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História The Bitch - Norminah - Changes.


Escrita por: norminahanonimo

Notas do Autor


Agora vou descansar. :)

Capítulo 10 - Changes.


Fanfic / Fanfiction The Bitch - Norminah - Changes.

 

 

       POV NORMANI

  

                             8 de Abril de 2015 

 

Acordei totalmente moída com o meu celular vibrando embaixo da minha barriga. Cheguei da avenida era de manhã, valeu a pena passar todo esse tempo lá. Juntei uma boa grana e certamente estou despreocupada em questão aos problemas com Theodor. Levantei em um solavanco e caminhei até o banheiro. Hoje o dia estava magnífico. O sol radiante como sempre, a brisa do mar batendo à todo instante e o meu bom humor de volta. Ninguém iria estragar meu dia de folga, principalmente aquela garota que, certamente tirou minha paciência me  forçando a beijá-la.  Não quero nem me lembrar daquela cena, foi completamente assustador. Não beijo nem homens direito, imagina beijar uma menina. Andei até o meu rádio na mesa do computador, pluguei meu celular ali começando a tocar uma música animada. Voltei para o banheiro, mas agora dançando. Comecei a escovar meus dentes enquanto dançava. Realmente meu humor estava revigorado, não por conta daquela cena idiota e sim por aproveitar a vida. Eu tinha o dinheiro para Theodor, ainda tinha uma sobra para gastar e bem, não iria me consumir com coisas ruins. Fiquei olhando meu reflexo no espelho e analisando cada detalhe do meu rosto. Eu me achava linda, mas estava sendo sempre a mesma. Daqui alguns dias estarei completando 23 anos e ainda estarei com essa cara de menina de 12. Certamente que meu corpo me entrega, mas queria fazer um visual mais adúltero. 

Sabe o que eu estava pensando? Em mudar esse meu visual. Cansei de cabelo longo e preto. Com esse calor ninguém consegue viver assim. Queria fazer uma loucura nele, deixá-lo em uma cor mais chamativa, ou em um corte diferente. Prendi meu cabelo em um coque e puxei uma blusa regata longa. Hoje iria dar uma faxina nessa casa. Caminhei até a sala tirando alguns dos meus sapatos que eu largara na noite. Fui até a cozinha começando a lavar alguns pratos sujos. Passei vassoura, pano de chão, limpei o fogão, armário e retirei comida estragada da geladeira. Limpei meu quarto também, ali parecia um ninho de tanta coisa que tinha jogado. O próximo passo mais difícil era tirar tudo do meu armário e dobrar as roupas, aquilo estava de assustar qualquer um. Dobrei milhares de blusas, shorts, saia e calças. Tinha roupas que não acabavam mais. Não sei como acumulei tanta coisa assim, mas com certeza iria jogar um pouco e comprar coisas novas. 

  Depois de me matar com o guarda-roupa, comecei a limpar o banheiro. Retirei todas as roupas sujas do cesto levando-os para lavanderia e aproveitando para pôr na máquina.  Meu apartamento era minúsculo, mas mesmo assim tinha tanta bagunça e limpá-lo sugou todas as minhas forças. 

Pronto! Casa arrumadíssima e cheirosa. Agora iria cuidar de mim. Peguei qualquer short e uma regata vermelha larga. Iria no salão cuidar desse cabelo, ficar linda para... Mim! Coloquei um pouco do dinheiro na minha bolsa preta de couro, peguei minhas chaves de casa, calcei um chinelo confortável e saí de casa com a certeza que voltaria outra mulher. 

 

:- Mani! — Dimitri, um dos meus cabeleireiros favoritos correu para me abraçar. Era impossível nao reconhecê-lo de longe com aquele topete enorme. Quando eu podia, vinha para dar um trato no cabelo, unhas, depilações e etc.— Quanto tempo não lhe vejo. 

 

:- Trabalhando muito, Di. 

 

:- Te entendo. Mas e aí, quer fazer o que hoje?

 

:- Vim mudar meu cabelo um pouco. Cansei de ser prostituta com cara de inocente.— Ele começou a gargalhar. Di sabia do que eu trabalhava, pois sempre me encontrava na avenida em algumas vezes que saía das baladas gays noturnas. 

 

:- Acho que já tenho um corte para você! Só quer um corte mesmo? — Ficou analisando meu rosto. Claro que fiquei apreensiva em cortá-lo. Foram tantos anos tendo eles longos. 

 

:- Tenta pôr uma cor aí. 

 

:- Pode deixar! 

