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História The Best Of Me - Que Se Dê Por Encerrado


Escrita por: Cmbr_Lee

Notas do Autor


O capítulo ficou bem grandinho, espero que gostem mesmo assim.
Boa leitura!!

Capítulo 16 - Que Se Dê Por Encerrado


Fanfic / Fanfiction The Best Of Me - Que Se Dê Por Encerrado





"Talvez tenhamos evoluído para evitar o primeiro erro ao custo de, às vezes, cometer o segundo."
 -Leonard Mlodinow 








  

-Assim que acordei, me arrumei e comi algo na cafeteria. Subi rapidamente para a sala de dança e pedi para a professora que o meu grupo fosse o primeiro para que eu não me atrasasse para a aula de canto, ela ela consentiu.

-S/N: Somos os primeiros gente. Let's get it. -Fomos cada um para sua posição e performamos a coreografia exatamente do modo que havíamos treinado.

-Eu diria que ficou muito bem realizada, mas estando em uma empresa como a SM, nem sempre o nosso melhor é o melhor na perspectiva eles, por muitas vezes na verdade.


 -Professora: Se eu não soubesse, nunca teria adivinhado que vocês aprenderam a coreografia completa em menos de um dia. Meus parabéns. -Ela ditou no seu tom monótono, quase fútil, de sempre.

-Todos: Muito obrigada! -Nos reverenciamos ainda ofegantes.

-Professora: S/n, como temos mais algumas pessoas que também tem aula de canto, você poderia esperar apenas mais um pouco para ir junto com os outros trainees?


-S/N: Ah, sim.

-Haviam pelo menos mais 5 pessoas que, naquela sala, tinham aula de canto no mesmo horário que eu. Talvez fosse mais favorável até para mim esperá-los, a desculpa seria de certa forma mais convincente.

-Professora: Podem ir, e expliquem para o professor de vocês o porquê do atraso. 

-S/N: Obrigada.

-Saímos rapidamente da sala e fomos para o andar das salas de canto. Chegando lá, a nossa manager nos acompanhou e explicou para o professor o porquê do nosso atraso, que relevou. 

Entramos e nos sentamos nas cadeiras que estavam dispostas.

-Aquecemos nossa voz fazendo exercícios vocais e os vocalizes, que são exercícios para treinar a potência da voz. Eles foram realmente muito bons para eu conseguir chegar a notas que eu nem sonhava que poderia alcançar sem desafinar completamente.

-Professor: Muito bem. Como todos vocês sabem, estamos no período de testes e não será diferente aqui. Hoje vocês irão aprender a cantar uma música muito... digamos, doce. Hoje vocês terão que cantar Falling For You. Vocês se dividirão em duplas, que vocês mesmo escolherão. A sala tem um número exato de pessoas, mas eu recebi notícias de que a Eunjae não está se sentindo bem, e por hoje estará ausente de suas atividades. Por este motivo, um grupo ficará com três pessoas. Eu lhes passarei a letra, vocês terão o tempo necessário para treinarem e hoje mesmo deverão me apresentar a música aqui na frente. Cada dupla terá basicamente o resto do dia para treinar. E já aviso que será muito importante que as vozes casem, que estejam no clima da música e o mais importante, que as vozes estejam conectadas.
  

-O desafio já havia começado em escolher as duplas. Principalmente pelo fato de que a minha voz era considerada um tanto... diferente, e por esse motivo, a única voz que não havia pessoa alguma que discordasse que casava com a minha de uma forma surpreendente era a do Victor. No entanto, não estávamos nos falando infelizmente. Havia esquecido de falar com ele e compreendi totalmente quando ele começou a me evitar. Fiquei muito triste mas, nada supresa.  

-Victor: Ei! -Ele disse cutucando meu ombro. Reconheceria sua voz em qualquer lugar.

-S/N: Ah, oi. -Eu me virei para ele e sorri timidamente, o mesmo sorriso que lhe dei no dia em que o Matheus o havia me apresentado. 

Fiquei supresa ao vê-lo vir falar comigo. Talvez ele quisesse apenas me perguntar algo irrelevante como "Você viu onde está tal pessoa?", ou "Sabe onde fica o bebedouro?". Ou apenas para me passar um aviso que alguém tinha pedido para ele me desse e ele, com toda a falta de vontade presente nessa Terra, aceitou o favor. Ele parecia tão sério, como se realmente não me conhecesse e tivesse apenas servido de mensageiro de alguém ou coisa do tipo.

-Victor: Olha, nós precisamos conversar, tanto você quanto eu sabemos disso. Mas nesse momento eu só quero saber se... -Ele hesitou. -Você gostaria de formar dupla comigo? -Ele pareceu sério e tímido ao mesmo tempo, o que era muito raro por ele ser... Ele.

-S/N: Ah, tudo bem. Precisamos conversar, na verdade, eu preciso falar com você, e obviamente eu preciso lhe dizer muitas coisas. Mas vamos então. Podemos fazer dupla, e-eu adoraria. -Disse me enrolando nas palavras e atropelando todas elas como quando alguém vai se declarar para a pessoa que gosta. 

-Nos sentamos e eu senti como estivesse debaixo de 50 aviões. Estava sentindo uma pressão tão grande em mim, um grande e grosso bloco de gelo invisível separava nossas cadeiras. Aquele cenário estava sendo incômodo tanto para mim quanto para ele. E era algo inédito, porque nunca tivemos que passar por uma situação como essa.

 -O professor passou as folhas com a letra para a primeira pessoa de cada fileira e então elas passaram para as pessoas ao lado, até chegar em mim. Obviamente estava tudo em coreano, não que aquilo me preocupasse já que depois de tantos meses, eu já havia ganhado quase total fluência. Mas eu ainda tinha uma certa dificuldade com textos grandes, o que me prejudicava um pouco na escola. Depois que ele se certificou de que todos haviam recebido, começou a tocar a música e eu literalmente estava me apaixonando por ela, era realmente tão calmante. Depois de ouvir a música eu entendi porque o professor queria tanto que as vozes estivessem conectadas, era algo mais do que evidente nela.

-Professor: Muito bem. Agora podem começar a treinar, a divisão de linhas ficará a critério de vocês. -Então ele se sentou na sua mesa e começou a ler um livro que eu não me interessei em saber qual era. 


Aproveitando, eu chamei o Victor para conversarmos.
 

-S/N: Vem comigo, por favor.


 -Então eu levantei e ele veio logo atrás de mim, fomos para uma sala vazia que eu não sabia muito bem para que servia, mas provavelmente era relacionada aos funcionários. Fechei a porta e quando olhei para ele, estava completamente sério. Muito, mas muito raramente eu o via assim.

Foi então que eu percebi que ele não era sempre aquele adolescente alegre com hormônios jorrando de si a todo momento. Ele tinha um outro lado, que poucos conhecem e muitos sequer chegaram a ver, confesso que sinto inveja desse grande grupo de pessoas privilegiadas que apenas viram seu melhor lado. Ele também conseguia ser frio, inato, totalmente o contrário de quem ele aparenta ser. Esse poderia ser seu lado mais sincero, o lado que mais demonstrava sua reação a decepções e tristezas. Infelizmente eu sabia que aquele seu lado raro, havia saído do mais profundo esconderijo e se instalado nele por minha causa, por conta de minhas palavras imprudentes.  

