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História The Bitch - Norminah - Sun, beach and... Jealous?


Escrita por: norminahanonimo

Capítulo 51 - Sun, beach and... Jealous?


Fanfic / Fanfiction The Bitch - Norminah - Sun, beach and... Jealous?

 

 

      POV DINAH 

 

                        29 de Maio de 2015

 

 

Depois de passar uma semana fazendo aquele trabalho chato da professora Jilly, finalmente estava de férias. Só faltava aquilo para eu ficar dispensada e bom, eu consegui. 

 

Faltava alguns minutos para eu realmente aproveitar minhas férias, mas... 

 

Estou esperando Scarlet no aeroporto. Bem, não só eu, meu pai, minha mãe e Regina, que não parava de correr também. 

 

Meu nervosismo só aumentava vendo o horário se aproximar e nada dela aparecer. 

 

Ela não iria fazer isso com a gente ou... Iria?! 

 

:- Você ligou para ela, Dinah? 

 

:- Liguei, mãe, mas ela não atendeu. 

 

Mordi os lábios nervosa. Arrumei a alça da bolsa de lado e olhei em volta do enorme aeroporto movimentado. 

 

:- Faltam dez minutos para embarcarmos!— Meu pai nos alertou enquanto olhava em seu relógio. 

 

:- SCAR!— Virei em meus calcanhares brutalmente após ouvir o grito de Regina e vê-la apontando para frente. 

 

Meu corpo totalmente pesado de tensão, começou a ficar leve vendo-a se aproximar com uma bolsa de carrinho nas mãos. 

 

Ela estava... Estava... Magnífica! 

 

Usando um vestido florido, o cabelo solto, óculos, batom escuro nos lábios e saltos nos pés. 

 

Sorri feito uma idiota vendo-a se aproximar como uma modelo na passarela.  

 

:- Desculpem o atraso!— Falou totalmente ofegante. Correu para dar um abraço em minha mãe e pegou Regina que não a deixava em paz. 

 

:- Chegou à tempo!— Respondi totalmente hipnotizada. Respirei fundo inalando o cheiro de seu perfume. Ela era a mulher mais cheirosa do mundo. A mais cheirosa. A mais linda. A mais encantadora. A mais gostosa. A mais tudo. 

 

:- Eu fiquei esperando Ally com o namorado para me trazer. 

 

:- Vamos, gente?! Ainda tem o check-in.— Ouvimos a voz do meu pai, fazendo-nos virarmos e caminharmos em passos largos até a fila da porta de embarque. 

 

 

                         . . . 

 

 

 

:- Você está linda!— Sussurrei. Scarlet estava sentada ao meu lado olhando para a janela. Não sei o que ela tanto olhava, pois só conseguíamos ver nuvens. 

 

:- Obrigada!— Virou o rosto me encarando. Toquei sua mão em cima do apoio da poltrona e comecei à alisá-la. 

 

:- Está com medo? 

 

:- Não, porquê? 

 

:- Pensei que estivesse!— Dei de ombros. Ela sorriu abertamente e deitou a cabeça em meu ombro. Suspirei sentindo o cheiro de seu cabelo e entrelacei meus dedos nos seus. 

 

Era impossível controlar minha felicidade nesse exato momento. Estou indo viajar para um paraíso e ao lado de Scarlet. 

 

Aos poucos, as luzes do avião foram apagando. Algumas pessoas foram parando de falar, mantendo um silêncio delicioso. Meus pais estavam sentados mais ao fundo. Então, eu e ela ficamos mais à vontade.  

 

Scarlet abaixou o protetor de sol, escurecendo mais ainda a nossa parte e encostou a cabeça na poltrona olhando para mim. 

 

:- Está com sono?— Sussurrou. Neguei com a cabeça rapidamente, fazendo-a rir e virar o corpo de lado para tocar meu rosto.— Entregou o tal trabalho para minha prima? 

 

:- Entreguei! Por pouco, não fiquei de recuperação e passaria minhas férias na escola. 

 

:- Jilly não faria isso! Ela é uma boa mulher. 

 

:- Até demais.— Mordi os lábios e lhe lancei um olhar malicioso. Scarlet cerrou os olhos e me deu um tapinha no braço. Ri baixo. 

