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História The Bitch - Norminah - Feelings


Escrita por: norminahanonimo

Notas do Autor


Boa noite. Obrigado pelos comentarios. Irei postar mais um daqui a pouco. Sejam bem-vindo novos leitores.

Let's go! :)

Capítulo 5 - Feelings


Fanfic / Fanfiction The Bitch - Norminah - Feelings

 

 

           POV DINAH 

     

                            6 de Abril de 2015

 

:- Como assim você foi na casa dela ontem à noite? — Camila jogou sua bolsa em cima da minha carteira. Eu estava sentada na mesa mexendo em meu celular e nem percebi que ela tinha chego. 

 

:- Fui pedir desculpas pela forma como falei. Ela ficou toda bravinha e prendeu meu dedo na porta. Liguei o foda-se e saí andando depois. 

 

:- Ela prendeu seu dedo na porta? — Camila começou a gargalhar. Me encostei na parede esperando sua sessão gargalhada passar. Meu dedo estava doendo até agora. 

 

:- Eu a empurrei na mesa. Devo ter machucado-a também. 

 

:- Que maldosa. Ela precisa do corpo para trabalhar. 

 

:- Chega dessas brincadeiras, Camila.

 

:- O que deu em você, hein? 

 

:- Nada. — Abri minha bolsa pegando o caderno e os livros. O professor havia chego na sala. 

 

:- Aconteceu algo que eu deva saber? — Camila sussurrou virada de frente. Deitei minha cabeça ficando mais fácil de conversar com ela.

 

:- Na hora que eu a empurrei, ficamos próximas demais e ela estava de calcinha e sutiã.

 

:- O que? — Camila deu um grito fazendo com que toda a sala nos olhasse, principalmente o professor. 

 

:- Karla e Dinah, vocês querem ficar aqui até depois da aula? Acho que não. 

 

:- Desculpa. Pode continuar, professor. — Falei enquanto Camila se ajeitava na cadeira. Me afundei deitando minha cabeça na parede e olhando aquela lousa que começava a se encher. 

  As pontas dos meus dedos estavam doendo e avermelhados. Sinceramente, eu não deveria ter ido pedir desculpas, pois não valeu de nada.  Suspirei me lembrando de tudo. Eu não queria mais brincar com o que Scarlet fazia. É meio preconceituoso da minha parte. Cada um faz o que quiser e se ela escolheu isso, não tenho culpa. Não sei o dia de amanhã. 

 Novamente me veio a imagem dela parada na porta com os braços cruzados e só de roupas intimidas. Aquilo não me atraiu, só achei o corpo dela tremendamente assustador. No bom sentido de ser bem cuidado. A minha atitude de ter empurrado-a não foi legal, mas eu estava cega de raiva por causa da minha mão. Comecei a prestar a atenção na aula do professor. Filosofia só me dava sono, sempre temos que usar as nossas opiniões pra tudo nisso e eu acabo olhando aquele livro por horas procurando uma resposta, mas o sono acaba vindo primeiro. 

 

:- O que você vai fazer amanhã? — Camila se virou novamente. Fitei o professor que estava concentrado em sua mesa. Fiquei batendo meu lápis tentando lembrar se tinha algo para fazer. 

 

:- A gente tem treino amanhã só. Porque? 

 

:- Abriu uma boate gay aqui perto e amanhã é o lançamento. Queria ir. — Fez um biquinho e eu suspirei. A gente sempre sai no treino de terça aferradíssimas não sei se terei condições. 

 

:- Mila, primeiro. Não somos de maiores ainda. Segundo, você namora. Lauren irá morrer de ciúmes e terceiro, não sou lésbica. 

 

:- Ela também vai. A gente dá um jeito na idade. E você só vai como simpatizante. 

 

:- Sei não. Depois daquela balada, estou com trauma de aparecer bêbada novamente. 

 

:- É só você controlar essa boca aí. Não pode ver um álcool que voa parecendo um urubu.

 

:- Não é pra tanto. 

 

:- Vamos.Vai ser legal. Qualquer coisa eu chamo o Siope! — Fiz um sinal da cruz e ela começou a rir. Quero distância desse idiota. 