 

:- Não me decepcione, Di.— Me sentei na cadeira de couro. Ele pisou em um pedal deixando-me em um tamanho ideal, virou a cadeira contra o espelho, para que eu não pudesse ver a transformação. Fechei meus olhos ouvindo o barulho da tesoura perto dos meu ouvidos. Agora não tinha mais volta! 

 

 

                         ***

 

:- Meu Deus! — Fiquei afagando meus cachos. Me aproximei mais ao espelho, eu estava totalmente diferente. Meus cabelos batiam nos ombros, a raiz totalmente preta e as pontas em um azul claro. Eu nem parecia a mesma de minutos atrás. Realmente Dimitri faz milagres! 

 

:- O que achou?

 

:- Maravilhoso. Você arrasou, como sempre.— Eu não parava de me olhar no espelho. Na verdade, não imaginei que ficaria tão bom. 

 

:- Obrigado. Ainda bem que gostou, fiquei meio que com medo da sua reação. 

 

:- Claro que não! Eu amei. 

 

:- Que bom. O preço você resolve lá no caixa. Ainda tenho mais três clientes. 

 

:- Obrigada, Di! — O abracei. O mesmo depositou um beijo em minha bochecha e eu caminhei até o caixa pagando o que o mesmo tinha cobrado. 

 

Nem saí do salão batendo cabelo, né?! Agora sim estava me sentindo maravilhosa!  Passei na sorveteria alí perto e comprei um sorvete. O calor estava demais e gelar um pouco a boca era sempre bom. Entrei no saguão do apartamento indo até o andar de Ally. Sem dúvidas, ela iria surtar quando ver meu cabelo. Apertei sua campanhia e fiquei esperando alguns minutos. Ouvi a porta ser destrancada e uma Ally semi nua aparecer coçando os olhos. 

 

:- Acorda, mulher! 

 

:- O que você fez no cabelo?

 

:- Mudei, gostou?

 

:- Você está maravilhosa. 

 

:- Eu sei.— Entrei em sua casa. A mesma encostou a porta ainda bocejando e coçando os olhos.— Dormiu bastante? 

 

:- Um pouco. Ainda estou com sono.— Ela se jogou no sofá e eu me sentei ao seu lado. Ela balançou a cabeça em negativo e começou a rir.— Vou demorar a me acostumar com você assim. 

 

:- Se acostume logo, não irei mudar tão cedo. Mudando de assunto... Ontem você sumiu da avenida, por onde esteve?! 

 

:- Ah! Troy me buscou e ficamos em um motel. 

 

:- Quem é esse? 

 

:- O garoto que eu te falei. Descobri o nome dele. Ele me pagou o dobro e passamos o resto da noite juntos e ele é maravilhoso, fofo, conversa bem e... 

 

:- E você está se apaixonando. 

 

:- Claro que não, Mani! Eu só gostei de ficar com ele. 

 

:- Ally, é assim que começa as coisas. Você não teve sentimento por outros, aliás, você sempre foi fria em relação à isso. Eu particularmente acho que você está gostando dele. 

 

:- Claro que não. A gente só conversou, ele falou sobre a vida dele e eu sobre a minha. 

 

:- É assim que começa. Daqui a pouco você aparece grávida. Au! — Gritei de dor, pois Ally acabara de beliscar meu braço por conta da última frase que falei. Eu só estava falando a verdade.

 

:- Tenho 24 anos, eu sei muito bem ter cuidado com isso. 

 

:- Tudo bem, revoltada! — Alisei a região beliscada. 

 

:- Agora me conta as novidades.

 

:- Nenhuma. Só o cabelo mesmo! 

 

:- Nada do Thomas?! Para de me esconder as coisas Normani Hamilton! 

 

:- Não estou escondendo nada. Ele foi lá, me pagou e acabamos transando, só isso. 

 

:- Só isso mesmo? — Arqueou uma sobrancelha. Revirei os olhos por Ally sempre conseguir me manipular e tirar tudo de mim. Não consigo guardar segredo diante dela.

 

:- Dinah chegou depois de alguns minutos e viu ele lá. Aquela garota ficou louca só porque eu não lembrei dela vim toda tarde. Fez um barraco na porta de casa e saiu andando, depois a louca voltou e... 

 

:- E..? 

 

:- E me beijou. 

 

:- ELA FEZ O QUE? 

 

:- Isso mesmo, me beijou. Eu fiquei sem reação. 

 

:- Se afastou ou continuou? 

 

:- O que? 

 

:- O beijo, Mani! 

