1. Spirit Fanfics >
  2. The Beat Of My Heart >
  3. Epílogo - Parte 1

História The Beat Of My Heart - Epílogo - Parte 1


Escrita por: Mary_yo

Notas do Autor


Oiee gentee, tudo bom com vcs??
Espero que gostem😊
Boa Leitura❤

Capítulo 44 - Epílogo - Parte 1


8 anos depois...

Alicia

Não sabia o quanto sentia falta dessa vista até estar nesse avião. Muitos anos se passaram desde a última vez que estive aqui. Muita coisa aconteceu. Muita coisa mudou.

Minhas intenções quando fui embora eram apenas de passar um curto tempo fora no intercâmbio para me encontrar novamente, mas acho que o encontro foi maior do que eu esperava. Terminei o ensino médio e consegui passar em uma faculdade nos EUA. Acabei ficando por lá e me formei em direito. Consegui um emprego ótimo em um escritório e hoje, retorno ao meu país à trabalho, pois essa empresa na qual trabalho está abrindo uma filial no Brasil e meus superiores me escolheram para vir para cá comandar o escritório.

Pensei muito antes de aceitar, mas finalmente decidi que estava na hora de voltar, então deixando o país que me acolheu durante oito anos, retorno para casa.

Não disse nada disso aos meus pais ainda, na verdade não disse que estava voltando, quero fazer uma surpresa. Avisei apenas Marcelina, Majo e Valéria e pedi que também não contassem a mais ninguém. Elas disseram que vão me encontrar no aeroporto.

É maravilhoso que, ainda que tenha passado tanto tempo e tenhamos nos visto poucas vezes pessoalmente, nossa amizade permanece viva. Felizmente conseguimos conciliar tudo em nossas vidas e isso foi muito importante para mim.

O tempo acaba passando mais rápido e finalmente desço do avião me alongando, passar tantas horas sentada realmente é muito exaustivo, porém é de manhã aqui e tenho o dia inteiro ainda pela frente, não posso me dar o luxo de descansar tendo tantas coisas que quero fazer.

- Alicia! - Escuto uma voz me chamar no aeroporto.

Eram as meninas. Aperto o passo para alcançá-las e largando minha mala de mão no chão, as abraço forte. Há mais de um ano que não fazemos isso. É complicado para elas irem me visitar sempre e eu entendo isso, mas também não poderia exigir tanto delas visto que eu mesma não vim uma única vez para cá em todos esses anos.

- Como eu senti falta de vocês. - Digo secando uma lágrima de saudade que descia por minha bochecha.

- Nós também amiga. Ai meu Deus não acredito que você realmente voltou! - Fala Valéria. - Alicia você voltou pro Brasil!

- Voltei Val. - Digo rindo.

- Achamos que você não ia mais voltar. - Fala Majo.

- Que tinha amado tanto ficar por lá que agora tinha motivos mais fortes para ficar. - Diz Marce.

- Confesso que também pensei que não voltaria mais, só que surgiu uma oportunidade e eu pensei 'porque não'? Eu já fugi demais do meu passado. Tava na hora de voltar.

- Estamos muito felizes que você voltou. Vai ficar né?

- Sim! - Digo. - Tenho muito para contar pra vocês e vocês têm muito a me contar.

- Vamos ali na lanchonete tomar um café e ai a gente começa o papo. - Sugere Valéria.

- Eu pago. - Fala Majo. - Pela volta da Ally.

- Agora eu vi vantagem. - Fala Valéria e nós damos risada.

- Só não posso ficar muito, quero ver meus pais ainda.

- Claro amiga. Um café e te levamos para casa. - Diz Marce.

Concordo sorrindo, pego a bagagem que estava trazendo e, antes de ir para a lanchonete pego outra mala que trouxe.

Passamos uma hora e pouco lá conversando, nem de perto foi o suficiente mas combinamos de marcar outro dia para continuar nosso momento. Como senti falta disso, de ter minhas amigas comigo. Parece que voltei oito anos no tempo e que estamos novamente no ensino médio, só que agora temos empregos e vidas independentes.

