIXAR UM LINK DE UM VÍDEO DOS DOIS SIM!

Capítulo 1 - Sobre enjoos matinais, testes de farmácia e positivo


Fanfic / Fanfiction Teste de gravidez - Sobre enjoos matinais, testes de farmácia e positivo

NAYEON NÃO ACREDITAVA  na situação que se encontrava. As mãos da menina estavam tremendo; estava encolhida no chão do banheiro e se obrigava a olhar novamente o teste de gravidez.

A primeira coisa que sentiu ao ver que era positivo, foi a vontade de fazer mais um teste, entretanto desconfiava de que o sexto não lhe traria  outra informação.

A segunda foi medo. Im mal sabia se manter viva naquele apartamento, agora com uma criança dentro de si...

A terceira coisa que sentiu, foi empolgação.

 Certo, veja bem: estava com medo, certamente, mas ao cair a ficha de que um serzinho passaria a se desenvolver e que era um pedacinho de si e do namorado, lhe atraia felicidade e a imensa vontade de chorar. Se tornaria mãe.

Mas então se alarmou novamente.

Não sabia se Kyungsoo queria se tornar pai. Não sabia se ele queria constituir uma família e, o pior: não sabia se ele continuaria consigo após lhe contar a novidade.

Nayeon tardou a sentar-se no piso gelado e deprimente do banheiro, pensando nas suas lamúrias e mazelas enquanto encarava os azulejos que precisavam de uma reforma urgente.

Estava em um relacionamento com o Do há cinco anos; desde muitas idas e vindas nos primeiros meses de namoro, até o momento que se encontrava agora, ambos dividindo um apartamento há cerca de três meses.

A coreana se recordava de como tomavam cuidado para que a gravidez não ocorresse e ganhasse atenção na sua vida íntima com o rapaz; estavam despreparados para terem uma surpresa daquela, Kyungsoo arrumara um emprego recentemente de atendente em um fast-food, enquanto ela ainda permanecia trabalhando em festinhas infantis fantasiada de palhaço, um papel muito pequeno para ganhar dinheiro suficiente e sustentar um bebê indefeso; mal pagava sua faculdade de comunicação e as compras do mês – deixando acumular alguns trocados para ir ao salão mensalmente. 

Contudo, incidentes são costumeiros quando se trata de dois adultos avoados, então Nayeon conseguia facilmente recordar-se das diversas vezes que saiam acompanhados com os amigos e, nas noitadas que ficavam curtindo até altas horas, assim que voltavam ao apartamento, se agregavam de forma afoita, apaixonada e necessitada, habitualmente esquecendo de se protegerem (sem contar também com sua falta de atenção aos remédios diários).

Ela não sabia como iria dar a notícia para Kyungsoo. Não sabia como encará-lo a partir daquele momento. Mas tinha certeza de uma coisa: apesar do medo da nova responsabilidade, estava feliz. Um bebêzinho estava se desenvolvendo dentro de si. O seu bebêzinho.

Nayeon sorriu. Estava realizada. Os olhos marejados e embaçados focaram no teste. Positivo. Estava grávida. Ela estava sentada no chão segurando a prova de que agora tudo seria diferente. Uma verdadeira mudança.

Era inefável. 

— Eu vou ter um bebê — a coreana murmurou quase sem voz. Assim que tais palavras escaparam hesitantes de sua boca, os soluços se tornaram presentes e incontroláveis. Estava tão feliz. — Eu... — Nayeon tentou respirar fundo e se acalmar, abanando suas duas mãos ao rosto. — Eu estou grávida!

A castanha ergueu-se do chão, o sorriso contagiante tornou-se o grande companheiro – os dentinhos salientes como de coelho –, enquanto pulava animada ignorando caso o vizinho do andar de baixo ligasse para reclamar; Nayeon soltou gritinhos de empolgação, seus olhinhos fechados pela animação. Caramba, mal sabia manter-se quieta com tamanha emoção.

[...]


Kyungsoo entrou no apartamento sete e quinze da noite, Nayeon soube quando estava na cozinha fazendo um ensopado.