 

:- Você nem é louca. 

 

:- Serei louca se você não for. Porque vou me passar por Dinah Jane e  irei convidá-lo para ficar contigo na sua casa. 

 

:- Psicopata. 

 

:- E ninfomaníaca. Agora vem. — Me puxou pela mão. Levantei da cadeira. Descemos as escadas indo até o pátio. Já era hora do intervalo. Passamos perto de Siope que me olhara o tempo todo. Lauren estava sentada na mesa lendo algo com seu óculos de grau. Como alguém pode nascer com a sorte de ter olhos claros, ser linda e inteligente? Lauren era tudo isso e mais um pouco. Não sei como não acabou sendo a popular daqui. 

 

:- Já falei o quão fofa você fica com esses óculos? — Me sentei de frente para ela e Camila ao seu lado. Ela que lia o livro, o fechou. Camila a abraçou pelos ombros falando algo. 

 

:- Camila disse que você está tentando me seduzir. 

 

:- Sua namorada é extremamente idiota. 

 

Ela começou a rir e eu revirei os olhos. Hoje eu não estava pra gracinha. Primeiro porque é segunda e segundo porque estou irritada. Meus dedos estão doendo por conta daquela idiota. Camila e Lauren resolveram ir pegar algo para comer, eu fiquei mais na minha. Iria passar o intervalo todo quieta. 

Novamente lembrei de quando empurrei Scarlet contra a mesa e prensei meu corpo ao dela. Suas mãos apertando meu braço com medo do que eu poderia fazer. Sua voz irritada ecoando em meus ouvidos enquanto ela brigava comigo. 

 

:- Vai ficar ai, sonhadora? — Virei meu rosto bruscamente vendo Lauren afastada. 

 

:- Vocês não iriam me esperar? 

 

:- A gente te chamou. Está no mundo da lua ou...

 

:- Ou? 

 

:- Mundo da Scarlet. 

 

:- Não viaja. — Levantei irritada. Ouvi a risada debochada de Camila atrás de mim. Agora ela iria me perturbar com isso pra sempre. Está pra nascer alguém mais irritante que Camila Cabello. Ao mesmo tempo que a amo muito, quero matá-la de uma forma torturante. Eu devo estar com tpm. Me afundei na cadeira da sala e cruzei meus braços. Camila que se despediu de Lauren na porta logo se sentou em seguida. 

 

:- O que deu em você hoje? 

 

:- Sei lá. Eu estou irritada. 

 

:- Posso te perguntar uma coisa? 

 

:- Pode. 

 

:- Você está gostando de uma mulher? — Sussurrou para que ninguém ouvisse. Arregalei meus olhos e comecei a rir. Camila pousou seu dedo na boca me analisando. 

 

:- Claro que não. Eu estou cansada.

 

:- Você se sentiu atraída por ela usando roupas intimas?! 

 

:- Camila, me poupe. Eu já vi tantas garotas vestidas assim e não fiquei atraída.

 

:- Ela é uma mulher, diferente. 

 

:- Você nunca a viu. 

 

:- Dinah, por tudo o que há sagrado, me responde isso. O que você sentiu quando a viu daquele jeito? 

 

:- Nada. Eu nem prestei atenção no corpo. Eu fui no intuito de pedir desculpas. 

 

:- Eu sou sua melhor amiga e lésbica. 

 

:- E o que tem? 

 

:- E o que tem que eu conheço quando uma garota se sente atraída pela outra. Se você não se importasse com aquela mulher, não teria ido duas vezes na casa dela. Tenho certeza que foi só desculpa para vê-la novamente. Você ficou incomodada só porque brinquei sobre o trabalho dela. 

 

:- Eu não gosto dela. Eu só fui me desculpar. Não acha meio preconceituoso da nossa parte? Ela jogou na minha cara que não tem os pais para ter uma vida boa como a nossa e isso mexeu comigo. 

 

:- Tudo bem. Não vou falar nada, você que sabe e verá daqui pra frente.

 

:- Daqui pra frente estaremos entrando na faculdade e eu namorando um maravilhoso homem e você vai perceber que é coisa da sua cabeça. 