-S/N: Olha, eu preciso muito falar com você. Eu estava querendo fazer isso já tem uns dias, mas não tenho tido tempo desde então. Eu sei que fiz muita merda falando tudo aquilo que disse pra Milena naquele dia. Eu ofendi a ela falando sobre coisas que não são da minha conta e mesmo sem querer também acabei te ofendendo. Eu juro que isso era a última coisa que eu queria fazer no mundo.
  

-Disse ficando com os olhos completamente marejados, mesmo sem querer. Sempre odiei a facilidade imensa que tenho para chorar, faz com que eu pareça muito dramática e louca por atenção. Mas eu nunca quis ser assim, nunca achei legal ter uma facilidade tão grande para chorar, porque faz com que eu pareça muito mais fraca do que realmente sou, e é muita sacanagem do destino fazer isso comigo. Ainda que eu tente, não sou capaz de me conter.

-S/N: Cara, eu te considero muito. Considero a Milena também, ou pelo considerava... -Ditei a última frase quase como um sussurro. -Mas o que eu quero mesmo é te pedir desculpas, eu nunca faria nada que fosse de algum modo te afetar, eu gosto muito de você e faço, na verdade desde que chegamos aqui na Coreia, sempre fiz questão de te ter como amigo. Você é muito importante pra mim e eu não posso te perder, eu sei que errei e por isso eu estou te pedindo perdão. -Eu falei passando as costas das mãos no meu rosto para limpar as lágrimas que insistiam em sair dos meus olhos. -Por favor Victor, me perdoa, eu não queria ter dito aquilo, eu juro que não queria. 


 -Victor: Ah s/n caralho... -Ele disse se virando para trás e ficando de costas para mim. -Isso aqui deveria ser uma conversa séria, mas com você chorando assim não dá. -Passou pela minha cabeça que ele queria parecer estressado, mas a única coisa que ele conseguiu passar foi frustração.

-S/N: Me desculpe, eu não queria que fosse assim.

-Victor: Não, tudo bem. -Ele se virou novamente. -S/n, você sabe que eu te amo, né?! E que em hipótese alguma eu deixaria de falar com você se não fosse algo muito sério, né?! 

-No momento em que ele falou aquilo eu não pude aguentar e as lágrimas, várias delas jorraram dos meus olhos. Assim que ele falou aquilo, meu coração se apertou simplesmente pelo fato de que eu não queria ter chateado ele, mas era um dom, eu machucava as pessoas mesmo não querendo. Era ridículo pensar no que eu capaz de fazer com as pessoas, ferí-las. Aquilo doía em mim, não sei dizer se mais em mim, mas doía, muito. Chegou um momento que eu já não estava mais chorando involuntariamente, eu apenas as deixava sair porque eu não estava suportando tentar prendê-las.

-Victor: Ai s/n, mano! Eu não aguento te ver chorando, sério. -Ele então se aproximou de mim e limpou minhas lagrimas com os polegares. -Por favor, me deixa terminar, okay?


 -S/N: Okay. -Respirei fundo.

-Victor: Olha, eu poderia simplesmente ter parado de falar com você por causa da Milena, mas eu nunca faria isso, já que a nossa amizade era muito mais forte do que a minha com ela antes de começarmos a namorar. Mas você ofendeu a ela, e ofendeu a mim. Eu não vou passar a mão na cabeça dela e dizer que ela não errou, ela também errou, as duas erraram. Eu gosto muito da Milena, já quero deixar claro isso, não posso dizer que sou louco de amores por ela, mas eu realmente gosto bastante dela. E, s/n, eu te perdoo. Eu fiquei muito chateado depois daquilo tudo, mas eu sei o quanto você está arrependida e eu sinto falta da sua amizade. Ela não é mais a mesma, desde que eu comecei a namorar, mas ainda assim éramos muito amigos e eu não quero perder você.

 -S/N: Ah... meu Deus. Ah obrigada, obrigada. -Eu, sem pensar muito, lhe dei um abraço apertado. 

-E aqueles aviões pesados haviam ido embora, me trazendo uma euforia  Finalmente havia conseguido sua amizade de volta e voltei a sentir seu abraço tão gostoso, fazia com que eu me sentisse uma criancinha, talvez pelo fato de ele ser bem mais alto do que eu. Ele havia conseguido fazer tanta falta em mim que eu me senti na vontade de não largá-lo nunca mais.

 -S/N: Obrigada mesmo, eu sinto tanto sua falta, tanto. Mas e a Milena? -Eu Perguntei me separando do abraço e olhando para ele que parecia estar mais aliviado do que eu.

 -Victor: Ela pode não gostar muito da notícia, mas poxa, você se tornou minha amiga bem antes dela. Só que, s/n, vocês poderiam se resolver, né?!

-S/N: Sim, poderíamos, maas, eu não vou quebrar meu orgulho sendo que ela que começou tudo e me ofendeu muito. Por favor, não comece com o discurso de "Ai não importa quem começou", disso já basta o tanto que o Matheus me deu. Eu até gostaria de me resolver com ela.  Éramos bastante amigas, mas eu sinceramente não sei como que poderemos voltar a pelo menos nos falar novamente. Ela finge que eu nem existo, e eu, para não tentar me reconciliar e acabar falando com o vento, faço o mesmo.

-Victor: Nossa, como vocês são difíceis, uma não cede de um lado e a outra não cede do outro. Assim fica complicado tentar resolver as coisas.

  -Ele fez uma careta engraçada, consequentemente me fazendo rir e fazendo ele rir, não sei ao certo se era de mim ou para mim.
 

-Victor: Mas agora vamos porque temos trabalho para fazer, e eu sinceramente nunca ouvi falar dessa música.

 -S/N: Credo Victor, como não? Ah vamos.

 -Saímos da sala e voltamos para a a sala de canto, estava bem mais pacífica do que geralmente é uma sala de canto, provavelmente o isolamento acústico que tinha nas paredes tirava o eco do lugar e abafava mais o som.

-Victor: Okay. E agora?

-S/N: Meu Deus. -Passei a mão no rosto em sinal de reprovação. -Temos que fazer a divisão de linhas né! Está vendo que cantam duas pessoas? Então, praticamente a nossa divisão já está feita. Eu fico com o Jeonghan e você vai ficar com o Joshua. Agora que dividimos, cada um tem que pegar as partes. Seu coreano é melhor então ouvindo a música e vendo a letra você aprende rapidinho. Eu já estou meio ferrada porque esse monte de letras e palavras me deixam meio nervosa, mas eu aprendo rápido então... vai dar certo. -Olhei para ele tentando fracassadamente passar confiança. Não era a primeira vez que fazíamos aquilo, mas eu estava preocupada com a fato da minha voz ser bem diferente da do Jeonghan.