 

:- Não sabia que estava de olho em minha prima.— Sussurrou. 

 

:- Quem dera, mas não. Só tenho olhos para a prima dela. 

 

:- Zendaya? 

 

:- Não! Scarlet. 

 

:- Essa é a mais linda de todas. 

 

:- Isso eu não posso discordar!— Rimos quase num sussurro. Scarlet voltou à deitar em meu ombro, apoiei minha cabeça na sua e fechei os olhos, na tentativa de descansar. 

 

 

 

 

 

NORMANI POV 

 

Finalmente em solo Havaiano! 

 

Ficamos praticamente três horas dentro daquele avião. Acordei e dormi diversas vezes e não havíamos chego. 

 

Eu já estava tendo um colapso, precisava pisar no chão e sair de dentro daquela enorme lata. 

 

Ai, Havaí... 

 

Existe um lugar mais fabuloso que esse?! Tirando París, claro! 

 

Sol, praia, cachoeiras, lagoas, comidas e cultura diferentes e etc...

 

Falando em sol, ele estava muito forte, não é atoa que, quando saímos do avião e entramos no aeroporto, sentimos uma forte diferença.

 

Miami era quente, mas Havaí...

 

:- ALOHA!— Virei em meus calcanhares ouvindo um enorme coro de vozes. Haviam muitas pessoas com a cara da Dinah ou o calor já estava me deixando mal?! 

 

Aquela montoeira de gente começou à andar em nossa direção distribuindo abraços super apertados. 

 

:- Aloha, Best!— Uma garota loira parou em nossa frente, sorrindo feito uma criança. A mesma  colocou um colar de flores em Dinah, fazendo com que, ela largasse minha mão e abraçasse-a. 

 

:- Aloha, Briannah! 

 

:- Sentimos sua falta!— Rolei os olhos e fiz uma careta, pois ela já estava carregando Dinah para outro lugar longe de mim. 

 

Quem é essa aí?! 

 

Arrumei minha bolsa e comecei à arrastá-la em direção à todos que caminhava para a enorme porta. Ao meu lado, dona Milika carregara Regina que dormia em seu colo e mais à frente, seu Gordon com as bolsas. 

 

Retirei meu óculos do topo de minha cabeça sentindo o sol forte se aproximar cada vez mais. 

 

Eles estavam entrando em uma enorme van. Um senhor pegou a bolsa da minha mão guardando-a no porta mala. Sorri agradecida, fazendo-o estender a mão direita para que eu apertasse. 

 

:- Scar!— Mirei Dinah apalpar o banco ao seu lado para eu sentar. Olhei outro lugar perto da janela e me achoncheguei ali. De frente à ela. Deixando-a totalmente confusa. 

 

Logo em seguida, aquela loira se infiltrou ao lado dela e começou à conversar. Dinah me encarava com um semblante duvidoso e os ombros erguidos.

 

 Virei o rosto para olhar o lado de fora e esquecer aquelas vozes. 

 

Ela acha que é fácil?! 

 

Me larga no meio do aeroporto sozinha, pois não conheço ninguém e agora quer que eu sente ao seu lado. Para quê? Para ficar ouvindo aquela garota praticamente gritar em meus ouvidos?! Não. Obrigada! 

 

Dispersei dos meus pensamentos sentindo a van parar aos poucos. Estávamos na frente de uma enorme casa colorida e mais à frente a praia. 

 

 Meu Deus! Aquilo era um paraíso! 

 

Desci primeiro que Dinah, peguei minha bolsa com o mesmo senhor e  avistei Regina que, agora estava acordada, sair do carro atrás da gente. Dona Milika e seu Gordon desceram com alguns senhores logo em seguida. Praticamente tios e tias. 

 

:- Aconteceu algo?— Ouvi a voz de Dinah sussurrar perto do meu ouvido. Mordi minha mandíbula sentindo seus dedos tocarem minha cintura. 

 

:- Não!— Lhe dei um sorriso. 

 

:- Dinah, o pessoal vai para a praia, vocês não vão?!— Novamente, a garota infernal veio nos perturbar puxando Dinah pelos braços. 

 

:- Briannah, vou ver o quarto primeiro e depois nos encontramos lá.