 

:- Você que sabe da sua vida! 

 

Camila deu de ombros e se virou prestando atenção para a lousa que estava lotada de lição. Meus pés estavam descontrolados batendo no chão por debaixo da mesa. Esse assunto me deixou nervosa e com medo. E se eu estivesse mesmo gostando de uma prostituta? Eu estaria fodida ao quadrado. Não posso nem pensar nessa possibilidade. 

 

 No finalzinho da última aula, eu e Camila fomos liberadas para descer mais cedo. Nós duas descemos em silêncio. Nenhuma arriscou em falar algo para a outra. Ela parecia um pouco irritada pela forma como eu falei. Entrei no vestiário jogando minha bolsa na pia e me olhando no espelho. Aquilo que Camila havia me falado mais cedo ficou martelando na minha cabeça. 

  Joguei água gelada em meu rosto. Abri minha bolsa retirando o uniforme. Mila acabara de sair da cabine vestida. Me deu um sorriso tão fofo. Fiquei com tanta dó de ter tido uma briguinha boba. 

 

:- Me desculpa por ser tão chata. — A abracei com tanta força, como se meu mundo fosse cair se eu afrouxasse meus braços. 

 

:- Não se preocupe. Eu aguento essa chatice. Me desculpa se deduzi algo? 

 

:- Está tudo bem. — Ela se afastou um pouco e depositou um beijo no topo da minha cabeça. Mila era alguns meses mais velha, a forma como ela cuidava de mim era incomparávelmente perfeita. Eu também cuidava dela como se fosse minha filha. 

 Saímos do vestiário abraçadas, fazendo com que todas as meninas na quadra nos olhassem. Essa gente idiota suspeitava do homissexualismo de Camila e achavam que tínhamos algo. Tudo gente louca. 

 

:- Meninas, atenção aqui. Vocês devem imaginar que os grandes campeonatos de Cheerleaders estão chegando e com isso novas oportunidades virão. Desejo que treinem muito para conseguir alcançar o sonho de vocês. Daqui à um mês teremos nosso primeiro jogo e será em Los Angeles. O campeonato vai ser uns dos maiores daquele lugar e quero que vocês se saiam muito bem. Ao longo do tempo darei mais informações sobre. Hoje iremos treinar a nova coreografia. 

 

Participar de campeonatos em outra cidade era sempre cansativo. Se fosse por aqui seria mais fácil, mas fazer o que?! 

 Me juntei com as outras meninas e começamos a ensaiar a nova coreografia. No lugar dos pompons iríamos ter fitas com a cor da escola. Nossa dança não seria aquela formal de sempre, a treinadora teve a idéia de remontar uma dança mais sensual e com muitas acrobacias. 

 

:- Me deixa em casa? — Ergui minha cabeça. Camila estava parada na porta da cabine com a mão direita apoiada na parte de cima. Terminei de vestir minha blusa e soltei meus cabelos que estavam presos em um rabo de cavalo. 

 

:- Deixo. Está com preguiça de andar? 

 

:- Demais. Lauren já deve ter ido. 

 

:- Mas a Lauren não tem carro. — Passei por ela encostando na pia. 

 

:- Mas pelo menos andávamos juntinhas, não me dava tanta preguiça. 

 

:- Ok, senhorita preguiça. 

 

Camila me deu a língua. Comecei a rir, era bem milagroso conseguir irritá-la.  

 

:- Antes da gente sair, posso te perguntar uma coisa? — A segurei pelo braço esperando as garotas saírem. 

 

:- Manda. 

 

Camila me olhou esperando. Antes de abrir a boca, respirei fundo e mordi os lábios para ter coragem de perguntar aquilo. 

 

:- Como é transar com uma garota? 

 

:- Você está pensando em transar com uma? 

 

:- Não. É curiosidade, eu sempre quis te perguntar isso e agora tive coragem. — Camila cruzou os braços e me olhou desconfiada. Sabia que ela iria pensar algum tipo de besteira. 

 

:- Transar com uma mulher é mágico, ela te deixa aproveitar cada momento até chegar no ápice, pois é isso que te dá prazer. Pra você pode ser estranho por ser hétero, mas as sensações são outras. 