 -O primeiro passo já havíamos completado, que era a divisão de linhas, agora tínhamos que decorar a letra, mas ouvindo a música, o que nos pouparia muito mais tempo do que decorar a letra e depois encaixar no ritmo, seria caótico e bem mais demorado. Os trainees eram bem calmos e então não houve problemas para treinarmos na sala.
  

Depois de um bom tempo vendo a letra e ouvindo a música, havíamos finalmente decorado a mesma, fato que aconteceu mais rápido do que eu havia imaginado.

 

-Victor: Conseguiu pegar tudo?

-S/N: Sim e você?

 -Victor: Eu também. Agora vem a parte difícil e também a parte legal. 

-S/N: Verdade. -Disse em um tom meio preocupado. -Mas você acha que vai dar para treinarmos aqui na sala? Porque, tipo, é muita gente cantando em um lugar só.

-Victor: Eu também estou meio preocupado com isso. O que você acha de perguntarmos pro professor se podemos treinar em outro lugar? Aí nós voltamos mais tarde e treinamos mais um pouco até o fim do tempo.

-S/N: Ah, pode ser. -Soou como um "tanto faz". -Mas você pergunta. -Então ele se levantou, falou algumas coisas com o professor, que eu não me dei ao trabalho de saber o que era, e logo voltou. -E então?

 -Victor: Ele disse que estamos liberados, mas devemos ficar por perto, e não podemos ir para o nosso dormitório nem para a praça de alimentação, já que estamos em horário de trabalho.

 -S/N: Ah, okay então, mas para onde vamos? -Disse enquanto nos levantávamos e saíamos da sala.

 -Victor: Vamos ficar naquela sala que estávamos. Fica aqui perto e não parece ser usada. Se perguntarem nós temos uma desculpa.


  

-Depois de treinarmos mais e mais, havia chegado a pausa para o almoço, então fomos juntos. Eu peguei meu lámen apimentado, como sempre, e ele kimchi.

Sentamos na mesa que sempre sentávamos enquanto os outros estavam chegando.

-Matheus: Olhaa~ parecem que se resolveram. -Ele disse se sentado ao meu lado com sua comida.

-S/N: Sim. -Forcei um sorriso.

-Yuri: Ainda bem que se resolveram. E você e a Milena? Voltaram a se falar também?
 

-S/N: Na verdade n...

-Milena: Victor!! Por que você está comendo junto com a s/n? -Ela literalmente surgiu do nada. Parecia estar extremamente irritada.

-Victor: Porque eu voltei a falar com ela. -Ele disse em um tom completamente calmo fazendo com que sua pergunta tivesse se tornado inútil, afinal, era lógico chegar àquela conclusão.

-Milena: Cara. -Ela disse debochada. -Eu não estou acreditando que você voltou a falar com ela depois de tudo que ela me disse e o que ela INSINUOU a você, como se nada tivesse acontecido. 

-A vergonha alheia estava batendo em todo mundo daquela mesa. E como se não bastasse, eu estava me sentindo muito mal por ter que ouvir aquilo tudo sabendo que foi causado por mim. 
 

-Victor: Ah meu Deus. Me deem licença gente. -Ele disse se levantando da mesa.



                              Victor On



-Milena: Victor!! Por que você está comendo junto com a s/n? -A Milena se materializou atrás de mim completamente irritada como se estivesse vendo eu traindo-a com alguém.
 

-Victor: Porque eu voltei a falar com ela. -Disse calmamente.

-Milena: Cara, eu não estou acreditando que você voltou a falar com ela depois de tudo o que ela me disse e o que ela INSINUOU a você, como se nada tivesse acontecido. -Seu tom estava sendo tão exageradamente alto que eu decidi sair dali para conversarmos sem que todos ficassem nos vendo e ouvindo.

-Victor: Ah meu Deus. Me deem licença gente. -Eu disse me levantando e a levando para o corredor antes que ela chamasse a atenção do prédio inteiro. -Olha Milena...

-Milena: Olha nada Victor, escuta aqui... - Ela me cortou, eu odeio isso.

-Victor: Deixa eu terminar de falar. Pare de me cortar. -Eu disse demonstrando estar irritado, mesmo não estando. -Eu não voltei a falar com a s/n como se nada tivesse acontecido, nós conversamos e nos resolvemos. Você sabe que eu gosto muito dela e ela se demonstrou muito arrependida por ter dito o que disse.

-Já estava fixado em minha cabeça que mesmo que eu tentasse, de todas as formas, colocar em sua cabeça os meus motivos para falar a falar com a s/n, não daria certo simplesmente pelo fato de ela fechar seus ouvidos para tudo quando está irritada. 

Ela era totalmente o contrário de mim, que sempre fui compreensivo em todas as situações. Não tenho certeza se isso é algo bom ou não, mas era uma característica minha que eu sempre convivi muito bem tendo-a.

-Milena: Ah claro, se fazendo de coitada. Até eu convenço todo mundo.

-Victor: Cara, ela não se fez de coitada, ela admitiu que errou e pediu perdão. Ao contrário de você, que ao invés de admitir que também está errada, o tempo todo apenas jogou a culpa toda em cima dela.

-O que fazer quando sua namorada e sua amiga brigam? Eu não sei. O que fazer quando sua namorada começa a perder a razão? Eu também não sei. Lidar com esse tipo de situação é muito sufocante, é extremamente incômodo saber que qualquer coisa que você possa dizer vai complicar mais a situação em que você se encontra. Era tão desgastante não saber para onde correr por não saber aonde irei chegar.

 

-Milena: Eu não estou acreditando nisso. Você está do lado dela?

-Victor: Eu não estou do lado de ninguém, isso aqui não é uma guerra, para eu estar escolhendo um lado.
 

-Milena: Claro que está, todo mundo está do lado dela, como sempre. -Ela disse ficando com os olhos marejados. -É sempre assim, ninguém nunca entende meu lado, só o dela, sempre a s/n é a queridinha de todo mundo.

-Victor: Poxa Milena não é assim também. -Eu disse tentando a consolar, embora ela estivesse exagerando um pouco, a Milena não estava errada.


-Milena: É assim sim. E até meu namorado eu estou perdendo.


-Victor: Você não está perdendo ninguém, eu estou bem aqui não estou?! Por que você não consegue entender isso?

-Milena: Okay, Victor, okay. Mas e se eu te pedir para deixar de falar com ela, você deixaria? -Eu então virei meu rosto para o lado. Ambos sabíamos a resposta -Claro que não.

-Não poderia fazer algo daquele tipo sem possuir uma justificativa para isso. Eu não falava nenhuma mentira, mas as circunstâncias faziam com que eu estivesse realmente "do lado da s/n" e eu não queria que as coisas tivessem tomado esse caminho, mas é exatamente assim que as coisas funcionam, eu penso e na hora de dizer, talvez eu tenha me expressado errado ou simplesmente a pessoa me compreendeu erroneamente.


 -Victor: Mas você tem que entender que eu sempre fui muito próximo da s/n, e ela é muito amiga minha. Você não pode simplesmente pedir para eu escolher entre uma das duas.
 

-Milena: É claro que eu não vou pedir. Eu já saberia a sua resposta, está estampado na sua cara que você não quer que eu lhe faça escolher porque você mais do que ninguém sabe quem escolheria. Cara, essa nossa relação é uma completa falsidade.

