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História The Bet - Briga


Escrita por: SammPaz

Notas do Autor


Olá, olha quem resolveu aparecer, aeee
Desculpem a demora, estou quase louca no trampo com esse fim de ano

Mas enfiiiim, vim acabar com a curiosidade de vocês

E vários acertaram nas suposições!
Agora façam o favor de sair do meu docs, estão adivinhando demais hahahah

Boa leitura!

Capítulo 13 - Briga



Enquanto comia calmamente o seu sanduíche de frango Suigetsu pensava sobre o novo e infalível plano das garotas. 

Quando Karin veio até ele falando sobre acampamento… bem, dormir no meio do mato não era a sua ideia ideal de diversão, definitivamente. Na floresta havia pernilongos, plantas que davam coceira e animais do tamanho de uma árvore. 

Então não

Ele preferia mil vezes uma praia. 

Sol, mar, areia branquinha e sua garota de biquíni. 

Oh sim, praia seria algo muito interessante… 

― Talvez não custe nada sugerir, quem sabe aquelas doidas mudem de ideia. ― ele murmurou para si mesmo, com a boca cheia de frango. 

― E aí? ― Gaara chegou na mesa, chamando a atenção de Suigetsu ― Falaram com você do tal acampamento? ― ele perguntou e a julgar pela sua expressão irritada Suigetsu percebeu que não era o único descontente. 

― Sim, essa é a pior… ― ele começou a dizer, mas foi parado por um grito estridente que cortou o refeitório. 

Abandonando o sanduíche pela metade em cima da mesa, Suigetsu rapidamente se levantou, procurando pela fonte do barulho, ouvindo os passos de Gaara atrás dele. 

Os dois foram esbarrando e dando cotoveladas nos alunos que estavam apertados em um círculo e ao chegar à frente dele rapidamente viram o restante de seus amigos, lado a lado encarando horrorizados algo à sua frente. 

Chegando até Karin e tocando em seu ombro, Suigetsu encarou-a, mas vendo que ela nem sequer olhou em sua direção, ele resolveu acompanhar sua linha de visão e então chegou a Sasuke e Sakura parados no meio do círculo e se encarando com os olhos em chama. 

― Você é um idiota! ― gritou a garota, apontando o dedo na direção do Uchiha ― Eu não sei como suportava você! 

Sasuke rolou os olhos e riu debochado para a garota. 

― Eu que não sei como aguentava alguém tão irritante assim. Parece que não cala a boca nunca. Por que não vai distribuir seus cartazes de “Vamos eliminar o patriarcado” por aí, hein, garota? 

Sakura arregalou os olhos com aquilo, era quase possível ver uma veia saltando em sua testa, tamanha a sua raiva. 

Mas ela não se deixaria vencer assim. 

― Ao menos eu me importo com as pessoas ― ela retrucou, cruzando os braços ― Você não passa de um babaca egoísta com um ego gigantesco ― e depois, olhando para ele sugestivamente, completou ― Deve ser para compensar o tamanho de “outras coisas”. 

Depois que Sakura disse aquilo todo o refeitório explodiu em gritarias de “Se fosse eu não deixava” e “Não fala assim do Sasuke-kun!”. 

Quando Sasuke ameaçou dar um passo para a frente com a feição totalmente fechada, rapidamente Naruto se colocou à sua frente, enquanto Gaara e Suigetsu se prostraram ao seu lado. As meninas por sua vez também logo trataram de segurar Sakura, temendo que ela resolvesse acabar com o resto de dignidade de Sasuke dando uma surra nele no meio de todo mundo. 

Força para isso não faltava e a julgar pelo olhar dela, vontade muito menos.

― Acabou o show. ― Gaara gritou, tentando dispersar a multidão e logo todos foram embora, reclamando por ter acabado a diversão. 

Finalmente sozinhos e com um Sasuke e uma Sakura muito putos, depois de trocar um breve olhar conjunto eles trataram logo de arrastar um para cada lado, antes que eles resolvessem continuar a brigar. 

Realmente estava tudo de mal a pior.



No final do período de aulas, Sakura calmamente recolheu seus objetos, ignorando os olhares interrogativos das três amigas e negando a carona de Ino com a desculpa de que precisava andar um pouco para espairecer, ela rapidamente saiu da sala.

No caminho ela sentiu os olhos de vários alunos queimando em suas costas e os cochichos por onde ela passava, mas não era como se ela se importasse com isso.

Certamente falando do incidente de mais cedo no refeitório, ela tinha certeza de que não falavam de outra coisa. “O famoso Uchiha Sasuke quebra o pau com Haruno Sakura, a Feminista Louca.”

Ser motivo de falatório naquele colégio ― fosse por um motivo ou por outro ― já fazia parte da sua rotina.

