1. Spirit Fanfics >
  2. The Blue Eyes >
  3. Ano novo, problemas velhos

História The Blue Eyes - Ano novo, problemas velhos


Escrita por: _whrismyghost

Notas do Autor


OI AMORES VOLTEI
mto obrigada pelos comentários e favoritos no último cap!!!!! fico feliz de saber que vcs não desistiram da fanfic HAHAHA
escrevi esse capítulo num vrau então bora ler
bjo bjo😽💜

Capítulo 38 - Ano novo, problemas velhos


(Nash)


Existem momentos em que você se encontra tão enrolado em uma situação que não consegue sequer pensar em uma saída e, qualquer que ela seja, terminaria em um desastre. Esse é o meu momento agora.

Como eu pude ser tão burro?

A essa altura minha bola de neve já passou por cima de mim e me esmagou, de tão grande que eu deixei ela ficar. Ficou tão grande que agora vivo preso a ela rolando eternamente ladeira abaixo, porque dei um jeito de estragar tudo com a garota mais legal de todas.

E ela nem sabe disso. Ainda.

Se eu não contar, Taylor conta, e acho que isso seria pior até do que se eu mandasse uma mensagem agora dizendo "Oi, sabe o garoto que te encheu o saco na DM até você falar com ele igual um maníaco? Sou eu", porque isso só me faria mais covarde do que eu já sou.

Eu gosto tanto da Charlotte.

Eu a beijei ontem.

Eu...a beijei.

ONTEM.

Não sei porque enfatizar o tempo pareceu mais necessário que o beijo em si, mas talvez porque é muito recente (ONTEM!!!) e eu ainda não consiga acreditar. A garota que tem estado na minha cabeça durante meses realmente me beijou ontem? De todos os dias, ontem?

No Ano Novo?

Cameron me mandou uma mensagem falando sobre isso agora pouco que, desde então, não sai da minha cabeça.

C: finalmente caralho!

C: dizem que quem se beija na virada vai passar o ano todo beijando🙀😽

N: você é ridículo.

O pensamento me faz rir de nervoso porque é a coisa mais improvável de acontecer agora. De algum jeito, eu consegui arruinar tudo com a Lottie e beijá-la numa única noite. 

Já dizia Taylor Swift, "é por isso que não podemos ter coisas boas, porque as quebramos e elas têm que ser levadas para longe", Lottie vai querer correr para bem longe de mim quando descobrir.

Que merda

- Qual é a da cara de constipação? - Will perguntou, já lançando seu olhar de sabedoria sobre mim. Ele tem três anos a mais que eu e é o mais velho dos irmãos, então acha que já sabe bastante da vida porque sobreviveu até a faculdade. Considerando que estou quase morrendo no ensino médio, entendo a presunção. 

- Ele tá com problemas de menina - Hayes respondeu sem nem desviar os olhos do celular. Será que eu também fico parecendo um idiota hipnotizado com essa coisa igual a ele? 

- Problemas de menina? Nash, você é uma menina? - Will perguntou cheio de seriedade e eu quase gargalhei.

- Não, o Hayes que não sabe usar conjunções - respondi e meu irmão mais novo rolou os olhos, de novo, sem tirá-los da tela - Problemas com garotas. Uma garota. 

- E que problema é esse? - Will perguntou. 

- Ele não consegue dizer pra ela que gosta dela - Hayes respondeu, me cortando assim que abri a boca. 

- Conta você meus problemas, já que sabe tanto - disse a Hayes, que rolou os olhos. 

- Claro que sei, ouvi você reclamar cem mil só neste ano e hoje ainda é dia primeiro - ele rebateu e foi minha vez de revirar os olhos. 

- Você é o tipo mais chato de adolescente que tem, quando acaba sua puberdade mesmo? - perguntei e Hayes até largou o celular para rebater, mas a risada de Will nos chamou a atenção.

- Amo vocês, mas disso eu não sinto falta - disse ele, recostando-se no sofá com os braços abertos ao redor do encosto dos nossos ombros - Só fala pra ela Nash, se ela gostar, bem, se não, bem também. 