 

:- O gosto lá.— Tentei apontar para a minha intimidade.— O gosto é como? Tipo, você me entendeu. 

 

Camila começou a rir. Me olhou nos olhos balançando a cabeça concordando. Tenho certeza que eu tinha corado na hora.

 

:- Cada mulher tem seu gosto. 

 

:- Isso é meio assustador. 

 

:- Só irá entender se provar. — Um sorriso safado apareceu em seus lábios. Neguei com a cabeça ainda rindo e passei por ela saindo do vestiário. 

 

Sempre quis perguntar como era tocar no corpo de alguém que tem as mesmas coisas que você. É um pouco estranho, porque você pode tocar a si mesma para saber isso, mas também é curioso. 

 Coloquei a chave na ignição e saí do estacionamento da escola. 

 Fiquei atenta olhando para frente enquanto Camila mexia em seu celular. Parei no sinal vermelho e  fiquei olhando algumas garotas na calçada conversando. 

 

:- Você vai perturbar Scarlet hoje? 

 

:- Não quero perder meu tempo, tenho coisas mais importantes para fazer.

 

:- Tipo dormir? — A olhei por instantes. Lhe dei um sorriso concordando e ela suspirou.— Esses treinos cansam. 

 

:- Nem me fale. Eu preciso dormir um bom tempo e só acordar em 2060. 

 

:- Ai que você não acorda nunca mais. 

 

Gargalhei antes de pôr meu pé no acelerador. Novamente o silêncio pairou e Camila voltou a olhar pra janela.

 

:- Está entregue. Manda beijos para tia Sinu e Sofi. 

 

:- Pode deixar e obrigada! — Abriu a porta do carro. A mesma me mandou um beijo e saiu andando. Fiquei olhando-a se aproximar do portão. 

 

Coloquei qualquer música para tocar na rádio, fiquei cantarolando e batendo os dedos no volante. Já estava no final da tarde e o sol se pondo, fazendo com que o horizonte ficasse em um tom amarelado. 

 

:- Dada! — Logo quando abri a porta de casa, Regina saiu correndo para me abraçar. Me virei abaixando para pegá-la. Ela estava com as bochechas rabiscadas de canetinhas.  

 

:- Regina. — A abracei com tanta força, que deixei minha bolsa cair no chão. — O que aconteceu com as suas bochechas? 

 

:- Eu estava pintando na cozinha. 

 

:- E cadê a mamãe? 

 

:- Está lá na cozinha também. 

 

Peguei minha bolsa do chão e fui guiada por Regina até a cozinha. Sorri vendo minha mãe cantar enquanto mexia em uma massa de pão. 

 

:- Já chegou? 

 

:- Sim. Como a senhora está? 

 

:- Cansada por ficar atrás dessa pestinha, mas bem.

 

:- Se quiser ir descansar, eu fico olhando as coisas e a Regina. 

 

:- Não se preocupe, mais tarde eu descanso. — Voltou a massagear a massa. Regina andou até ela e pegou um pedaço do pão que já estara pronto. 

 

:- Então eu vou subir, tomar um banho e depois desço. 

 

:- Antes eu preciso que você compre mais leite e manteiga. Pegue dinheiro na minha carteira e vai no mercado pra mim? 

 

:- É pra já! — Fui até sua bolsa pegando um trocado. 

 

:- Posso ir? — Regina saiu correndo se grudando em minhas pernas.

 

:- Claro, mas só se você se comportar. 

 

Ela balançou a cabeça empolgada e desgrudou das minhas pernas. Peguei as chaves em meu bolso e joguei a bolsa no sofá. 

 Coloquei ela sentada com o cinto e depois entrei no carro. Ela ficou batendo as perninhas enquanto eu dirigia. Avistei o mercado mais próximo e estacionei. Regina não parava quieta, parece que pedir para ela se comportar entrou em um ouvido e saiu no outro. 

 

:- Dada, compra pra mim? — Ela carregara um cereal da Barbie nas mãos. 

 

:- Não Regina, mamãe está fazendo pães e pediu pra comprar só isso. 

 

:- Por favor? 

