1. Spirit Fanfics >
  2. The Bitch - Norminah >
  3. What? Ally!!!

História The Bitch - Norminah - What? Ally!!!


Escrita por: norminahanonimo

Capítulo 25 - What? Ally!!!


Fanfic / Fanfiction The Bitch - Norminah - What? Ally!!!

 

 

      POV NORMANI 

 

                    29 de Abril de 2015

 

:- Porque você fez isso, Normani?!— Massagiei minhas têmporas aguentando aquele grito fino da Ally em meus ouvidos. Acabei contando o que havia acontecido comigo e Dinah na noite passada. Eu sei que fui uma completa idiota, mas eu não queria que ela achasse que tivéssemos algo a mais só porque fomos para a cama. 

 

:- Ally, por favor. Sem gritar. 

 

:- Normani, você não tem noção do que fez? A garota disse que te amava, ela lhe entregou a virgindade pra você fazer isso? 

 

:- Eu só falei uma coisinha de nada, ela que se doeu toda. 

 

:- Ela se doeu porque o que ela queria ouvir era um "eu amei essa noite" seu. Você é muito sem coração mesmo.— Caminhou até a sala se jogando no sofá. Me sentei ao seu lado totalmente desajeitada.— Até antes você estava toda jogada triste porque queria falar com ela e quando conseguiu, fez isso. Normani, se você realmente gosta dela, retira essa pedra daí e fala o que sente logo. Dinah não irá ficar correndo atrás de você pra sempre. 

 

:- Eu sei, Ally. Eu fui uma completa idiota, mas eu só não queria que ela se apegasse achando que eu estava aos seus pés. 

 

:- Mani, deixa de ser idiota. A garota disse que te amava chorando, você acha que ela já não se apegou?! 

 

Olhei para o enorme tapete cinza à minha frente soltando um longo suspiro. Pra falar a verdade, ontem a noite não saiu nenhum segundo da minha cabeça, principalmente quando ela saiu desesperada dizendo aquelas coisas. Meu coração ficou despedaçado quando Dinah admitiu me amar com os olhos cheios de lágrimas. Eu não queria que ela sofresse, mas já era tarde. 

 

:- Ela é maravilhosa, Ally. Eu não mereço tudo aquilo, entende? Eu não posso me apegar à ela, Dinah irá sofrer muito mais, ainda tem os pais dela. Seu Gordon me conhece, a mãe dela parece que não foi com a minha cara e... Eu tenho medo. 

 

:- Você precisa enfrentar o medo, lembra?! 

 

:- Lembro, mas não vou enfrentar esse. 

 

:- Você é tão covarde assim? 

 

:- Pela Dinah, sim. 

 

:- Manibear, não quero que sofra, mas ela vai se cansar e tem sua prima em cima. Todo o amor que ela está sentindo por você, irá passar para Zendaya. Mesmo que demore. 

 

:- Vira essa boca pra lá!— Abaixei a cabeça, molhei meus lábios e suspirei. Ally começou a acariciar minhas costas tentando me reconfortar. 

 

:- Então quer dizer que você não quer isso? Que você realmente a quer? 

 

:- Eu quero, Ally, mas tenho medo. Quando eu fico perto dela sem fazer nada eu começo a falar bobagens para atingí-la e testá-la. 

 

:- Testá-la como?! Você acha que ela é um tipo de Arin?— Concordei com a cabeça um pouco sem graça e Ally soltou um suspiro longo.— Mani, ela é diferente, a garota realmente gosta de você e quer te ver bem. Essa fase "Arin" já passou, agora você é uma mulher feita, por mais que Dinah tenha apenas 17 anos, ela têm uma cabeça incrivelmente diferente de todos os adolescentes que você tanto teme. 

 

:- Eu devia ir pedir desculpas à ela? 

 

:- Você deveria chamá-la para conversar sem brigas, tentar parecer uma garota legal. Na visão dela, você está parecendo uma prostituta ambiciosa. 

 

:- Na visão dela ou na sua?— Revirei os olhos. 

