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História The Blue Eyes - O que você quer que eu faça?


Escrita por: _whrismyghost

Notas do Autor


OI GALERAAMAMAMAMAMSMAMAHAHD
VOLTEI
com
um
cap
novo
de novo, muito obg pelos comentários no último cap vcs são tudooo😭💜 e desculpa a demora, mas a semana de provas só me ferrou...
enfim mores, boa leitura!!

Capítulo 33 - O que você quer que eu faça?


(Nash)

Eu sempre me sinto esquisito perto de Charlotte. Ela podia me paralisar facilmente com somente um gesto ou olhar. Seus olhos, as expressões, o cabelo roxo, os sorrisos discretos. O conjunto que forma Charlotte parece querer me puxar até eu me perder dentro do que ela é.

Se Cameron pudesse ouvir meus pensamentos, provavelmente me daria um tapa bem dado e mandaria eu acordar para a vida.

- É, não ficou nada parecido com um C, mas tá bom demais! - exclamou Charlotte, dando uma mordida no biscoito que ficou quase um círculo completo quando foi assar.

- É receita da família. - comentei ainda mastigando o meu. - Na verdade, é massa pronta, mas minha mãe finge que é uma receita super secreta. - comentei, fazendo-a rir.

- Se ela diz que é secreta, então por que você está me contando? - perguntou ela.

- Porque os únicos que não sabem disso são a Sky e meus primos pequenos, o resto da família finge acreditar nela para preservar a infância das crianças. - disse rindo e ela me acompanhou.

É praticamente uma tradição da minha mãe fazer cookies na manhã de natal. Ela faz tantos que seriam suficientes para comermos em todas as refeições durante umas duas semanas, mas, obviamente, não é só para nós e sim para a família toda. Damos até para os vizinhos, então, claro que meus amigos não ficariam de fora. Eles vêm aqui só para comer os biscoitos da minha mãe e depois voltam para comemorar o resto do natal com suas famílias, mesmo que seja pouco tempo, é uma tradição, até porque eles também fazem parte da minha família.

Faltando pouco tempo para o meio dia, minha mãe alertou todos para irem almoçar com suas famílias e não demorou para que todos se despedissem para ir embora.

Cameron foi o último a deixar minha casa e, consequentemente, Charlotte também, se despedindo de mim com um sorriso e olhos brilhantes. Logo em seguida, ela fechou a cara e foi muito engraçado porque o motivo era nítido; Maddie ia pegar carona com eles e Shawn. Queria ser uma mosquinha para saber no que isso vai dar.

Fechei a porta e a tranquei com a chave, dando um suspiro tanto de cansaço por ter acordado "cedo", considerando que nas férias normalmente levanto meio dia, quanto por não conseguir tirar Charlotte da cabeça.

Eu não aguento mais gostar dela e saber que ela, muito provavelmente, não gosta de mim. Eu queria poder ser mais livre falando com Charlotte, mas tem sempre alguma corda me puxando para trás quando eu tento ser eu mesmo com ela. Acho que não vamos nem ser amigos se eu continuar desse jeito.

Há alguns dias, Cameron me contou resumidamente sobre tudo que ela passou e um lado de mim preferia que não tivesse, porque agora não consigo parar de pensar nisso. Toda vez que eu olhava para ela mais cedo, só conseguia pensar que Charlotte é uma pessoa incrível que definitivamente não merece isso. Odeio não saber o que fazer sobre meus sentimentos, mas odeio mais ainda não poder fazer nada para ajudá-la simplesmente por não ter esse direito. Ela não gosta de mim e nem vai, porque a minha personalidade horrível não deixa.

Sem perceber, já tinha me encostado na parede ao lado da porta e fiquei preso nos meus próprios devaneios, até que mãe surgiu e me chamou para limpar a bagunça na cozinha. Essa é a única pequena condição de deixar meus amigos virem aqui.

Ela ainda guardava alguns dos biscoitos em um pote de vidro quando comecei a limpar a ilha cheia de farinha.

- Duas horas vamos para a casa da vó, então acorde Hayes quando subir. - pediu, fechando o pote já cheio. - Ele não acordou até agora.

- Tá bom. - respondi limpando preguiçosamente o balcão. Quando a casa se esvazia de repente dá um desânimo, mas logo mais passa.

- Tinha algumas caras novas hoje. - minha mãe disse de repente, enquanto eu lavava a louça e ela guardava. - Por que não me conta sobre a de cabelo roxo? - disse me cutucando com seu ombro.

