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História The Beat Of My Heart - Eighteen


Escrita por: Mary_yo

Notas do Autor


Oieee, mais um cap pra vcs😊 espero que gostem!!
Boa Leitura ❤

Capítulo 18 - Eighteen



Paulo.


      Os últimos minutos são flashes na minha cabeça. Estava conversando com a Ally, alguém presente na mesa a chamou, não sei quem foi, mas sei que não deveriam. Lembro delas perguntando se ela queria filhos. Que situação. Sinceramente ando me questionando se eles pensam antes de falar ou fazer algo, e acho que não.

     Sei que quando Alicia levantou, pensei que pularia naquela mesa e escolheria alguém para matar, mas ela disse que preferiamorrer virgem a ter filhos agora. Uma resposta ousada e quase, quase engraçada.

     Porém, quando ela levantou e subiu as escadas para o andar de cima e todos ficaram se olhando tentando entender, eu apenas sai e fui correndo atrás dela. Não sei em qual cômodo ela foi. Comecei a abrir as portas, até que a encontro no meu antigo quarto, debruçada na grade da varanda.

- Ally? Vim ver como você está. - Digo me aproximando dela. Ela não se vira nem diz nada.

     Chego bem perto e olho para a lateral de seu rosto. Vejo uma lágrima escorrendo. Ela vira em minha direção, limpo a lágrima e a puxo para um abraço. Sinto duas coisas, sua respiração e meu coração se quebrando de vê-la assim.

- Só não foi cômico o que você disse, porque quer dizer que você não quer nem ter uma noite de núpcias de verdade comigo. - Ela se afasta sorrindo e da um tapinha em meu peito.

- Larga de ser besta. - Respira fundo. - Sabe que não falei por você, não é?

- Sim.

- Será que isso pode ficar pior? Digo, além de tudo, a renovação do contrato e agora isso de filhos? Não sei o que queriam com isso, mas pareceu muito uma indireta para nós.

- É eu percebi.

- Achei que minha mãe me entendia. Mas pelo visto não.

- Não vamos esquentar com isso, ok? Não vale a pena. Tem que pensar que sobre isso eles não podem decidir sobre nós.

- Isso é.

- Quer descer?

- Sinceramente, não.

- Quer que eu fique com você aqui?

- Se você quiser ficar, eu vou achar muito bom. Nesse momento você parece ser a única pessoa que me entende.

- Posso dizer o mesmo de você.

       Me sento no chão e encosto as costas na parede e Alicia faz o mesmo, ficando ao meu lado. Começamos a conversar sobre séries que gostamos e os novos episódios e o tempo passa tão rápido que só percebemos quando alguém aparece na porta.

- Finalmente achei vocês! Já faz uns vinte minutos que estava procurando. - Diz Marcelina entrando na varanda.

- Então não estava procurando direito né. - Alicia.

- Ai. Não precisa ser grossa. Aliás, o que houve lá embaixo?

- Não quero falar sobre isso.

- Foi só uma pergunta.

- E eu já te dei uma resposta. Não quero falar sobre isso, e se continuar insistindo, vou ficar muito brava com você. - Fala a encarando.

- Tá bem, foi mal. Mas o que estão fazendo aqui?

- Conversando. - Digo. Marcelina levanta uma sobrancelha. - Eu já vou descer, depois a gente termina a conversa Ally.

- Tudo bem.

     Saio do quarto e desço lentamente pelas escadas. Minha irmã tinha que chegar e atrapalhar. Tava tão bom lá em cima.

    Chego na sala e os quatro presentes me olham como se esperasse que eu falasse algo.

- O que foi? - Pergunto.

- O que deu na Alicia? Por que ela gritou e saiu? - Minha mãe.

- Primeiro que ela nem gritou, segundo que ela saiu porque o ambiente tava pesado demais e muito tóxico, se é que me entendem. - Falo olhando para meu pai a última parte. Vejo um lampejo de fúria em seu olhar.

- Muito tóxico? Foi uma pergunta simples. - Maurício diz. Dou uma risada irônica.

- Vocês são inacreditáveis, sério! Vejam se comecem a pensar mais no que dizem! - Falo alto. - Se não perceberam, vou resumir para vocês, praticamente estavam dizendo que, se como já não bastasse o casamento, agora eu e Alicia teríamos que ter filhos, além de que disseram que vão renovar o contrato. - Abaixo o tom de voz nesta última parte para minha irmã não ouvir.

- Se entenderam isso, sinto muito, não foi a intenção, nunca exigiríamos algo assim de vocês, e...- diz Verônica.

- Ah é? O casamento diz o contrário.

- E, vamos provavelmente renovar o acordo, mas provavelmente não vamos envolver mais vocês dois. - Fala o pai da Alicia.

- Provavelmente? - Ia continuar falando se não fosse Roberto me interrompendo.

- Chega Paulo. Acabou o show. Conversaremos depois no meu escritório. - Ele fala e eu fico tenso e estremeço dos pés à cabeça.

    Às vezes me sinto pronto para finalmente confrontá-lo, acabar com tudo de uma vez, mas é só ele dizer que quer conversar que eu enfraqueço. Ele me deixa com medo, e obviamente tenho trauma daquela sala, já apanhei tantas vezes nela que perdi a conta, e hoje, talvez seja mais uma dessas incontáveis vezes.