 

:- Eu virei o rosto. 

 

:- Virou mesmo? 

 

:- A gente encostou as bocas, a língua também, mas não foi nada demais. Pra falar a verdade, eu não senti nada. 

 

:- Mas acho que ela sim. A garota fez esse auê todo por ver Thomas na sua casa e acaba te beijando depois. Mani, essa menina está gostando de você. 

 

:- Claro que não. Ela está querendo brincar. Eu ainda acho que Dinah está me rondando pra tentar ir para cama comigo e dizer que me comeu! 

 

:- Que horror! 

 

:- Estou falando sério. Adolescente desse tipo têm de monte. 

 

:- Eu ainda acho que ela esteja gostando de ti e não é pouco. 

 

:- Esquece essa menina. Que tal a gente ir pra praia? 

 

:- Agora?! 

 

:- É! Estou com vontade e hoje não iremos para avenida. 

 

:- Vai ter que esperar eu me arrumar! — Se levantou. Fiquei olhando-a se afastar para seu quarto. Comecei a rir pela forma como ela estara vestida. Um sutiã roxo e um short jeans. 

 

:- Enquanto você se arruma, vou pra casa me arrumar também. 

 

:- Ok! — Deu um grito abafado lá do fundo. Andei até sua porta saindo. Subi para o meu andar e destranquei minha porta. Aquele cheiro de casa limpa invadiu minhas narinas e me senti satisfeita em ter limpado tudo. 

 Caminhei até meu quarto, joguei minha bolsa na cama e procurei algum biquíni para usar.  Iria usar um biquíni preto, foi o primeiro que achei. Não iria desarrumar aquele armário. O vesti deixando minha tatuagem à mostra. Por mais que eu tenha me arrependido de ter feito aquilo, virou minha marca registrada. Aquela tatuagem era meu charme e me deixava mais sexy.  Coloquei um short jeans para andar na rua. Arrumei meu cabelo e coloquei um óculos para proteger meus olhos desse sol. Peguei uma toalha para forrar a areia. Pronto! Desci as escadas indo até a porta de Ally. Estava entre aberta, então já entrei esperando-a. A mesma passou usando uma saída de praia com a bandeira dos Estados Unidos. 

 

:- Vamos?! 

 

:- Deixa eu pegar meu celular. 

 

:- Ah não! Esquece esse negócio um pouco. 

 

:- É caso algum cliente ligue.

 

:- Nenhum deles irão ligar agora. Larga isso, Ally! — Peguei o celular de sua mão pondo-o na mesa da televisão. Ela deu uma bufada e eu a abracei de lado.                   

:- Pensei que por ser quarta-feira não estaria tão cheio! — Ally falava enquanto tampava seu rosto por causa do sol. Estávamos sentadas na cadeira de praia, um pouco perto do mar. 

 

:- Hoje está calor, as pessoas querem aproveitar a tarde. Vou um pouco pro mar, já venho! — Me espreguicei de pé. Caminhei sentindo aquela água gelada tocar meus dedos. Respirei fundo sentindo o ar salgado invadir minhas narinas. Molhei minha nuca e mergulhei contra a onda. 

 

Ir para praia era uma maravilha, era como se você esquecesse o mundo lá fora e só vivesse ali. Tudo bem que esse lugar suga todas as suas energias, mas é uma das melhores coisas. O sal tira todas as coisas ruins de seu corpo, te deixa mais limpa. Gosto dessa sensação. Fiquei mais alguns minutos ali no mar e depois voltei para onde Ally estava. 

 

:- Sabe o que eu estava pensando? 

 

:- No que? 

 

:- Eu acho que essa Dinah caiu nos seus encantos, sereia! — Recoloquei meus óculos e sentei na cadeira novamente. Neguei com a cabeça e ri de sua piada. 

 

:- Por mim, ela pode ter um abismo, não será correspondido. 

 

:- Deixe de ser chata. Porque não corresponde a coitada? Nem que seja só pra dar alguns beijos, eu sei que faz tempo que você não faz isso. 

 

- Ally, ela é filha do Gordon, o considero quase como meu pai. Ele é um senhor tão bom. Mesmo que ela me perturbe, não irei brincar com sentimentos, isso é horrível. 

 

:- Então você se importa com os sentimentos dela? 

 

:- Não é isso, eu só não quero criar mais problemas. 

 

:- Mas você não acha que namorá-la  ou pelo menos continuar com esse negócio dela pagar um programa sem fazer nada não iria te deixar no lucro? Tipo, você iria ter um bom dinheiro às custas da menina. Melhor para você, assim ela se iludia um pouquinho e te pagava. 

