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História The btch girl next door - Capítulo IX


Escrita por: Soier

Notas do Autor


Hello Abigos!

Vamos fingir que eu não sumi semana passada? Geeente tudo o que eu escrevia ficava ruim, mas por fim o capítulo saiu e ficou ó ♥♥♥

Enfim, boa leitura :3

Capítulo 9 - Capítulo IX


Fanfic / Fanfiction The btch girl next door - Capítulo IX

“No momento em que dobro a esquina, começo a correr. Meus pés se movem muito rápido, como se eu pudesse deixar Damen, a galeria, tudo para trás. O piso de pedra primeiro dá lugar à calçada, depois à grama. Passo correndo por todos os lugares de Summerland que normalmente visito, determinada a criar um só para mim... um lugar aonde Damen não possa chegar”

–Terra de sombras – Os imortais (Alyson Noel)

Chaerin estava em chamas.

Quase que no sentido literal do termo. Seu corpo estava tão quente que não tinha mais noção de seus membros. Estava confusa, sua mente era uma profusão de pensamentos dos mais variados tipos, porém todos tinham algo em comum: JiYong Kwon.

Chaerin tinha certeza que não o amava, claro que não. O amara uma vez antes, muito antes, mas já havia superado, ela conhecia a sensação do amor e o que ela sentia naquele momento podia ser qualquer coisa – até mesmo febre, ou uma forte gripe – mas amor passava longe.

Então por que ela quis tanto tê-lo? Por que agiu tão instintivamente que só pode ser interrompida pelo toque de um celular?

Desejo é claro! Não podia negar que JiYong estava muito mais bonito, mais atraente e definitivamente mais delicioso do que aos dezessete anos de idade, ele mudara muito fisicamente, nem poderia ser a mesma pessoa. Mas ele não mudara em seu jeito, isso Chaerin pode perceber – exceto, talvez, por ser um fumante, coisa que o JiYong de dezessete anos odiaria terminantemente – ele continuava preso aos padrões certos e corretos. Jamais mudaria. Estava se casando com uma mulher que sequer amava.

Isso ela soube quando ele a confessou que não parara de fumar. Estava tão claro que ele não a amava que chegava a ser cômico. Mas o que isso dizia respeito à Chaerin e por que ela estava tão interessada e satisfeita com a informação ela não entendia bem.

Claro que o fato de Kiko ter esfregado o casamento e tentado enfiá-lo goela a baixo de Chaerin contribuía para que ela ficasse feliz por saber que o noivo não a amava tanto quanto a arrogante mulher pensava.

Mas por que caralhos Chaerin ainda estava pensando nisso? Queria ligar para Yongbae, mas pareceria suspeito. Queria que Sonny estivesse ali para importuná-la pela transa perdida. Queria qualquer amigo que a ouvisse lamuriar. Mas o que falaria? De fato ela não teria o que conversar, já que o assunto dizia tanto a respeito dela quanto cozinhar. Ela sabia fazer bolos, não muito bons ou que firmassem depois de assados... Ela já estava arrumando desculpas para que o assunto J dissesse respeito a ela.

Chaerin se levantou da cama em que estivera terminado o serviço que JiYong começara e caminhou lentamente, com as pernas ainda tremendo, até a cozinha e abriu a geladeira procurado algo para beber. Achou uma garrafa de vinho pela metade e aquilo deveria servir. Pegou o celular e ao ver a mensagem brilhando a tela sentiu como se a luz no fim do túnel tivesse acessa. Discou e esperou que a atendessem logo.

–Chae? – a voz grave de Minji soou em pouco tempo pelo bocal, estava abafada, porém ela parecia mais interessada no telefone que em qualquer coisa.

–Está ocupada? – Chaerin apenas queria que ela respondesse logo, mas demorou cerca de um minuto para que os sons dos passos ocos da amiga cessassem e ela tornasse a falar.