O relógio pregado na parede informava e também não era necessário verificar caso alguém perguntasse, pois era o horário habitual do homem, que reclamava do atraso por conta do metrô lotado.

Ela não precisou escutá-lo dizer que havia chegado; o leve ruído de chaves sendo deixadas de qualquer modo à mesa foi notório, assim como o jeito que o Do se aproximou.

Como um gato aguerrido, Kyungsoo envolveu-a em seus braços, acalentando o corpo menor e feminino. Nayeon suspirou, sorrindo. Era sempre deste modo que o namorado a tratava assim que se viam após horas separados. Era maravilhoso.

— Como foi seu dia? — Ela perguntou, tentando conter sua apreensão. A notícia era como um bolo em sua garganta e não conseguia tirar da cabeça. 

— Um porre! — Kyungsoo afundou sua cabeça no pescoço da mulher, fazendo-a soltar um suspiro e se arrepiar. O cheiro do perfume dele era algo tão satisfatório para ela, que apesar de ficar enjoada por diversas coisas por conta da gravidez, aquele olor acalentava sua alma. — Hoje é sexta, Bunny... Só surgiu adolescentes mimados que queriam confusão. — Fez beicinho, respirando na tentativa de não se irritar ao lembrar-se. 

Ao vê-la ali, em seus braços, aquilo que lhe deixou estarrecido no trabalho, desapareceu de sua mente. Nayeon tinha o dom de deixá-lo calmo, ao mesmo tempo bagunçando-lhe o coração.

Ele virou-a para que se encarassem. A coreana se desmanchou totalmente arrebatada com o sorriso que recebeu, para em seguida ele abrir seus olhinhos com curiosidade.

— E o seu? Está se sentindo melhor? Quer que eu a leve ao médico?

Nayeon corou.

Não havia ido trabalhar por conta dos enjôos matinais; quando o seu celular aptou informando que precisava levantar para começar a tomar café e se preparar para trabalhar, continuou deitada, totalmente indisposta, se remexendo na cama com desconforto e pedindo – quase suplicando – para que o namorado voltasse para lá e que continuasse mimando-a e afagando seu cabelo, um carinho totalmente aceitável em um momento tão desconfortável que estava.

Assim que Kyungsoo fez o café da manhã deles e, amorosamente levou para ela na cama - isto que fizera como a última cartada para tirá-la de lá -, quando a Im sentou-se e sorriu melancolicamente em agradecimento, correu ao banheiro para vomitar.

Eles acharam de princípio que era apenas algo que tinha comido que não batera bem ao estômago (viviam comprando pelo aplicativo e muitas vezes em lugares que jamais haviam ouvido falar), então o Do mal conseguiu ir trabalhar, extremamente preocupado em deixar a namorada sozinha, mas precisava. Precisava ir, caso contrário o dinheiro deles mal daria para pagar uma conta ou comprar o que precisavam, após o aluguel ser quitado naquela mês.

Então ele beijou-a e pediu que prometesse ligar, caso os sintomas ficassem mais intensos, resultando na ida ao hospital com a mãe dele, visto ser a pessoa mais perto  — mesmo morando há duas horas do apartamento.

— Fiquei bem, estou melhor — ela disse. Mas Kyungsoo continuava com o olhar preocupado e desconfiado. — É sério, Oppa. Confie em mim.

Ele concordou relutantemente, tocando gentilmente as bochechas rosadas. Trouxe a Im para perto, em seguida beijou-lhe a testa. Ela sentiu a boca dele curvar-se em um sorriso, ainda rente sua tez.

Embora a emoção estivesse estampada na garota em razão da novidade tão gritante, Kyungsoo não entendeu e talvez nunca lhe lançaria a pergunta se estava tudo certo. Não incomodou-a, pelo contrário; lhe daria tempo para pensar em como contar que estava grávida.

E assim que os lábios macios e roliços do Do, traçaram desde a tempôra até a boca dela, Nayeon ficou submersa. Agarrou-lhe a nuca, envolvendo seus braços no pescoço masculino, ficando nas pontas dos pés para que tivesse total acesso do beijo.

