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História The Clash 2 - The Distance, The Overcoming and The Change - Na Mais Profundo Escuridão


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Olá pessoal! Vamos seguindo...

Capitulo narrado pelo: Max

Capítulo 27 - Na Mais Profundo Escuridão


Eu... Eu não aguento mais. — Está muito escuro aqui, eu não vejo nada, eu apenas ouço, posso ouvi-los rir, posso ouvir os seus passos ao redor de mim... Eu não aguento mais. — Ontem no meio da tarde Sarah, Liam e eu fomos sequestrados, desde então eu não vejo mais nada, desde então eu não os vejo. — Não estou vendado, mas estou amarrado a uma cadeira presa ao chão, e estou amordaçado, está tão escuro aqui, que a única luz que consigo ver é quando um pequeno feixe de luz se abre atrás de mim. — Uma porta talvez. — Aqui é abafado, e mal consigo respirar. E como se não fosse o suficiente, a cada meia hora alguém vem aqui tentar me deixar louco, sussurrando coisas nesse escuro, correndo e gritando ao redor de mim... Quando não esboço nenhuma reação, eu apanho. — Eu não aguento mais, eu quero sair daqui, eu quero ir para casa.

 

   Um ranger repentino me assusta. — Esse barulho não foi aqui, foi baixo, foi lá fora. — Me esforço para ouvir seja lá o que for, mas estou tão apavorado que não consigo controlar minha respiração o suficiente para me deixar concentrar em somente uma coisa. — Ouço então um grito, um alto e agudo grito. — Sarah? Eles estão machucando a Sarah?! — Já não possuo mais lagrima para chorar, meu rosto está tão dormente que sinto formigar. Debato-me na tentativa de me soltar das cordas que me amarram, mas cada vez que me mexo é como se as cordas apertassem mais.

 

— Mãe. — alguém sussurra me causando arrepios. — Pai. Pai... — a voz repete em sussurros com certa intensidade na voz.

 

   Repentinamente um holofote acende iluminando uma cadeira giratória em minha frente, a mais ou menos dois metros a minha frente. — Tem alguém ali! — A cadeira se vira vagarosamente. — Não está sendo virada por vontade própria, posso ver uma mão com uma luva girando a cadeira, se escondendo na penumbra da sala. — A cadeira então termina de se virar e revela... A pessoa sentada na cadeira é o meu pai! — Tento gritar, porém é impossível. — Meu pai não está me vendo, mas fica em alerta ao ouvir meus múrmuros.

 

— Vamos deixar as coisas um pouco mais interessantes. — a voz agora já não sussurra mais.

 

   Ouço um novo grito, tão agudo e intenso quanto o anterior. — O que diabos estão fazendo com a Sarah?

 

   Dessa vez um holofote se acende sobre mim, revelando minhas roupas rasgadas, minhas mãos estão amarradas nos braços da cadeira de ferro, a corda está tão apertada que minha mão está muito vermelha. — Meu pai finalmente tenta gritar quando me vê, a mesma mão que o girou na cadeira tira sua mordaça.

 

— Maximilian! — ele me chama. — Você está bem?

 

   Faço que não com a cabeça e choro. — Por favor, alguém nos tire daqui.

 

— Quem é você? — meu pai pergunta irritado. — Apareça covarde!

 

   Repentinamente recebo um soco na barriga.

 

— Pare! — meu pai grita. — Chega! O que você quer? Diga!

 

   Então o silencio volta a reinar aqui. — Estou ficando sem ar.

 

— Maximilian? — meu pai me chama confuso.

 

   Começo a perder o senso da realidade. — Estou tonto, as vozes... As pessoas, eu quero sair daqui, as pessoas são cruéis, me deixe voltar para casa, me deixe voltar para onde eu fico seguro. — Começo a me debater incansavelmente.

 

— Maximilian! — meu pai insiste. — Faça alguma coisa, meu filho está tendo um surto! Maximilian, Max se concentra na minha voz.

 

   Sim... Não, eu estou sozinho, eu sempre estive sozinho, eu não tenho ninguém, eu nunca tive ninguém.

 

— Max respira, devagar. — ele pede. — Por favor, olha pra mim!

 

   Paro de me debater e fico parado encarando o chão escuro. — O que está acontecendo comigo? — Sinto como se nada mais importasse, como se tudo ao meu redor fosse me fazer mal.

 

— Max, não se preocupe, logo ele vai chegar aqui, logo o Jeff vai te tirar daqui, você vai ver! — ele diz com certo irrito na voz.

