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História The Bitch - Norminah - Compass and Caravel.


Escrita por: norminahanonimo

Capítulo 73 - Compass and Caravel.


Fanfic / Fanfiction The Bitch - Norminah - Compass and Caravel.

 

 

 

          POV NORMANI

 

                       28 de Julho de 2015

 

 

 

Hoje fazia um mês desde o dia em que resolvi visitar minha mãe. Na verdade, tentar, já que ela não aceitou a nossa aproximação, só me ofendeu mais. 

 

Sabe quando você não está se sentindo legal?! Eu estou assim, mas desde semana passada. Depois que viemos embora do Texas, Dinah não falou mais nada, nem conversou no avião. Ela parecia distante e muito pensativa. 

 

Tentei ligar diversas vezes, mas ela não atendeu nenhuma das minhas 30 ligações. Lauren me contou que ela estava concentrada para viajar com Camila para Nova Iorque, no enorme campeonato de Cheerleaders. 

 

Eu realmente estou me sentindo estranha em questão de seu silêncio. Era como se ela tivesse se arrependido de tudo. Ou apenas se aproximou naquele exato momento  por pena.

 

Enfim... 

 

Alguns dias atrás resolvi enfrentar meu medo e  fiz alguns exames, principalmente o de gravidez. Eu precisava ter a certeza que não estava grávida. Quero correr atrás do amor da minha vida sem ter problemas no meio do caminho. 

 

:- Eu não vou conseguir ler.— Suspirei. Entreguei o envelope para Ally sentada na cama e fechei os olhos ao ouví-la rasgar o lacre do envelope branco.

 

:- Vamos ver...— Pausou. 

 

:- Não demore tanto. 

 

A ouvi suspirar pesadamente, obrigando-me à abrir os olhos com receio e encará-la. Ela torceu a boca, tirou os olhos da folha e me encarou com as sobrancelhas arqueadas. Senti meu peito queimar e minhas pernas tremerem com a sua feição. 

 

:- Mani...— Engoliu seco e olhou para o lado.— Você está grávida. 

 

:- O que?! Deixa eu ver isto.— Puxei o papel de suas mãos com dificuldade, já que as minhas tremiam tanto ao ponto de criarem terremotos. 

 

O fuzilei rapidamente à procura do resultado. Desci meus olhos até a parte em negrito, indicando o resultado negativo. Voltei à olhar Allyson com um sorriso divertido, fazendo-me ferver de raiva. 

 

:- Não sei como acreditou. Dinah não solta espermatozóide pelos dedos.— Gargalhou. Joguei o papel em qualquer lugar e avancei acima dela, fazendo-a deitar na cama e começar à rir mais ainda enquanto eu distribuía cócegas por sua barriga. 

 

:- Você é a pior, sabia?! 

 

:- Eu sei que você me ama, Mani.— Me afastei de seu corpo para arrumar meu cabelo bagunçado. Ela respirou fundo e pousou as mãos na barriga. Suspirei totalmente aliviada e senti meus ombros erguerem ao retirar aquele peso. 

 

:- O que importa é que não estou grávida. 

 

:- Mas pode ficar. Você já viu o tamanho dos dedos de Dinah? Só de olhar já fico grávida. 

 

:- Você fica reparando nos dedos dela? 

 

:- Agora entendi porquê vive sorridente quando dorme com ela.— Soltou um riso malicioso e se levantou em um solavanco para correr. 

 

:- Allyson, eu vou te pegar!

 

Corri atrás da minha melhor amiga. Ela parou do outro lado da mesa da cozinha me encarando assustada. Rosnei para ela que gargalhava gostosamente enquanto tentava correr para se proteger. Ameacei avançar, fazendo-a se mexer, mas ainda me olhando em alerta. 

 

:- Também entendi porque arregou na questão dos três dedos. 

 

:- Ally, eu vou te matar.— Falei entre os dentes. Ela começou à rir divertida e correu para sala. Dei passos largos tentando alcançá-la, mas a pequena foi mais rápida fechando a porta do meu quarto.— Abre essa porta! 

 

:- Me tire uma duvida. Dinah foi a única mulher que chamou sua atenção, certo?