Falando nisso, enquanto vou para a casa dos meus pais, paro para pensar em como muitas coisas mudaram mas ao mesmo tempo outras continuaram tão iguais. Marce e Mário, Majo e Cirilo e Val e Davi seguem juntos como casais, todos foram para faculdades e hoje trabalham com o que gostam. Realmente isso é algo difícil mas felizmente todos conseguiram. Majo me disse que ela e Cirilo estão planejando se casar, falou que ele já a pediu em noivado e que agora falta só marcar. Val disse que foi o momento perfeito pra mim voltar porque eu não poderia perder esse casamento e ela não está errada, não poderia perder isso.

Chegando na frente do condomínio o porteiro me reconhece e eu peço para que ele não avise meus pais que eu cheguei, já que queria fazer uma surpresa. Ele concorda e me deixa entrar. O carro para na frente da casa dos meus pais e pegando minhas malas me despeço das minhas amigas que logo vão embora.

Bato a porta e espero que alguém me atenda.

- Alicia? Filha não acredito. - Diz minha mãe automaticamente ao abrir a porta e me ver. - Meu Deus querida, porque não disse que estava voltando? Eu teria te buscado. - Ela me abraça forte e eu retribuo.

- Quis fazer uma surpresa.

- E conseguiu filha. Ah minha nossa, como eu senti sua falta. Como você está?

- Tô bem e vocês? Cadê o papai? - Pergunto enquanto nos afastamos e junto com minhas malas entro na casa.

- Estamos bem, seu pai está na empresa. Vai ficar muito feliz em saber que você retornou. Mas você veio para nos ver ou vai ficar? - Nos sentamos no sofá da sala.

- Vou ficar, fui transferida pra cá no trabalho. Minha mudança vai vir ainda, vai demorar uns dias, tem problema eu ficar aqui enquanto vejo um apartamento pra mim?

- Que pergunta é essa Alicia? Claro que você vai ficar aqui. Essa ainda é sua casa.

- Obrigada mãe.

Ficamos por um bom tempo conversando sobre tudo, falei para ela como estavam as coisas por lá, claro que conversávamos, mas eram mais por ligações rápidas e fazia uns três meses desde que nos vimos então habia muito para dizer. As horas foram passando rápido até que eu percebo que acabou de dar onze horas da manhã.

- Mãe o que acha de eu ir na empresa buscar o papai pro almoço?

- Acho uma boa ideia querida, ele vai com certeza amar a surpresa.

- Será que não vai atrapalhar ele?

- Tenho certeza que não, coincidentemente ele disse que hoje o dia estaria bem tranquilo.

Saio de casa com o carro da minha mãe e vou para a empresa. Chegando lá vou para a recepção.

- Olá bom dia, gostaria de ir até a sala do Senhor Gusman. - Digo para a recepicionista.

- É Alicia Gusman? - Aceno em confirmação. - Sua mãe disse que viria e pediu que não anunciássemos a senhorita pois quer fazer uma surpresa.

- Sim é isso mesmo, eu já ia pedir esse favor.

- Aqui, use esse crachá de visitante, vamos ligar na secretária do seu pai e avisar que você estará subindo e pedir que te deixe passar. - Ela avisa. - Sabe onde fica a sala?

- Último andar?

- Isso mesmo.

- Ok, muito obrigada. - Agradeço.

- Imagina, boa sorte e seja bem-vinda.

- Obrigada, bom dia! - Desejo e entro nos elevadores.

Depois de subir muitos andares o elevador finalmente para e abre suas portas no último andar do prédio, o local era um andar com 3 salas onde ficavam os executivos. Sei que uma delas era do meu pai, mas outras não tenho ideia.

Caminho em direção à secretária que se encontra no andar e ela me indica a sala que meu pai está.

Puxo o fôlego em um ato de coragem e dou três batidas na porta. Escuto um "entre" e assim o faço.

- Oi pai. - Digo para ele assim que abro a porta por completo e o vejo sentado do outro lado da sala.