- Não é simples assim - respondi.

- Você está no Ensino Médio, Nash, claro que a coisa é simples. Vocês que complicam - disse Will.

Você não faz ideia

- Tá bom, ô voz da experiência! - Hayes desdenhou - Duvido que você não achava que seus problemas eram os maiores do mundo no Ensino Médio - ele arqueou uma sobrancelha e voltou a mexer no celular - Se eu sou o tipo de adolescente mais chato, você é o tipo de adulto mais chato que acha que nós fazemos drama.

- Como você é amargo, Benjamin, Deus me livre - disse Will, franzindo o cenho.

- Ele é, mas tem um ponto - disse e Will deu de ombros - Sabe que a mamãe me disse a mesma coisa sobre complicar tudo...- comentei.

-Viu? Então tô certo - ele disse e bagunçou o meu cabelo enquanto se levantava do sofá - Falando nisso, tenho que falar com ela. Não tomei banho até agora porque não achei uma toalha. 

- Que nojeira - franzi as sobrancelhas e ele deu de ombros, saindo da sala. Hayes não mexeu mais desde que voltou a focar no celular, isso me fez querer mexer menos no meu. A vista do viciado é deprimente.

Meus pensamentos voltam para Charlotte antes mesmo que eu os direcione para ela. Acho que virou algo tão recorrente que meu cérebro já está acostumado a ocupar todos os buracos possíveis com a memória dela, ainda mais nas férias, que eu tenho basicamente zero ocupações.

É, eu sou tão deprimente quanto Hayes viciado no celular. Até mais.

Ela foi meu primeiro beijo do ano.

Nos beijamos. Isso significa que ela gosta de mim.

Ela gosta de mim.

Eu sou um idiota.

Idiota, idiota, idiota, idiota!

Cameron tinha razão, por mais que doa no meu âmago de dizer, isso não foi uma boa ideia. Eu estraguei qualquer chance que eu pudesse ter com a Charlotte e a culpa é minha. Eu nunca deveria ter mandado uma mensagem. Ela vai me odiar depois disso.

Eu tô fodido.

Lottie foi meu primeiro beijo do ano, e eu deixei a possibilidade de ela ser o único até o final escorregar pelos meus dedos.


(Lottie)


Betty, agora é a última vez 

Que posso imaginar o que vai acontecer 

Quando você ver minha cara outra vez

A única coisa que quero fazer

É me desculpar com você


SWIFT, Taylor. betty de folklore. (Traduzido)


A segunda mensagem do meu ano foi de Madeline.

Eu nunca apaguei o número dela, sabe, para casos de emergência (emergência?), e isso só me causou um susto maior quando a notificação chegou. Quase caí da cama.

E depois, explodi em gargalhadas.

Parecia um déjà vu de todas as mensagens que costumávamos trocar ano passado e tive que deixar a tela do meu celular para baixo até conseguir parar de rir.

Eram definitivamente risos de nervoso. Eu sabia que ela iria falar comigo, eu estava sentindo que algo iria acontecer. É claro que íamos conversar de qualquer jeito, mas eu estava sentindo uma coisa estranha. E não que isso tenha diminuído meu susto, eu pressentia mas não achava que iria ser tão cedo.

Quer dizer, eu sabia que tinha que ser até o final dessa semana, afinal, voltamos à escola na próxima segunda-feira e vamos encontrar a Polly, mas na minha cabeça isso parecia mais distante…pelo menos ela esperou até o segundo dia do ano. Teria sido uma trégua de Ano Novo?

Não importa. Agora tenho que respondê-la.

Como responder?

Cliquei na notificação e desbloqueei meu celular. Melhor assumir logo esse B.O.

M: oi, Lottie

M: sou eu

M: Maddie.

Claro que é você, idiota.

L: oi.

Sem julgamentos. Estou nervosa. E com a boca seca.

M: acho que nós precisamos conversar

M: você pode vir aqui mais tarde?

L: aqui onde?

M: aqui em casa.