 

:- Certo.— Encostei na porta para ouví-la. Sua voz parecia vir do fundo enquanto seus passos ecoavam de um canto para o outro. 

 

:- Você tem vontade de namorar algum homem? 

 

:- Não. 

 

:- Esse é o poder dos dedões!— Riu debochada. Rolei os olhos e suspirei. Agora ela irá me perturbar com isso um bom tempo. Estou vendo que vou precisar contar até cem para não esganá-la. 

 

 

 

 

                           [...]

 

 

 

 

:- Nada! Nenhuma mensagem e muito menos uma ligação.— Joguei o celular em algum canto canto e afundei no sofá. 

 

:- Talvez ela esteja ocupada em treinar. O campeonato não começa amanhã?— Ally se aproximou com uma bandeja cheia de guloseimas.

 

:- Começa.— Suspirei.— Ela poderia atender pelo menos as ligações. 

 

:- A treinadora não deve estae deixando mexer no celular por conta da concentração.— Se sentou ao meu lado, pousou a bandeja na mesa de centro e começou à se servir. Voltou à me encarar enquanto comia algumas bolinhas de chocolate.

 

:- Eu estou com medo. 

 

:- De quê?

 

:- Dinah deve ter se aproximado por dó. Ela sabia que se aproximando amenizaria um lado da minha dor.

 

:- Claro que não, Mani. Você sabe mais do que ninguém que aquela garota é louca por você. 

 

:- Não tenha tanta certeza disso. Depois de tudo o que aconteceu, eu acho que ela não me vê com os mesmos olhos de antes.— Porque sempre quando vou falar algo relacionado sobre aquela traição meus olhos enchem de lágrimas?! Aquela remorso sempre vira à tona por tudo. 

 

 Sequei rapidamente os olhos, antes que alguma lágrima desça. Senti os braços de Ally envolverem meu pescoço, puxando-me mais para si. 

 

:- Vocês se amam. Ela só precisa de um tempo para pensar. 

 

:- Mas para quê? Ela queria que eu gostasse dela, conseguiu. Quis que eu lhe mostrasse o que sentia, e eu estou fazendo de tudo para prová-la. 

 

:- Dinah quer ter certeza que não irá se machucar novamente.— Afagou meu cabelo e apoiou o queixo no topo da minha cabeça.— Não se esqueça que ela foi traída em menos de...

 

:- Eu sei. Não me lembre, por favor.— Umedeci meus lábios e suspirei profundamente.

 

:- Vamos fazer o seguinte: Quando ela voltar do campeonato, de cabeça fria e sem preocupações, você tenta conversar melhor com ela.

 

Desvencilhei de seus braços e voltei à encarar seu rosto sereno. Ally sempre me trazia paz com seus melhores conselhos e frases de apoio. Tenho sorte de tê-la como melhor amiga, na verdade, mais que isso, minha irmã.  

 

:- E se ela me evitar? 

 

:- Ela não vai te evitar. Prove que você quer tentar se aproximar para conversar. Mostre que à quer mais do que tudo. Sem medo. Sem mentiras. Sem traições. 

 

Mordi meus lábios e fixei meu olhar na bandeja à frente. Eu queria lhe provar de todas as formas que tenho em mente. Dizer tantas coisas de uma vez, mas se eu começar de uma vez, vou me atrapalhar e gaguejar de nervoso. 

 

Se ela soubesse os planos que montei ao seu lado...

 

Eu só não estava entendendo o porque de não me atender. Porque de não responder minhas mensagens. Ela não sente minha falta tanto quanto eu sinto a dela?! Já faz um mês desde aquela viagem. Nunca mais nos falamos e muito menos nos vimos. Passei duas ou três vezes em sua casa e ela não estava. Dona Milika disse que ela estava no treino. O tempo todo naquele treino. 

 

:- Eu acho que a perdi. 

 

:- Encontre-a de novo. 

 

:- E se eu não conseguir? 

 

:- Encontre-a novamente. 

 

:- E se... 