- Quem? - perguntei tentando disfarçar, mas provavelmente ela já tinha percebido tudo. Minha mãe sempre nos lê como um livro, eu e meus irmãos nunca conseguimos esconder nada dela por muito tempo.

- Eu gostei dela, Charlotte parece ser uma boa garota. - comentou com um sorrisinho e eu não pude esconder o meu.

- Ela é. Também gosto dela. - disse ainda sorrindo e ela me olhou com ternura.

- Então por que você parece triste falando dela, filho? - perguntou enquanto eu lhe entregava um prato molhado.

- Eu não acho que ela gosta de mim. - respondi o que já estava rondando meus pensamentos há algum tempo. Às vezes acho que Charlotte é demais para mim, eu nunca sei como agir direito perto dela sem parecer um idiota. Só queria ter algum sinal de que ela pode gostar de mim de verdade, mas ela não parece se interessar por nenhum dos meus lados; nem o Nash de verdade, nem o Nash das mensagens.

- Isso é porque você não viu o jeito que ela te olha, Nash. - disse minha mãe com o mesmo sorriso carinhoso. - Confia em mim, não tenha medo de demonstrar o que sente, isso é uma das coisas mais corajosas de se fazer e eu sei que você é um garoto corajoso. - disse acariciando minhas costas e sei que, mentalmente, ela está lembrando de todas as vezes que eu empurrei Hayes na piscina mandando ele não ter medo da água. Ela sempre lembra disso e diz que eu era praticamente um peixe, já que aprendi a nadar muito cedo e nunca tive medo. - Se você gosta da garota, fale para ela e depois você pensa no resto. - aconselhou.

- Queria que as coisas fossem fáceis assim. - disse sentindo meus ombros pesarem um pouco mais para baixo. Daqui a pouco viro o Corcunda de Notre Dame.

Terminei de lavar os pratos e ela de secar. Eu enxugaca minhas mãos quando ela voltou a falar:

- Fáceis não são, mas simples sim, vocês adolescentes que complicam. - disse com um sorriso maroto e eu bufei.

- Obrigada, mãe. - disse beijando a bochecha dela antes de me virar para subir. Talvez eu estivesse complicando as coisas, na verdade, eu comecei a complicar quando tive a ideia estúpida de falar com Charlotte anonimamente. Agora eu só me fodo por causa disso.

- Lembre de acordar seu irmão. - pediu mais uma vez antes de eu deixá-la na cozinha.

Subi as escadas correndo e acordei meu Hayes, o pré adolescente chato, antes de entrar no meu próprio quarto e me sentar na cama já digitando.

DM com @lottienewsome_

B: oi.

Por mais que minha mãe tenha razão, não sei se sou mesmo tão corajoso quanto ela diz, afinal, continuo preferindo o anonimato como um covarde.

Cameron me avisou que isso daria merda. E eu fui suficientemente burro para continuar.

Eu comecei tudo errado e acho que o prazo de consertar tudo já esgotou.

Ela responde surpreendentemente rápido.

L: oi.

B: como você tá?

L: bem, na medida do possível.
L: e você tá todo engessado por quê?

Perceptiva.

B: é estranho eu me sentir culpado por sumir esse tempo todo?

Eu estava me sentindo muito esquisito chegando do nada como se nada tivesse acontecido, porque, para o garoto do twitter, nada tinha acontecido mesmo. Eu só sei de tudo que Charlotte passou porque Cameron me contou, então não posso abrir a boca, a não ser que ela resolva me contar, o que duvido que ela faça para um "estranho". Eu só não queria ser mais um a incomodá-la naquele momento difícil.

L: você é todo estranho, isso só seria mais uma estranhisse.

B: wtf?????
B: você não me conhece, não sabe quem sou, não sabe como eu sou, VOCÊ NEM SABE ONDE EU MORO, vai se fuder vai todo mundo tomar no meio do cu caralho.

L: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
L: ESSE MEME É MUITO BOM.

B: quem tá estranha é você, se eu soubesse que era só sumir para você falar comigo, eu tinha dado um tempo do twitter meses atrás.

L: ai vai se foder.

B: que fofa, também fiquei com saudades.

L: saudades de que, amado?
L: eu tô achando que você ficou essas semanas todas estudando os memes do twitter só para melhorar seu disfarce como adolescente
L: mas você não me engana porra, anda logo, fala quem você é.

B: CHARLOTTE KKKKKKKKKKKKKK
B: você é maluca?

L: eu tô falando sério.
L: eu não vou mais falar com você se você não PROVAR que é um adolescente.

Agora fodeu.

B: o que você quer que eu faça?

Charlotte demorou alguns minutos até finalmente responder.