Ah.

Respirei fundo. Tão fundo que senti o ar chegar aos meus pulmões, bater nos meus brônquios e voltar às minhas narinas como um boomerang.

L: posso.

M: ok.

M: quatro horas, então.

Não respondi, já estava ocupada jogando meu celular bem longe no meio dos cobertores.

Como eu vou criar coragem de dar as caras na casa de Madeline hoje?

HOJE.

Isso é demais para o meu cérebro recém desperto de um sono de dez horas. Preciso de ar. E de água. Minha boca secou tanto que podia sentir meu lábio à beira de rachar e eu não havia dito nem meia palavra desde que acordei.

- Ei, ei! - disse Cameron e eu quase caí para trás quando abri a porta do meu quarto e o encontrei com sua mão levantada e fechada em um punho.

- Puta que pariu, Cameron Dallas! O que você tá fazendo aqui? - trovejei. Essa manhã começou um desastre e continua.

- Caralho, Charlotte, saiu com o pé esquerdo da cama? - ele respondeu, convertendo sua expressão de espanto numa careta de raiva. Fiz o mesmo.

- O que foi? - perguntei, trancando a mandíbula.

- Almoço. Lá embaixo - disse ele, antes de dar meia volta e dirigir-se às escadas.

Revirei os olhos com tanta força que senti meus cílios tocarem a pele abaixo das minhas sobrancelhas. Posso sentir culpa pela grosseria depois, agora estou ocupada tentando não arrancar todos os fios de cabelo da minha cabeça fora.

Sinto como se eu fosse morrer.

Mas não há para onde fugir. Maddie e eu realmente precisamos conversar, não dá mais para adiar. Adiamos por dois meses e olha onde isso nos trouxe…

Não dá mais para adiar.

Eu queria tanto que Polly pudesse nos ajudar com isso, não sei nem por onde começar a falar com Madeline. Destruímos tanto uma à outra nesses meses que parece que a cada vez que nós sequer trocamos olhares, estou arrancando uma lasquinha dela e ela de mim. Mas Polly não pode nos ajudar, não pode fazer isso por mim nem por Maddie, aliás, ela não pode nem sair de casa. 

Conversamos pelo Twitter porque seus pais ainda estão decidindo se vão lhe dar um celular depois de tudo e ela disse que está bem, mas só pode sair de casa para ir à escola. Eu sinto muito pela Polly, eles, que já eram do tipo conservadores, só apertaram mais a coleira dela depois de toda a encrenca que minha amiga se meteu. Agora, ela tem, basicamente, zero liberdade.

Polly não pode ajudar nem a si mesma, quanto mais suas duas amigas patéticas.

Eu sou patética.

Descendo as escadas, quase saí rolando quando Thor me avistou e veio correndo na minha direção. Ele é tão grande, tipo, gigante mesmo. Ele poderia me derrubar se quisesse, mas, geralmente, ele somente se apoia em mim e fica em pé para lamber meu queixo, como agora.

- Oi, Lottie. Bom dia - Sierra me cumprimentou assim que entrei na cozinha.

- Boa tarde, né? - disse Drake, arqueando uma sobrancelha para mim. 

- Oi, desculpa - pedi, me sentando na mesa com eles.

- Se continuar assim, vou ter que te arrastar para fora da cama pelo pé na segunda-feira. 

Não sei o que Drake está falando de mim sendo que ele e Sierra estão de pijama até agora. Os dois estavam sentados de um lado da mesa como um casal feliz (eles sempre estão como um casal feliz) e eu e Cameron do outro. Dallas está com sua cara de bunda usual enquanto mexe no celular e tenta acertar uma garfada de arroz na boca sem olhar. A maioria das vezes sua visão é assim, deprimente.

- Eu acordo sozinha - me defendi.

- É, mas desliga o despertador e volta a dormir.

- Hum, culpada - respondi, dando de ombros.