 

:- Normani, ela pode se afastar o quanto quiser, mas de algum modo, vocês vão se encontrar novamente, como se fossem caravela e bússola, onde seu corpo grita ao perceber a presença dela.— Ri debochada e neguei com a cabeça não acreditando no que estava falando. Eu já não estava entendo nada. 

 

Qual bússola?! 

 

:- Estou procurando a bússola? 

 

:- Oh, não. Você nunca vai conseguir achá-la.— Riu baixinho.

 

:- Porquê não?! 

 

:- Porque a bússola é o seu coração. A única coisa precisa procurar é a caravela, que nesse exato momento, está em Nova Iorque.

 

:- Ela está tão longe. 

 

:- A bússola encontra qualquer caravela, mesmo havendo distância.

 

:- O quê?!— Franzi o cenho. 

 

:- Vou te explicar melhor.— Se aconchegou no sofá e sorriu animada.— Minha mãe sempre me contava isso quando eu era pequena. Sempre me perguntava se algum dia iria encontrar alguém que gostasse de mim de verdade.

 

Antes dela começar, deitei minha cabeça em suas pernas e encolhi minhas penas, para deitar como um bebê. Senti suas mãos pesarem em minha cabeça e um maravilhoso cafuné ser iniciado. 

 

:- Ela sempre me disse que a vida era uma grande maré, onde haviam momentos de tempestades e de dias ensolarados. Mamãe sempre dizia que, cada um de nós carregamos uma bússola, ela é quem nos guia para encontrar nossa futura caravela. Para chegarmos até a terra prometida da felicidade, devemos passar por diversas etapas. Tempestades, ataques de tubarões, enormes baleias e até mesmo piratas que tentavam desviar nossa viagem. 

 

Ri pela forma como ela contava toda a história. Parecia conversar com uma criança. Sempre quando mencionava cada parte, um sorriso em seus lábios surgia, me deixando mais empolgada para ver aquele lugar ser iluminado por seu sorriso. 

 

Ela seria uma mãe perfeita. 

 

:- Aquela bússola tinha um objetivo. Procurar a sua caravela para seguir a viagem em um caminho concreto em suas vidas. Sem erros. Sem desvios. Apenas elas duas, pois sabiam que tendo um ao outro, não existiria medo de errar. A bússola por saber cada passo com convicção e a caravela por se movimentar no mar sem medo de afundar. 

 

Passou levemente suas unhas por meu couro cabeludo, fazendo-me suspirar e fechar os olhos para aproveitar aquela carícia relaxante. 

 

:- Elas sabiam que tendo uma à outra, enfrentariam todos os problemas juntas. A bússola, protegeria o navio dos piratas, dos icebergs, das pedras no caminho que vinha à frente. A caravela protegeria a bússola da ventania, das ondas fortes em uma tempestade e do sol escaldante. Em uma noite, elas foram pegas desprevenidas com uma tempestade de fortes chuvas. A caravela tentou de todos os modos protegê-las, mas a fúria daquela tempestade acabou rasgando sua vela maior, fazendo-as pararem no meio do caminho e não conseguirem seguir viagem. 

 

 

Continuei encarando o teto que demonstrava toda a história diante dos meus olhos. Era como se eu me imaginasse sendo a tal bússola. 

 

 

:- A bússola ficou tão preocupada quando percebeu tubarões ferozes se aproximarem para tentar tombar a embarcação de madeiras maciças para retirar quaisquer alimentos. À cada batida, ela pensava mais vezes em um modo de tirar sua parceira do perigo. Aquela caravela a protegeu tanto, ela não aceitava o fato de não conseguir fazer nada para evitar aquele ataque. Continuou pensando e repensando uma forma de continuar aquela viagem ao lado de sua parceira, mas também pensou em diversas possibilidades de desistir e afundar ao seu lado. O medo havia sumido de seus pensamentos e a certeza de continuar ali ao lado de sua parceira só aumentou. Mesmo com tantos problemas vindo de uma vez. Tubarões esfomeados tentando afundá-las, nenhuma chance de movimentação por conta da vela rasgada e a chance do casco quebrar com as baleias que rondavam-as. Sim, elas acabaram de se aproximar para tentar retirar as presas dos tubarões.

