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História The Better of the Witches - BNHA (Boku no hero academia) - Capítulo XI


Escrita por: Mochiemi

Notas do Autor


Oi gente! Tudo bem?

Desculpa a demora pela postagem! Tenho passado por sérios problemas essas últimas duas semanas. Meu psicológico não tem ido muito bem e, como já sabem, eu tenho certos problemas com minha mãe.

Me perdoem por isso, okay? Não desistam de mim!

Bjsss e 'bora lê!

Capítulo 12 - Capítulo XI


Fanfic / Fanfiction The Better of the Witches - BNHA (Boku no hero academia) - Capítulo XI

Capítulo XI


"Felling blue"

Kirishima procurava o corpo da garota a mais de quinze minutos. Estava entrando em desespero quando não achou nenhum sinal dela. Seu peito doía em preocupação e o corpo resfriado tremia por causa do leve frio que a noite de final de verão tinha. Se perguntava diversas vezes onde que ela havia parado. A lagoa não era funda e tinha a proteção dos unicórnios d’água, que raramente apareciam. E isso só acontecia no inverno, estação onde a água que os compõe, se congela e possibilita que eles cavalgam livremente pela floresta.

Sua atenção foi tomada pelos movimentos estranhos que a superfície da lagoa fazia, juntamente com pequenas luzes no meio do centro. E antes que pudesse raciocinar, uma imagem de cavalo pula do local, fazendo-o dar alguns passos para trás, deixando a água bater em seus joelhos. Seus cascos transparentes, tal como seu corpo inteiro, pousaram  graciosamente na faceta da lagoa, fazendo a mínima vibração possível. Os olhos rúbeos observavam atentamente a figura majestosa que o unicórnio d’água tinha. Ele emitia uma linda luz azulada, o que encantava os olhos do falso ruivo.

Seu olhar foi direcionado para a tal “coisa” que ele carregava nas costas, se surpreendendo ao ver a pessoa que tanto procurava, adormecida e, por incrível que pareça, completamente seca. O corcel se moveu e ficou de lado, insinuando para que Eijiro a pegasse. Assim o fez. Cuidadosamente, tirou o corpo frágil da garota de cima do animal místico, aninhando-a em seu peito coberto pela blusa húmida. O unicórnio fez um leve aceno e desapareceu naquelas águas escuras, deixando apenas ele e o corpo desacordado ali.

Nem foi preciso pensar muito no que era preciso fazer. Saiu imediatamente do lago com a Mori em seus braços e pegou sua varinha, fazendo uma magia para que toda sua roupa secasse. Devolveu o objeto para o bolso traseiro de seu jeans preto com todo cuidado possível. Chamou sua vassoura e sentou-se sobre ela, ajeitando cuidadosamente o corpo de Suemi em seus braços. Quando estava pronto, elevou-se e voou de volta para o dormitório. Ainda se perguntava o que tinha ocorrido lá e, quando fosse amanhã, com certeza questionaria para a cacheada o que tinha acontecido.

Quando chegou à beira da janela do dormitório, encontrou suas duas colegas de quarto, que conversavam entre si animadamente. A atenção das duas garotas fora direcionada para o ruivo, que tinha uma feição preocupada.

- Olá, meninas - cumprimentou ele sem-jeito.

- Eijiro, o que faz aqui? - Mina Ashido questiona, no entanto, ao ver algo, na verdade, alguém em seus braços, toma um leve susto - Quem é essa?

- Sua colega de quarto - respondeu . Aproximou mais da janela e pulou da vassoura com o corpo em mãos - Eu fui mostrar o lago dos unicórnios para ela, só que ela… - fez uma pausa - Dormiu.

- Ah sim - abriu um sorriso - Pode a colocar na cama!

- Claro! - assim que o fez. A mochila que estava escorada na parede começou a se mexer e dois seres pularam para fora dela, assustando os três adolescentes no quarto, que quase caíram no chão pela surpresa.

- Q-Quem… Quem são vocês!? - Ochaco, que estava sentada na cama, pergunta para os dois, que estavam a observar a cacheada dormir.

- Eu sou a Lazuli, a guia pessoal da senhorita Mori - falou a pequena fadinha azul, que tinha seus braços cruzados.

- E eu sou o Ao, familiar da Suemi - curvou-se levemente com um olhar cortante para o de fios vermelhos - O que você fez com minha mestra!? - suas pupilas, antes arredondadas, se tornaram achatadas tal como um dragão, o que fez o ruivo estremecer. Ele era assustador.

- E-Ela dormiu - gaguejou e foi dando passos para trás a medida que ele se aproximava de si.