 

   Jeff. — Seu sorriso de repente surge em minha mente, seus olhos, seu andar... — Pisco fundo, os olhos e desperto como se eu estivesse preso em algum tipo de transe. — Eu não acredito, fazia anos desde a última vez que fiquei desse jeito... Jeff, então você é minha válvula de escape? Você é minha ponte para a realidade? — E meu pai sabe disso?

 

— Você está bem? — ele pergunta preocupado.

 

   Faço que sim com a cabeça e ele respira mais aliviado. — Eu nunca odiei o meu pai, e sempre fiz questão de deixar isso claro. Mesmo ele não me respeitando, mesmo ele querendo que eu cresça a sua imagem, mesmo ele tendo me surrado em frente a minha família quando descobriu que eu sou gay... Eu nunca deixei de amá-lo, pois ele é o meu pai. E eu desejo mais que qualquer outra coisa que um dia possamos nos tornar mais que pai e filho, que possamos nos tornar amigos.

 

   Os gritos de Sarah voltam a ecoar.

 

— O que está acontecendo? — meu pai pergunta.

 

   Os holofotes são apagados, e meu pai provavelmente amordaçado novamente, já que não ouço mais sua voz. — Posso sentir e ouvir... Tem alguém perto de mim. — As cordas que prendem meus braços são cortadas, sou arrastado pelo blazer e levado para fora.

 

   O brilho da luz faz meus olhos arderem. Olho para trás e percebo que estava esse tempo todo trancado em um enorme cofre. — Que lugar é esse? — Olho em volta e vejo caixas, mesas, e algo que me chama atenção, um elevador, com as mesmas inicias dos dá empresa do meu pai. — Eu estou na empresa? — Só então vejo uma enorme jaula no canto inferior esquerdo.

 

— Max?! — ouço a voz de Liam.

 

   O vejo então na mesma situação que eu estava, ele está amarrado em uma cadeira de ferro, ao lado de uma mesa de ferramentas.

 

   A pessoa que me arrasta de repente me solta, corro até Liam, mas o homem encapuzado aponta uma arma para mim.

 

— Max fica calmo. — Liam pede. — Eu estou bem, mas e você? Você está todo machucado.

 

   Finalmente tiro a mordaça, meus lábios estão secos e cortados.

 

— Onde está a Sarah? — pergunto quase sem voz.

 

   Liam vira o rosto, e eu acompanho. — Olho para o homem e ele me permite andar. — Passo por umas caixas, e então vejo uma das cenas mais horríveis de toda minha vida. — O que fizeram com ela? — Sarah está agachada em posição fetal, seus cabelos estão bagunçados, sua roupa rasgada, e sua pele ferida como se ela tivesse sido chicoteada.

 

— Sarah? — a chamo.

 

   Ela se vira para mim e corre para me abraçar.

 

— O que fizeram com você? — pergunto apavorado. — O que fizeram com ela?! — grito virando-me para o homem que continua a me seguir.

 

   Ele irritado volta a me bater.

 

— Max! — Sarah grita em lagrimas.

— Chega! — a voz grave de um homem faz a sessão de golpes terminarem. — Traga-os até mim.

 

   O homem faz um sinal para que Sarah me ajude. — Estou apavorado... O que eles vão fazer? Eles tiveram coragem de torturar a Sarah e a mim, o que pretendem fazer com meu pai e com o Liam? — Voltamos então para onde o Liam estava amarrado, porém assim que chegamos somos surpreendidos por quase dez homens encapuzados, e um deles está segurando o Liam.

 

— Vá! — o homem que o segura grita, libertando-o.

 

   Liam corre até nós.

 

— Vocês estão bem? — ele pergunta.

— Eu quero sair daqui. — Sarah sussurra apavorada.

— Meu pai está lá dentro. — aviso limpando o sangue da minha boca.

 

   Os homens então abrem espaço para que passemos. — Tenho medo, eu quero fugir. — Somos obrigados a andar, e voltar para dentro do cofre, que agora está com as luzes acesas. — Meu pai está ajoelhado no chão, e tem um homem com uma arma apontada para sua cabeça.

 

— Pai! — grito.

 

   Sou impedido de correr até ele.

 

— Maximilian se acalme tudo vai dar certo. — ele diz ofegante, e então olha para Sarah e Liam. — Covarde você teve coragem de torturar essas crianças, você teve coragem de torturar aquela menina!

 

   Meu pai age como se o conhecesse, mas parando para olhar, esse homem tem um rosto familiar. — Ele é branco, da altura do meu pai e provavelmente da mesma idade, tem cabelos pretos, olhos castanhos tão claros que expostos à luz parecem mudar de cor. — Ele me lembra o... Não pode ser!

 

— Você é Spencer Green! — afirmo surpreso. — Você é pai do Robert.

 

   Então é verdade, ele está vivo. — Espera um pouco, então isso quer dizer que...