 

Dei meia volta deixando Dinah para trás e entrei na casa. A sala era enorme, sofás grandes e aconchegantes, uma televisão que cobria quase uma parede inteira, um tapete felpudo no meio, um lustre no teto e uma cozinha americana logo em seguida. 

 

:- Scar, algum problema você dormir no quarto da frente com Dinah?— Encarei atentamente dona Milika. Algumas mulheres me encaravam, praticamente se perguntando quem eu era e o que estava fazendo alí. 

 

:- Nã-o! Nenhum. 

 

:- Gente, essa é Scarlet. Minha terceira filha.— Sorriu. Abaixei a cabeça sem graça e sorri totalmente boba por tamanha fofura de sua parte.

 

:- Aloha, Scarlet! 

 

:- Dinah, leva a Scar para o quarto e ajude-a com a mala. Mostre também cada parte desta casa!— Mirei Dinah entrar aos poucos. Ela sorriu e me chamou com os dedos para que eu a seguisse até um enorme corredor e algumas escadas. 

 

Bem, minha bolsa não era aquelas bolsas, mas estava um pouco pesada. 

 

Dinah que o diga, pois ela quem estava puxando-a em cada degrau. Fazendo-me rir por tamanho esforço e nenhum progresso. 

 

:- Para de rir e me ajuda, senhorita Hamilton! 

 

:- Você nunca vai esquecer meu sobrenome, não é mesmo?! 

 

:- Não, Agora me ajuda!— Rolei os olhos e peguei uma parte da bolsa para subirmos os degraus. 

 

Quando eu digo que a casa era grande, eu não estava exagerando. 

 

Estávamos em um corredor num tom claro e calmo, enorme e cheio de portas. No fim, uma linda sacada cheia de minis coqueiro e redes. 

 

Tenho certeza, se Ally estivesse aqui, iria adorar aquela sacada e passaria horas admirando aquela visão para o mar. 

 

:- De quem é essa casa?— Perguntei enquanto analisava cada quarto. Ela que andava na frente, abriu uma porta, dando uma visão do enorme quarto totalmente recém limpo. Adentrei receosa, tateando cada canto daquele local. A cama de casal era enorme, com um lençol branco, ao lado, um armário marrom claro e uma poltrona de frente à pequena sacada. Vamos falar sobre a televisão enorme pendurada na parede. 

 

Porra! Eu estava me sentindo em um cinema. 

 

:- Da família toda!— Largou as bolsas ao lado da cama e se sentou na cama.— Cada parte dessa casa, é uma coisa nossa. 

 

:- E quem é aquela menina? 

 

:- Briannah? Oh, ela foi minha primeira melhor amiga. 

 

Ainda bem que mudou. Camila é mais legal. Mesmo sendo doidinha. 

 

Suspirei em resposta e caminhei até a cama me jogando ali. Senti os olhos de Dinah queimarem minhas costas, fazendo-me virar e vê-la com uma sobrancelha arqueada. 

 

:- Bem, eu vou pegar minha bolsa lá embaixo e pôr o biquíni. Você vem comigo para a praia? 

 

:- Claro! Vou pegar meu biquíni e me trocar! 

 

Dinah se levantou em um solavanco, antes de sair, mandou um beijo no ar, fazendo-me sorrir e balançar a cabeça em negativo. 

 

O que eu estava fazendo em mentir para aquela garota tão amorosa? E sua família? Totalmente acolhedora, principalmente sua mãe. 

 

Depois de alguns minutos lutando contra a preguiça e a minha mente, levantei para abrir aquela bolsa à procura do meu biquíni. 

 

Puxei um preto da mala e caminhei até uma porta de madeira branca. A abri lentamente, dando de cara com um banheiro dos Deus, com banheira, roupões, toalhas, cremes e sais minerais de todo o tipo. 

 

Parecia até banheiro de Motéis... Enfim... 

 

Encostei a porta atrás de mim, prendi meu cabelo em coque e comecei à me despir.

 

Minha mente era praticamente uma bomba, enquanto eu jogava uma água no corpo, ela trabalhava diversas vezes, apenas para me deixar com mais remorso de tudo. 

 

Pra falar a verdade, eu estava me sentindo muito bem ao lado de Dinah. Eu estou amando ser sua namorada, na verdade, eu a amo, mas não me sinto bem inteiramente por ter feito aquilo. 

