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História The Boss - Tonight im getting over you


Escrita por: UmaAprendizdeEscritora

Capítulo 10 - Tonight im getting over you


“Não somos amantes, mas somos mais que amigos

Essa noite eu vou esquecer você.”

Tonight i’m getting over you – Carly Rae Jepsen

 

Capítulo 10 – Tonight i’m getting over you

—Caixa postal de Zeus Grace, deixe seu recado.

—Que saco! - reclamei.

Já era a sexta vez que ligava para o meu pai e ele não atendia ao telefone.

Precisava falar com ele o mais rápido possível, para conter os danos da língua solta dele.

Foram poucas as vezes que eu realmente o agradava, mas quando o fazia ele tinha o prazer de gritar aos quatro cantos do mundo.

Bufei.

Talvez devesse tentar mais tarde.

Comecei a abrir o zíper do top que eu estava vestindo quando ouvi batidas na porta.

—Já vai! - gritei.

Abri a porta e Annabeth me encarava.

—Falei com sua secretária. - ela disse entrando no quarto.

—Sobre?

—Seus compromissos. Ela disse que essa é sua única noite totalmente livre e que você não tem nada amanhã cedo, só depois do meio dia.

—Certo... E?

—E nós vamos sair! Você me prometeu que íamos ver a torre Eiffel a noite e eu vou me matar se não for a pelo menos uma balada parisiense.

—Mas eu estou cansada Annie. - resmunguei.

—Por favor, Thalia.

Annabeth fez beicinho e começou a encher os olhos de lágrimas.

Pensando por um lado isso podia ser bom para abafar os boatos que me pai estava lançando por aí.

—Tá! Para com isso, eu vou.

—Isso! Vou me arrumar. - ela cantarolou.

—Nem sei o que vou vestir. - disse pensativa.

—Eu te ajudo.

—Certo. - fui em direção à mala.

— E sabe... Podíamos chamar aquele gostosão do seu fotógrafo. - ela disse maliciosa. - ele fica te olhando estranho.

—O que? - soltei nervosa. - Sem chance. E outra, pensei que podíamos fazer uma noite das garotas. - desconversei.

Annabeth continuou sorrindo maliciosamente.

—Tá bom, você que sabe, mas está perdendo uma chance.

Revirei os olhos. Se ela soubesse que eu já não tinha perdido essa chance...

[...]

Depois de me ajudar a escolher uma roupa Annabeth foi pro seu quarto me deixando sozinha para me arrumar.

Dessa vez escolhi uma roupa que não aparecesse as manchas roxas pelo meu corpo.

Tomei banho, sequei os cabelos e os deixeis lisos.

Precisava corta-los assim que voltasse. Eles já estavam na altura da cintura.

Maquiei meu rosto com precisão, afinal quando saía à noite gostava de marcar mais a maquiagem.

Terminei de me arrumar e me vestir no instante que uma mensagem chegou ao meu telefone.

"Já estou aqui em baixo." — escrevera Annabeth.

"Estou descendo."— enviei em seguida.

Antes de sair dei uma última conferida na minha imagem e puxei as botas mais pra cima.

Suspirei.

—Que a noite seja tranquila, por favor.

[...]

Por sorte peguei o elevador vazio no meu andar.

Como estava sozinha me virei para o grande espelho na parte de trás do elevador e dei uma analisada na minha aparência.

Tudo continuava no lugar, exceto pelas botas que insistiram em descer um pouquinho.

Me virei em direção as portas novamente.

—Mas que droga! - me curvei para arruma-las e bem na hora a porta do elevador se abriu.

Olhei para cima, congelada no lugar.

—O que está fazendo? - Nico perguntou confuso.

Pigarreei.

—Arrumando minhas botas. - fingi descontração.

Ele me olhou de cima a baixo e me senti sem graça.

Arrumei o decote e me concentrei na porta do elevador.

Ainda sentia seu olhar sob mim.

—Vai sair? - ele soltou.

—Vou. - respondi nervosa. - Annabeth quer ir a uma festa.

—Hum. - ele disse apenas.