Depois de sair pelos portões da escola, Sakura caminhou por cerca de dez minutos, tranquilamente com os fones de ouvido com o som no último volume, até parar em uma certa esquina, vendo a moto parada a sua espera.

Sem dizer uma palavra sequer, ela guardou os fontes no bolso da calça e pegou o capacete que lhe era oferecido. Rapidamente ela o colocou na cabeça e subiu na moto, passando os braços pela cintura do piloto que assim que os sentiu arrancou dali cantando pneu.

Vinte minutos depois a moto parava na extremidade de um bosque. O sol estava em seu auge e Sakura calculava que devia ser algo em torno de uma da tarde.

Com agilidade, ela desceu da moto e começou a adentrar a mata, sem se importar de esperar o seu companheiro, eles já haviam feito aquele caminho vezes o suficiente para não se perder.

Felizmente a trilha era curta e pouco tempo depois ela chegou a um pequeno píer, que dava para um pequeno rio entre a mata.

Sakura ficou parada, apenas observando a água correr e nem mesmo se assustou quando sentiu braços fortes rodearem sua cintura e logo uma boca quente beijar a parte de trás de sua cabeça.

― Você continuou vindo aqui? ― ela perguntou, ainda olhando para o pequeno rio.

Sasuke cheirou seu cabelo, afundando o nariz nos fios rosados e sentindo a calma preencher seu interior antes de responder. 

― Às vezes, me ajudava a limpar a mente. 

E então soltando o pequeno corpo da garota, ele andou até a ponta do píer e depois de retirar os tênis e as meias sentou-se, dando uma olhada para trás. 

Sakura não esperando outro convite tratou de tirar o próprio tênis, jogando de qualquer jeito sobre a madeira velha e logo juntando se a ele, sentando-se de costas para Sasuke, entre suas pernas. 

Balançando os pés na água que corria vagarosamente, eles ficaram ali um bom tempo, apenas aproveitando a companhia um do outro, ainda que suas mentes não estivessem com pensamentos muito diferentes, ou mais precisamente, lembranças. 

Uma tarde há quase dois anos atrás. Sasuke havia acabado de tirar a carta e comprado a Triumph depois de anos economizando. O dia estava quente e o céu limpo e mesmo a contragosto Sasuke a convenceu a andar um pouco com ele. 

Mas ao contrário do que muita gente pensava, Uchiha Sasuke não era perfeito em tudo e se havia uma coisa na qual ele era péssimo era em seu senso de direção. Então não foi uma grande surpresa quando eles acabaram parando próximo aquele bosque, perdidos e com calor. Mas também não acabou sendo tão ruim quando acabaram encontrando o pequeno píer escondido no meio da mata que viria então a ser um dos “seus lugares”. 

― Acha que estamos sendo maus? ― Sakura perguntou após algum tempo, virando a cabeça para conseguir vê-lo ― Isso é, fazendo eles acreditarem que nós nos odiamos?

― Provavelmente ― Sasuke respondeu, mexendo os pés dentro da água e apertando Sakura entre seus braços. ― Mas eles merecem.

Sakura riu com o tom emburrado dele. Sasuke simplesmente odiava ser manipulado ou feito de idiota, por quem quer que fosse. E o fato de seus amigos estarem fazendo isso apenas piorava a situação.

Ainda que fossem amigos loucos como os deles.

― Além do mais, foi bem divertido ― Sakura comentou, lembrando-se do episódio mais cedo no refeitório e da expressão horrorizada das amigas quando a tiraram do meio da confusão.

Os olhares horrorizados delas havia sido impagável. Ela podia praticamente ouvir a mente delas gritando “Merda, merda, merda!”.

Parecendo novamente compartilhar seus pensamentos, Sasuke fez uma pequena careta da qual Sakura teria tido, se tivesse visto.

― Quase tudo ― ele respondeu baixo, subindo levemente sua mão por baixo da blusa de Sakura e fazendo pequenos círculos na pele da cintura dela, enquanto literalmente sentia-a se arrepiar ― Não pense que eu esqueci sobre aquele comentário, você sabe qual. Você me deixou com a obrigação de provar o contrário, aliás, de te lembrar do contrário. Provar eu já provei várias vezes.

Sakura riu engasgado, tentando não demonstrar o turbilhão de emoções que sentiu com aquele toque tão íntimo dele, da sensação dos dedos compridos passando por sua pele e do hálito quente contra a sua nuca.

Ela praticamente havia praticado o “celibato” por quase um ano. Qualquer toque dele então parecia dez vezes mais intenso que o normal. Sempre foi assim, na verdade. Podia sentir o seu baixo ventre dando um nó só de lembrar.

― Pelo menos isso vai afugentar uma parte das garotas que querem se enfiar nas suas calças. ― ela disse, tentando raciocinar com o toque persistente dele ― Mas se quiser realmente me lembrar do contrário, eu não me oponho.