 

Suspirei ao sentir meu coração acelerar com essa última parte. Eu estava com medo por elas?! Estava com medo de algo acontecer com uma bússola e uma caravela. Eu estava me tão atraída que me imaginava ali.  

 

Era como se fosse Dinah correndo perigo...

 

:- A bússola teve uma grande idéia. Ótima para a caravela e péssima para ela. A agulha que a guiou até sua parceira, girou rapidamente, apontando para a direção das velas. Ela pensou consigo mesma, que se retirasse seu coração, arrumaria a vela maior e conseguiria fazer sua parceira chegar na terra da felicidade. Pois bem, a caravela relutou para evitar que isso acontecesse, mas nada naquele exato momento de desespero, mudaria a idéia da bússola.— Engoliu a saliva que havia se formado.— A bússola procurou linhas por todo local, rapidamente, abriu o pequeno vidro que protegia sua pequena agulha e a retirou dali, começando à costurar o tecido branco da vela. O vento forte bateu contra o pano, fazendo-as se movimentarem novamente. A caravela começou à navegar rapidamente até às margens do fim daquela viagem, na intenção de procurar alguém para ajudar sua parceira.

 

Senti meus olhos se encherem de lágrimas e minha respiração travar. 

 

 

:- Então, quando estavam prestes à encostar na margem, a pequena bússola não fazia o pequeno barulho de "tac", avisando que haviam chegado em sua meta. A caravela começou à se desesperar, sabendo que não teria sua parceira considerada ser seu coração à viagem toda. Percebendo que ela não voltaria mais, navegou de volta para o enorme oceano. Para ela, não teria sentido chegar na terra desejada pelas duas sem a parceira que tanto lhe guiou. Agora, a enorme caravela estava sem rumo, não tinha a essencial parte de sua viagem.— Pausou.— Se o prometido foi chegarem juntas, não teria motivo dela estar naquele lugar sozinha. Percebendo a aproximação de uma enorme pedra, aumentou sua velocidade. Fazendo com que, se chocasse contra a rocha no meio do mar. Ainda não contente, ela tornou no próprio eixo, batendo sua lateral e quebrando o casco. Quando percebeu a água invadir seus fundos, apenas esperou calmamente começar à afundar. 

 

Fechei meus olhos fortemente, deixando uma lágrimas descer. Eu estava sensível pelo simples fato de imaginar aquela caravela sendo Dinah. 

 

:- A caravela pensou que não tendo sua parceira ao lado, não teria chances de procurar seu rumo, já que quem lhe ajudava com isso era a bússola. Ela sabia que de alguma forma, elas se reencontrariam, mesmo se demorasse anos, elas se veriam novamente, pois tinham uma conexão. Então, por desespero, preferiu se chocar contra a rocha para encontrar sua parceira o mais rápido possível. Talvez assim, nascessem novamente, só que na vida nova, a bússola não fosse seu "coração" e sim, a dona dele.  

 

 

Fui desperta da minha imaginação com a campanhia tocando. Funguei algumas vezes e sequei meus olhos enquanto levantava em um solavanco. 

 

:- Você está esperando alguém?

 

:- Jilly disse que viria me ver. Deve ser ela.— Peguei um pouco de salgadinho no pote em cima da mesa, calcei meus chinelos e caminhei rapidamente até a porta. A destranquei e virei a maçaneta para abrí-lo. 

 

Ok. Eu não estava preparada para levar um baque depois da história que Ally acabara de me contar. Eu ainda estava sensível por me imaginar seguindo essa viagem sem Dinah. Não queria criar mais motivos para a nossa separação.

 

Senti meu quadril ser entrelaçado por braços fortes e meu corpo ser empurrado para trás com força. Minha garganta esquentou ao inalar o cheiro de perfume masculino. 

 

:- Estava chorando? 

 

Engoli seco e continuei encarando sua face estática. Senti minhas mãos tremerem e meu corpo amolecer. 

 

Eu iria desmaiar... Isso não pode acontecer novamente.

 

:- Me solta, Arin. 

 

:- Eu pensei que pudesse te abraçar, já que estamos solteiros.— Sussurrou próximo ao meu ouvido. Cerrei meus olhos e respirei fundo. 