- Você está mentindo! - seus caninos aumentaram tal como suas unhas, que cresceram e se tornaram afiadas.

- E-Eu não estou! - engoliu em seco quando suas costas encostaram na porta e os braços do platinado ficaram cada um ao lado de sua cabeça, o impedindo de sair.

- Se você não falar o que aconteceu de verdade - suspirou e soltou o ar de seus pulmões calmamente, controlando-se - Eu juro que corto sua língua.

- Por favor… Não! - tentou se defender colocando ambos os braços a frente de seu rosto, porém, o maior pegou ambos os antebraços e segurou com suas palmas.

- Você vai pagar por ter machucado minha mestra! - levantou uma de suas mãos e, quando foi tentar acertar seu pescoço, um par de mãos segurou gentilmente sua palma o impedindo de fazer o ato. Ao se assustou e virou seu rosto para o lado, vendo a garota o olhar com certa repreensão.

- Ao! Deixe ele quieto! - ditou com aquela voz doce que tanto amava, com um pitada de amargura pelo sermão - Solte-o agora, Ao - mandou e assim ele fez, fazendo seus olhos, unhas e dentes voltarem ao normal - Agora peça desculpas a ele.

O platinado se afastou e curvou-se em direção a Kirishima, que ainda estava apavorado pelo que aconteceu.

- Me perdoe pelo que eu fiz.

- S-Sem problemas - coçou a garganta sentindo as bochechas esquentarem. Um sorriso que demonstrava seu nervosismo apareceu em seus lábios assim que o Familiar da cacheada voltou a sua postura anterior, ainda portando aquele olhar ameaçador.

- Ótimo - suspirou e, em seguida, bocejou - Desculpa pelo transtorno - ditou para as garotas que estavam estáticas na cama, espantadas com que acabara de acontecer.

- D-De boa - a de pele rosada disse, ainda com o olhar descido para o chão.

- Agora, garotos - voltou atenção para os dois - Ao, volte para a mochila e… - Olhou para o de dentes pontiagudos - Eijiro, obrigada mesmo por hoje e, sobre aquilo - desviou o olhar e voltou a tornar sua atenção a ele - Depois eu conto para você, está bem?

- Claro - acalmou-se e deu um leve sorriso - Vou indo. Até amanhã!

- Até! - o maior passou por ela e, antes que pulasse da janela, acenou e deu-lhe um sorriso. Atravessou a abertura e se agarrou no cabo da vassoura, voando de volta para o dormitório.

- Mas o que acabou de acontecer aqui? - A acastanhada se perguntou completamente surpresa.

- Nem eu sei, Ochaco - Suemi deu um sorriso leve para ela. Sua atenção foi voltada para os dois que estavam lado a lado, olhando para o chão - Vocês já causaram problemas demais aqui. Voltem para a mochila e amanhã nós conversamos. Estou com muito sono e ainda preciso tomar banho - O olhar piedoso de ambos subiu para a morena que riu nasalmente pela infantilidade deles - Não adianta vocês fazerem essas caras de cachorrinho que caiu da mudança que não vai adiantar! Agora andem! - apontou para a mochila escorada na parede em cima de sua cama.

Lazuli e Ao deram uma última olhada na acastanhada e foram direto para onde os mandaram, emburrados como duas crianças. Se não fosse pelo seu cansaço e irritação, com certeza acharia fofo o ato dos dois.

- Bom… - sentou em sua cama e pegou a mochila, colocando pendurada na cabeceira - Eu conheço a Ochaco, mas você não… - Chamou a atenção da rosada - Me chamo Suemi Mori, prazer.

- E eu sou a Mina Ashido - deu um sorriso - Muito prazer também!.

- Você tem uma beleza diferente e muito bonita! - comentou ao perceber o quão exótico era sua aparência, porém, era incrivelmente belo de se ver.

- Obrigada! - Suas bochechas ficaram rubras pelo elogio repentino. Muitos a julgavam por ter pele cor-de-rosa, chifres e a esclera do olho negra, no entanto, apesar disso, nunca deixou de ser uma pessoa animada e amigável - Você também é bonita! Quando ouvi falar que tinha uma bruxa com cachos, quase não acreditei - confessou.

- Já ouvi muito disso hoje - comentou - Eu poderia tocar em seus chifres? Ele são fofos.

- Claro! - O sorriso que portava se tornou maior e mais exuberante - Muitos acham eles estranhos.