- Filha? O quê... quando voltou? - Ele pergunta enquanto se levanta e vem em minha direção.

- Cheguei hoje cedo pai, estou vindo de casa. Mamãe disse que estaria aqui, quis te fazer uma surpresa.

- Pois estou muito surpreso. - Ele diz e me abraça. - Senti saudades querida.

- Eu também senti.

Depois de uns momentos percebo que não estamos sozinhos na sala, há uma mulher que deve estar com seus quarenta anos acompanhada de um menininho pequeno, de pele preta, calça jeans e uma camiseta de super herói. Eles estão no canto da sala sentados no sofá que havia ali e agora me observavam.

- Cida esta é minha filha e Alicia esta é Cida, ela é babá do Miguel, ele é filho de um dos funcionários da empresa, e é um garotinho muito inteligente apesar de ter três anos de idade. - Meu pai nos apresenta.

- Oi Cida, prazer em conhecê-la. - Digo ao apertar sua mão em cumprimento.

- O prazer é meu senhorita.

- Só Alicia, por favor.

- Muito bem, Alicia então. - Ela diz simpática.

- E você? - Pergunto me abaixando para o garotinho. - Tudo bem com você? Miguel certo? Me chamo Alicia.

- Oi. - Diz o garotinho com timidez.

- O que você tem aí? - Aponto para o brinquedo que ele segurava.

- É um herói. - Ele sorri me mostrando o boneco.

- Olha que legal Miguel. - Sorrio junto. - E o que ele faz? - Pergunto ao ver sua animação com o brinquedo.

- Ele voa e salva as pessoas e faz o bem.

- Então ele é um moço bonzinho.

- Sim! - Ele diz.

- Miguel vamos ali para fora? Alicia e o tio Maurício querem conversar um pouquinho.

- Aah, posso volta depois? - Ele pergunta.

- Claro amigão. Mais tarde nos vemos de novo.

- Ebaa! - O garotinho comemora. - Tchau tio, e tchau tia Alicia. - Ele diz ao descer do sofá e dar a mãozinha livre para a babá.

- Tchau Miguel. Espero te ver de novo.

- Eu também. Você é quase mais legal que o tio. - Ele fala e sai da sala.

- Que garotinho fofo ele é.

- É sim.

- Mas então, vamos almoçar? - Pergunto apontando para a porta.

- Claro, vai descendo, vou pedir para cancelarem minha agenda e já desço também. Me espere na recepção pois vou pedir para trazerem meu carro.

- Ah eu vim com o carro da mamãe.

- Não se preocupe, volte comigo, eu peço para alguém vir buscar depois.

- Ah tudo bem. Então te espero lá embaixo.

- Sim querida. - Ele diz e me abraça novamente.

Sorrio ao me separar dele e saio de sua sala acompanhada do mesmo. Ele para junto a secretária para falar de sua agenda e eu me dirijo para os elevadores para descer como ele havia me dito.

Adentro o elevador e fico olhando para o outro que ficava na frente do que eu estava. Era um corredor com quatro, dois de cada lado. Enquanto minhas portas começam a fechar, as da frente do meu se abrem e por cinco segundos o vejo antes que minhas portas fechem totalmente.

Era ele, e estava mudado, o corte de cabelo estava mais curto, raspou as laterais e deixou volumoso em cima, usava um terno preto que o realçava. Obviamente estava mais velho e com outra postura. Mas era ele. Era Paulo Guerra. Em poucos segundos que o vi pude perceber tantos detalhes de sua aparência.

Sei que ele me viu pois assim que encontrei seus olhos, eles já estavam parados em mim, ele já me observava.

Só de vê-lo já fiquei desnorteada. Não pensei que isso aconteceria. Fazem oito anos que não nos falamos, oito anos que já não sei mais de sua vida.

Perdemos contato quando ambos saímos do país. Cada um foi refazer sua vida em um lugar diferente e não imaginava encontrá-lo aqui hoje.