-Victor: Claro que não Mi. -Eu passei a mão em seu lindo rosto, que ela logo virou e empurrou minha mão para baixo com a sua.

-Milena: É sim. É uma relação tão pobre que só existe prazer nela. Você não disse que me ama uma vez sequer.

  

-Sim, eu não tinha falado. Mas isso não ocorreu porque eu nunca ousaria lhe dizer sentir algo que não sentia por ela. Eu gostava muito dela, mas não ao ponto de dizer que a amava. E eu tinha plena certeza disso porque conseguia resumir em duas palavras o que eu sentia por ela, e o amor só entra quando você perde essa capacidade de explicar o que sente por outro alguém. Eu sentia muito em saber que não dizer que a amava lhe machucava, mas tenho certeza que preferiria passar por aquele momento infinitas vezes ao ter que lhe desiludir ao contar que não fui sincero em dizer o que sentia por ela, isso doeria muito mais. Me importo tanto com a garota que estava na minha frente naquele momento que não consegui mentir apenas para aliviar sua frustração, isso não faz parte de mim.
 

-Victor: Mile...

-Milena: Victor, eu quero que você diga que me ama, agora. -Ela disse já decepcionada ao ver minha hesitação.

-Victor: Olha, eu... -Abaixei minha cabeça para não me torturar mais ainda ao continuar fazendo contato visual com a menina que já havia se decepcionado tanto com as minhas palavras, ou simplesmente com a falta delas.

-Milena: Anda, fala. Não consegue né! Tudo bem. -Ela ficou em silêncio por segundos significativos. -Tchau Victor. -Então ela simplesmente saiu andando a passos largos pelo corredor e saiu. 
  

-Me custava raciocinar o que havia acabado de acontecer. Me custava entender que por ser transparente demais eu machuquei alguém que não merecia. Me custava compreender o quanto a vida é injusta e faz com que ser sincero em todos os momentos te prejudique tanto. Por que era tão difícil me manter com alguém que eu valorizava tanto? E tudo desencadeado pela reconciliação de uma amizade. Será que eu realmente estava errado em não ter dito que a amava? Em não me esforçar mais um pouco para que desse certo? Será que tudo estava errado desde o começo por simplesmente ter sido gerado em cima da cama de um hotel? Eu não sabia responder a nada disso, só queria que alguém chegasse em mim e me dissesse que eu fiz tudo o que pude mas que infelizmente não deu certo, que a culpa não era minha, que nada havia sido culpa minha. Mas será que realmente não havia sido? Eu nunca saberia porque a pessoa que talvez tivesse a resposta para os meus questionamentos havia saído dali com o coração dilacerado. Eu me impressiono com o fato de que mesmo me esforçando ao máximo, tudo pode sair uma droga, uma perfeita droga.
               


                               Victor Off
 




                                S/N On


  

-Eu estava muito preocupada. A demora dos dois deixava claro que as coisas não estavam indo nada bem, e tudo por minha culpa. Eu queria poder ir seja lá para onde eles foram e dizer que toda aquela briga era desnecessária, que eles deveriam fazer as pazes e me esquecerem, mas eu era racional demais e sabia que só pioraria a situação. Só que estava me corroendo por dentro toda aquela situação. Tudo aquilo me afetava de um modo estranhamente profundo. 

Ele então finalmente apareceu, mas sua expressão revelava tristeza e seus olhos marejados entregavam o rumo que aquela briga havia tomado.  
 

-S/N: Ah meu Deus. O que aconteceu Victor?

-Victor: Terminamos. -Ele disse chateado enquanto remexia sua comida com os hashis.


 -S/N: Ah nossa, me desculpe. Eu sei que foi por minha causa, eu juro que não queria que isso tivesse acontecido.

 

-Victor: Tudo bem s/n, você não teve culpa. O meu relacionamento não estava sendo lá aquelas coisas desde o começo e acabou que infelizmente não deu certo.

-Matheus: Mas onde está a Milena?

-Victor: Não sei, saiu pelo corredor e não falou mais nada.

-S/N: Você não vai comer sua comida? -Comecei a acariciar seu cabelo.

-Victor: Perdi totalmente a fome.

-S/N: Mas Victor, você precisa comer, nós quase não temos pausa para comer na empresa, e quando temos você não come?! -Seu estado era preocupante.

-Victor: Mais tarde eu posso pedir para ir no banheiro e comer alguma coisa, mas agora não vai dar, sério.

-S/N: Ah, tudo bem então. Não vou poder te obrigar. Daqui à 5 minutos precisamos subir. 
 

-Victor: Certo... -Ele apoiou sua cabeça em meu ombro. Nunca o havia visto tão triste quanto naquele dia.

-Todos terminamos de comer enquanto ele olhava para um ponto qualquer da mesa sem mover nem um membro.

-S/N: Victor? Vamos, precisamos ir.

 -Victor: Ah, Vamos. -Ele pareceu ter acordado para a vida.

-S/N: Até mais gente. -Disse me levantando da mesa.
 

-Todos: Até mais...
 

-Enquanto subíamos as escadas eu sentia que a qualquer momento ele iria desabar em prantos, ele não estava bem. 

Chegamos no loca aonde estávamos treinando.
 

-S/N: Olha, eu sei que você disse que eu não tenho culpa, mas mesmo assim eu quero te pedir desculpas. Eu sei que vocês brigaram por minha causa. Eu não queria que tivesse acabado assim. -Acabei não aguentando aquele clima aterrador e decidi falar o que estava implorando para ser dito.

-Victor: Ai s/n... -Então eu fui surpreendida por um abraço seu, logo o abracei fortemente, pois sabia que era exatamente daquilo que ele precisava, e tive a surpresa de vê-lo desabando nos meus braços. -S/n, o namoro estava uma merda. Eu sequer disse uma vez que a amava. Eu quis tanto que desse certo, eu queria tanto ter feito ela feliz, mas eu não consegui. Eu nunca consigo nada, eu sou um idiota.
 

-S/N: Ei, ei, você não é nada disso. Pare de se xingar, você é uma pessoa maravilhosa. Deu o seu melhor para que desse certo, infelizmente não deu, você poderia não a amar, mas nunca a iludiu com um sentimento que não sentia. Eu sei o quanto você gostava dela, o quanto ela realmente gostava de você, se for para voltarem, vocês vão voltar. Ela só estava de cabeça quente. Mas calma viu, vai dar tudo certo. Não adianta ficar se lastimando por isso e você sabe. It's Okay, it's Okay.
 

-Victor: Mas, s/n, por que tinha que ser assim? Por que não podia simplesmente dar certo? Qual a dificuldade das pessoas em entenderem que "Eu te amo" não é um "Bom dia"? 
 