 

:- Na minha e na dela. Deixa de ser tão fria e se achar a fodona porque você não é. Seu coração é todo mole e quando ela chegou aqui eu percebi isso. Toma vergonha nessa cara e vai procurar Dinah. 

 

:- Eu não sei se ela está no treino. 

 

:- Fique esperando como da outra vez. 

 

:- Ally, você é extremamente chata.— Levantei em um solavanco dando passos fundos até o meu quarto. Eu ainda estava com a roupa de ontem e nela, estava o cheiro de Dinah. 

 

:- Você vai me agradecer futuramente e eu ainda irei lhe dar um tapa na cara em forma de resposta. Escute o que estou te falando. 

 

:- Seria interessante levar um tapa na cara de alguém que nem alcança meus joelhos.— Corri para dentro do banheiro me trancando, Ally havia saído correndo pra me bater. Eu adorava perturbá-la sobre seu tamanho. Era engraçado. 

 

:- Se eu fosse Dinah, correria para os braços de Zendaya, você não presta!— Agora quem saiu correndo do banheiro atrás dela foi eu. Ally dava gargalhadas super altas enquanto eu lhe fazia cócegas. Jamais tentaria bater em minha pequena por causa de qualquer coisa, Ally era tudo para mim. 

 

:- Se eu não presto, você também não. 

 

:- Pelo menos não fiz drama para ir a cama com Troy.— Parei de fazer cócegas em sua barriga e a encarei incrédula.

 

:- Vocês já transaram? 

 

:- Mais rápido que você e Dinah. 

 

:- O que você sentiu? 

 

:- Um pinto na minha vagina?!? 

 

:- Não, idiota. O que você sentiu em relação à sentimentos. 

 

:- Eu não parei de sorrir a noite toda, fui a primeira dele também e me senti bem. Ele me tratou como uma princesa e foi super carinhoso. 

 

:- Dormir a noite toda agarrada ao travesseiro sentindo o cheiro dela, não parar de pensar na noite que tivemos e não parar de pensar nela quer dizer alguma coisa?— Franzi o cenho e mordi os lábios nervosa, Ally deu um sorriso largo concordando. 

 

:- Quer dizer uma grande coisa. 

 

:- O que? 

 

:- Você pode estar gostando dela e pode ficar bem mais forte. 

 

:- Isso não podia estar acontecendo.— Afundei meu rosto em minhas mãos e bufei. Era como um filme passando diante dos meus olhos. Ela demonstra gostar de mim, eu acabo cedendo, ela me machuca e eu novamente levo um enorme trauma para casa. 

 

:- Mas está, você deveria deixar isso fluir. Será bom, te fará bem! 

 

:- Não, não irá! Se eu admitir que gosto dela, ela vai se aproveitar de mim e depois me largar como Arin fez. Ontem ela foi pra cama comigo, mas está namorando minha prima, como entender?! 

 

:- Ela só foi pra cama com você porque te ama. Com certeza, Dinah só está com ela na tentativa de te esquecer. 

 

:- Foda-se! Eu não quero isso fluindo nem pra mim e nem pra ela. 

 

:- Você precisa parar de pensar o pior.— Se levantou correndo para atender o interfone. Ela falava toda concentrada com o porteiro enquanto eu massageava minhas têmporas que pulsavam de tanto pensar.— Scarlet, tem uma garota querendo falar contigo na porta. 

 

:- Quem?— Estranhei por ela me chamar daquela forma, estávamos sozinhas, não tinha o porquê.

 

:- Sou eu.— Observei a garota branca atrás de Ally. Seus cabelos soltos por cima dos ombros, uma roupa bem recatada, alguns livros nos braços e um óculos de grau realçando seus olhos verdes.— Lembra de mim? Sou a Lauren. 

 

:- Oh! Lembro, um pouco... Como achou minha casa? 

 

:- Eu vim aqui com Dinah uma vez e eu precisava falar sobre ela mesmo. 

 

:- Pode ficar a vontade.— Bati no sofá ao meu lado para que ela se sentasse. 