O almoço ocorreu bem, pelo menos para mim que ainda estava meio aérea e sonolenta. Apesar disso, minha cabeça já estava começando a imaginar os piores cenários possíveis que minha conversa com Madeline poderia nos levar e todas as formas do que poderia dar errado. Mal posso esperar para o que as próximas horas de espera me reservam. Iupi!

Pensar em começar uma conversa (COMO?), continuar (COMO?) e terminar (COMO?) deixava meus nervos à flor da pele. Essa nem devia ser minha maior preocupação, eu deveria estar planejando o próximo passo do meu plano para pegar o vagabundo que está me mandando mensagens no Twitter e descobrir quem ele é, mas não, o drama me persegue.

Tenho certeza que a parte da espera vai ser pior que a conversa em si. São duas horas e meia até eu ter que ir para a casa dela resolver tudo que temos para resolver. Saber que vamos conversar e essa conversa tem um destino desconhecido é torturante. Pensar em ficar perto dela é torturante, tem sido desde que nos reencontramos.

Falando em casa de Maddie, eu nem sei se vou poder ir de verdade…

- Drae - o chamei, levantando da cadeira. Meu irmão estava lavando louça com seu avental de homem musculoso - Preciso conversar com a Madeline, posso ir na casa dela hoje? - perguntei.

- Maddie? Vocês não tavam brigadas? - perguntou, largando a louça por um minuto com as mãos cheias de espuma. 

- Estávamos…estamos, seria meio que para resolver isso.

- Hm - ele respondeu, continuando a lavar - Não sei se é uma boa ideia.

- Por quê? - perguntei, franzindo o cenho.

- Você já foi à festa do Taylor anteontem, Lottie, não pode abusar. Você tem que estar bem pra escola segunda-feira - disse ele.

Rolei os olhos. Essa é a hora de ele se preocupar?

, tô sendo idiota, mas...

- Mas é só uma conversa, não vou abusar. A casa dela fica a cinco minutos daqui...

- Você não vai andando até lá - ele me interrompeu - Você ficou maluca? Charlotte, você fica exausta só de subir as escadas e está congelando lá fora. Essa conversa não pode esperar?

Não dá mais para adiar.

- Eu não queria exatamente ir andando… Preciso falar com ela. Por favor - pedi, mas Drake não parecia convencido - Prometo que vou ficar bem.

Meu irmão ainda não estava concordando cem por cento, mas seu olhar suavizou.

- Certo…- disse ele - Eu te levo até lá.

- Obrigada - disse, deixando um beijo na bochecha dele, mesmo que isso talvez não fosse um motivo de comemoração…

Eu realmente vou ter que falar com ela.

Saí da cozinha quase correndo e subi para o meu quarto. Drake tem razão, esse percurso mesmo já me deixou sem ar, nem sei porque subi tão rápido. Meu peito estava explodindo de emoções contraditórias, a mais forte era a ansiedade; para vê-la, para falar, para saber o que falar. Eu queria tanto que as palavras saíssem exatamente como o discurso que eu monto na minha cabeça e poderia facilmente encenar na frente do espelho, mas na hora é complicado. Na hora, eu geralmente fico com tanta coisa entalada na garganta que é como quando duas pessoas tentam passar por uma porta ao mesmo tempo; nenhuma consegue e uma delas derruba a mochila toda aberta no chão. É desastroso.

Eu nunca vou conseguir falar tudo o que eu quero, e talvez isso seja bom. Se eu falasse tudo que vem na minha mente, eu provavelmente a magoaria tanto que nunca mais nossa amizade poderia ser restaurada. Acho que o mesmo vale para ela.

Eu a odeio e amo tanto, mas tanto, que os sentimentos chegam a quase se anular e eu não sei mais qual é verdadeiro. Talvez os dois sejam. Seria mais fácil se um deles se sobressaísse e eu pudesse usá-lo de canal, mas minha cabeça nunca é fácil.

É, as duas horas antes do grande show seriam longas.


(...)


Como eu consegui vir parar aqui? 