-S/N: Ah, Victor, eu sou a pior pessoa para colocar uma razão nas injustiças da vida. Apenas pense que as pessoas gostam de ouvir um "eu te amo" porque necessitam da sensação de serem amadas por alguém. Nem sempre elas irão se contentar com sentimentos verdadeiros, porque o amor é uma necessidade do ser humano, por isso se tornou uma frase tão comum e invalidada. Mas você tá totalmente certo e ter feito o que fez, isso mostra o quão sincero você é consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor, e que também entende o verdadeiro valor desse sentimento tão lindo. Não se lastime por não ter encontrado alguém que não soube sentir o gosto da ascensão de um sentimento como esse. Não se sinta mal por agir com honestidade. Se orgulhe disso, você é maravilhoso, seu modo de pensar é maravilhoso. Não deixe que isso se apague em você. Me ouviu? Não deixe.

 -Victor: Ouvi. Caralho, você é a melhor. -Ele me abraçou mais forte ainda. -Eu te amo okay!
 

-S/N: Eu também meu amor, eu também.

-Era uma sensação tão inexplicável saber que ele sendo a pessoa que é, diz que me ama sem qualquer hesitação. A nossa amizade era tão bonita e rara que eu me senti como a pessoa mais sortuda desse mundo por ser digna de seu amor. E eu o admirava por isso. Em meio a todo aquele mar de tristeza e questionamentos, ele disse que amava, uma frase simples, mas de valor incomparável. Eu nunca mais conseguiria esquecer aquele momento, ainda que ele me dissesse outras dezenas de vezes o quanto me amava, aquele dia ficaria marcado.
 

-S/N: Agora, precisamos treinar a música porque temos um tempo definido viu. -Me separei do abraço e limpei suas lágrimas.

-Victor: Ah. -Soltou um sorriso sem graça. -Vamos então.

  

-Então continuamos treinando e repetindo várias vezes. Poderia até parecer, mas com certeza não era uma música fácil. E a minha maior dificuldade era me encaixar no tom de voz do Jeonghan. Não era à toa que eu me preferia como rapper. 

Depois de uma grande insistência minha, o Victor deu uma pequena pausa para comer algo, escondido logicamente, e logo voltou. Treinamos mais um pouco e fomos para a sala de canto, pois já estava no horário.

-Professor: Bom galera, vocês tiveram praticamente o dia todo para treinarem a música que lhes foi passada. Hora de me mostrarem.

-Ele foi chamando dupla por dupla para cantarem na frente. Então chegou nossa vez e fomos. Eu tomei a liberdade de abaixar um pouco mais o volume do microfone pois alto demais emitia um eco que eu odiava, além de modificar levemente o som da voz. 
   

Iniciou-se a música. Victor parecia meio apreensivo, então eu peguei em sua mão para ele ver que não estava sozinho e que de alguma forma mostrasse para ele que sempre estaria ao seu lado. Cantamos a música e eu depois de praticar tanto, consegui não desafinar. Tínhamos cantado tão bem quanto da última vez.

 Fomos para nossos lugares, ouvimos as outras duplas e então o professor disse que no dia seguinte treinaríamos mais uma música. Depois fomos finalmente liberados. 
 
  

-Victor me levou até meu dormitório. Chegando lá eu tomei banho, comi algo e deixei que o cansaço tomasse conta de mim, acabei dormindo.



                                  .....


  

-Acordei às 5:00 da manhã. Me arrumei e coloquei uma calça jeans, coisa que eu fazia há muito tempo, contando que eu só vivia de moletom.

Assim que terminei de comer, me lembrei que há muito tempo não falava com Lucas. Fiquei pensando se seria uma boa ideia chamá-lo. Por fim a saudade falou mais alto e resolvi mandar mensagem, ainda que soubesse que as chances de ele me responder no mesmo horário fossem mais do que remotas.



                          Mensagem On 


S/N:  Oii
                    Tudo bem?
                  Eu não faço ideia de que horas são aí na China, ou se você está só trabalhando mesmo. Mas eu só quero dizer que estou com saudades.
       A semana de testes está quase terminando, eu acho que tenho me saído bem. Pelo menos cortada eu sei que não vou ser haha.
           Daqui a pouco minha aula de canto começa, então tchau.
                 Espero que esteja bem.



                       Mensagem Off 


  

-Fiquei mexendo nas minhas redes sociais enquanto todas se arrumavam. Quando a Milena saiu do quarto e me viu, ela não me ignorou como estava fazendo durante os últimos dias, ela simplesmente me fuzilou com os olhos e veio em minha direção. Eu achei que ela iria sacar uma arma e me matar ali mesmo.

-Milena: Garota você não cansa de foder minha vida não? Não basta ser a santinha e roubar a atenção de todos, ainda roubou meu namorado! -Ela disse completamente estressada e vermelha de raiva.

-S/N: Ei, não me culpe porque eu não roubei ninguém! As escolhas quem fizeram foram vocês mesmos. E você não faz ideia do quanto o Victor ficou mal por isso, mas é claro, você sequer se coloca no lugar dele. Quer falar que eu que quero a atenção de todos, mas é você que só liga para si mesma. Alguma vez, Milena, você parou para pensar em como o Victor ficou, em como eu fiquei, em como o Matheus ficou depois de tudo que você fez? Obviamente que não, você está muito ocupada querendo que todos apenas se importem com você. -Disse tentando ao máximo não parecer estressada, talvez não tivesse dado certo.

-Milena: Eu não ligo para como você ficou. Você me machucou, acha que não, mas machucou. E eu não quero a atenção de todos, quero que parem de tratar você como o centro de tudo! 

-S/N: Quem disse que eu acho que não?! Cara, você nem veio falar comigo para saber o que eu pensava ou deixei de pensar, então por favor não tire suas próprias conclusões sem saber o que realmente eu achei. E você que inventou de que eu sou o centro dessa merda. Se sente tão frustrada pelas coisas não terem saído do modo como você queria que resolve descontar nos outros. Só um conselho, pare de ser tão egoísta consigo mesma e com os outros. Faria um grande favor a todos.

-Milena: Okay s/n, okay. a semana já está acabando, daqui a pouco você não vai mais ter que conviver com a egoísta aqui. Muito bom saber que é isso que você pensa de mim. Até você sabe que eu vou ser cortada.
 

-S/N: Calma, não é assim também. Eu não disse que você vai ser cortada, você só vai ser se não se esforçar o bastante.

-Milena: E você acha que eu quero continuar aqui? Pra mim isso aqui já deu. Eu que não quero mais ser escrava dessa empresa, não quero mais conviver com pessoas com você.
 

-S/N: Ah, como eu?! -Ri e logo em seguida fiz uma expressão impressionada. -Okay Milena, eu até queria que pelo menos voltássemos a nos falar, mas você não colabora em nada. Quer saber?! Eu estou saindo. -Disse pegando meu celular e saí pela porta destruindo qualquer chance de ela continuar aquela briga desnecessária comigo.

Fui para a sala de canto e fiquei lá esperando todos chegarem. Naquele dia o Yuri, a Sujin e a Elisa também tinham aula de canto comigo. Depois que o Victor chegou, ficamos conversando e eu contei sobre o que tinha acontecido um pouco antes.
 

-Victor: Cara, não sei nem o que te dizer. -Ele pareceu ter se envergonhado pelo que a Milena havia dito.
 