Quase não percebo quando o elevador abre já no térreo. Saio ainda meio extasiada e me sento em um banco da recepção para esperar por meu pai.

- Pronto filha. - Meu pai diz ao se aproximar e nem percebo que já haviam passado alguns minutos. - Está tudo bem?

- Sim, está. - Eu me levanto e caminhamos até a calçada onde o carro nos aguardava.

- Pai? - O chamo quando entramos no veículo.

- Sim?

- Eu estava entrando no elevador e enquanto a porta fechava eu... eu acho que vi o Paulo. Ele tá trabalhando aqui?

- Ah... Sim querida, somos sócios. Ele voltou há alguns anos, a mãe dele deixou o cargo e o entregou, desde então eu ensino o que sei a ele e nós dois administramos os negócios. Tem sido muito bom.

- Eu não sabia.

- Não tinha como. Eu nunca falei e você não falava sobre ele... achei melhor deixar quieto. - Ele responde. - Está tudo bem?

- Eu acho que só fiquei um pouco tonta. Eu não esperava vê-lo tão cedo, tem oito anos que não nos falamos.

- Eu sei querida. Vai ficar bem?

- Sim.

*    *    *

A semana passou rápido, fiquei muito tempo com meus pais e com as minhas amigas, saímos e matamos a saudade. Encontrei alguns dos meninos também durante esses dias. Outra coisa que aconteceu também foi que o grupo no WhatsApp que tínhamos desde a escola voltou a ficar movimentado, nem todos responderam as mensagens, mas grande parte sim. Estou me sentindo muito nostálgica esses dias.

E falando em nostalgia, nesse momento estou no carro com meus pais e estamos indo para a casa dos Guerra. O almoço que nossas familias faziam aos domingos continuou como tradição e hoje vou participar novamente.

Quando chegamos na casa de Lilian batemos à porta e ela nos recebe. Trocamos abraços calorosos e ela diz que sentiu muito minha falta, assim como eu senti a dela.

Quem mais estava na casa era Marce, que acompanhada de Mário, brincavam com uma criança.

Noto que é o mesmo menino que estava no escritório do meu pai outro dia, o Miguel.

- Oi Marce, oi Mário. - Cumprimento meus amigos. - Olá Miguel.

- Oi tia Alicia. - Ele diz sorrindo para mim enquanto continua brincando.

- Vocês se conhecem?

- Sim, nos encontramos esses dias no escritório do meu pai. Eu só não estou entendendo porque ele está aqui. - Digo. - Vai vir mais algum outro executivo da empresa além da gente? - Pergunto intercalando o olhar entre os dois.

- Ally seus pais não contaram? - Eles trocam olhares.

- Me contaram o que? - A campainha toca.

*    *    *

Paulo

Essa semana eu a vi de relance. Alicia Gusman. Continua linda, porém mudada. Parece mais madura. Não vou negar, tenho visto suas fotos nas redes sociais nos últimos anos, mas nunca mais conversamos. Só que eu não esperava tão cedo vê-la aqui no Brasil, achei que não voltaria mais e aquele dia ela estava na empresa.

Hoje tenho certeza de que a encontrarei, os pais dela como sempre aos domingos vão para a casa da minha mãe e acho que ela deve ir. Na verdade estou um pouco atrasado. Me enrolei com algumas papeladas mas já consegui resolver, agora apenas tenho que passá-las para Maurício.

Toco a campainha e minha mãe abre a porta.

- Filho, querido, que bom que conseguiu vir - Ela diz me abraçando.

- Oi mãe. - Me separo de seu abraço.

De repente vejo uma figura pequena correndo pela sala.

- Papai, papai!! - Grita Miguel animado.

- E ai amigão? - O pego no colo. - Se divertiu com sua tia?

- Muito! - Ele responde.

- Que bom! - O coloco no chão.

Maurício e Verônica vem me cumprimentar e então vejo meu filho Miguel correndo novamente para o meio da sala onde, só agora reparo, além da minha irmã e do meu melhor amigo está Alicia. Ela já me encarava.