 

Fez aquela cara de cachorro abandonado e eu acabei não resistindo. A peguei no colo começando a mordê-la. Ela conseguia tirar qualquer coisa de mim. 

 Dei a volta no corredor procurando o setor das manteigas.  Tinha muitas opções, qual iria levar? 

 

:- Você sabe qual a manteiga que a mãe usa? 

 

:- Aquela amarelinha. 

 

:- Ajudou muito. — Olhei para todos os potes amarelos. Pousei minhas mãos no queixo tentando me lembrar da manteiga que ela usava. 

 

:- Já vamos? 

 

:- Falta pegar o leite. — Andei até o outro corredor com ela em meu colo.  Parei na frente do freezer olhando algumas caixas. Deixei Regina no chão para poder pegar os leites. A mesma correu até um canto pegando uma cestinha. 

 

:- Pronto. Agora pode me por de cavalinho. 

 

Coloquei tudo na cesta e me abaixei de costas para que ela pudesse se grudar em meu pescoço. O que eu não fazia por essa baixinha? 

 Fiquei fazendo gracinhas até chegar no caixa. As pessoas deveriam achar que éramos loucas, mas quem se importa? Ouvir a risada gostosa de Regina era a melhor coisa. 

 Eu voltava a ser uma criança ao lado dela. Depois que ela nasceu, a felicidade naquela casa triplicou juntamente com nosso carinho por ela. Mesmo sendo uma pimentinha, Regina era a melhor irmã, mesmo pequena me fazia rir. 

 

Guardei as compras na parte de trás. Regina quis ficar com o saco de cereal comendo na frente. Resolvi passar na frente da onde Scarlet ficava de noite. Os vidros do carro eram escurecidos, então ela não iria me ver. Eu só queria ver se ela estava por ali. 

 

:- Dada, onde estamos? 

 

:- Eu vim ver uma coisa. 

 

:- Mamãe vai brigar! — Falou com dificuldade pois estava com a mão toda na boca. 

 

:- Se você não contar pra ela, te dou um presente. 

 

:- Você vai me dar o jogo da barbie? 

 

:- Vou. — Estacionei o carro um pouco longe da calçada onde ela ficava. 

 

:- Vamos descer pra passear? 

 

:- Não.— Meus olhos imediatamente foram para Scarlet que desceu de um carro. Ela sorria para alguém e falava algo. Ao seu lado tinha uma garota mais baixa, não consegui ver direito. 

 

Respirei fundo quando ela atravessou a rua na direção do meu carro, mas a mesma passou direto parando em outro que tinha um homem. Um pouco mais velho que ela, carregava uma barba falhada no rosto, roupa social e olhava direto para seus seios. Revirei os olhos quando ele passou os dedos no braço alisando-a. Com certeza estava se achando o rei do mundo em ter um par de peitos perto dele, idiota. 

 Liguei meu carro que estava quase ao lado deles e saí em disparada. Regina que comia seu cereal nem deve ter percebido muita coisa. 

 

:- Que demora! — Minha mãe falou. Coloquei as sacolas na mesa e Regina se sentou na cadeira. 

 

:- Ela parou em uma rua. — Fuzilei Regina. Ela prometeu que não iria contar. 

 

:- Que rua? 

 

:- O carro parou do nada e eu fiquei esperando pra ver se voltava a pegar. 

 

:- Demorou bastante! — Regina falava sem olhar para mim, apenas para seu cereal. 

 

:- Manda seu pai levar seu carro no concerto, para não ter problemas mais sérios. 

 

Concordei com a cabeça antes de ir até a sala e pegar minha bolsa. Subi as escadas correndo. Aquela cena de Scarlet no carro do cara me fez ter uma certa raiva, sei lá. Não que eu estivesse com ciúmes ou inveja, pelo contrário, não estou nem aí para o que eles vão fazer. Eu só queria... Estar no lugar dele! Não na parte do sexo e sim na parte de conversar com ela, estar próximo. Apenas. Novamente veio a voz de Camila falando aquelas coisas. 

 Joguei minha bolsa no canto e deitei de bruços na cama. Eu estava tão cansada e esgotada. 



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