-S/N: Não precisa dizer nada. Por mim aquela briga não teria acontecido, mas para que as coisas deem certo não depende só de mim. -Disse em um tom conformista. -Mas fala aí, você acha que a Milena vai mesmo ser cortada? -Me interessei em sua resposta.


-Victor: Pior que acho viu. Eu não queria que isso acontecesse, mas foi por pouco que ela não saiu no último teste. A Milena não tem estado muito focada, e não evoluiu quase nada, principalmente na dança. No rap, ela tem errado bastante.

-S/N: Verdade... uma pena porque ela tem potencial, mas se nem mesmo ela quer continuar, não dá pra ajudar quem não quer ser ajudada.

  

-Logo depois o professor chegou. Todos levantamos, nos reverenciamos e sentamos novamente.

-Professor: Bom dia pessoal. Hoje, como vocês já sabem, aprenderemos outra música, mas, dessa vez eu quero um solo. Cada um vai escolher uma música, treinar ela durante o dia e me apresentar depois. O tempo de treinamento de vocês hoje será menor que o de ontem, pelo fato de termos mais pessoas e consequentemente mais apresentações. A escolha da música ficará a critério total de vocês. Então na hora da apresentação, vocês colocarão o som dela e cantarão. Creio que fui muito claro. Alguma pergunta?

-???: Professor, e se duas ou mais pessoas escolherem por acaso a mesma música?

-Professor: Sem problemas, porém deverão tomar cuidado, pois haverão comparações entre as pessoas que apresentarem a mesma música. Mais alguma pergunta?

-S/N: A música pode ter rap? Ou tem que ser completamente vocal?

-Professor: Não é proibido ter rap, mas tem tem ser partes pequenas e tem que ser, digamos, brando. Mas de qualquer forma eu ainda opito por uma música sem a presença de rap, afinal, estamos testando o vocal de vocês. Mais alguma pergunta? -Ele disse já meio farto de fazer a mesma pergunta pela 3° vez.
 

-???: Podemos cantar tocando algum instrumento?

-Professor: Sim.

 -???: Pode-se escolher uma música que seja cantada por uma banda?

-Professor: Claramente sim, desde que não ofusque a voz de quem canta. Sem mais perguntas. -Ele disse decidido a não responder mais nada, forçando algumas poucas risadinhas paralelas. -Muito bem então. Fighting. -Ele então se sentou em sua mesa e voltou a ler o mesmo livro que lia um dia antes.

-Victor: Parece que não teremos a dupla imbatível hoje. -Ele brincou.

-S/N: Verdade. Que música você vai escolher?

-Victor: Estou pensando em algumas aqui. E você?

-S/N: Eu estou muito dividida entre duas. House Of Cards e Please Don't, mas pensando agora, Control é uma boa opção. Me ajuda~

-Victor: Olha... para sua voz.. Na verdade eu não sei porque sua voz acaba conseguindo se adaptar às três músicas.

-S/N: Obrigada viu, palhaço. -Disse emburrada após ouvir seu comentário mais do que inútil.

-Victor: Nossa. -Ele riu. -Já sei. Eu vou levantar minha mão e fazer o 3 com os dedos, cada dedo vai representar uma música, mas só eu vou saber qual dedo representa qual música. Aí você escolhe um dedo, eu te falo a música e você canta ela. Pode ser?

-S/N: Boa ideia. -Então ele fez o três e eu escolhi o dedo indicador. Só então eu reparei que, não só seus dedos, mas sua mão era enorme.

-Victor: Parabéns, Ireojima Jebaaal. -Ele cantou completamente desafinado.

-S/N: Aah que bom! Eu sentia que seria ela, algo me dizia. -Eu disse fechando o olho e inspirando profundamente.

-Victor: Certo, vidente. -Ele riu da minha cara. -Agora eu preciso da sua ajuda. Eu estou entre Stay, Flower e We Don't Talk Anymore.

-S/N: Cara, eu estou pensando em uma música muito foda para você. All Of Me da Adele. Essa música é maravilhosa, com você cantando então... Além disso, você ainda vai mostrar seu talento no inglês.
 

-Victor: Beleza, vai ser essa então. -Ele pareceu não dar a mínima para que música fosse cantar. Eu também estaria assim se tivesse sua voz.

  

Depois de um tempo, eu me isolei em algum canto e comecei a treinar. Minha pronúncia tinha que ser, com certeza, muito boa, o que também era um desafio para mim que ainda tinha o sotaque um pouco forte. Sorte do Victor que fez curso por uns bons anos e quase não tem sotaque, o nível de fluência dele é invejável. Quando estava perto de dar o horário de apresentar as músicas, eu dei uma última revisada e voltei para o meu lugar. 

-Professor: Vejo que todos já estão presentes. Bom, vamos começar.

-Todos foram indo por fileira, cantaram muitas músicas que realmente me impressionaram, como Don't Leave Me, Natural, Shoot Me, entre outros. Até que chegou minha vez.

É tão amedrontador saber que todos estarão me observando e reparando em todo e qualquer possível erro que eu cometer, só faz com que meu nervosismo chegue a níveis astronômicos.

Fui para frente, organizei as coisas no computador e então eu comecei a cantar. 

Eu simplesmente não conseguia me manter de olhos abertos, precisava sentir a música, não apenas cantá-la. Enquanto expressava meus sentimentos por meio da minha voz, esqueci aonde estava, com quem estava e em que circunstâncias me encontrava. Nunca me cansaria de dizer para mim mesma o quanto eu era capaz de me superar, dizer que não havia limites que me fizessem parar em relação ao meu talento. Ainda que houvessem dias e mais dias que eu desacreditava de mim mesma, não ousava dizer a mim mesma que eu não era capaz, apenas por finalmente compreender que se eu estava lá, poderia chegar mais longe e provar, não só para mim mesma, mas para a minha família que não disse sequer uma palavra de apoio desde o dia que eu falei para eles qual era realmente meu sonho. 

Quando abri meus olhos, me espantei com a reação de algumas pessoas e, por nervosismo, decidi voltar ao meu lugar.

-Victor: Era para você cantar e não humilhar todo mundo.

-S/N: Para menino, eu não humilhei ninguém. -Disse sem graça.

-Victor: Ah não?! Jungseok, o que você achou da apresentação da s/n? -Ele disse se virando para a fileira de trás, onde ele estava.

-Jungseok: S/n é uma k-idol disfarçada. -Ele disse em um tom bem afirmador.


-S/N: Nossa, vocês são exagerados.

-Haru: S/n, você canta muito bem, sério, e ainda cantando essa música.. Muitos trainees estão morrendo de inveja de você. -Ela disse caindo de balão na conversa.

-S/N: Ah, tá bom pessoal. Vamos prestar atenção na menina que vai começar a cantar. 

 Depois de tudo aquilo, fomos liberados e eu fui com as meninas para o dormitório. Tomei um banho, coloquei meu pijama de coelhinho e fui mexer no celular. A notificacão de mensagem aqueceu meu coração de uma forma tão bela.



                           Mensagem On 


Yukhei: Olá s/n.
                      O horário é bem parecido, só estou à uma hora de você.
                     Estou bem e você?
                    Estamos trabalhando bastante, mas logo eu voltarei para a Coreia, então já se prepare porque o seu Lucas está voltando hahaha.  