Kyungsoo lhe deixou sem chão com a forma que carregava amor em todas as ações e gestos. Era inefável a sensação de tê-lo ali daquele jeito, era impressionante o modo que a agarrava com firmeza e, era maravilhoso como deixava óbvio que só pertencia a ela. Era mágico. 

A mulher envolveu seus braços nos ombros masculinos, sentindo a jaqueta em suas mãos; dedilhou no tecido, trazendo-o para mais perto de si, assim que afastou a boca somente para puxar um pouco de ar, por fim voltando a beijá-lo com urgência.

Assim que as os dígitos do homem dedilharam sem receio até a cintura dela, Nayeon se obrigou a cessar o beijo, afastando-o gentilmente de si com suas mãos pousando nas bochechas quentinhas do moreno, se sentindo a pessoa mais envergonhada de Seul em parar o que mal haviam começado. Com o olhar, deixou que ele entendesse que não passariam da linha tênue dos beijos. Era um código deles de que não fariam nada naquela noite. A lacuna estava ali.

Ainda que quisesse, Kyungsoo assentiu, então apenas deixou um rápido selar, ecoando no apartamento, fazendo-a sorrir sem jeito enquanto ele se afastava rindo e deixando suas bochechas mais destacadas pelas manchas do rubor. Um de seus charmes, Nayeon pensou, embora o sorriso de coração causasse um impacto impressionante. 

— Vou tomar banho, estou cheirando a hambúrguer e fritas. — Mas, quando ele iria começar a caminhar, ela visualizou-o virar o tronco para vê-la novamente. Um sorriso sacana preenchendo seu rosto. — Sabe como é...?

Nayeon revirou os olhos, sabendo que queria que ela continuasse a frase tão cordial dele.

"Fico mais gostoso" — As palavras rolaram de sua boca, tão conhecidas por si, que nem ao menos estranhou o fato de que, desta vez havia sido ela quem dissera. — Essa sua piadinha é horrível, Oppa!

Mas o Do apenas deu de ombros, sumindo de vista.

Nayeon, sabendo o quão bagunceiro era o seu namorado, desligou a boca do fogão que utilizava, repousando a colher na pia. Então caminhou cozinha à fora, não se surpreendendo assim que notou a mochila no sofá, a jaqueta jeans e o boné com o logotipo McDonald's, repousados à mesa.

Suspirando, ela organizou a bagunça e aproveitou para arrumar a mesa, colocando a toalha que haviam usado na noite anterior.

Foi o tempo necessário para que Kyungsoo surgisse na sala, após a ducha relaxante. Nayeon rolou os olhos pelo cabelo úmido, as bochechas rubras por conta da água quente e o tronco exposto. Do tinha a mania de dormir sem camisa, dando a desculpa de que sentia muito calor, mas agora ele segurava uma camiseta e tinha intenção de colocá-la, pois não gostava de comer sem.

E assim que sentaram-se à mesa e passaram a conversar enquanto comiam, o rapaz olhou-a e perguntou como foi seu dia.

Nayeon pensou na hipótese de respondê-lo a verdade, mas não seria algo tão apropriado para contar naquele momento.

Contar que sua manhã se resumiu em vômitos, nem conseguindo ao menos colocar comida à gata de estimação do seu melhor amigo que estava lá, enquanto viajava com a nova ficante. Suho era um completo irresponsável, porém quando o assunto era sua gata, tudo era levado ao pé da letra; tratava-a como uma filha.

Sem contar que, assim que sua ficha caiu do que possivelmente estava passando, rapidamente se vestiu apropriadamente (duas horas da tarde ainda permanecia de pijama e deitada na cama zapeando os canais da televisão a cabo) e foi à farmácia.

Dentre prateleiras de remédios para dores no corpo, de cabeça, resfriado - entre outros -, ficou envergonhada ao ver o remédio que tomava para não engravidar. Daquele mês já lhe faltava em casa e há duas semanas estava sem; nestas duas semanas, ela e Kyungsoo continuaram com a relação íntima ativa, sem se preocupar com o que fosse acontecer. Ela era uma tremenda de irresponsável.