 

Eu não sei como contar a verdade...

 

Puxei uma toalha branca pendurada na parede e me enrolei na mesma. Parei de frente ao enorme espelho e soltei o coque que havia feito. 

Comecei a me secar e pôr o biquíni. 

 

:- Scar?!— Era a voz dela. Dinah havia acabado de entrar no quarto. Terminei de colocar a parte de baixo rapidamente e pendurei a toalha molhada em seu devido lugar. 

 

:- Aqui!— Abri a porta. Dinah estava sentada na cama e usava um biquíni azul claro. Ela vasculhava algo dentro de sua bolsa, fazendo-me observar sua coluna desenhar sua pele curvada. 

 

Aquela parte de seu corpo me atraía. Sempre imaginei passar minhas unhas em toda aquela curva e deixar muitas marcas...

 

:- Nossa!— Seus olhos praticamente brilharam ao me ver passar sorrateiramente em sua frente.  

 

:- O que foi? 

 

:- Você... 

 

:- O que têm?! 

 

:- Está... Gostosa!— Sorriu sem graça. Sentei ao seu lado e lhe dei um selinho. A mesma pousou as mãos na boca envergonhada. 

 

:- Você não fica atrás em questão de gostosura, Jane!— Sussurrei. Imediatamente, suas bochechas coraram. Fazendo-me rir abobada por tamanha fofura. 

 

:- Se você queria me deixar sem graça, conseguiu. 

 

:- Foi você quem começou! 

 

:- Eu sei, mas pensei que fosse ficar quieta. 

 

:- Você fica linda dessa forma, não iria deixar passar.— Toquei seu queixo, fazendo-a rasgar o rosto com um enorme sorriso. 

 

:- É... É melhor a gente descer para a praia antes que fique tarde, né?!— Se levantou em um solavanco. Ri pelo seu nervosismo e vergonha. Dinah parecia um pimentão. 

 

:- Você vai descer assim?!

 

Apontei para seu corpo. Ela iria descer apenas com o biquíni? E os senhores lá embaixo? 

 

:- Eu subi assim!— Deu de ombros. Puxei o blusão que ela havia me dado e estendi para que pegasse-o.

 

:- Você trouxe? 

 

:- Claro! Porque não iria trazer o presente da minha namorada?!— A fitei sorrir novamente, fazendo meu coração palpitar de felicidade. Pretendo fazê-la sorrir vinte e quatro horas por dia. Não quero pensar nela chorando. Não agora. Não hoje e se puder, nunca. 

 

A mesma pegou a blusa preta da minha mão pondo-a. Coloquei um short jeans e uma regata solta no corpo. Calcei meus chinelos e fiquei esperando-a terminar de pôr a blusa. Peguei uma toalha minha, o protetor, meus óculos e o celular, caso Ally tenha qualquer problema e queira me ligar. 

 

Antes de saírmos, Dinah praticamente me encheu de beijos e abraços. Ela estava extremamente feliz. Era nítido. 

 

 

 

 

:- Finalmente!— Rolei os olhos por baixo dos óculos ao ver aquela loira se aproximar totalmente molhada. Estendi a toalha no chão, retirei meu short e a blusa, jogando-a para o canto e sentei em cima do tecido. 

 

Dinah caminhou até um grupo de crianças e adolescentes para conversar. Olhei o horizonte à minha frente e respirei fundo para me embriagar do ar salgado do mar. Olhei para o alto vendo uma enorme pedra e algumas pessoas se jogarem lá de cima. 

 

:- Amor, você não vai nadar?!— Mirei Dinah se abaixar ao meu lado. 

 

:- Depois! 

 

:- Têm algum problema eu ir agora? Se eu não for, meus primos irão me arrastar pelos pés até lá. 

 

:- Pode ir, irei ficar tomando sol.— Senti seus lábios esquentarem minha bochecha. Peguei o protetor perto do meu celular e comecei à passar em meu corpo enquanto a olhava caminhar até a água ao lado de tantos adolescentes. 

 

Ri sozinha ao ver seus primos jogarem-a em uma enorme onda. 

Limpei minhas mãos na toalha e peguei meu celular que tocava impacientemente. Sorri ao ver o nome de Ally no visor. 