                            ~foto~
 
             Tenho certeza que você não vai ser cortada. Eu boto fogo na empresa se isso acontecer.  



S/N: Hoje eu acho que fui bem na aula de canto. Embora ainda esteja bem insegura.
                   Estou bem sim
                  Boa noitee.
                  Espero te ver logo logo.



                       Mensagem Off   

   

 

 -A foto que o Yukhei me mandou dele fazendo um coração coreano enquanto tinha uma expressão fofa em seu rosto me fez perder a respiração.

Nossa, como eu queria aquele homem. Não estava sendo fácil administrar o sentimento crescente dentro de mim por ele, mas talvez eu estivesse começando a ver a beleza no que eu sentia por ele. A saudade que sentia dele não doía ou incomodava, fazia com que eu me sentisse como uma criança que espera ansiosamente pelo seu presente de aniversário. Ele fazia eu sentir algo correndo pelas veias, eu não sabia o que era, mas ansiava para que continuasse.

Mal podia parar para pensar no tempo que passava longe dele para assim não surtar por estar sentindo falta de algo que nunca tive. Mas quanto mais pensava nos dias que passava longe dele, percebia que mais perto chegava da data de vê-lo novamente e talvez abraçá-lo, dizer que sentia sua falta e por um impulso de loucura beijar sua boca desesperadamente até sentir que a falta que sentia dele havia sido suprida, só então eu teria satisfeito a vontade que tanto tem me castigado e ocupado boa parte das horas dos meus dias.
 


 
                      Quebra de Tempo 


  

-Acordei, me arrumei e desci para a cafeteria com a Elisa.

-S/N: Então, minha linda, como está indo sua vida?

-Elisa: Acho que pior não dá para ficar, mas pelo menos estou me saindo bem nessa semana e meu coreano tem melhorado.

-S/N: Ai Eli, não fala assim. Você não sabe o que as pessoas dariam para estar no seu lugar. -Disse tentando animá-la e tirar aquela expressão desanimada de seu rosto.

 -Elisa: Me diga quem então, porque eu estou aceitando uma troca. Ser rejeitada pela família e por todos que você chamava de amigos não é muito invejável. -Ela pareceu estar tirando sarro de sua própria situação.  

-S/N: Ah, minha linda...


 -Fiquei procurando em minha mente algo para consolá-la. Não era legal vê-la naquela situação, era muito triste na verdade. Ver uma pessoa que você se importa tanto daquele modo e sem saber o que fazer é como entrar em um beco sem saída, é frustrante. Eu sabia que ela não estava bem e por mais que eu vasculhasse a fundo minha mente não acharia o que falar para que ela saísse daquela situação ou que pelo menos abrandasse o que ela sentia. Ter a consciência de que nada do que eu pudesse falar mudaria algo fazia com que eu me sentisse inútil a níveis deprimentes. Eu só queria poder ajudá-la e nem isso era capaz de fazer.

 -S/N: Vai dar tudo certo okay!! Você ainda irá provar para todos tudo que você é capaz. -Disse pegando em suas mãos. -Agora vamos subir antes que nos atrasemos.

  

Era dia de treinar meu rap, então eu fui com o Victor para a sala. A Milena também fazia rap naquele dia e estávamos na mesma sala. Ela ficou nos observando o tempo todo. Tive a sensação de que a qualquer momento ela iria meter um soco na janela, quebrá-la, pegar os cacos e enfiar nos meus olhos. Isso estava fazendo com que eu mesma sentissse vontade de pular daquele andar. O Victor, estava completamente nervoso, o que não podia acontecer, já que nervosismo semana de testes rap= dar tudo errado.

O professor chegou e disse para escolhermos uma música de rap para cantarmos em trio. Infelizmente ele nos deu a notícia de que teríamos um tempo menor sem sequer nos justificar dando um motivo. No rap a voz não precisa ser tão trabalhada, mas precisa ter uma boa dicção e contando que eu só poderia cantar em inglês ou coreano, no caso coreano, dificultava muito. No entanto, eu estava me perguntando porque teríamos tão pouco tempo. 

O grupo ficou eu, Victor e Yerim. A Yerim era uma puta rapper, o que fazia eu me perguntar porque ainda não tinham debutado ela, sendo que além de rapper, ela cantava e dançava muito bem. 

Estávamos tentando decidir uma música para cantarmos.

-S/N: Gente, eu tenho uma música que pode ser muito boa e não é tão difícil assim, fora que as linhas já estão praticamente divididas.

-Yerim: Pois diga então.

-S/N: Outro: Tear. Eu fico com o Suga, você com o J-Hope e o Victor com o RM. Não é muito difícil e é uma música muito boa.


-Yerim: Ah, pode ser. 

-Nosso prazo era só até às 16:00, então tivemos que treinar como condenados. Mais tarde apresentamos, tinha ficado realmente um ótimo trio, as vozes se ligavam muito bem.

Depois fomos orientados a subirmos todos para as salas de dança. Chegamos todos lá e então a professora começou a falar.

-Professora: Certamente vocês devem estar se perguntando por quê o tempo de treinamento de vocês foi tão curto hoje. Bem, todos vocês sabem que um idol não apenas canta, ou dança.
 

-S/N: Ah não... -Sussurrei para mim após adivinhar o que ela estava prestes a falar.

-Professora: Mas ele também tem que saber cantar e dançar ao mesmo tempo. Todos sabemos que estamos na semana de testes e que amanhã ela acaba. Então vamos direto ao assunto. Até amanhã, vocês se juntarão em um grupo e nos apresentarão uma uma coreografia bem feita, enquanto cantam.
 

-S/N: Fodeu. Aah eu sabia~ -E minhas auto-sugestões estavam corretas. Logo se poderia ouvir algumas reclamações em forma de sussurro entre os trainees.

-Professor: Eu vou explicar como vai funcionar. Vocês se juntarão em um grupo escolhido por vocês mesmos, no entanto, a música tem que ser da nossa empresa, pois assim poderemos lhes ensinar, de forma profissional, os passos e lhes passar as letras das músicas. A divisão de linhas ficará a critério de vocês. E como devem estar se perguntando, tudo deverá ser apresentado até amanhã.

-Haru: Alguém avisa para eles que somos seres humanos. Cara, iremos ter que treinar até o fim do dia de amanhã! Isso é ridículo. Aprender uma coreografia, em grupo ainda, o que é uma dificuldade a mais, decorar uma letra, e ainda performar tudo isso até o fim do dia de amanhã?!

-Yerim: Eu estou muito puta, porém não supresa. Estamos na SM galera.

-Logo depois que eles terminaram de dizer tudo. O andar se tornou uma bagunça completa, uma gritaria. Pessoas reclamando, andando de um lado para o outro, outras expressando estarem conformadas. 

-S/N: Vamos de EXO gente!

-Haru: Que EXO! Super Junior!

 

-Sujin: SNSD! -Todos os meninos a olharam com uma expressão muito confusa. -A-as meninas...

-Yerim: Obviamente não vai caber todo mundo em um grupo só. Vamos ter que dividir. 