–Minha mãe me fez trazê-la à igreja, mas o que foi? – Chaerin abafou o riso e decidiu que se queria que Minji voasse para sua casa ela teria de ser direta.

–Eu quase transei com JiYong.

–É O QUE? – a amiga berrou – desculpe, desculpe – ouviu a amiga se redimir com uma voz invisível que reclamava do outro lado da linha – É o que? – tornou a sussurrar.

–Pode vir até meu apartamento?

–Claro, me dê cinco... Seis minutos.

 

Daesung estava cansado. Seunghyun estava em sua cozinha preparando algo para que eles pudessem almoçar, enquanto ele estava assentado assistindo televisão na sala, porém seus pensamentos estavam anos luz do programa de música que passava no canal sintonizado. Era extremamente difícil se comportar de maneira amigável com Seunghyun.

Não, DaeSung não odiava o ex, claro que não, muito longe disso, pelo contrário, ele jamais conseguira esquecê-lo por completo. E agir como o bom amigo vendo cenas se repetirem como se eles ainda estivessem juntos era algo extremamente cansativo.

Ele se permitiu espiar Seung na cozinha e sentiu o coração apertar, sabia como era difícil para o ex-gordo ficar sem camisa, mas ele estava com jeans do dia anterior e desnudo na parte de cima enquanto cortava cebolas. Dae duvidava que qualquer dos outros amigos, até mesmo JiYong que era mais próximo de Choi, o tivessem visto sem camisa, aquele era um privilégio somente dele.

–Você tem vinho branco? – A voz grave e arrastada de Choi o despertou de um devaneio aparte a respeito das costas brancas que estavam em seu campo de visão.

–Ah... De baixo da bancada da ilha – murmurou enrubescendo, agradeceu mentalmente por estar sozinho em um momento tão constrangedor, ou que a vida não fosse um episódio de Black mirror e Seung pudesse ver seus pensamentos na tela da TV.

Ele não poderia se dar ao luxo de se perder em Seunghyun, jamais se perdoaria por isso, sempre fora tão inteligente, mas quando o assunto era Choi, tudo mudava de cenário. Era o maior dos idiotas, a ponto de, ao ser acordado às quatro da manhã por um bêbado dizendo que o amava, sair correndo para buscá-lo e, mesmo ele estando atracado com uma ruiva de seios e bochechas enormes o levar para casa e tentar cuidar dele até que ele desmaiasse na banheira.

Era impressionante sua capacidade de ser burro quando Seung estava envolvido. Ele jamais aceitaria, com qualquer outra pessoa, passar pelo que passou por um pouco da atenção do moreno. Jamais aceitaria ir de madrugada na casa de alguém por que a pessoa estava com saudades. Jamais aceitaria ter que mentir para os amigos por causa de alguém que tinha medo de julgamentos. Jamais continuaria amando alguém que o abandonou do dia para a noite.

No entanto lá estava ele, assentado na sala enquanto o causador de suas maiores dores de cabeça estava na cozinha.

A respeito aos acontecimentos recentes, porém não tão recentes assim, mesmo Seung tendo feito tudo o que fez com ele, era incapaz de acreditar em meia palavra do que Kiko dissera a respeito dele. Primeiro porque ela contou uma meia verdade usando informações roubadas dele próprio enquanto estava bêbado. Segundo, Seung era medroso de mais, discreto de mais, e leal de mais, para roubar, fora que Dae conhecia das finanças do ex, que era definitivamente ruim com suas despesas, e jamais vira algo fora do normal no dinheiro de Seung. E por último e nem por isso menos importante, Seung era quem vivia fugindo das investidas de Kiko bem debaixo do nariz de JiYong.

Mas assuntos relacionados ao ex – amigo, namorado ou o que quer que Seunhyun fosse dos outros – era completamente proibido perto de JiYong.

–Está pronto – a voz de Seung veio como uma campainha para que Daesung parasse de pensar. Ele apenas pegou o controle remoto, desligou a TV e foi para a cozinha, Seung pareceu não se constranger em estar seminu na presença de Daesung, coisa que fazia com que todas suas forças se concentrassem em não olhar para o peitoral levemente definido por tempo de academia abandonado.