- Oi Guerra. - Com um leve sorriso ela diz me chamando pelo meu sobrenome. Que já foi dela um dia.

- Oi Gusman.

- Vamos comer pessoal? - Pergunta minha mãe.

- Vamos, eu tô morrendo de fome. - Diz Marce se levantando do sofá.

- Quando você não tá? - Digo para ela.

- Deixa de ser chato Paulo.

- Ele tá certo amor, vc tá sempre comendo algo. - Mário concorda comigo rindo.

- Muito engraçado vocês dois.

Todos nos sentamos à mesa e nos servimos dos pratos que estavam ali. Acabou que fiquei sentado de frente para Alicia. Estou meio sem jeito com isso. Acho que sem saber como falar com ela.

- E então Alicia, como foram os últimos anos? - Minha mãe pergunta a ela.

- Foram ótimos. Andei bem ocupada com a faculdade e depois com o trabalho mas tudo valeu a pena.

Eu acompanho a conversa com o olhar.

- E voltou para ficar agora?

- Sim, voltei para ficar. - Ela diz e por um segundo me olha.

- Ah isso é ótimo, agora estamos todos juntos novamente. Sei que seus pais estão muito felizes com seu retorno, assim como eu.

- Obrigada. - Ela sorri. - Também estou feliz de ter voltado.

Permanecemos alguns minutos em silêncio.

- Paulo já ia me esquecendo de perguntar. - Diz Maurício. - Você conseguiu finalizar aquela papelada?

- Sim, terminei antes de vir, ia mesmo te falar sobre isso.

- Vamos no escritório depois falar sobre.

- Claro. - Concordo.

- Ai parem de falar de trabalho vocês dois. Vamos aproveitar o almoço. Vocês já trabalham tanto a semana inteira, tem que descansar- Fala Verônica e todos rimos com isso.

- Prometemos que só falaremos sobre depois de comermos. - Eu digo.

- Estou de acordo.

- Vou cobrar viu.

O almoço então seguiu normalmente, com algumas conversas descontraídas e algumas trocas de olhares entre mim e Alicia. Ao mesmo tempo que vê-la aqui é tão normal é estranho também. Ambos mudamos muito, vidas diferentes.

Maurício e eu seguimos para o escritório após comermos e depois de fechar a porta nos sentamos.

Esse lugar me trás muitas lembranças, esse escritório era do meu pai e muito já aconteceu aqui.

- Paulo, antes de começar, está tudo bem?

- Sim, porque?

- Você está estranho, mais quieto do que de costume. - Ele fala. - É a Alicia?

- Eu... eu não sei. Eu só tô tendo muitas lembranças e... acho que me acostumei a não ter mais ela por aqui. Tô assimilando a volta dela ainda.

- Entendo. Tenho o mesmo sentimento. Foi difícil no começo deixá-la ir, mas depois eu me acostumei com a ideia. Porém eu estou extremamente feliz que ela tenha voltado.

- Ela tá diferente. Quase não falou e não parecia muito animada, ela estava pensativa.

Maurício faz uma pausa e se remexe na cadeira meio desconfortável.

- Eu acredito saber o motivo.

- Qual?

- Posso estar errado mas isso pode ter a ver com o Miguel. Não contamos a ela sobre seu filho e acho que ela deve estar se perguntando sobre. Ou deve ter ficado surpresa.

Ah.

- Se for isso deve estar passando muitas coisas pela cabeça dela.

- Sim acredito que sim. Mas isso você pode conversar com ela mais tarde.

- Eu não sei...

- Paulo, sendo bem sincero com você, nos últimos anos eu tenho tido você como um filho, vi a maneira como vocês se olharam, ainda tem carinho um pelo outro, quem sabe até algo maior. Eu aprovaria vocês juntos, se fosse da vontade de vocês retomarem o que tinham algum dia.

- Não é mais tão fácil assim.

- Pra mim parece simples, ambos estão solteiros.

- Tenho o Miguel.

- Paulo ela adorou ele. E ele a ela. Conheço minha filha isso não seria problema para ela, principalmente depois de saber a história por trás.