 

:- Essa idéia não é ruim. Toda criança gosta de brincar,  principalmente as inocentes! — Um sorriso maléfico surgiu em meus lábios. Não iria enganá-la, apenas iria brincar da mesma forma como ela quer fazer comigo. 

 

:- Eu sou um gênio! 

 

:- E como.— Voltei minha atenção para o horizonte. A vista estava maravilhosa e com essa idéia, ficou mais ainda. Eu já estava tramando como seria. O único problema é como pensar em seu Gordon. Minha consideração por ele é enorme. Imagina ele souber que estou brincando com sua filha. 

                        

Realmente, praia acaba com a alma de qualquer um. Depois de tomar um banho e tirar aquele sal e areia do meu corpo, me joguei no sofá enquanto comia salgadinho e via a tv. Ally desceu para sua casa pois alegou que estava cansada e com sono. Peguei meu celular para saber as novidades no mundo à fora. Já eram quase dez da noite e minha folga já estava acabando.  Uma leve brisa bateu da janela e o cheiro do perfume de Dinah pairou no ar. Fechei meus olhos contraindo meus pulmões e guardando aquele cheiro maravilhoso doce para mim. O perfume é uma delicia, mas a dona é uma chata, insuportável e infantil. Novamente me veio a voz de Ally sobre enganá-la para pegar dinheiro.  Meu medo não era machucá-la e sim decepcionar seu pai que confia em mim. Eu estava dividida nisso. 

Nessas horas ela deve estar pulando naquela tal balada e pegando tudo quanto é pessoa, além de ficar mais bêbada que a Lindsey Lohan. Se eu soubesse que ficaria mofando de noite, teria ido pelo menos pra dançar. Precisava chacoalhar meu corpo, beber ao ponto de esquecer o meu nome, mas neguei o convite. Também, não iria ter graça ir para um lugar ao lado de Dinah, deve ser a coisa mais horrível do mundo, coitados dos amigos dela. 

 

 

                          . . .

 

 

Eu estava pensando tanto que acabei cochilando toda torta no sofá. Acordei assustada com a campanhia tocando e alguém gritando impacientemente.  Levantei super assustada pensando que estava acontecendo algum incêndio. Eu fui até a porta tão desnorteada por conta do susto que nem percebi de quem era a voz.    Quando abri a porta, Dinah estava sentada no chão, totalmente bêbada, com as pernas abertas e ela usara um vestido preto super apertado e curto. Depois a puta sou eu. Enfim... 

 

:- O que você está fazendo aqui? 

 

:- Vim te ver! — Se arrastou pelas paredes tentando levantar. Seus sapatos estavam em suas mãos. O cabelo totalmente bagunçado. 

 

:- Você é louca?! Veio dirigindo nesse estado? 

 

:- Eu queria te ver, Scarlet.— Começou a rir sozinha. A segurei pelos braços até dentro de casa. A sentei no sofá e parei em sua frente com as mãos na cintura. 

 

:- Mas eu não pedi pra ficar longe de mim? 

 

:- Eu não estou conseguindo ficar longe.— Saiu tudo enrolado. Franzi o cenho tentando entender o que ela tanto falava. 

 

:- Dinah, olha seu estado. 

 

:- A gente sempre se encontra quando estou bêbada, né? — Começou a rir. A olhei com reprovação. Essa garota não tinha jeito e nem juízo. Não pensou em seu pai. 

 

:- Vem. Você precisa tomar um banho. 

 

:- Não vou  ficar pelada na sua frente. 

 

:- Para de frescura. Tudo o que você tem eu também tenho. 

 

:- Então toma banho comigo? 

 

:- Claro que não! — Apoiei seu braço em meu pescoço. Tentei arrastá-la até meu quarto.— Coopera um pouco, Dinah. 

 

:- Não. Deixa eu aqui. 

 

:- Desisto! Fica aí.— A larguei. Dinah caiu no chão com força e começou a chorar. 

 

:- Me desculpa. Dinah, olha aqui. Eu te machuquei? — Me abaixei assustada pois ela chorava feito uma criança. Talvez tenha batido a cabeça, sei lá. Ela ficou deitada de barriga pra cima e eu ajoelhada à sua frente. 

 

:- Você está tão linda com esse cabelo azul.— Seus olhos estavam entre abertos, parecia que ela dormia em pé. Dinah passou as mãos em meu cabelo, fechei meus olhos sentindo os toques de seus dedos em meu ombro. 

