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História The Boss - Todos tem um lado que não conhecemos


Escrita por: UmaAprendizdeEscritora

Capítulo 1 - Todos tem um lado que não conhecemos


CAPITULO I – Todos tem um lado que não conhecemos...

POV NICO

—Droga! – bufei saindo do carro e voltando ao elevador.

Tudo que eu queria era ir para o meu apartamento, beber algumas cervejas, talvez pedir uma pizza e dormir, e eu estava quase concluindo meu objetivo, quando me dei conta de que havia esquecido o celular na gaveta da minha mesa no escritório.

Fiquei pelo menos 5 minutos, parado, avaliando se precisaria mesmo dele, até constatar que era melhor eu voltar e buscar logo a droga do telefone.

Chamei o elevador e assim que entrei apertei o botão do décimo andar.

Estava tão cansado e irritado que até a música clássica que tocava no elevador estava me dando nos nervos.

Esfreguei as têmporas tentando me acalmar, quando ouvi as portas se abrirem.

Segui pelo corredor até o hall de entrada da redação da revista Olympus, onde eu era diretor de arte e fotografo.

A semana tinha sido extremamente estressante e era apenas quarta feira. E tudo graças aquela pirada da Grace, a redatora chefe e filha do dono.

Naturalmente ela era enjoada e não gostava de nada que apresentávamos pra ela, mas essa semana – a que antecede a semana da moda de paris – ela estava insuportavelmente enjoada.

Quando terminei a faculdade e consegui esse emprego achei que seria o máximo trabalhar com fotografia e design numa revista famosa, porém da garota simpática que me entrevistou, ela se tornou a dama de ferro, como costumávamos chama-la.

Fui contornando as mesas até chegar à sala de design e segui até minha mesa. Abri a gaveta e encontrei o maldito celular preto que eu havia esquecido.

Botei no bolso e quase correndo sai da sala, mas antes que eu pudesse chegar até o elevador ouvi uma musica baixa vinda de algum lugar na redação.

Franzi as sobrancelhas, curioso. Quem ainda estaria na revista a uma hora dessas?

Segui o som até sua fonte e notei a sala da megera com a luz acesa. Aparentemente a música vinha de lá.

Me aproximei devagar e espiei através da porta entreaberta.

Minha chefe, a maior maluca, rebolava descalça pela sala com uma taça de vinho na mão.

Seu cabelo – que na maioria das vezes estava arrumando em ondas perfeitas (até pra isso ela era extremamente perfeccionista) – estava preso em um coque solto e ela abandonara os saltos altos – que mais pareciam instrumentos de tortura – em algum lugar pela sala.

Ao fundo tocava Sofa do Ed Sheeran e ela cantarolava baixinho a musica, enquanto mexia em algumas imagens – que eu havia tirado, por sinal. – no quadro interativo na parede oposta de sua sala.

—Tenho que admitir que o garoto tem talento. – ela murmurou baixinho.

—Obrigado. – disse parado de braços cruzados na porta da sala.

Ela virou rápido para mim, com os olhos arregalados.

—O que faz aqui? Eu verifiquei toda a redação. Não tinha ninguém.

—Vim buscar meu celular. – arqueei uma das sobrancelhas. – O que você esta fazendo aqui ainda?

—Vendo algumas fotos do ultimo editorial. – ela disse, com as bochechas vermelhas, por ser pega no flagra.

—Parece divertido. – me aproximei do quadro. – Foi um dos meus melhores editoriais.

—Realmente. – ela suspirou, cruzando os braços ao meu lado.

Espiei-a pelo canto do olho e avaliei seu corpo.

Além de altamente compenetrada, ela era muito bonita.

Minha chefe era dona de um corpo cheio de curvas, longos cabelos pretos e olhos azuis elétricos.

Geralmente ela estava com calças sociais apertadas nas partes certas, blazers e salto alto.

Durante o trabalho ela usava óculos – que eu sabia ser bem necessário. – o que a deixava muito sexy.

Nos primeiros dias, ela era muito simpática e sempre sorria quando chegava à minha sala, e por causa disso, durante semanas tive sonhos intensos com ela.

Enfim, a garota era muito gostosa e qualquer marmanjo ficaria babando ao vê-la.

Porém toda a sua beleza ficava escondida embaixo da megera que ela passou  a ser de  5 meses pra cá, quando soubemos que iríamos cobrir a semana de moda de Paris.

Agora, descontraída do jeito que estava, vi sua beleza outra vez.

Ela estava mais baixa que o normal, já que estava sem os saltos. Ela usava seus habituais óculos de grau, a camisa branca meio aberta e a calça social de boca larga marcava seu bumbum e suas coxas.

Ela descruzou os braços e mexeu no pescoço, revelando uma tatuagem de pena, aquelas usadas antigamente pra escrever.

Acho que fiquei encarando fixamente, pois ela pigarreou.

—Fiz na faculdade. Sempre fui encantada pelo jornalismo.

—É bem bonita. E intrigante. – semicerrei os olhos.

—Intrigante?

—Sim. Não imagino uma garota como você com uma tatuagem como essa.

—Uma garota como eu? O que quer dizer com isso? – ela me encarou confusa.

—É. Uma... Mulher de negócios. – usei o termo mais simpático pra maluca viciada em trabalho.

Ela semicerrou os olhos.

—Boa saída. – ela bateu triunfante.

—Eu sei. – devolvi.

—Sabe que pode perder o emprego sendo arrogante desse jeito, não sabe?

Qualquer um ficaria preocupado com essa frase, mas não eu. Pelo menos não naquele momento.

Ela não estava me ameaçando. Ela estava flertando comigo.

Sorri de lado.

—Mas você não vai me demitir, a poucos dias da semana de moda, vai? – disse me aproximando dela.

—Não duvide de mim. – ela disse um pouco desconcertada.

Acho que não esperava que eu desse mole. Sempre fui extremamente profissional, apesar de ela ser bem... Atraente.

—Não estou duvidando Srta. Grace. – disse segurando sua cintura.

—Não parece...

Suas palavras foram perdendo a força, e o sentido quando comecei a beijar seu pescoço.

—Mas não estou duvidando.

Fui subindo os beijos em direção a sua boca.

—Sou sua chefe lembra? – ela gaguejou. – Não sei se é certo o que estamos fazendo e...

A impedi de continuar quando beijei sua boca.

—Droga! Que se dane! Quero você! – ela disse entre o beijo.

Ergui seu corpo e ela prendeu as pernas na minha cintura.

A coloquei em cima da mesa e desci os beijos novamente, enquanto abria devagar os botões de sua camisa.

—Espera. – ela disse ofegante. – aqui não.

—Por quê?

—Não quero transar olhando pra essas modelos mortas de fome. Vamos pro meu apartamento?

Sorri malicioso.

—Vamos.

Ela pegou a bolsa, os sapatos e casaco e saiu da sala, me puxando pela mão, não sem antes apagar as luzes.

Quando chegamos ao estacionamento, ela foi até a cabine do vigilante.

—Te dou 50 dólares se trancar a redação pra mim, Peter.

—Fechado. – ele concordou.

Ela sorriu.

—Pego a chave com você amanhã cedo.

Novamente ela agarrou minha mão e me puxou até o carro dela.

 



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