 

:- Oi, meu amor! 

 

:- Transou?! 

 

:- Não, porque? 

 

:- Me chamando de amor... É meio estranho... Enfim! Como está sendo a viagem?— Suspirei e sorri enquanto observava Dinah mergulhar em uma enorme onda. 

 

:- Por enquanto bem. Esse lugar é uma delícia. O ar. A areia. O sol. Até as pessoas. 

 

:- Um dia irei conhecer aí! 

 

:- Tenho certeza que sim. 

 

:- E Dinah, como está agindo? 

 

:- Ela parece feliz. Eu fico feliz em vê-la assim...— Novamente, mirei Dinah correr atrás daquela loira pelo mar com areia nas mãos.

 

:- E o que vocês vão fazer em seu aniversário? 

 

:- Não sei. Acho que ficaremos na praia.— Dei de ombros e suspirei. Dinah e aquela garota praticamente se atracavam na beira do mar. 

 

:- Sério? Nada em especial?! 

 

:- Não que eu saiba! 

 

:- Hm! E como os familiares reagiram quando você chegou

 

:- Eles me encararam bastante, mas depois que a Milika falou que eu era sua terceira filha, desencanaram. 

 

:- Que fofo!— Sua voz saiu tão meiga que eu pude imaginar seu rostinho. Se eu pudesse, a buscaria agora para ficar aqui comigo. Não sei ficar muito tempo longe de Ally, ela é praticamente uma parte de mim. 

 

:- Tem uma garota aqui que foi melhor amiga de Dinah e ela não desgruda um segundo. 

 

:- Está com ciúmes, Normani?! 

 

:- Não, claro que não! Eu só acho o cúmulo. 

 

:- Talvez ela só esteja com saudades. 

 

:- Tudo bem, mas ela pode moderar nesse atracamento,  ela não desgruda um segundo, e se eu quiser ficar o dia todo com a minha namorada sozinha, eu vou ficar, pois ela não vai impedir! 

 

:- Nossa! O bicho do ciúmes te mordeu?!— Rolei os olhos e bufei. Ally como sempre, chata. 

 

:- Não, eu só...— Retirei o celular lentamente do meu ouvido ao ver Dinah em cima do enorme penhasco ao lado de seus primos. 

 

Ela não iria fazer isso! 

 

:- Eu só?

 

:- Ally, depois eu te ligo...— Ainda a ouvi contestar algo, mas fui mais rápida e bloqueei o celular. Meus olhos não desgrudavam daquela enorme pedra. Ela conversava animadamente com alguém e se preparava para pular. 

 

Levantei do meu lugar e caminhei lentamente até a beira do mar. Fixei meu olhar para o pequeno ponto azul. Prendi minha respiração ao vê-la cair no mar com força. Ela praticamente caiu de bunda e tenho certeza, irá doer depois. 

 

:- Você é louca, garota?!— A olhei incrédula. Ela saía do mar enquanto jogava seus cachos para o lado e ria. 

 

:- Porque? 

 

:- Você se jogou lá de cima! E se... Você se estribuchasse em alguma pedra? Não te machucou?! 

 

:- Ei, Relaxa! Ali não tem pedra e não... Não machucou. 

 

:- Certeza?!— Toquei em sua coxa para certificar que não tivera nenhum machucado. 

 

:- Você fica linda preocupada. 

 

:- Dinah, eu estou falando sério! 

 

:- E eu também. 

 

:- Qual é, tia, ela está bem.— Virei o rosto para ver aquela loira chata grudar os braços no pescoço da minha namorada. Minha. 

 

Rolei os olhos e virei em meus calcanhares começando à pisar fundo até o meu lugar. Recoloquei meus óculos e sentei na toalha novamente. 

 

Dinah só sabe assustar as pessoas. Parece criança... Não, espera! 

 

Ela é uma criança. 

 

:- Você realmente ficou preocupada?— Sentou de frente à mim. Virei o rosto para olhar o horizonte e ignorá-la.— O que deu em você, hein?! 

 

:- Nada! Eu apenas me assustei achando que você iria se machucar. 

 

:- Eu não me machuquei. Ali não tem perigo, não se preocupe!— Depositou um beijo demorado em minha testa. 

 

 

 

                          [...]