 

:- Então, Scarlet. Dinah não foi para a aula e nem pro treino. Hoje seria o último  para o campeonato de amanhã em LA, mas ela não foi. Camila ligou para a mãe dela e ela disse que Dinah não saiu do quarto desde ontem. Você sabe se aconteceu algo? Ou entre vocês?— Engoli seco e olhei Ally por alguns segundos. Respirei fundo voltando a olhar aqueles verdes esmeralda me encarando à espera de uma resposta. 

 

:- Bem, acho que uma parte disso é culpa minha. Ontem ela estava aqui, eu a chamei e acabamos indo para a cama. Eu tirei a virgindade dela e falei alguma besteiras depois, acho que ela ficou chateada. 

 

:- Pelo que conheço Dinah, não é só chateada que ela está. Ela nunca ficou desse jeito por alguém. 

 

:- Ela admitiu que me amava e saiu correndo daqui chorando. Eu pensei em procurá-la hoje, mas acabei desistindo. 

 

:- Posso ser sincera?— Olhei para minha mão ser esquentada pela dela que acabara de apoiar na minha. 

 

:- Claro. 

 

:- Dinah se apegou a você. De alguma forma você a prendeu de um jeito que nenhum garoto conseguiu. Ela nunca falou sobre ser lésbica ou se sentir atraída por garotas, você é a primeira. Ela também nunca se apaixonou por alguém, é a primeira vez que ela está sentindo algo forte. Acho que você não iria gostar de ver sua melhor amiga sofrendo por alguém. Te peço, quase suplicando, conversa com ela? Eu te levo até a casa dela pra vocês conversarem.— Retirei minha mão debaixo da dela e olhei por cima de seus ombros Ally no canto da parede balançando a cabeça em concordância. 

 

:- Eu vou, mas acho que ela não irá querer falar comigo. 

 

:- Eu falo que sou eu, não se preocupe! 

 

 

 

Na frente da casa dela, respirei fundo e analisei a enorme fachada super sofisticada. Não sabia que ela era rica. O pai dela deve ter trabalhado muito para conquistar aquilo tudo e a modelar a casa. 

 

:- Lauren! Que surpresa boa.— A senhora lhe deu um abraço apertado enquanto me encarava. Talvez estivesse tão surpresa quanto eu.— Entrem.— Nos deu espaço para que passássemos e sentir o cheiro do lar recém limpo. 

 

:- Trouxe Scarlet pra ver se Dinah sai dali.— Fiquei super distraída observando algumas obras de arte na parede, a enorme estante da televisão em uma madeira brilhosa. 

 

:- Eu só a vi no hospital, nem gosto de lembrar, mas você foi essencial em tudo. Obrigada!— Se aproximou estendendo a mão para eu apertá-la. Lhe dei um sorriso simpático e super sem graça. Eu não sabia como olhar aquela senhora tão educada e pensar que ontem à noite eu estava na cama com sua filha e que a culpa dela estar naquele quarto pode ser minha.— Tentem convencer Dinah à descer, ela precisa se alimentar. Se nada der certo, irei arrombar aquela porta, deixá-la de castigo e não irá para o campeonato, além de perder notas! 

 

Novamente engoli seco e controlei meu tremor. Ela só estava daquela forma tudo por culpa minha, eu que falei tudo aquilo ontem e a deixei se sentir um lixo. Olhei para a escada à minha frente e comecei a subir os degraus lentamente seguindo Lauren. A cada passo, meu corpo tremia mais ainda e o medo dela cuspir as palavras, me xingar de tudo quanto é nome era grande. 

 Lauren bateu algumas vezes na porta, mas não mantivemos respostas. 

 

:- Dinah, sou eu, Lauren. Abre essa porta, quero conversar. 

 

:- Eu não quero conversar, Laur.— Controlei minha respiração ouvindo aquela voz abafada e extremamente rouca. Ela devia ter chorado a noite toda. 