Eu sei que a resposta é óbvia: eu só tomei um banho, depois me vesti, chamei Drake, entramos no carro, e, misteriosamente, cheguei à porta de Maddie e toquei a campainha. Acho que a pergunta principal é como eu consegui me manter até aqui. Eu provavelmente vou entrar em combustão em alguns minutos.

Madeline apareceu em menos de um minuto e abriu a porta com tudo. Ela pareceu ter visto um fantasma quando me encontrou lá, como se não soubesse que eu viesse.

- Você veio - disse ela, sem mover nenhum músculo do rosto.

- Oi, eu vim - respondi, trazendo meus ombros para perto das minhas orelhas. Eu estava congelando.

- Entra - ela gesticulou, saindo da frente da porta ao notar meu frio. Dei um breve aceno para Drake, que esperava no carro, e entrei.

A casa de Maddie era exatamente como eu lembrava, tirando alguns móveis novos e uma parede amarelo neon que definitivamente não estava ali antes. Tudo era familiar.

Seu pai, Henrico, estava sentado na mesa da cozinha, digitando freneticamente em seu computador com os óculos na ponta do nariz. A mãe dela, Florence, estava misturando uma grande tigela de massa que eu não soube identificar o que era. Tinha algo diferente na mãe de Maddie; um lenço onde seu cabelo castanho e com ondas grossas, exatamente igual ao de Maddie, costumava ficar.

Oh.

Passamos por eles para dar oi, e ambos foram mais do que simpáticos comigo.

- Charlotte! Que bom te ver querida, já estava estranhando a Madeline não ter te trazido aqui ainda - Florence disse, sorrindo abertamente. Pude ver que suas sobrancelhas estavam ralinhas sobre sua pele marrom clara quando me aproximei dela. Foi quando me toquei; Maddie não havia contado aos seus pais sobre o que aconteceu com a nossa amizade nesse tempo.

- É bom ver você também, Sra. Flores - disse, sem evitar um sorriso. Ela também era familiar.

- Florence - ela corrigiu.

- Certo - respondi.

- Mãe, Pai, Charlotte e eu vamos lá em cima - Maddie avisou, indicando a porta para mim.

- Aviso vocês quando o jantar estiver pronto - a mãe de Maddie respondeu e nós duas fomos em direção às escadas.

Subimos em silêncio e continuamos assim até Madeline fechar a porta do quarto dela. Ela se sentou na cama e me sentei ao seu lado, mas um pouco distante.

A palavra que vem rondando meus pensamentos o dia inteiro me atingiu no mesmo momento com uma pergunta: como começar?

- Prometa que não vai fugir - ela disse, arqueando uma sobrancelha.

- Prometo - respondi, também arqueando uma sobrancelha - Você vai?

- Não - disse quase bufando.

- Hum - respondi, e voltei a me sentir desconfortável. - C-como sua mãe está?

- Bem. Ela não está trabalhando e não pode fazer esforço, então ela cozinha. Aquilo que você viu é a tentativa dela de fazer pão sírio - disse ela. - Ela está indo bem.

- Que bom - respondi, sentindo meus lábios formarem um sorriso triste. Eu não fazia ideia. Como eu poderia? Como eu poderia imaginar quando eu estava presa na minha própria bolha de egocentrismo?

Que lixo de pessoa eu sou.

Ficamos em silêncio por mais um momento. 

- Como foi que deixamos as coisas ficarem tão ruins? - Maddie disse, parecendo tão frustrada quanto eu estava.

- Eu não sei - respondi, olhando para o teto e de volta para ela - Você foi uma idiota.

- Eu fui.

- Mas eu também fui.

- Um pouquinho - ela disse, com um sorrisinho triste - Você acha que pode me perdoar? Por tudo?

- Eu não sei - respondi, honestamente. - Por que você fez isso, Madeline? Justo com a Becky. Você sabia tanto quanto eu que ela era uma pessoa ruim, mas mesmo assim foi lá e contou tudo.

- Eu estava com raiva de você! - exclamou, quase que cuspindo as palavras.

Franzi as sobrancelhas.

- Raiva de mim? Por quê? Você que mudou de cidade!