(Lottie)

Sacudi a sacola e despejei as tintas amarela e dourada lacradas junto aos meus pincéis velhos por cima de um jornal no chão. Coloquei a roupa mais velha do meu armário e fiz questão de arregaçar as mangas como um verdadeiro pintor faria, porque eu estava prestes a desenhar estrelas no meu teto.

Eu não sei de onde surgiu a vontade avassaladora que me fez ir até o centro comprar as tintas, mas, digamos que eu sou muito influenciada por posts no Pinterest e não resisti quando vi um teto exatamente como o meu, preto, cheio de estrelas redondas. Na verdade, eu sei que o motivo real é simplesmente para ocupar minha cabeça, porque eu não aguento mais pensar. Há momentos do dia que meus o barulho dentro da minha cabeça é tão alto que não consigo me concentrar em nada. Normalmente, minha solução é parar tudo que estou fazendo e mentalizar o absoluto nada, mas nem isso está funcionando. Acho que é porque fazia muito tempo que eu não passava por um momento tão ruim quanto esse.

Eu precisava dar um tempo, parar de pensar, mas parecia impossível sozinha.

Desci as escadas correndo e fui morrendo de medo até a garagem escura, onde Drake guardava uma escada que servia, majoritariamente, para trocar lâmpadas e matar baratas no alto das paredes. Peguei-a e voltei ao meu quarto, meio cansada por fazer tanto esforço.

É duro ser sedentária.

Posicionei a escada no meio do quarto e me voltei para meu celular, vendo a foto de Taylor estampar o visor.

- Já tô indo, porra. - respondi sozinha, como se ele pudesse me ouvir, e atendi.

- Oi, coisa linda! - disse ele do outro lado sorrindo.

- Você é impaciente demais, eu hein. - reclamei colocando o celular em cima da minha escrivaninha para que ele pudesse acompanhar o processo de pintura, já que ele insistiu por mensagem e não é como se eu não estivesse morrendo de saudades do meu amigo.

- A gente marcou quatro horas e agora são quatro e cinco, o que você chama de impaciência eu chamo de pontualidade. - debochou ele.

- Então volta para o Reino Unido, seu britânico falsificado! - desdenhei segurando o riso quando finalmente me sentei na cadeira para vê-lo direito. - Como está aí em Indiana?

- Muito bom, eu conheci uma porrada de primos que eu nem tinha ideia de que existiam. O lado ruim é que eles fazem rodízio para ver quem dá banho no meu avô e já me colocaram no meio. - disse com uma careta e eu ri.

Ele continuou contando sobre seu natal e depois foi minha vez de contar sobre o meu, só uma rápida atualização.

- Eu não acredito que ele disse isso! - Taylor disse chocado quando eu contei que eu e Dallas nos resolvemos. - Nem fodendo, você tá me zoando, Charlotte.

- Não tô, a gente está em paz agora. - digo, me referindo a Cameron e a mim mesma.

- Sua vida é um filme muito emocionante, aliás, você é péssima em me atualizar! - acusou, me fazendo franzir as sobrancelhas. - Tive que ficar sabendo que você foi no Nash ontem pelo Shawn no grupo do Whatsapp, você tem noção do que isso significa para um amigo fofoqueiro?

- Ai, descansa, Taylor. - respondi rindo de seus comentários.

- Anda, desembucha porque eu quero saber de tudo que aconteceu. - insistiu ele.

- Tá, mas vou começar a pintar enquanto isso, se não vou terminar só amanhã. - avisei e ele assentiu, mudando de posição na câmera como se estivesse só esperando a fofoca, o que, com certeza, ele estava.

Enquanto tentava reproduzir a imagem das estrelas exibida no meu computador, fui contando para ele tudo que aconteceu ontem "nos mínimos detalhes", como meu amigo pediu. Claro que omiti a parte que eu parecia uma tonta falando com Nash, só para não dar mais uma oportunidade de ele me encher o saco depois. Ainda não esqueci o que ele disse sobre Nash estar interessado em mim na viagem e ontem essa memória voltou com força, mas acho que era só besteira de Taylor mesmo.

Continuei falando até chegarmos no assunto Madeline.

- Você voltou com ela e Cameron no banco de trás? - exclamou ele, repetindo o que eu havia acabado de falar.

- É, não foi tão ruim. Pelo menos eles tiveram a decência de não se pegar ao meu lado. - disse terminando mais uma estrela, ou bola, amarela e fiz uma careta, sentindo dor no pescoço.

- Charlotte! - Taylor me repreendeu rindo e eu dei de ombros, massageando minha nuca. - Cuidado, você vai ficar com o pescoço ruim igual aquele pintor que pintou o teto da Capela Sistina.