Notei o movimento do seu maxilar travando.

Ele estava puto.

Não era essa a intenção da saída, mas gostei da reação.

Decidi provocar.

—Por quê? Algum problema nisso?

—Nenhum. - ele falou cruzando os braços. - Mas podia ter convidado, achei que éramos amigos.

Murchei um pouquinho.

Realmente queria que o motivo da sua irritação fosse ciúmes.

—Ah. - soltei tentando esconder a decepção, sem muito sucesso. - É uma noite das meninas. Foi mal.

Ele assentiu com a cabeça.

O elevador emitiu um som, indicando que havíamos chegado ao térreo.

—Boa festa, chefinha.

Ele saiu me deixando sozinha no espaço.

[...]

Sai meio desnorteada pela conversa que tive com Nico.

Por uns instantes fiquei feliz com a ideia de ele sentir ciúmes de mim, por outro lado isso acendia um alerta na minha cabeça.

“não deixe acontecer de novo.”

Minha relação com ele seja lá qual fosse a espécie era errada e colocava coisas demais em jogo.

E eu não podia correr esse risco.

O segui com o olhar e vi parar em frente a porta do restaurante do hotel, onde Kim o esperava.

Senti meu estômago apertar.

—Nem pense em sentir ciúmes.— disse pra mim mesma.

Bufei e fui procurar minha amiga.

Encontrei Annabeth no saguão, mexendo no celular.

—Vamos? - chamei sua atenção.

—Vamos! - ela saiu eufórica. - Quero dançar a noite toda!

—E eu quero encher a cara. - murmurei baixinho.

[...]

Annabeth e eu fomos até a torre Eiffel em primeiro lugar e depois jantar em um restaurante próximo a ela.

Quando terminamos seguimos direto para a Le Dandy, uma balada bem famosa em Paris.

Não precisamos enfrentar muita fila, uma vez que meu nome era bem conhecido, por conta da semana de moda.

Entramos no local a meia luz, com ambiente todo vintage lembrando um cabaré.

A casa estava lotada, então Annabeth e eu pegamos um espaço reservado, onde havia um sofá e poderíamos dar um tempo caso quiséssemos.

Um garçom bem vestido se aproximou e perguntou o que queríamos beber.

—Quero um mojito. - minha amiga respondeu.

—Quero uma garrafa de tequila. - fui direta.

O rapaz anotou tudo e saiu.

—Uau, vai começar pegando pesado não acha? - ela disse preocupada.

—Se não for para ir com tudo então eu nem venho meu amor.

[...]

Já passava das três da manhã e eu tinha perdido a conta de quantas doses de tequila tinha bebido.

A única coisa que eu sabia era que o mundo parecia mais colorido e que tudo parecia mais lento.

—Thalia. - Annabeth chamou rindo. - Acho melhor irmos para o hotel. Você já bebeu demais.

—Você também. - debochei.

—Mas eu ainda estou sóbria o suficiente para saber que chegamos ao limite. Vem, vou chamar um carro.

Me levantei rápido demais e cai sentada no sofá de novo.

Eu estava realmente bêbada.

 Tentei mais uma vez e consegui me manter em pé, mesmo me desequilibrando um pouco.

Segurei a mão de Annabeth, pois tudo que eu não queria era me perder na multidão podre de bêbada.

Com muito custo chegamos a porta do lugar e ao carro.

Enquanto nos deslocávamos para o hotel, encostei a cabeça no vidro frio do carro e apaguei.

Acordei alguns minutos mais tarde com Annabeth me cutucando.

—Vem, precisamos subir para o quarto.

—Não posso dormir aqui? - resmunguei.

—Não. Agora vem.

Desci do carro cambaleando e entrei no hall do hotel.

O movimento na hora era quase mínimo.

Seguimos abraçadas até o elevador e quando ele se abriu demos de cara com alguém tentando sair apressado.

—Ops, foi mal! - levantei as mãos em sinal de rendição.

Em seguida desandei a rir.

Nico franziu o cenho.

—O que ela tem? - ele perguntou para minha melhor amiga.