 

:- DJ, por favor. Eu quero tentar conversar. Você vai perder a chance de ir para o campeonato, além de ficar de castigo.— A mesma não respondeu nada. Em alguns minutos ouvimos a porta ser destrancada, Lauren foi abrindo aos poucos e ela estava lá, de pijama, enrolada nas cobertas, além dos olhos inchados, as bochechas rosadas e o cabelo totalmente bagunçado. 

 

:- O que ela está fazendo aqui?! 

 

:- Eu vim conversar, Dinah. 

 

:- Eu não quero falar mais com você, já não basta a humilhação de ontem? 

 

:- Ei, sem se exaltar. Sua mãe está lá embaixo e irá escutar tudo.— Lauren falava enquanto fechava a porta. Não sei se meu corpo havia congelado, pois eu tremia por dentro. 

 

:- A gente pode conversar melhor?! 

 

:- Não quero conversar, eu não quero ter mais nada, você é extremamente cruel, Scarlet. 

 

:- Eu vou deixar vocês conversarem melhor, sem gritaria e estapeamento. Tentarei distrair sua mãe.— Lauren abriu a porta às pressas e sumiu. Voltei minha atenção para Dinah que usara um pijama totalmente enorme, chegava a ser engraçado a forma como ele estara em seu corpo. 

 

:- Não sou cruel. Aquilo só foi um deslize.

 

:- Eu sei que tirar minha virgindade foi um deslize, não precisa me lembrar! 

 

:- Não estou falando disso, estou falando sobre o que te disse ontem. Eu me arrependi muito, até eu me senti um lixo diante da forma como me expressei.— Cerrei meus punhos e fechei meus olhos. Ficando dessa forma, seria melhor para eu me expressar e soltar tudo que estava preso. 

 

:- Agora está arrependida? Oh, dó. 

 

:- Dinah, eu não dormi direito a noite toda, eu fiquei cheirando o meu travesseiro que acabou ficando com seu cheiro, a forma como transamos, não sai da minha cabeça.— Continuei com os olhos fechados, mas agora esperando alguma resposta. 

 

:- Scarlet, você falando tudo isso agora não irá adiantar. Eu realmente estou chateada com tudo. Você me magoou de tal forma que nenhum garoto conseguiu me magoar. 

 

:- Me desculpe, Dinah. Eu não queria falar aquilo. Eu só...

 

:- Você só queria deixar claro que só estava existindo sentimentos da minha parte.

 

:- Não é isso... 

 

:- Eu já entendi, Scarlet. Passei a noite toda tentando entender porque você me tratou tão bem e depois de tudo, falou daquela forma comigo. Era dó. Você queria realizar mais um fetiche de uma adolescente, é o seu trabalho, não é mesmo?! Eu já desisti de tudo isso, agora é pra valer.— Suspirou. 

 

:- Eu só quero que você não fique assim no quarto por minha causa. Me desculpa novamente se te machuquei.— Ela desceu da cama, caminhou até mim pegando suas pantufas no chão. 

 

:- Não se preocupe, daqui pra frente você não terá uma criança lhe perturbando mais.— Me deu as costas, se sentou na ponta da cama ajeitando suas pantufas de leão. 

 

Fiquei em silêncio observando-a murmurar algo enquanto arrumava os seus calçados. Ela falando isso me deixou super desanimada, se fosse antes, eu soltaria fogos e comemoraria a noite toda, mas agora, seria estranho não ter sua perturbação sempre. 

 

:- Você precisa comer.— Foi a única coisa que respondi. Dinah me olhou por alguns segundos e deu uma risada fraquíssima. 

 

:- Eu sei.— Saiu do quarto me deixando sozinha. A persegui até as escadas e desci até a cozinha, onde Lauren ajudava a senhora com a louça. 

 

:- Dada!— Uma linda garotinha gritou enquanto desenhava na mesa ali perto. Era a a mesma menina das fotos na sala de seu Gordon.

 

:- Finalmente saiu daquele lugar. O que deu em você, hein?

 

:- Isso foi passageiro, não se preocupe. Era só muita pressão dos jogos, mãe.— Me olhou por alguns segundos enquanto segurava sua irmã em seu colo. 

 

:- Você quer almoçar, Scarlet? 

