História The Boy - Jinson - Confissão.

— Jinyoung?! — Chamou Jackson em alto som, quando notou que o moreno não se encontrava mais ali. 
 

Não pensou duas vezes, mergulhou para o fundo do lago, e tamanho foi seu desespero quando encontrou um Jinyoung inconsciente. O agarrou pela cintura, e ao puxa-lo de volta para a superfície notou que seu pé parecia estar preso, tentou novamente puxa-lo e o que quer que estivesse lhe prendendo, se soltou, possibilitando Jackson leva-lo para cima. 
 

Tomando o ar com um fôlego, Jackson ressurge das águas com um Jinyoung desacordado no colo. Os garotos que já estavam em alarde se preocuparam ainda mais ao notar a situação. 
 

— Puta merda… — Murmurou chocado o tailandês, se aproximando de Jackson que colocara o moreno deitado no chão, já fora do lago.
 

— Como isso foi acontecer?! — Mark perguntou.
 

Jackson fazia massagens cardíacas para que Jinyoung voltasse a acordar, seu semblante era sério e ele murmurava o nome do menino diversas vezes, angustiado. Não parou até obter resultado, e quando já não era mais o suficiente se debruçou ao corpo do menino, levando seus lábios até a do moreno, soprou o ar uma única vez o que foi o suficiente para reanimar Jinyoung.
 

O moreno tossiu alto, com sua respiração desregulada ele despejava toda a água que fora presa em seu pulmão. Levantou seu tronco, fazendo com que fosse melhor para cuspir toda a água. 
 

 Jackson o abraçou forte, e aliviado deixou com que um suspiro saísse de seus lábios.
 

— Jinyoung, meu amor, me desculpe… – Sussurrava o advogado enquanto se afundava no pescoço do garoto. Céus! Era quase a segunda vez que por pouco não perdia Jinyoung, e acredite, era uma sensação devastadora. 
 

— Jinyoung, meu deus, você está bem? — Youngjae se ajoelhou, preocupado. 
 

E quando Jackson lhe soltou, Jinyoung assentiu, ainda um pouco desconcertado. 
 

 Eles falharam, estava vivo ainda.
 

— U-Uma alga ficou presa em meu pé quando dei um breve mergulho. Fiquei preso e não consegui voltar. — Mentiu, mordendo os lábios. 
 

— Droga, deveríamos ter prestado mais atenção! — Jaebum exclamou, passando suas mãos em seu próprio rosto.
 

— Vamos voltar para a casa, isso foi demais por hoje... — Murmurou Yugyeom.

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E quando eles chegaram na casa do loiro, Jinyoung disse que iria tomar um banho quente, pois de de repente o clima havia mudado. O calor singelo se esfriou e o frio parecia retornar. 
 

— Jack, eu vou te fazer um pergunta. Seja sincero conosco, ok? — Se pronunciou Mark, enquanto estava sentado no sofá com a roupa já trocada, assim como os demais meninos. 
 

Jackson assentiu.
 

— Você… e o Jinyoung— Começou o castanho, fazendo Jackson engolir em seco – Vocês estão juntos?
 

Jackson pensou um pouco antes de responder. Sabia que cedo ou tarde aquele momento iria chegar, era inevitável. 
 

— Não. — Respondeu. — Não estamos, ainda. — Acrescentou, encarando-os.
 

Mark o olhou surpreso.
 

— Vocês estavam certos, eu me envolvi demais com ele. Chegou em um ponto onde nem ao menos consigo esconder de vocês. — Riu o loiro. — Eu gosto dele, mais do que deveria... — Confessou, desviando seus olhos para o chão.
 

Os meninos se entreolharam, pareciam ter uma conversa muda entre si.
 

— Eu já sabia, então não estou muito surpreso. — O tailandês deu de ombros, enquanto abria um salgadinho que havia sobrado do piquenique.
 

— Sabe, Jack… eu peço desculpas por ter sido tão duro contigo. — Mark falou, suspirando. — Eu só estava preocupado em como isso iria terminar. Mas aqui estamos! Ganhamos um amigo novo que praticamente faz parte da família, e você parece mais feliz. Depois de tudo o que aconteceu com você, creio que você merece paz, alguém para te completar, e se esse for Jinyoung, eu apoio! — Sorriu compreensível.
 

Jackson quase arfou em ouvir tudo aquilo do amigo, Mark sendo o mais responsável, jurou que ouviria sermões do castanho, mas pelo visto estava tudo bem. O peso de seus ombros se esvaziou, e a parede que havia construído estavam demolida por completo. Já não tinha mais medo de amar, do julgamento. Só tinha que saber se Jinyoung sentia o mesmo. E essa seria a chave final para que pudesse estar cem por sento livre.
 

— Desde quando notei em como você o olha, e em como ele retribui seu olhar… imaginei que acabaria por esse caminho. — Falou Youngjae, enquanto apoiava sua cabeça no ombro do namorado.
 

— Vocês não sabem o quanto estou aliviado em ouvir isso… — Murmurou o loiro.

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Jinyoung depois se trocar após o banho, com seu moletom preto e calça de algodão da mesma cor, iria se retirar do banheiro. Entretanto, sentira uma fraqueza repentina e sua visão se escureceu por segundos, teve que se apoiar na parede para não se desabar no chão, e quando recobrou os sentidos, gotas de sangue caíram sob a superfície do piso. Ao olhar seu reflexo no espelho, seu nariz sangrava. 
 

— Não… vocês tem que me dar mais um tempo… — Murmurou aflito, enquanto pegava um pouco de papel higiênico e tentava limpar o sangue. Passou um pouco de água corrente e secou novamente com o papel.
 

— Esta tudo bem, anjo? — A voz do loiro soou por de trás da porta.
 

— Sim! Já estou saindo! — Gritou, e quando já havia limpando o sangue, abriu a porta do banheiro como se nada tivesse acontecido. 
 

— Bambam vai por pra gente um filme de terror, assim como você gosta! — Falou assim que viu o moreno. 
 

— Jack, espera… — Jinyoung murmurou enquanto pegava na mão do loiro, interrompendo o mesmo de voltar para a sala. O advogado lhe olhou confuso.
 

— Eu preciso te contar alg….
 

— Merda! JACKSON VENHA AQUI! — E interrompendo Jinyoung, a voz de Yugyeom era se ouvida pelo corredor. 
 

— SÓ UM MINUTO! — Gritou de volta. — Perdão, anjo, o que estava dizendo? — Se voltou para o moreno.
 

— Nada, não… era bobagem. Vai lá ver o que Yugyeom quer, já irei logo logo. — Mentiu, forçando um sorriso.
 

Jackson não pareceu perceber, apenas roubou um selinho carinhoso e depois se pôs em direção à sala.
 

Jinyoung deixou seu sorriso morrer, suspirando tristemente. O que pensou? Que iria contar aquilo tudo e agir como se fosse algo normal? Jackson nunca entenderia…