*      *       *


Alicia.


    Depois que Paulo saiu, Marcelina se sentou e começou a tagarelar no meu ouvido, não é que eu não goste dela, mas agora não estou afim de ficar falando com ela.

- Alicia, presta atenção em mim! - Bate de leve no meu braço me tirando de meu devaneio.

- Ah oi, fala.

- Prestou atenção em alguma coisa do que eu falei?

- Hm não, desculpa. - Me sinto um pouco culpada agora, não tem como ficar muito tempo brava com ela.

- Três coisas. Primeira: temos prova semana que vem.

- O que? Mas já?

- Sim entregaram o comunicado quando você viajou, eu te passo as matérias depois.

- Tá bem, obrig... - ela não me deixa terminar.

- Segunda coisa: achei melhor falar pessoalmente do que por mensagem, mas...

- Mas... você e o Mário estão juntos?

- Ai ainda não. Mas então, o que eu queria dizer é que o Adriano viu a Majo e o Cirilo saindo do quartinho de limpeza da escola. Parece que estavam se pegando, quando fomos perguntar, os dois ficaram vermelhinhos. - Conta com toda empolgação.

- Nossa, fico cinco dias fora e tudo acontece, quer dizer, menos o Mário tomar coragem, acho que se eu ficar uns dez ou quinze dias a mais talvez ele tome frente da coisa de uma vez. - Falo e o rosto de Marcelina passa por todas as colorações de vermelho possíveis.

- Para Alicia. - Dou risada. - Ainda tem mais uma coisa.

- Fala logo então. - Caramba, eu estava tão distraída que deu tempo dela me falar tudo isso.

- Na verdade é uma pergunta, sobre você.

- Tá bem, pergunta então.

- O que está acontecendo entre você e meu irmão? - Gelo. Espero um pouco e digo:

- Como assim? - Não gaguejei, ainda bem.

- Vocês estão mais próximos, hoje chegaram praticamente juntos na escola, e agora quando você sobe irritada, ele, logo ele, vem atrás e ainda tem mais, quando eu fiz menção de subir também, nossos pais disseram para que eu deixasse ele falar com você.O que está acontecendo? - Pergunta calma.

- Nada demais, a gente só tá tentando ser amigos.

- Logo agora que estamos brigados?

- Não é porque estão brigados que eu não possa ser amiga dele, é sua briga com ele, não minha, não comigo. - Ela me encara e depois do que parece uma eternidade, fala.

- Tem razão. Desculpa. Isso tudo tá me deixando louca. Parece que todo mundo tá me escondendo algo.

- Posso dar um conselho? Na boa.

- Aham.

- Tenta relaxar um pouco, se isso tá te fazendo mal, relaxa, vai fazer outras coisas. Sai com o Mário.

- Você acha que isso vai me fazer esquecer?

- Esquecer talvez não, mas te distrair e não te deixar paranoica, com certeza.

- É, pode ser.


*     *     *


Paulo


     Logo depois da discussão na sala, meu pai me chama até o escritório, pedindo licença para os pais da Alicia. Sigo ele com medo do que irá me dizer, pelo menos acho que não vai gritar dessa vez. Depois de fechar as portas, ele se senta e manda eu me sentar.

- Seu comportamento foi idêntico, se não pior, ao de uma criança de quatro anos, de novo. - Fala finalmente, depois de me encarar. - Ainda não aprendeu a lição Paulo?

- Desculpa pai, foi um acesso momentâneo de raiva. Eu não pensei. - Digo o que ele quer ouvir.

- Não deve fazer isso, nunca, envergonha nossa família assim. - Ele se levanta e começa a andar em minha direção. - Mas hoje não foi apenas você, mas como também aquela garota estúpida com quem você se casou. - Diz e a raiva me consome, destruindo qualquer vestígio de medo que havia em mim. - Você não pode deixar que ela se comporte assim, é inaceitável, se os pais não deram educação a ela, você tem que lhe ensinar.

- Está falando sério? Acha que eu vou controlar a vida dela como você controla a de todo mundo nesta casa?

- Não acho, eu tenho certeza, é assim que deve ser feito, o homem manda na casa e em sua esposa. Como eu não posso fazer isso, e se você é homem de verdade, você vai fazer. - Dou risada.

- Não, você não pode estar falando sério! -Me levanto. - Isso é tão ridículo, até para você, em que século vive? Dezenove? A Alicia é livre para fazer o que quiser, nem se esse casamento fosse de verdade eu faria algo assim, e isso não me torna menos homem, aliás ser assim, torna VOCÊ menos homem de verdade.

- Você vai fazer ou precisa de um incentivo? - Diz cerrando o punho.

- Pode me bater quantas vezes quiser, mas eu nunca faria algo assim com ela nem com ninguém. Se levar mais um soco é a consequência de manter ela livre de você,  então pode vir, me usa como saco de pancadas, mas deixa ela em paz. - Quando paro de falar, o vejo vindo em minha direção com a mão fechada, pronto para me bater, novamente.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!! Oq acham que vai acontecer no próximo??
Ateeé😘


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