 

Em momento algum deixei de pensar em Dinah, pelo contrário, aquele medo de tudo acontecer novamente e a chance de perdê-la de vez aumentou mais ainda. 

 

A sua caravela, Mani. Pense na sua caravela.

 

:- Não estou solteira. Estou namorando a Dinah.

 

:- Mentira.— Sussurrou novamente em meu ouvido. Se fosse antes, eu estaria completamente derretida e entregue.— Sabemos que o seu namoro com ela acabou faz tempo. Eu soube que deixou a avenida e  deve estar precisando de um ombro amigo. Ou melhor, um membro amigo.— Passou suas mãos por meu quadril apertando-o, tocou minha mão, guiando-a até o meio de sua calça. 

 

:- Você está surdo? Que parte não entendeu que eu tenho namorada?! 

 

Puxei minhas mãos bruscamente e me afastei ainda encarando seu rosto sereno. Era esse um dos problemas em ser prostituta. Os homens sempre achavam que você negava certas coisas por charme, e com isso, eles partiam ainda mais para cima, só que sendo escrotos. 

 

:- Mani, está tudo bem...— Ally travou bruscamente os passos ao ver Arin parado ao meu lado. Seus olhos arregalaram e sua boca ficou entreaberta à procura do que iria falar.

 

:- Quanto tempo, cunhada. 

 

:- Mani, você não... 

 

:- Claro que não.— Respondi rapidamente ao perceber o que ela estava insinuando.— Arin, pelo amor de Deus some daqui. Some da minha vida. 

 

:- Bom, eu vim aqui com um grande propósito.— Fitei Ally me encarar ainda incrédula... talvez assustada. Umedeci os lábios e tornei à encarar Arin se ajoelhar em minha frente. Retirou um pequeno pompom do bolso e o abriu. Dando a imagem de uma aliança.— Eu sei que errei, mas estou aqui para lhe provar que mudei muito. Eu era um menino naquela época, não pensava em nada, apenas em mim mesmo, o que gerou a nossa separação. Deixando-me longe da mulher que eu mais amei na minha vida. Normani Hamilton, volta para mim? 

 

Ally cruzou os braços abaixo dos seios e deu a volta, ficando atrás do paspalho ajoelhado. Fitei seus olhos me fuzilarem raivosamente, ao ponto de me deixar nervosa. Ela deveria estar querendo me matar por ter autorizado sua entrada. 

 

Toquei as alianças penduradas em meu pescoço e fechei os olhos, deixando imagens de Dinah invadirem minha mente. 

 

Abri rapidamente meus olhos quando ouvi pigarros vindos de Arin. Voltei à encará-lo na mesma posição, respirei fundo e larguei as alianças bruscamente. 

 

:- Mani, eu não acredito que você...— Ally prontamente respondeu ao ver eu me remexer para aproximar do homem ajoelhado.

 

:- Arin, se fosse antes, muito antes, eu iria aceitar. Nossa! Eu iria chorar tanto em saber que o homem que mais amei estivesse ajoelhado à minha frente pedindo para voltar. Algo que quando mais novo, não se prontificou à fazer.— Suspirei em exaustão. Me aproximei mais um pouco dele. Ally me olhava preocupada, deve estar com medo do que os meus sentimentos podem me obrigar à fazer.

 

:- Por isso estou aqui para tentar consertar tudo. 

 

:- Felizmente, alguém consertou isso. Consertou tão bem que pareço outra pessoa sentindo coisas novas.— Fitei Ally descruzar os braços. Mordi o canto da boca e procurei muito fôlego para continuar.— Eu pensei que um homem fosse me fazer esquecê-lo, mas nenhum deles conseguiram. 

 

:- Então quer dizer que ainda estou em seu coração... Como nos velhos tempos? 

 

:- Não. Você sumiu dele faz tempo. Quem está nele é outro, quero dizer, outra...— Encarei brevemente Ally franzir o cenho.— E tenha certeza, ninguém conseguirá tirá-la daqui. 

 

:- E tudo o que a gente viveu?

 

:- O juntei e afundei tudo no mar enquanto navegava ao lado da minha verdadeira caravela.



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