 

— Você é a G.T? — pergunto surpreso.

— O que? — Sarah pergunta confusa.

— Você é a G.T? — pergunto novamente.

— Surpresa. — ele diz confirmando. — Até que para o filho desse idiota você não é tão burro, Maximilian Miller.

 

   Ouvimos então um grande baque! Sarah e eu corremos até meu pai, assim que Spencer corre para a porta. — Liam parece ouvir algo, e sai de dentro do cofre.

 

— O que está acontecendo? — Sarah pergunta assustada.

— Que merda é essa? — Spencer pergunta parado em frente à saída do cofre.

 

   Durante alguns minutos ouvimos gritos, tiros, e posso jurar que ouvi varias vozes familiares. — Dois homens encapuzados entram no cofre e sussurram algo para Spencer. Um dos homens vem até a gente, me segura pelos braços e me amarra novamente a cadeira de ferro. Sarah e meu pai são colocados no canto inferior do cofre, e vigiados pelo outro homem, que está armado.

 

— Por que está fazendo isso? — pergunto em lagrimas. — Nos deixe ir!

 

   De repente o alvoroço lá fora cessa, e por alguns segundos não ouvimos nada... Até que de repente a porta do cofre se abre. — Dois homens e uma mulher aparecem, sendo essa mulher...

 

— Samantha! — exclamo surpreso.

 

   Os dois homens armados mais Spencer, apontam suas armas para os três, que são obrigados a largarem suas barras de ferro. — Eles vieram desarmados? — De repente então surgem Jasper, Robert, Lucy e Jeff. — O que eles estão fazendo aqui?

 

— Jeff... — sussurro em lagrimas.

 

   Ele, ele veio me salvar?

 

— Sarah! — Jasper grita apavorado assim que vê sua amada ferida.

— Chega! — Spencer grita. — Prendam todos.

 

   Os dois homens encapuzados amarram todos e os colocam juntos a meu pai e Sarah, exceto Robert. — Robert está cara a cara com o homem que julgava estar morto há anos, o homem que um dia chamou de pai.

 

— É você? — Robert pergunta assustado. — Pai?

 

   Um outro homem encapuzado entra no cofre e anuncia que está tudo limpo do lado de fora.

 

— Você é a G.T? — Robert pergunta em lagrimas. — Por quê?

— Tantas perguntas. — Spencer sorri. — Estou feliz em vê-lo novamente, meu filho.

— Seu doente! — Lucy grita. — Encontramos o seu diário.

— Você não tem escapatória. — Jeff diz. — Deixamos pronto tudo lá fora para você ser preso, você não vai sair daqui.

— E quem disse que pretendo sair? — Spencer pergunta. — Estão todos aqui. — ele sorri. — A enfermeira. — ele então aponta para Sarah, que é arrastada para meu lado. — O homem que tentou me matar, e matou minha mulher. — agora ele aponta para Jeff, que também é arrastado para junto de Sarah e eu. — Aquela que sempre soube de tudo, mas nunca impediu que acontecesse. — agora aponta para Lucy, que também é arrastada para junto de nós. — E aquele que não sabe de nada. — ele se dirige a Robert.

 

   Estamos os cinco cara a cara com a ameaça até então invisível, que viemos enfrentando desde que voltei para a cidade... Finalmente estamos frente a frente com a G.T.

 

— O que quer? — Jeff pergunta. — Não acha que isso está indo longe demais.

— Cala a boca Yan, eu não pedi para falar! — Spencer grita.

— Yan? — Jeff murmura confuso.

— Não se façam de idiota, todos vocês me traíram uma vez, eu não vou deixar que isso aconteça de novo.

 

   Um homem amarra Sarah junto a Lucy, e outro amarra Jeff junto a Robert. — Spencer pega uma caixa dentro de uma das gavetas do cofre.

 

— Sabe Paul. — ele se dirige a mim como se eu fosse o meu pai. — Eu esperei tanto tempo por isso.

— Spencer fique longe do meu filho! — meu pai grita.

 

   Um dos capangas de Spencer engatilha a arma e aponta para o grupo que está preso junto ao meu pai, e os ordena que fiquem em silencio.

 

— Fique longe dele! — Jeff grita enfurecido.

 

   Spencer tira da caixa uma maquina, uma maquina de cortar cabelo. — O que ele pretende com isso?

 

— Eu sempre quis fazer isso com você! — ele diz em um sorriso doentio.

— Não ouse tocar no meu cabelo! — grito.

 

   Em um ato de covardia, Spencer soca minha barriga, levanta o meu queixo, e liga a maquina. — Por favor, não! — Com um sorriso macabro no rosto, ele passa a maquina na lateral esquerda do meu cabelo.