- Porque você nunca mais falou comigo, Charlotte! - ela explodiu e eu franzi o cenho ainda mais. - Você parou de ligar quando as aulas começaram e eu achei que você tinha esquecido ou cansado de mim. A última coisa que eu queria era mudar de cidade, ainda mais depois que Polly foi embora, mas eu não tinha escolha! Tive que ir com meus pais. E eu sentia falta de vocês todos os dias e não conseguia acreditar que havíamos perdido contato de uma hora para a outra.

Ela fez uma pausa e respirou fundo, estava chorando. Eu estava chorando.

- Quando você parou de ligar, eu me senti tão sozinha… a escola e cidade cheia de desconhecidos quase me deixou maluca. Minha cabeça estava uma bagunça e depois soubemos que minha mãe não estava bem… - ela soluçou - Eu juro que nunca quis perder contato, mas eu não queria te encher com meus problemas porque sabia que você já tinha problemas demais na sua cabeça, mas depois eu fiquei com raiva de você. Você era minha melhor amiga, Lottie, e perder você e Polly foi uma das piores coisas que já aconteceram na minha vida. Eu não tenho como pedir desculpas suficientes, mas, eu sinto muito, muito mesmo.

Eu a abracei.

Passei o dia inteiro pensando em como tudo podia dar errado. Em como íamos jogar tantas bombas uma na outra que a casa iria explodir. Em como eu estava tão chateada com ela que não importava o que Maddie dissesse, seria uma desculpa para gritar com ela e deixar meu rancor jorrar de mim, mas eu a abracei.

E ela me abraçou de volta.

- Eu sinto muito, Lottie, muito - ela continuou, soluçando ao meu ouvido. - Essa foi a pior coisa que eu já fiz, e não consigo descrever o quanto me arrependo. Eu fui tão egoísta, eu só estava olhando para o meu próprio umbigo quando eu sabia por tudo que você estava passando. Eu devia ter sido uma amiga melhor.

- Eu fui egoísta também, eu fui burra. Nem passou pela minha cabeça que você estava passando por coisas ruins também, eu fui tão burra. Desculpa - disse, a apertando tão forte quanto ela me apertava.

- Não peça desculpas.

- Peço. E te desculpo.

- Também não faça isso.

Eu queria sentir raiva dela. Eu deveria. Mas eu não sentia. Não sei como explicar, eu só...não sentia. A situação era tão exaustiva e parecia que havíamos congelado no passado. Eu não quero isso. Quero olhar apenas para o hoje e o amanhã. Quero seguir em frente.

- Eu te desculpo.



Notas Finais


EAI BICHAIADA?
gente quero saber oq vcs acharam ou fariam no lugar da lottie ou se acham que ela tá sendo trouxa HAHAHA mas tudo com carinho, é o jeitinho dela de resolver as coisas...
BOM TENHO VÁRIAS COISAS PRA DIZER ALEATÓRIAS então aqui vai:
pintei meu cabelo de roxo faz quase dois meses e esqueci de falar aqui KSKSKKS vcs agora: fodase? mas gente juro q era meu sonho desde q eu comecei essa fic entao aqui estou de cabelo roxo exatamente por motivos de LOTTIE
e também queria registrar que consegui a proeza de citar taylor swift duas vezes no mesmo capítulo sem ser proposital JAJJAJJJAK
this is why we can't have nice things: https://youtu.be/0gMYW_zELHQ
betty: https://youtu.be/6TAPqXkZW_I
eu fiquei pensando nesse cap por meses ouvindo betty pq, apesar de ser sobre o james fdp q traiu a betty, ou seja, de namorados, me lembrava a maddie e a lottie e tudo que elas passaram e como seria o desfecho.
por favor dêem amor pra essas duas nos comentários
e pra taylor, pq ela é linda
enfim, fim da tour de coisas aleatórias 💜😽💙💌
é isso, espero que vcs tenham gostado e logo volto com mais um capítulo! beijo tchauuuu💌💌💌💌💌💌
(isso pra mim é mandar beijos virtualmente)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...