Sasuke sorriu ladino, um sorriso que ainda que não pudesse ver, a garota sentiu na pele do pescoço. E ela então praticamente deu um pulo quando a mão que estava em sua cintura de repente agarrou um dos seus seios.

Como ele fez isso sem que ela percebesse?

Sasuke mordiscou o lóbulo da orelha de Sakura, deliciando-se com a resposta do corpo dela e quase perdeu o próprio controle quando ela soltou um gemidinho manhoso.

― Sasuke… ― ela mais gemeu do que disse ― rápido… demais.

― E desde quando fomos devagar? ― ele respondeu com a voz rouca desejo.

E ela sabia que não podia discordar disso porque, tirando essa reconciliação, tudo o mais entre eles sempre foi rápido. Era tudo intenso demais para ser o contrário.

Mas Sasuke concordava que aquele não era o lugar ideal, não depois de tanto tempo, então com um pequena mordida em sua orelha depois de soprar um “Depois” ele abaixou a mão e contentou-se em apertá-la em seus braços.

Os dois ficaram novamente em silêncio, enquanto tentavam lutar contra seus impulsos e a garota já estava tão relaxada em seus braços que Sasuke estava imaginando que ela havia dormido quando a voz dela soou novamente.

― Além do mais, eu estou chateada por você ter feito uma aposta sobre mim ― ela murmurou com aquela voz de manha que Sasuke adorava.

― Nem vem ― Sasuke disse, rindo baixo e beliscando a cintura dela de leve ― Pode desfazer essa cara de emburrada, você também aceitou uma aposta.

Sakura aumentou o bico, sabia que não podia discordar dele.

Naquela manhã quando Sasuke soltou aquele comentário sobre aposta, a mente de Sakura começou a gritar e ela pressionou o moreno até ele admitir tudo. E por mais que na hora ela tenha ficado com vontade de socar aquele lindo rostinho de modelo ― só um olho roxo, coisa simples ― ela lembrou que também havia aceitado uma aposta das amigas.

Estavam empatados.

E bala trocada não dói. 

E no fim não foi difícil juntar as peças e perceber o que havia acontecido.

Pela milésima vez seus amigos queriam dar uma de cupido e também pela milésima vez eles iriam se ferrar por isso. Só que dessa vez seria bem mais divertido.

Então sim, por mais que ela tenha ficado momentaneamente com raiva, o moreno estava certo. O fato de ambos terem aceitado a dita aposta, anulava suas culpas.

― Ainda assim, foi uma aposta bem idiota. ― Sasuke comentou. ― Era óbvio que eu ia ganhar.

Sakura virou-se para ele, com uma sobrancelha arqueada.

― E por que você tem tanta certeza? ― ela perguntou, vendo-o alargar o pequeno sorriso.

― Porque ― ele começou, falando pausadamente e aproximando seu rosto do dela, quase tirando sua concentração ― é óbvio que você nunca deixou de ser louca por mim.

O queixo de Sakura quase caiu com aquela afirmação prepotente dele.

A audácia do garoto!

E sim, era totalmente verdade, lá no fundo ― bem fundo, ela diria para quem perguntasse ― ela nunca deixou de ser uma garotinha de treze anos apaixonada pelo cara mais gato da escola ― ainda que sempre tenha sido muito mais do que isso, ela sabia. Não havia como ignorar tudo aquilo, não quando Uchiha Sasuke estava envolvido na equação.

Mas aí admitir isso para aquele sorriso presunçoso dele?

Mas nem fodendo.

― Qual era? ― ela perguntou e depois esclareceu quando viu o olhar confuso dele ― Qual era a aposta?

― Que eu a fizesse se apaixonar por mim e vice versa ― ele respondeu pausadamente e olhando-a de esguelha, não entendendo onde ela queria chegar com aquilo.

― Exatamente. ― ela concordou, satisfeita ― Só que nenhum dos dois admitiu ainda. Você sabe o que isso significa?

Sim, ele sabia, mas também tinha medo de perguntar. Sasuke tinha medo do que saia daquela cabecinha rosa às vezes.

Mas é claro que ela não o deixaria sem uma resposta.

Sakura sorriu, aquele brilho nos olhos, de quem queria aprontar e então aproximou o rosto do dele, dando um beijo suave no canto de sua boca.

― Isso significa que a nossa aposta ainda não acabou.



Notas Finais


E a casa continua de pé, não destruí nossos casal, meu povo, podem abaixar as armas
Mas não tirem o colete porque ainda vem tiro hehehe

E então, felizes com o desenrolar do último capítulo?

E agora sim as coisas irão ficar mais "animadas", só esperem

Até o próximo <3


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