 

:- Dinah, porque você está fazendo isso à si mesma? 

 

:- Isso o que? 

 

:- Bebendo. 

 

:- Beber é bom! 

 

:- Pra você. Seus pais nem sabem que você está assim. 

 

:- Seus pais sabem que você transa todo dia com um cara diferente?! — Não me aguentei. Ia soltar minha mão em sua cara, mas ela foi mais rápida segurando-a. 

 

:- Você é tão nojenta.— Tentei soltar meu braço de suas mãos. Não sei porque ainda me preocupei com essa idiota insensível. 

 

:- E você é tão linda.  

 

:- Me poupe, garota. 

 

:- Mesmo vendo você toda embaça, ainda te acho linda. 

 

:- Se você não calar a boca eu vou te jogar pra fora. 

 

:- Porque você não me beija de novo e me cala de um jeito melhor?! 

 

:- Porque eu não quero te beijar! Agora para de falar besteira um pouco e levanta.— Me levantei pegando em sua mão. A levei até o meu quarto. Tampei meus olhos quando a mesma começou a retirar seu vestido. 

 

:- Porque está tampando a cara? Tenho as mesmas coisas que você, ué. 

 

:- Estou tampando por educação.— Ela entrou no banheiro primeiro e eu em seguida. Liguei o chuveiro no mais gelado e a empurrei. A deixei de calcinha e sutiã, iria passar o resto da noite desse jeito e molhada, ninguém mandou beber! 

 

:- Está gelada, sabia? — Deu um grito quando sentiu a água bater em seu corpo. Comecei a rir vendo-a pular feito uma louca. 

 

:- Nem sabia. 

 

:- Vem ver.— Me puxou pra baixo da água e eu lhe dei um tapa. 

 

:- Sua tapada! Não é pra me molhar. 

 

:- Você disse que não sabia que estava gelada! — Comecei a rir vendo sua cara. Peguei uma toalha e desliguei o chuveiro. 

 

:- Você vai ficar desse jeito. Molhada. 

 

:- Me empresta pelo menos uma blusa pra pôr? 

 

:- Ta! — Revirei os olhos e peguei uma blusa velha. Além de tomar banho aqui, quer usufruir das minhas roupas. 

 

:- Me ajuda a pôr? Estou um pouco confusa! — Balancei a cabeça em reprovação da cena de Dinah com os braços todo errado no buraco da blusa. Me aproximei ajudando-a colocar a camiseta. Tentei puxar a blusa para cima acertando o buraco da cabeça, mas ela começou a fazer gracinha e caiu na cama e me puxou  pra cima dela. Sim, ela caiu e eu acabei caindo também. Apoiei minhas mãos na cama tentando me levantar, mas ela envolveu seus braços em minha cintura me prendendo. 

 

:- Você está toda molhada, Dinah.— Ela balançou a cabeça em um não. Retirei algumas mechas molhada em seu rosto. Engoli seco quando ela ergueu a cabeça e me puxou para mais perto de seu rosto. Observei-a molhar os lábios com a boca, senti um frio na minha espinha em pensar na possibilidade dos meus lábios tocarem nos seus novamente. Passei a ponta do meu nariz em seu rosto, molhei minha boca e me aproximei iniciando um beijo calmo. Eu sei, foi eu que a beijei, mas só queria começar a matar minha vontade. Estou à tanto tempo sem beijar alguém.Nosso ritmo era lento e sicronizado, aproveitando cada parte de nossas bocas. Autorizei a passagem de sua língua descontrolada em minha boca, automaticamente senti minha intimidade pulsar só de imaginá-la dentro de mim. Ela me dava leves mordidas e puxões na boca, suas mãos que estavam em volta da minha cintura, passou para a minhas costas puxando-me mais contra seu corpo.   Meu hálito agora tinha gosto de álcool, mas estava em um gosto bom. Beijar Dinah era como se você estivesse se viciando à algo. Como Ally disse, beijá-la não me faria mal.  Fazia tempo que eu não beijava alguém. Nada melhor do que matar a vontade. 

 

:- Porque você quis... 

 

:- Não fala nada! — Me arrumei em cima de seu corpo e grudei meus lábios aos dela novamente. Não iria deixá-la me irritar agora. Primeiro iria matar minha vontade, depois a matava. Passei minhas mãos em seu cabelo molhado puxando sua cabeça para intensificar nossas bocas. O beijo não passava de calmo e não existia mãos bobas como alguns homens faziam. 

 

 



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