Inflou suas bochechas, se remexendo no lugar. O idiota do namorado não perguntou se precisava também de mais preservativos. Ele que se responsabilizava com este problema, oras!

Como não haviam parado para refletir sobre a falta de atenção naquilo?

Talvez ele estivesse achando que ainda tomava remédio, do contrário, era apenas medo que ela pedisse para pararem o que estavam iniciando, até vasculhar as coisas e encontrar a droga da camisinha; já deixaria-o sem pique para transarem, ou o clima brochar assim como seu pau.

— Posso ajudar? — Um funcionário baixinho se pronunciou amigável. Em sua camiseta azul pastel, tinha-se um crachá que nomeava-o apenas como "Lee" — Procura algo em especial?

Ela corou. Muito. Se remexeu mais desconfortável, murmurando que já havia encontrado, então o garoto deixou-a em paz para que atendesse outra pessoa que havia entrado na farmácia.

Nayeon então visualizou novamente a mesma prateleira, achando irônico que as pílulas ficassem ao lado dos testes de gravidez.

A indecisão tomou-lhe por completo. Qual compraria?

Não deveria estar ali. Mas já havia passado duas horríveis semanas sentindo os sintomas de enjôo, indisposição e dores no corpo, para não receber qualquer resposta de que estava tudo bem.

Então, ainda não querendo acreditar na sua falta de atenção básica com os remédios habituais e rotineiros, comprou as caixinhas de testes.

— Nada incomum... — Respondeu o namorado, quando notou estar divagando muito para respondê-lo. — Dormi bastante e recuperei as energias gastas.

O moreno demonstrou ficar contente com a resposta de que havia descansado. Não saberia o quanto gastaria para repreendê-la caso tivesse feito esforço físico.

— Isso é ótimo, Bunny.

A mulher sentiu o peito apertar. O namorado poderia ser um pouco avoado — este sendo um dos motivos para as brigas iniciarem —, entretanto era alguém que permanecia com o mesmo zelo de quando iniciaram o namoro; atento aos detalhes que lhe deixava contente ou descontente de algo, assim como a atenção era com mais vigor na saúde.

— Estava pensando em sairmos em um encontro duplo com o seu amigo e a nova namorada dele — Kyungsoo soltou, erguendo o queixo para visualizar a reação da Im. As bochechas ficaram destacadas, os traços marcantes nas maçãs do rosto. — O que acha? Essas semanas ficou reclamando que está com saudades da saideira com os nossos amigos... Eu pedi uma folga amanhã, eles foram educados o suficiente para não me mandarem tomar naquele lugar. Sabe como é difícil pedir um sábado fora dali.

Nayeon franziu os lábios, se culpando por ter ficado ausente do trabalho naquela sexta, caso contrário, aceitaria a proposta.

— Não dá, tenho compromisso amanhã, sinto muito — disse.

Kyungsoo abriu a boca para respondê-la, surpreso e chateado. Seus dedinhos ficaram inquietos sobre a mesa e, vendo isto, a castanha arrastou suas mãos até as dele, segurando-as suavemente para que demonstrasse que estava realmente chateada por recusar.

— Ah... — ele rolou os olhos, suspirando e parando de encará-la. — Tudo bem.

Assim que terminaram de comer e decidiram assistir alguma coisa, Do não tocou mais no assunto.

Logo, quando ela notou o namorado apagado ao seu lado na cama, se sentiu apavorada novamente. Se permitiu observá-lo adormecido e sereno.

Nayeon suspirou derrotada, abraçando os joelhos, ainda sentada na cama. Não estava com sono, sua cabeça não parava de cogitar a hipótese de que Kyungsoo ficaria bravo com a notícia. Sua imaginação deixava tudo mais danoso: e se pedisse que fizesse um aborto?

A castanha arregalou os olhos, se assombrando por pensar uma coisa tão infeliz a respeito do namorado. Ele não era assim, nunca seria. Conhecia-o como ninguém.

Agora vendo-o dormindo, o peito subindo e descendo de forma ritmada, Im sabia do que precisava. Prometeu a si mesma que contaria no dia seguinte para Kyungsoo. 



Notas Finais




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