- Eu acho fofo - levantou e se aproximou, pegando cuidadosamente nos chifres amarelos. As bochechas da Ashido tornaram a ficar vermelhas e, essa ação quase automática, não passou despercebido pelos olhos achocolatados da Uraraka.

- Eu ainda estou aqui, viu!? - Ela, antes que só observava, interrompeu a conversa de ambas ao se sentir um pouco incomodada por estar fora da conversa delas.

- Quase esquecemos - as outras duas riram da feição que a de cabelos castanhos e curtos fez, já que ela inflou as bochechas e cruzou os braços.

- Isso, riam da cara da amiguinha de vocês - e foi isso que fizeram. Não demorou muito para que Ochaco acompanhasse a sessão de risadas delas - Não dá para levar a sério. 

- Realmente - A Mori concordou - Agora irei tomar banho, meninas. Se quiserem, vocês já podem ir dormir. Vou demorar um bocado bom lá no banheiro.

- Está bem - Mina concorda e se levanta, subindo até a beliche de cima.

- Lá tem toalhas e escova de dente - A acastanhada avisou.

- Okay, obrigada - deu um sorriso e abriu a boca da sua mochila - Lazuli, pega um conjunto de pijama pra mim e uma calcinha, fazendo favor - pediu e ouviu a voz da fadinha soar em confirmação. Alguns segundos se passaram e ela apareceu com a roupa que pedira para ela - Obrigada. Durmam bem - a azulada assentiu e voltou para a mochila.

Suas colegas de quarto estavam arrumando as camas para irem dormir, enquanto a semi-cacheada estava a caminhar para o banheiro compartilhado no final do corredor.

Abriu a porta de madeira e, automaticamente, as luzes se acenderam, mostrando uma carreira de dez pias na parede da frente, com um espelho que se estendia fora a fora. Na parede ao lado contrário das pias, se encontravam cabines de banho com uma pequena prateleira de shampoos, condicionadores, sabão líquido e uma bucha. Além  de mais alguns detalhes, como tapetes, vasos de flores e um conjunto de prateleira com alguns utensílios para a limpeza, toalhas e escovas de dente e cabelo.

Era algo simples mas organizado, com tudo que necessitamos até certo momento.

Quando deu seu primeiro passo para dentro, pode sentir o cheiro de limpeza no ar. Tirou as vestimentas e as deixou em um canto, para que depois as levasse para sua mochila e lavasse na máquina de lavar que tinha em seu closet. Deixou sua muda de roupa em cima da primeira pia e foi até o final do corredor iluminado, pegando uma toalha e separando sua própria escova que, ao tocar, seu nome apareceu na base.

A toalha foi pendurada na porta metálica de uma das cabines e a escova de dente foi posta na mureta de divisão, para que, quando terminasse de lavar seu cabelo, pudesse escovar os dentes. Entrou e trancou a porta, ligando o chuveiro em seguida. A água morna jorrou em sua face com suavidade, molhando seus fios ondulados gradativamente, enquanto escorria de seu couro cabeludo até se encontrar com o chão, tendo o seu fim, no ralo.

Muitas coisas passaram em sua cabeça ao mesmo tempo que esse processo diário simples, ocorria. A conversa que teve com os sete magos havia mexido com sua mente e embaralhado todo o seu ser. Estava com medo. Medo de morrer antes de poder fazer as coisas que tanto queria. De dar um abraço em sua mãe e experimentar a fantástica lasanha que ela sempre fazia. De viajar pelo mundo e conhecer novas magias e magos. De simplesmente encontrar alguém para estar ao lado dela e construir uma família.

Oh sim, ela tinha muito medo.

As lágrimas se acumularam em seus olhos castanhos e, em poucos segundos, escorreram e se misturaram com a água.

- Droga - praguejou - Justo quando tudo estava indo bem.

Seu peito pesou e o primeiro soluço veio. Brando e fraco. Foi o começo de outros muitos que vieram e inundaram o silêncio com eles. Respirou fundo e se acalmou. Não adiantaria chorar por uma coisa que nem sabia se iria realmente acontecer. Ela tinha que pensar positivamente. Talvez ela não iria morrer. Talvez ela conseguiria realizar seus sonhos. Talvez… estivesse enganando a si mesma.

Negou com a cabeça na tentativa de espantar esses sentimentos. Forçou um sorriso e repetiu diversas vezes que iria ficar bem. Que ela iria continuar a viver sua vida ao lado das pessoas que a amam. Que ela irá realizar seus sonhos e envelhecer ao lado do amor de sua vida. Que ela poderá respirar calmamente sabendo que irá viver o amanhã.


Notas Finais


É isso, espero q tenham gostado


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