Os dois comeram em um silêncio constrangedor, Daesung, apesar de estar em casa, queria fugir, correr, se distanciar de Seung  máximo que conseguisse, tinha se cansado de ser estúpido, de ser o calço do sofá quebrado de SeungHyun. Não queria ser útil apenas nos momentos em que ele não tinha ninguém, queria ser a pessoa que fizesse ele largar tudo. Queria que o ex fosse seu, não em parte, não apenas um pouco, não queria que ele dissesse “eu te amo, mas”. A presença de Seung causava nele um misto de sensações que não queria viver, que não queria sentir.

Ora o quer perto, ora o quer o mais longe possível. Ora o odeia, ora o ama. Ora quer bater no belo rosto, ora quer beijar em todas as partes do corpo até que não houvesse outra saída a não ser recomeçar o processo.

Por que tinha que sentir isso por Seung? Por que não uma pessoa normal? Uma pessoa que realmente se importava com ele, que o quisesse na mesma intensidade que ele. É, por acaso, complicado de mais para que a vida o enviasse alguém com menos problemas e indecisões que Seung para que DaeSung se apaixonasse?

–Acho... que vou embora. – Seung se levantara da mesa e Daesung nem mesmo notou, tão absorto em seus devaneios.

Sem ouvir resposta alguma Seung se encaminhou para o interior da casa e voltou na sequência abotoando a camisa que vestira na noite anterior, apesar de úmida estava limpa e era o que importava, não poderia sair na rua sem nada.

–Obrigado... Por tudo – Seung abriu a porta. Dae sentiu vontade de gritar para que ele voltasse, que não fosse, duas partes dentro dele brigavam intensamente se decidindo o que fazer em seguida, mas até a porta se fechar atrás de SeungHyun ele não havia tomado uma decisão.

–SEUNG – DaeSung não se conteve, a barreira que retia todo seu bom senso se rompera e ele apenas se entregou à inundação. A porta tornou a se abrir e o rosto confuso de Seung adentrou no apartamento mais uma vez – Merda, Seung. Merda. – murmurou sem sentido algum. DaeSung puxou SeungHyun e, sem conseguir impedir seus sentimentos que jorravam, beijou o mais alto sem o menor constrangimento, pudor, ou peso na consciência. Ele era definitivamente o maior dos idiotas que já passara na terra.

–O que você... – Seung começou a dizer, mas parou antes que pudesse estragar tudo mais uma vez  – Você me perdoa? – sussurrou ao retribuir o abraço. DaeSung ergueu a cabeça e se separou do corpo quente de Seung ao olhar fundo nos olhos negros de Seung depositou um soco no ombro de Seung.

–Se eu perdoo você? Você acha, por algum misero segundo, que eu perdoei você? Só se eu estivesse maluco, eu jamais conseguiria, mas você tem carta branca por um tempo.

 

Minji estava com a boca completamente aberta tentando assimilar tudo o que Chaerin acabara de contar, como prima de DaeSung acabava sendo próxima de JiYong de alguma maneira, sabia, desde o primeiro dia em que viera mobiliar a casa de Chaerin quem era o vizinho, mas simplesmente não julgou relevante contar a ela, afinal, mil anos que ela passou fora não faria diferença na vida de nenhum dos dois, mas pelo visto ela estava completamente enganada. Sabia que Chaerin e JiYong tiveram algo antes, era meio óbvio até, um não desgrudava do outro, mas depois de tanto tempo os dois quase transarem? Era um pouco de mais para que ela pudesse assimilar.

Minji estava adorando tudo, afinal, se veria livre do fardo na namorada insuportável de JiYong, caso ela descobrisse tudo. Mas sabia que Chaerin continha mais informações dentro de si mesma do que era capaz de expressar. Ela dizia desejo, fogo, vontade, ele estava ali, mas Minji, assim como antes, conseguia ler perfeitamente Chaerin e via que a amiga estava apavorada com a possibilidade de ainda possuir resquícios de um amor antigo dentro de si.