 

 

Estava quase anoitecendo quando resolvi voltar para a casa. Dinah já tinha ido, pois seus primos e a chata não largavam de seu pé. Ela queria que eu fosse junto para um jogo em família. Eu neguei, pois o nome do jogo já diz tudo. Em família. 

 

Aproveitei para ficar admirando o pôr do sol, inclusive, surreal! Tirei diversas fotos para depois mostrar à Ally. 

 

:- Está com fome, querida?— Voltei para trás olhando uma senhora super fofa escarafunchando o armário. 

 

:- Não, obrigada! 

 

:- Como se chama? 

 

:- Scarlet e a senhora?

 

:- Sepi!— Sorri amigavelmente e a observei pegar uma xícara que inalava cheiro de café. Ela se sentou na mesa americana da cozinha virada de frente para mim e me encarou pensativa.— Se assustou com o tamanho da família? 

 

:- Um pouco.— Ri totalmente sem graça. A mesma soltou uma gargalhada gostosa e tomou um gole do café.

 

:- Todos se assustam!— Pausou para apreciar o líquido descer em sua garganta.— Creio eu que queira subir logo e tirar a areia do corpo, não?! 

 

:- É... 

 

:- Vá! Foi bom conversar contigo. 

 

:- Digo o mesmo!— Sorri novamente para a senhora simpática. Tornei em meus pés e comecei à subir as escadas em passos largos. 

 

Franzi o cenho ao ouvir a voz de Dinah em um gemido e algumas risadas de sua prima. 

 

Caminhei lentamente procurando-a em cada porta, até avistar uma entre aberta e Dinah deitada na cama. A garota alisava as coxas dela e apertava-as com muita vontade. Não era só as coxas, ela subia as mãos na bunda de Dinah também. 

 

Em diversas vezes, ela gemia abafado sentindo dores. Eu sabia que iria ficar doendo depois. 

 

Bem feito! 

 

Virei em meus calcanhares e entrei em meu quarto. Fechei a porta totalmente irritada. Joguei a toalha no chão, larguei meu celular em cima da cama juntamente com o protetor e entrei no banheiro. 

 

Ela poderia ter pedido para que eu fizesse aquilo! 

 

Não aquela... Aquela... Piranha grudenta! 

 

Respirei fundo e olhei para o espelho à minha frente. Minha cabeça praticamente latejava e meu coração bombeava sangue à todo vapor. 

 

Aos poucos, fui retirando meu biquíni. Abri o chuveiro e deixei aquela água fria acalmar minhas veias. 

 Lavei meu cabelo em seguida, fazendo com que, a água gelada esfriasse minha mente totalmente perturbada e revoltada. 

 

Eu sei que não tenho moral nenhuma para falar algo, mas... Sei lá! Aquilo me deixou com raiva. 

 

Depois de quase meia hora dentro do chuveiro, saí apenas de toalha. Dinah estava ali, estirada com as pernas para o alto e uma cara não tão boa. 

 

Bem feito, novamente! 

 

:- Pensei que fosse dormir na praia!— Murmurou. Passei direto sem ao menos falar nada. Peguei um conjunto de calcinha e sutiã, alguns cremes, escova e pasta de dente. 

 

Entrei novamente no banheiro para colocar minha roupa íntima. Olhei para frente do espelho e comecei à passar o creme em todo o meu corpo. Comecei à escovar meus dentes e a modelar meu cabelo encharcado. 

 

Passei novamente por ela que, estava deitada de lado e ainda de biquíni. 

 

:- O que você têm? Porque tanto me ignora? 

 

:- Eu te falei que havia machucado, Dinah!— Me virei para observá-la se sentar na cama com muita dificuldade. Suspirei e cruzei os braços abaixo dos seios. 

 

:- Mas eu pensei que não tivesse machucado, começou à ficar marcado só agora. 

 

:- E porque não me pediu para te massagear? Eu sou sua namorada e não aquela garota!  Ela não desgruda um minuto de você. Eu vi com meus próprios olhos ela apertar sua bunda!— Esbravejei. Cerrei meus punhos e fechei os olhos por segundos tentando controlar meu coração totalmente atordoado. Ela franziu o cenho e balançou a cabeça como se dispersasse quaisquer pensamentos.

 

:- Você está com ciúmes? 



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