—Está bêbada. Muito bêbada. Aliás, que bom que está aqui- ela sorriu sem graça. - pode me ajudar a levar ela lá pra cima?

Ele me olhou de cima a baixo e senti a súbita necessidade de descer um pouco a saia.

—Posso sim.

—Ótimo! Aqui está o cartão da porta dela. - ela entregou a chave eletrônica a ele.

—Ei, eu não preciso de ajuda! - resmunguei, mas quando tentei andar dei uma leve desequilibrada. - Tá bom, talvez eu precise.

Comecei a rir de um jeito bobo mais uma vez.

Nico travou o maxilar e passou o braço pela minha cintura.

—Vou dispensar o motorista. Muito obrigada...

—Nico. - respondi por ele, mal humorada.

—Nico. - Annabeth sorriu e sumiu pelo corredor.

O garoto alto que me segurava me puxou mais para dentro do elevador e apertou o botão do meu andar.

Olhei para cima e vi que seu rosto estava fechado em uma carranca.

—Que foi? - perguntei.

—Precisava beber tanto? - ele disse entredentes.

—Sim. A vida é minha e eu bebo o quanto eu quiser. - fui grossa.

Ele bufou.

—Qual é a sua? Não tem o direito de ficar irritado comigo. Não somos nada.

Ele olhou para baixo incrédulo.

—Ótimo. Se não somos nada, não tenho porque te ajudar.

Como se fosse a sua deixa o elevador parou no andar do seu quarto.

Ele me deu as costas saindo pelas portas pratas.

Cruzei os braços, fazendo birra.

Quando o elevador ameaçou fechar não me segurei e bati a bota de salto no chão.

—Babaca! - soltei alto demais.

Ele me olhou com desprezo e as portas a minha frente se fecharam.

—Idiota!

Tentei segurar o choro, mas eu estava irritada e bêbada.

O elevador fez aquele som irritante avisando que tinha chegado ao meu andar e as portas se abriram.

Sai pisando duro, de braços cruzados e algumas lágrimas escorrendo.

Parei em frente à porta do meu quarto e me dei conta de que a chave tinha ficado com Nico.

—Inferno!

Me escorei na porta e fechei os olhos.

Ponderei sobre descer até a recepção e pedir a chave reserva, mas provavelmente me pediriam meus dados e eu estava alta demais para lembrar meu RG de cor.

Abracei meus braços e suspirei.

Eu só queria minha cama.

Perdi a noção do tempo em que fiquei assim.

—Acho que precisa disso para entrar.

Nico estava parado a poucos metros de mim com o cartão da porta na mão.

Não disse nada, apenas caminhei até ele e levei a mão até a chave.

Antes que eu pudesse pegar ele levantou o braço.

Suspirei.

—Pode me dar a chave, por favor?

—Não até me dizer por que encheu a cara.

Comecei a rir.

—Precisa de motivo para isso? Eu só enchi e pronto. Me dá minha chave.

Ele balançou a chave mais no alto.

—Mas que droga! Porque você não vai encher a Kim? - resmunguei.

Ele me olhou surpreso.

—Você está com ciúmes! - ele afirmou. - me viu com ela antes de sair e resolveu encher a cara?

—Não sonha garoto!

—Está sim!

Decidi jogar.

—Talvez eu esteja... - disse me aproximando e passando os braços pelo seu pescoço.

Imediatamente ele vacilou.

Ponto pra mim.

Aproximei o rosto do seu e fiz menção de beija-lo e ele baixou as mãos para a minha cintura.

Segurei o cartão devagar e aproximei mais o rosto do dele.

Quando ele avançou para me beijar eu puxei o cartão de sua mão.

—Otário. Caiu no truque mais velho do mundo! - disse passando a chave no leitor.

Ele me olhava incrédulo.

—Boa noite.

Bati a porta com toda a minha força, sem nem ligar se ia incomodar outros hóspedes.

Eu não estava com ciúmes.

Estava?

 


Notas Finais


Espero que estejam gostando.
Câmbio, desligo😉


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