-S/N: Gentee! Temos que pegar uma coreografia boa que não seja tão difícil. Eu opito por Monster.

 

-Matheus: Ah claro, eu tinha até esquecido o quanto Monster é fácil. Ha ha, muito engraçada você. -Disse sarcasticamente.

-Victor: Se ninguém decidir nada eu vou dançar Russian Roulette.

-Daniel: Eu acho que Monster está legal porque quase todo mundo sabe dançar ela, o que facilita nossa vida, e cantar algumas partes. Agora vamos ter que tirar na sorte o grupo. Os que não forem sorteados, escolhem outro grupo. 

-S/N: Okay. Vamos tirar no 2 ou 1. Os 3 primeiros que saírem, terão que se virar em outro grupo. -Milena não estava entre nós.

 -Demorou bastante para decidirmos quem sairia. As chances de apenas uma pessoa fazer um número diferente de todos, era de 1 em 12. Poderia não parecer, mas pelo que conheço da Lei do Espaço Amostral, seria algo bem complicado.

 Acabou que saíram a Sujin, o Yuri e a Elisa.

-S/N: Foi mal gente. -Falei me dirigindo às meninas. -Agora, precisamos escolher com quem cada um vai dançar. Dependendo de quem escolhermos, a divisão de linhas já está feita. Vale lembrar que não adianta ficar no lugar de alguém que não está na sua categoria preferencial. Se a pessoa se sair melhor como rapper e sobrar um vocalista, vamos ter que trocar. 

-Depois de muita dificuldade. A divisão acabou ficando assim:
S/N: Xiumin.
Daniel: Chanyeol.
Victor: D.O.
Haru: Lay.
Takashi: Suho.
Sisoung: Baekhyun.
Jungseok: Chen.
Yerim: Kai.
Matheus: Sehun.

Após muita confusão entre escolhas, alguns outros grupos também haviam escolhido Monster, o que eu não achava muito bom, já que o nosso desempenho seria comparado com o desempenho dos outros, mas àquela altura, iria ser Monster mesmo. 

Fomos para uma outra sala onde nos ensinaram os passos. A maioria já conhecia, mas aprender como os idols realmente dançavam foi bem mais complicado. Até todos, de fato, terem pegado a coreografia, já eram 23:00 da noite. Depois tivemos que juntar a coreografia, o que foi bem complicado. Até chegarmos onde queríamos já estávamos bem no meio da madrugada, mas a  SM pouco se importava, então sem qualquer descanso tivemos que treinar a letra. 

Estávamos tão cansados que as pequenas e muito poucas pausas que tivemos, para comer irmos ao banheiro,  alguns simplesmente caíam no chão e dormiam. Porém, ainda tínhamos que treinar muito. Depois de pegarmos a letra, tivemos que cantá-la com todos juntos e com som, o que também foi complicado pois tínhamos que fazer as vozes casarem sendo que eram muitas vozes diferentes para se encaixarem. Ao 12:00 estava todo mundo parecendo literalmente zumbis, já que quando eu digo todos, era porque eram todos mesmo. Mas ainda tínhamos que treinar a performance, ou seja, cantarmos e dançarmos. Aquilo era muito difícil, nossas vozes estavam completamente gastas, mas tínhamos que terminar o trabalho que haviam nos dado. 

Depois de treinarmos tanto, finalmente às 14:00 nos liberaram para tomarmos banho e trocarmos de roupa e descansarmos por alguns minutos. Tínhamos até às 17:00 para voltarmos e irmos para o auditório, nos apresentaríamos lá. Trabalhamos literalmente durante 31 horas seguidas. Eu só queria dormir e acordar no ano seguinte. Então eu tomei banho com alguma menina que eu sequer lembro quem é, vesti a primeira roupa confortável que achei, coloquei meu celular para despertar e simplesmente afundei na cama igual uma pedra afundando no mar.


 

-???: Acorda criaturaa!!

 -S/N: An... que?! -Disse perdida e desejando profundamente que aquilo fizesse parte do meu sonho.

-???: Nós temos que ir se não vamos nos atrasar~ Andaa! -O ser disse me jogando da cama.

-S/N: Aish, tá bom.

-Me levantei, penteei meu cabelo, coloquei um boné preto para disfarçar meus olhos extremamente cansados, um tênis qualquer e saí com as meninas para o auditório. Encontrei a galera do meu grupo e fui me sentar com eles.

-Matheus: Achei que você não viria.

-S/N: Nossa Matheus, achou errado. Sinceramente eu quase não vim mesmo, mas a voz da obediência falou mais alto. Eu estava dormindo, mas nem pareceu que eu dormi porque foi tão pouco. -Disse agarrando um de seus braços e apoiando minha cabeça em seus ombros. Se o barulho naquele lugar não fosse tão grande eu com certeza acabaria dormindo ali mesmo.

-Matheus: Eu cheguei em casa quase morto de cansado, tomei banho e quando eu sentei na cama para me trocar, acabei dormindo só de toalha. Os meninos que me acordaram para eu me trocar. Quando eu acordei, minha toalha estava jogada no chão. -Ele disse rindo ao lembrar do que havia acontecido minutos atrás e logo depois apoiando sua cabeça na minha. 

-Pouco tempo depois o Manager começou a falar.

-Kyunmin: Boa tarde pessoal, parecem que todos estão muito cansados. Mas agora chegou o momento de se apresentarem. Muitos ainda não conhecem este lugar, ou não sabiam onde se encontrava. -Boas lembranças surgiram em minha memória. -Esse aqui é o auditório da empresa. 

-Yesoon: Muito bem. Agora vamos começar com as apresentações. Eu chamarei um grupo por vez, vocês subirão, colocaremos os microfones de rosto em vocês e então vocês irão performar.

-Ela foi chamando os grupos um a um para performarem. Em todas as performacens ficava evidente a exaustão de todos. A Milena estava no mesmo grupo que a Dahyun, que dançaram Really Bad Boy do Red Velvet. A Elisa, a Sujin e o Yuri estavam em um grupo que performaram Lúcifer, ficou muito bem feito.

Depois que outros grupos já haviam performado, chegou a vez do nosso. Subimos lá e colocaram os microfones em nós. Fomos para o meio do palco, entramos em nossas posições e então performamos. Não cometemos nenhum erro significativo, pelo menos eu acredito que não. O grupo poderia ter se saído melhor, assim como eu, mas o cansaço não deixou. Pelo menos O acontecido havia marcado o final da semana de testes. Todos os grupos se apresentaram. Então a Manager voltou a discursar.

 

-Yesoon: Primeiro eu quero parabenizar a todos. Eu sei que foi um processo bem cansativo e nada fácil, mas todos conseguiram performar, o que pode ser considerado muito bom. Por fim agora eu já posso dar como encerrada a semana de testes. Estão todos liberados.

-Eram 19:30, pelo menos compensaram no horário. Eu saí escorada no Matheus, que me levou até meu dormitório. Chegando lá, estava tão cansada que mal pude racionar o que estava acontecendo, então não fiz mais nada além dormir.








"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."
-Clarice Lispector
 





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