História The Boy and The Wolf - Chapter 13

 Quando nós acabamos de tomar banho já estava bem tarde, já tinha ficado de noite e a Lay e o Bill já tinha chegado em casa, mas o Ronny não. Eu estou agora sentado no sofá de frente para o Eric, enquanto o mesmo faz carinho em minha coxa, eu não tinha percebido antes, mas quando estávamos no banho percebemos que minha coxa estava cortada.

  O corte foi bastante profundo pelo o que parece, eu sangrei bastante e nem percebi, o Eric falou ter sentido cheiro de sangue, mas não imaginava que era o meu. Eu não pensei que um corte profundo e com mais de 10 centímetros na coxa doeria tanto, mas realmente dói muito, parece até que um pedaço da minha coxa está sendo arrancado fora, a dor é realmente dilacerante, ou eu sou muito frouxo mesmo e não aguento nada, isso pode ser uma ipotezi.

  Eu chorei bastante quando percebi o corte e comecei a sentir dor, a dor foi bastante grande de início. O Eric pareceu tão preocupado e ao mesmo tempo apavorado ao me ver chorando de forma constante e com altos soluços, mas logo que eu me acalmei parei de chorar, agora não está doendo tanto já que o Eric passou alguns remédios e colocou uma atadura branca em volta do local, mas pelo o que parece minha perna pode inflamar, então temos que esperar o Ronny chegar, já que ele é enfermeiro e certamente é a pessoa mais indicada a cuidar de mim agora.

    Eu gosto de hospitais... pra ser sincero eu só fui a um uma vez em toda minha vida, já que sempre que eu ficava doente minha mãe chamava um médico particular pra mim, era difícil ela me deixar sair de casa... sempre dizendo que eu poderia ficar doente, que poderia me machucar, ou que alguém poderia me sequestrar. Ela sempre foi bastante preocupada com essas coisa... não entendo o motivo pra que ela ache que todos do mundo queiram me roubar dela e também que eu seja tão frágil assim... tá, tá, eu sou bastante frágil. Mas não tanto assim.

--Ainda está doendo muito, doce? -- Eric perguntou baixinho.

   Ele acaricia minha coxa, mas não muito perto do corte, apenas em volta, me trazendo uma sensação um tanto gostosa e relaxante. Ele faz eu me lembrar do meu pai, da minha casa ele era o único que não feria meus sentimentos nem nada do tipo, sempre foi um ótimo pai mas nunca tentou passar por cima das ordens da minha mãe, e isso me deixava bastante triste... apesar de agora eu querer muito vê-lo.

--Um pouco... sua massagem é boa... -- Sussurrei corado me encolhendo um pouco. Me ajeitei melhor no sofá e o olhei sorrindo.

--Que bom que você gostar, posso fazer quando você quiser.

--O-Obrigado. -- Murmurei envergonhado.

   Logo vi Bill entrar na sala bastante animado e se jogar no sofá ao nosso lado, ele resmungou baixo e se deitou de barriga pra cima, fitando o teto de maneira estranha até.

--O que foi Bill? Tem algo te encontrado? -- Eric perguntou de repente me fazendo entre olha-los.

--Ronny está demorando... será que aconteceu algo? -- Murmurou com o tom de voz preocupado, se sentando corretamente no sofá.

--Não, ele me mandou uma mensagem agora, disse que já está perto de casa. -- Lay comentou entrando na sala também, ele esta com uma xícara nas mãos e trás a mesma até mim. -- Aqui, vai ajudar você a ficar mais calmo.

--Obrigado... -- Sussurrei pegando a xícara da mão da mais velha. Passei meus dedos curtos pela borda da xícara branca de porcelana e sorri. -- Eu amo chá de hortelã.

--Imaginei que sim. -- Sorri para Lay é assoprei o chá, logo beberiquei um pouco do mesmo e gemi satisfeito com o gosto.

--Por que não faz chá pra gente também, Lay? -- Bill resmungou com sua voz em um tom manhoso.

--O Eric não gosta de chá, e você só bebê chocolate quente... por isso que eu não faço. -- Falou simples voltando para a cozinha.

  Sorri baixo vendo Bill se levantar e ir atrás da irmã enquanto resmungava algo com a mesma. Olhei para Eric que sorria me observando e corei levemente, voltando a beber o chá quente devagar. O Eric me deixa bastante nervoso... é estranho. Meu coração começa a bater mais rápido, sinto meu rosto queimar, minhas pernas fixam trêmulas, minhas mãos começam a soar... e também eu sinto um misto de sentimentos dentro de mim. Carinho, confiança, respeito, admiração... e amor. A cada segundo que passa tenho mais certeza que estou completamente apaixonado por ele, e só quero que esse sentimento aumente cada vez mais.

--Você fica tão lindo quando está pensativo. -- Sorri envergonhado bebendo o resto do meu chá e entreguei a xícara para o maior, e o mesmo a colocou na mesinha de centro da sala.

--Eric... -- Falei baixinho. 

    Encolhi meus ombros e me aconchegando no travesseiro que está atrás das minhas costas, como apoio para as mesmas enquanto meu corpo está debruçado sobre o sofá e minhas pernas em cima das do Eric que está sentado.

--Hum?

--Pode me levar até aquele lugar onde tem animas amanhã?... sabe... é tipo uma casinha... tem uma porta e janelas grande de vidros ao lado dela... ai tem alguns animas fofos e macios dentro e...

--Um pet Shop? -- O olhei meio confuso e concordei com a cabeça, mesmo sem ter certeza que aquele era realmente nome do local. -- Nunca foi a um?

--Não... eu vi uma vez pela Internet... mas minha mãe não me deixar ir ver nem tocar em animas... ela diz que eles passam doenças.

--Ela não deixava. Agora ela não está mais aqui... -- Sorri e concordei novamente com a cabeça.

   Eu não devia me senti feliz por isso... afinal é minha mãe, a pessoa que deu a luz a mim e a pessoa que eu acho que mais me ama no mundo... ultimate eu venho achando que o Eric é a pessoa que mais me ama no mundo. Apesar de eu querer muito abraçar minha mãe e meu pai... não voltarei lá até que meu tio esteja naquela casa, não quero mais era machucado por ele, não aguento mais aquilo.

--Desculpe...

--Não, Eric... eu sinto falta dela e do meu pai, mas estou muito feliz de está aqui com você, não mudaria de idéia nunca. -- Sorri para o maior que retribuiu o meu sorriso.

--Certo... então te levarei a um Pet Shop, e também deixarei você escolher um animal para cuidar. -- Falou voltando a fazer o carinho em minha coxa, ele parou de fazer quando comecei a beber o chá.

--S-Serio? -- Perguntei alegre, quase deixando o sorriso em meu rosto rasgar minhas bochechas de tão grande.

--Sim, sim... eu prometo amor.

   Sorri feliz ao ouvir o maior falar e soltei uma gargalhada gostosa enquanto conversava animadamente com ele sobre o que faríamos amanhã. Ele parece querer me ver feliz a qualquer custo... e a cada dia que se passa tenho mais certeza que ele irá me fazer a pessoa mais feliz do mundo, e eu tentarei fazer o mesmo com ele, quero que ele seja muito feliz, e quero que ele seja feliz ao meu lado.