- Michelangelo. - o corrigi rindo enquanto voltava a pintar.

- Certo, certo, mas e aí? Foi estranho? Ela falou com você? - perguntou e eu fiz uma careta involuntária.

- Não falamos muito, mas ela ficou me encarando. Não aguento mais essa situação, só queria que ela me deixasse em paz. - confessei bufando. - É claro como a luz do sol que não somos mais amigas.

- Achei poético. - brincou e rolei os olhos.

- O que mais me irritou foi como ela parecia tão a vontade com Cameron e todos lá. - disse parando até de pintar para encará-lo, frustrada, porque ela parecia com a amiga que eu costumava ter. - Será que foi assim quando eu entrei no grupo com você?

- "Assim" como? - Taylor perguntou.

- Esquisito. - respondi torcendo o nariz.

- Não, até porque ninguém tinha questões pendentes com você como você e a Maddie tem. - respondeu dando um sorrisinho. - Sabe, Lottie, você devia resolver isso quando as aulas voltarem.

- Eu não tenho a mínima vontade de falar com ela. - respondi, soando como uma criança e, então, percebi que estava agindo como uma. - Mas talvez isso seja melhor do que viver amargurada.

- Exatamente. - respondeu com o mesmo sorriso e eu rolei os olhos.

- Certo, certo. - imitei-o. - Agora sai daqui porque estou ouvindo os gritos da sua mãe te chamando daqui. - disse dando um sorriso e a voz da mãe dele soou mais uma vez pelo microfone.

- Aquela velha? Ela é doida, não liga. - brincou e eu ri. - Eu já ia dizer que preciso descer lá para fazer sei lá o que em família, mas nos falamos depois, né? - Taylor perguntou arqueando uma sobrancelha, como se dissesse "me ignora para você ver se não te mato".

- Sim, vai lá ficar com a sua família. - mandei com um sorriso e nos despedimos, logo encerrando a chamada de vídeo.

(...)

Demorei mais umas duas horas para completar metade do meu teto e acabei deixando para terminar no dia seguinte. Meu nuca já estava implorando para voltar a posição normal e não pude evitar me jogar na cama de tanto cansaço. Pelo menos as estrelinhas estavam ficando bonitinhas.

Fiquei algum tempo deitada até ouvir a campainha tocar. Admito que fingi não ouvir de tanta preguiça que eu tinha de levantar, Drake provavelmente atenderia, afinal, ele ainda está em casa pelo feriado.

Devo ter fechado os olhos por uns cinco minutos até despertar com um grito do meu irmão:

- LOTTIE! - berrou do seu quarto. Às vezes eu acho que meu irmão tem um megafone na garganta. - A CAMPAINHA! - gritou novamente e eu revirei os olhos.

- Puta que pariu. - reclamei levantando na força do ódio. Talvez eu seja revoltada demais, mas eu estava muito cansada e ser uma adolescente normalmente raivosa não ajuda muito.

Pensei em parar no quarto do meu irmão só para reclamar antes de descer, mas lembrei que Sierra estava em casa e eu não quero nem saber o que eles estavam fazendo para Drake me mandar ir atender a campainha desse jeito. Deixa quieto.

Saí do meu quarto meio tonta e tive a visão deslumbrante do chiqueiro de Cameron com direito ao próprio porquinho dentro dele. Sinceramente, esperava pior vindo de um garoto, mas ele podia colaborar ou, pelo menos, fechar a porta.

Desci as escadas rapidamente e nem me dei o trabalho de checar o olho mágico, se fosse um ladrão, eu metia a porrada nele ali mesmo por ter me feito levantar da cama só para me assaltar.

Admito que, depois de abrir a porta, preferi por um segundo que fosse um ladrão, já que ele eu teria um motivo para socar e não ir para a cadeia, já Madeline...

- Oi, Charlotte. - disse a garota, com as mãos entrelaçadas na frente do corpo pelo frio. - Sei que isso é repentino, mas podemos conversar?


Notas Finais


EAIEAIEAI
TERMINOU NUM SUSPENSE NÉ QUEM AMOU??
vcs q lutem até sexta que vem!!
qq ces acham q a charlotte aprontou com o nash?? me contem nos comentários pra eu rir ou concordar com vcs.
taylor e lottie numa video chamada só pra registrar esse momento caótico q estamos vivendo de só ver os amigos pela tela do celular na fanfic kajkskd aliás, em breve ele tá de volta!!
é isso galera, até semana que vem com mais um cap cheiroso!
ciao adios💙💜


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