 

:- Não, obrigada, senhora.— Lhe dei um sorriso. 

 

:- Pode me chamar de tia. 

 

Apenas lhe dei um sorriso, Dinah se sentou na mesa balançando a cabeça em reprovação. A garotinha que estava em seu colo, pulou no chão vindo até mim. 

 

:- Quer conhecer a casinha das minhas bonecas? 

 

:- Claro.— Ela pegou em meu dedo e começou a me puxar para o andar de cima da casa novamente. Ela adentrou o quarto de Dinah puxando uma enorme casa rosa e algumas barbies. 

 

:- Qual o seu nome? 

 

:- Scarlet e o seu?— Me sentei no chão de frente pra ela enquanto a via brincar com a "casinha". 

 

:- Regina. 

 

:- Que nome lindo. 

 

:- Mamãe que escolheu. 

 

:- Gina, a mãe está te chamando pra comer.— Dinah apareceu super impaciente segurando a porta. A pequena se levantou largando todos os brinquedos e saiu correndo para o lado de fora.— Quantas vezes já falei para não deixar esses brinquedos no meu quarto, Regina?! 

 

:- Ela é uma criança ainda. 

 

:- Desde quando você se chama Regina?— Suspirei antes de me levantar e ficar de frente para ela. Confesso que essa patada doeu no fundo da minha alma. 

 

:- Dinah... 

 

:- Scarlet, me deixa quieta, vai?! Eu não quero conversar contigo tão cedo. Some! 

 

:- Eu só quero conversar melhor contigo.— Encostei a porta atrás de mim enquanto ela caminhava até a cama. 

 

:- Quer conversar o que? O quão risadas você deve ter trocado com sua amiga lembrando a forma como eu saí da sua casa depois de tudo que você me disse? 

 

:- Não, claro que não! Pelo contrário, Ally brigou comigo pela forma como falei contigo e por isso estou aqui. 

 

:- Só porque você brigou com a sua amiga você veio? Olha, porque você não cala a boca e volta para o seu trabalho? Tenho certeza que muitos dos seus clientes estão sentindo sua falta. 

 

:- Eu não estou ligando para eles, eu vim ver como você estava.

 

:- Eu estou bem, obrigada. Minha namorada virá cuidar de mim, não se preocupe! 

 

:- Ok. Então eu já vou.— Fiquei olhando-a por alguns segundos dando passos para trás. Ela não se preocupou em me olhar e muito menos responder com um "tchau". Desci as escadas com a garganta ardendo por segurar o choro. Lauren estava sentada no sofá conversando sobre alguma coisa enquanto Regina estara brincando no tapete.— Lauren, eu já estou indo. 

 

:- Ei, calma aí. Quero conversar com você antes. 

 

:- Foi bom te ver novamente, Scarlet e obrigada por ter tirado-a dali. 

 

:- Por nada, tia. Até a próxima. Tchau Regina.— Acenei para a pequena que estava super concentrada em seus brinquedos. Saí pela parte de fora da casa indo até uma varanda com Lauren ao meu lado. 

 

:- Como foi a conversa? 

 

:- Nada demais, ela não quis falar comigo direito e jogou a namorada na minha cara. 

 

:- Complicado. Dinah é muito orgulhosa. Agora me explica sobre isso de tirar a virgindade. 

 

:- Ela queria perder comigo e eu acabei aceitando, mas depois falei uma coisa que ela não esperava e agora está nisso. Enfim...

 

:- Te entendo. Dê um tempo à ela e principalmente para você. Ela precisa se distrair com os jogos do campeonato que vem agora e o foco para ganhar e ter uma alta nas notas será grandioso. 

 

:- Eu não fico atrás dela, eu não a procuro para perturbá-la. Dinah que vai na minha casa procurar caso. 

 

:- Seja sincera comigo, Scarlet. O que você está sentindo por ela?— Lancei um olhar desconfiado para a garota que era mais branca que um papel. Como ela era dessa cor morando em Miami? 