- Maurício, eu acho que tá muito cedo pra pensar sobre isso.

- Certo, certo, me perdoe. Mas considere o que eu disse e tenha uma conversa com Alicia. Ambos tem muito o que dizer. - Ele fala. - Bom, mas vamos falar das papeladas.

- Sim, tem muita coisa pra analisar.

*    *    *

Alicia

- É o Paulo não é? - Marcelina me pergunta me tirando de meu devaneio.

- O Paulo o que?

- O motivo de você estar com essa cara de paisagem amiga.

- Ah Marcelina por favor...

- Por favor nada, eu vi aqueles olhares entre vocês.

- Mário ajuda aqui vai - Peço para ele que estava calado deitado na cama do antigo quarto de Marce.

- Não nem vem Ally, não me mete nisso ai. - Ele diz e eu reviro os olhos.

- Amiga ainda tenho fé de que vocês podem ficar juntos.

- Marce foram mais de oito anos, eu mudei, ele mudou, até mais do que eu imaginava.

- Aah entendi tuuudo, você tá assim por causa do Miguel né? Por ele ter um filho agora.

- Ah e-eu...

- Ally, amiga, - ela segura na minha mão, - não é como você tá pensando, muita coisa aconteceu, e eu acho que ele deve te contar, conversa com ele. E outra, se você quiser se reaproximar dele, não se preocupe porque ele não está com ninguém.

- Se tentássemos não sei se daria certo.

- Mas poderia dar. Eu shippo muito vocês dois, e se for da vontade de ambos, se permitam. Não façam os cabeças duras de novo. A vida passa muito rápido e não temos tempo a perder com coisas bobas.

- Você tem razão.

- Você ainda gosta dele?

- Eu não sei exatamente o que sinto, mas eu sei que nunca o esqueci.

- Isso já é um ótimo começo. Bom mas mudando de assunto, deixa eu te falar sobre o pessoal da turma.

- Tá bem, me conta tudo. - Eu falo.

Ficamos conversando sobre o pessoal da turma da escola, Marce e Mário me contaram o que houve com cada um. Creio que pelo menos uma hora passamos conversando ali. Confesso que passei tanto tempo fora que o que me era natural virou de certa forma estranho. Estar aqui com meus dois melhores amigos antes era algo do dia a dia e hoje... parece algo extraordinário.

Sou tirada de meus devaneios quando alguém bate à porta e entra.

- Acabou a reunião? - Marce pergunta para a pessoa que entrou e eu me viro para ver quem era.

- Sim, conseguimos resolver tudo.

- Finalmente, achei que não sairiam daquele escritório. - Todos rimos.

- Não é pra tanto vai. - Ele diz para a irmã.

- Ai mano é sim. - A vejo olhar para Mário. - Amor vem comigo um pouquinho?

- Aonde você vai?

- Ali embaixo, vou pegar umas coisinhas pra gente comer, vem me ajudar a trazer por favor.

- Tá bem, vamos lá.

- Esperem a gente aqui vocês dois. Voltamos em dois segundos. - Marce fala enquanto sai do quarto hunto com Mário.

- Tem alguma dúvida de que ela fez isso de propósito? - Paulo pergunta pra mim enquanto se aproxima e senta na outra ponta da cama.

- Não. - Eu dou risada. - Os anos passam e a Marce não muda.

- É mesmo.

- Então... já que eu acho que a Marce não volta tão cedo, quer conversar? - Pergunto olhando em seus olhos.

Ele concorda e sinto um arrepio passar pelo meu corpo.


Notas Finais


Oie, gente ent essa foi a 1° parte, a 2° n sei quando sai ainda... eu resolvi dividir o epílogo pq ele estava ficando mtoo grande e tudo em 1 cap ficaria mto cansativo. Ent depois de conversar com uma amiga minha, ela me deu essa ideia e eu vou seguir kkk
É isso gnt, espero de coração que tenham gostado❤
Até o próximo ❤🥰


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...