Eu e Thor ficamos no meu quarto, ele estava deitado comigo na minha cama, nós ficamos conversando, nos beijando, as vezes ficávamos em silêncio, olhando um para o outro, e não era nem um pouco desconfortável.
Astrid: Quem é Jane?- perguntei de repente, a expressão dele ficou tensa no momento em que ele ouviu aquele nome.
Thor: Onde ouviu esse nome?- perguntou colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
Astrid: Quando você me beijou, na cozinha- ele me olhou confuso, esperando por uma explicação- Quando eu fico surpresa ou brava, meus poderes telepáticos se descontrolam, quando Tony o viu me beijando, ele pensou "Jane realmente já era?"- expliquei dando de ombros.
Thor: Jane é uma midgardiana, eu a conheci na primeira vez que vim para a Terra, ela me ajudou, e acabamos nos apaixonando, fiquei um tempo sem conseguir voltar para a Terra, quando voltei, ela me desculpou, continuamos em um relacionamento, até que tive que voltar novamente para Asgard, ela disse que não iria me esperar, que não conseguiria viver dessa forma, e terminou tudo.
Astrid: Eu sinto muito, você ainda deve a amar, se as coisas acabaram dessa forma.
Thor: Eu não a amo mais, isso tudo aconteceu já faz um tempo, mas as vezes eu me pego pensando onde ela poderia estar, e como está.
Astrid: É porque você ainda se importa, ainda se preocupa.
Thor: Claro, seria impossível não me importar, eu acabei criando um vínculo forte com ela, Erick e Darcy.
Astrid: É claro, eu entendo.
Thor: E você, nunca esteve em um relacionamento?- perguntou apoiando a cabeça na mão.
Astrid: Não, eu não tinha muito contato com pessoas, apenas os que "cuidavam" de mim, e as outras cobaias, quando íamos treinar.
Thor: Entendo...
Eu acabei mudando de assunto, ele ficou mais um pouco ali comigo, mas quando começou a ficar com sono, voltou para seu quarto, eu não demorei muito para dormir, andar o dia inteiro no shopping sugou minhas energias de forma que eu nunca imaginei que aconteceria.
Eu acordei no meio da noite de repente, tentei voltar a dormir mas estava difícil, eu fiquei um bom tempo rolando pela cama e quando percebi que não iria voltar a dormir eu desisti de tentar, acabei me levantando para beber água, quando cheguei na cozinha, encontrei o Tony, ele estava sentado na mesa e parecia pensativo, ele só percebeu minha presença quando eu abri a geladeira devagar, enquanto olhava para ele, esperando uma reação.
Tony: Eu não tinha te visto aí- falou baixinho.
Astrid: Eu percebi, parecia que você estava em outro planeta- comentei enchendo um copo com leite e indo me sentar de frente para ele.
Tony: É, eu estava pensando em algumas coisas.
Astrid: Quer conversar?
Tony: Não quero falar sobre isso.
Astrid: Você não precisa- falei de forma sugestiva, ele me encarou por alguns segundos e concordou, eu li os seus pensamentos, ele estava se sentindo culpado, pelos acontecimentos em Nova York e Sokovia, por todas as mortes e destruição.
Tony: Sim, é o que ronda minha mente grande parte do tempo- confessou bagunçando o cabelo e apoiando a testa na mesa.
Astrid: A culpa não é sua Tony, vocês estavam ajudando aquelas pessoas, vocês salvaram uma cidade inteira, não é agradável, mas algumas mortes são inevitáveis, não foi você quem as matou.
Tony: Fui eu Astrid, fui eu quem criou o Ultron.
Astrid: E você sabia que ele iria virar um super vilão doido que quer matar toda a humanidade?- perguntei em tom irônico, ele apenas olhou para baixo- Se você soubesse, você não o teria criado, sei que não.
Tony: Isso não me ajuda a dormir, eu simplesmente não consigo.
Astrid: Eu posso te ajudar com isso se quiser.
Tony: Pode me fazer dormir?- perguntou confuso, eu apenas concordei, sorrindo- eu agradeço, mas eu vou acordar com os pesadelos.
Astrid: Não, você não vai- ele me encarou por um tempo e se levantou, eu o segui até seu quarto, ele se deitou e continuou com os olhos abertos.
Tony: Obrigado Astrid- eu sorri para ele novamente e coloquei meu dedo indicador em sua testa, usei meus poderes telepáticos para o ajudar a dormir, era algo parecido com uma hipnose, ele não teria pesdelos aquela noite.
Eu voltei para o meu quarto satisfeita, eu gostava de ajudar as pessoas, principalmente as que eu gosto. E mesmo que eu não tenha passado tanto tempo assim com os vingadores, eu já me sentia parte da família, e me importava muito com cada um deles...
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