 

:- Eu não sei, essa garota está me deixando confusa. Eu já tentei me afastar, mas de alguma forma ela aparece e desmonta toda a armadura que eu fiz. 

 

:- Quanto tempo você não vai para a rua trabalhar?!— Arqueou a sobrancelha, fazendo seus olhos ressaltar e escurecerem. Respirei fundo observando seus dentes cravarem seu lábio e os braços se cruzarem por debaixo de seu seio. 

 

:- Eu não sei, deve fazer um tempo. 

 

:- Você não acha que ela tenha mudado essa parte também? Tipo, você não quer ir para cama com ninguém que não seja Dinah. 

 

:- Eu não sei.

 

:- Bem, eu preciso ver minha melhor amiga lá em cima, qualquer coisa, você sabe meu nome, a escola onde estudo, passo um bom tempo por ali, será fácil me achar. 

 

:- Obrigada, Lauren. Até a próxima.— A mesma ajeitou seus óculos, acenou com uma das mãos e voltou para dentro da casa de Dinah. Virei em meus calcanhares trombando com a pessoa que eu menos queria encontrar nesse lugar. 

 

:- O que faz na casa da minha namorada? 

 

:- Vim vê-la, somos amigas, algum problema?! 

 

:- Todos. Desde quando puta tem amigas? 

 

:- Desde quando cobras começaram a andar e não rastejarem mais.— Lhe dei um sorriso debochado e comecei a caminhar. Ouvi Zendaya ranger os dentes, virei meu rosto para observá-la, a mesma bateu na porta e a mãe de Dinah a abraçou tão amigavelmente. Se eles soubessem o quão falsa essa garota era, não iriam deixá-la dar um passo nem na rua da frente. 

 

Antes de voltar a caminhar, observei pela janela Dinah passar apressadamente pelo quarto com algo nas mãos. Logo em seguida, Zendaya apareceu dando-lhe um beijo demorado. 

 Um ódio começou a tomar conta do meu corpo, senti minhas bochechas queimarem e meu coração apertar com aquela imagem. Aquele sorriso que ela tanto dava para mim, hoje estava sendo dado à minha prima. 

 

 

                          . . . 

 

 

:- Sério que aquela cobra apareceu lá?

 

:- Apareceu.— Me joguei na cama enquanto secava meu cabelo. Havia acabado de sair do banho e Ally estava deitada na ponta me observando. 

 

:- E você e Dinah? 

 

:- O que tem? 

 

:- Se resolveram? Deram beijinhos? 

 

:- Não viaja, Ally. Ela falou um monte de coisa, acha mesmo que teria beijos?! 

 

:- Vocês complicam tanto.— Suspirou. 

 

:- Eu não quero mais saber disso, prefiro passar meu tempo sozinha aproveitando o meu dinheiro, sem me preocupar com Dinah. Inclusive, terá o campeonato dela não sei aonde e ela ficará focada, então ficarei livre. 

 

:- É... Pois é, né? O campeonato dela...— Me olhou sem graça enquanto coçava sua nuca. Me arrumei na cama olhando-a desconfiada. Ally estava escondendo algo. 

 

:- O que você quer falar?

 

:- Mani, me desculpa, sério. Troy faz parte do time de futebol, ele queria que eu fosse e me fez prometer que eu estaria lá. Para não ir sozinha, eu falei que iria contigo.— Enrugou a testa, molhou os lábios em demonstração de nervoso quando franzi o cenho incrédula. 

 

:- Você sabe que eu não vou. Dinah irá achar que estou seguindo-a. Porque não me falou disso antes? 

 

:- Porque eu sabia que você iria negar. Por favor, eu prometi para ele que iria estar na primeira fileira aplaudindo-o. 

 

:- Ally, eu não vou.— Levantei em um solavanco, apoiei minhas mãos em minha cintura ainda encarando-a.— Com certeza, Zendaya estará lá, os pais de Dinah também, eles irão estranhar. 

 

:- Você fala que veio me acompanhar. Por favor?!— Fez uma cara de dar pena à qualquer um, um bico maior que o mundo e a voz de manhosa, sabendo que eu não aguentava. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...