Nunca fora boa com as palavras, o suficiente, para dizer as coisas certas, então preferiu mastigar todas as informações ditas e não ditas antes de pensar, minimamente, em abrir a boca.

–Como você se sente em ser a pessoa que, bem... você sabe, a outra pessoa? – começou devagar para ver até onde podia chegar.

–Eu não sou a outra pessoa... Só ficamos. E mesmo que fosse, você sabe que eu não me importo...

–Não estou julgando, até prefiro você à Kiko, se você soubesse metade das coisas que ela já fez. Mas você quer fazer de novo?

–Não sei... É só sexo não é? O que tem de mais nisso?

–Nada, realmente... Chaerin, só quero que você fique bem, você sabe não é?

–Claro... Acho melhor parar de pensar nisso não é? Pensar outras pessoas, e eu ainda não consegui entender porque você está solteira.

–Com os exemplos que eu tenho de relacionamento você também iria querer estar sozinha. JiYong e a cobra, Daesung e a paixão descomedida pelo maluco do Seung Choi que quase casou com a Dara, ela é um amor, você tem que conhecer, Seung Lee que pega até vento, a propósito fiquei sabendo que ele gosta de umas coisas meio estranhas na hora do sexo, Yongbae que é doido pra namorar, mas acaba sempre na friend zone. Não é pra mim.

–Ah, mas essas pessoas são elas, você é diferente, bonita pra caramba, vamos arrumar quem tire suas teias de aranha em um segundo se você me deixar te arrumar direito. – Chaerin sorriu.

–Você fala como nos velhos tempos, e nem lá e nem agora consigo ninguém, já disse que o meu destino é morrer velha, sozinha... AI CHAERIN!

–Cala a boca logo, que eu vou arrumar você e vamos sair, anda.

Chaerin afastou todos os pensamentos ligados à JiYong, teria uma nova missão para distraí-la. Arrumar alguém para sua amiga encalhada. Minji, Chaerin não conseguia entender, era linda, tinha o corpo mais bonito que conhecia, mas ainda sim era virgem. No pouco tempo em que Chaerin estivera na cidade, as duas colocaram todos os assuntos pendentes em dia, e essa revelação assustara Chaerin. Minji, no auge de seus vinte e três anos de idade ainda era virgem. E, até onde Chaerin sabia, foi por falta de oportunidades.

Minji tinha uma personalidade peculiar, o que mantinha, algumas vezes, as pessoas longe. Alguns homens costumavam esnobá-la, isso até mesmo na escola, Chaerin lembrava de todo o bullying que a amiga sofreu no ensino fundamental, e todas as vezes que os garotos disseram que ela era feia, mas se Minji era feia, Chaerin não queria se olhar no espelho.

Apesar de já ter tido alguns relacionamentos rápidos, Minji nunca dera o próximo passo, e, apesar de não querer admitir, ela queria muito, mas simplesmente não via acontecer com nenhum de seus pretendentes, logo perdia total vontade. Não era nada religioso, ou algum valor que ela queria manter, só não tinha tesão com nenhum dos homens que passaram por sua vida.

Chaerin não tinha a intenção de força-la a ter a primeira vez, longe dela tal estupidez, mas queria que a amiga experimentasse dos prazeres que a vida tinha a lhe oferecer, e para isso ela precisava de um cara, ou uma garota – nunca se sabe – legal. E o melhor lugar para começar procurando é um lugar cheio de gente, então elas começariam por ai. 


Notas Finais


Gente me meti em uma que só papa YG protetor dos otp pra me salvar! Com quem eu boto a Minzy? Tava no wpp com a Bia (♥) e chegamos a conclusão que minzericórdia, não sei o que fazer!!!!

Enfim espero que tenham gostado

Até semana que vem :3


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