 

— Max! — Lucy grita.

— Spencer pare com isso, é a mim que você quer, deixe essas crianças irem! — meu pai insiste.

— Eu vou matar você! — Jeff fica ainda mais enfurecido.

— Pai? — Robert continua incrédulo.

 

   Durante todo o tempo Spencer cantarola uma musica infantil, e por mais que eu grite, chore, implore... Ele não para. — Quando finalmente acaba ele sorri para mim.

 

— Bem melhor. — ele grita me dando um tapa no rosto.

 

   Spencer me desamara e me joga no chão.

 

— Acabou. — ele sussurra. — Eu vou ter a minha vingança.

— Vingança contra o que? — Lucy pergunta. — O que tudo isso significa? Não acha que merecemos uma explicação.

— É verdade, você está certa princesa. — Spencer sorri. — E então Paul, conto você ou conto eu?

 

   Meu corpo todo dói. — Vejo meus cabelos jogados ao chão e me apavoro. — Estou com sangue no corpo, Sarah foi torturada, e meus amigos e meu pai estão correndo risco de vida, mas por quê?

 

— Tá legal, eu conto. — Spencer diz.

— Não! — meu pai o interrompe. — Não faça isso, você vai desgraçar ainda mais a vida dessas crianças.

— Nenhum de vocês vai sair daqui hoje, então nada mais justo partirem sabendo da verdade não é?

 

   Sarah chora desesperada.

 

— Isso chora e grita! — Spencer parece sentir prazer com seu sofrimento. — Enfermeira maldita.

 

   Por que ele insiste em chama-la assim?

 

— Pai, por que está fazendo isso comigo? — Robert pergunta confuso. — O que eu fiz?

— Você? — ele pergunta. — Teve azar, só isso, na verdade todos vocês tiveram o azar de acabar junto, o que facilitou tudo pra mim.

— Você tentou me matar? — Robert pergunta.

— Nunca. — ele diz surpreso. — Eu tentei te proteger de tudo isso, te coloquei na cadeia, mas quem diria que meus maiores inimigos te tirariam de lá. E quando eu finalmente achei que você seria feliz, aquela desgraçada acabou com a sua alegria. — ele aponta sua arma para Lucy. — Você enganou meu filho.

— Eu nunca enganei ninguém. — Lucy diz.

— Você engravidou de outro homem!

— Lucy e eu nunca tivemos nada! — Robert grita. — Se for só isso, então acabe com isso porque eu não me importo mais, nunca houve Lucy e eu e nunca vai haver.

— Garoto ingênuo. — Spencer diz. — Isso não é sobre você. — Spencer agora se abaixa e coloca sua arma na minha cabeça.

— Max! — meu pai e Jeff gritam juntos.

— Eu juro que se você não me matar eu mesmo te mato. — Jeff grita.

— Chega de enrolação. — Spencer reclama. — Vocês querem a verdade não é? Então aqui vai... Dezessete anos atrás minha mulher foi para um retiro de alguma coisa, ela sumiu, e quando voltou estava arrasada destruída... Ela nunca me contou o motivo, até que alguns anos depois eu descobri por acaso, que nunca houve retiro! — ele grita enfurecido. — Ela estava com você o tempo todo. — ele grita para Paul. — Ela estava gravida de um filho seu.

 

   O que?

 

— E na mesma noite em que sua esposa deu a luz, a minha também, o maldito retiro foi para esconder a gravidez de mim. — Spencer diz andando de um lado para o outro do cofre. — Só que aconteceu algo que ninguém esperava, não é? O tão esperado filho nunca chegou...

— Meu Deus. — Jeff murmura.

— O que foi? — Lucy pergunta em sussurros.

 

   Não estou entendendo, aonde ele quer chegar?

 

— O filho de Michelle nasceu morto. — Spencer revela me deixando intrigado. — Desesperado seu pai foi pedir socorro a Jéssica e a Suzy, que convenceram uma enfermeira do hospital a trocar as crianças, a trocar o filho do Paul com a minha esposa, com o filho dele com a Michelle. Leonard ajudou a forjar tudo junto com Yan, achando que eu nunca iria descobrir.

— Espera... Então, então... — Lucy parece perder a fala.

 

   Eu sou esse filho? Estou confuso, eu sou a criança trocada?

 

— O que está dizendo? — Robert pergunta agora assustado.

 

   Só então me dou conta...

 

— Maximilian Miller não é filho de Michelle Miller! — Spencer grita irritado. — Maximilian Miller, é filho do Paul e da sua mãe.

 

   Tudo ao meu redor fica silencioso e escuro. — Pelo menos para mim. — Eu, eu não sou filho da minha mãe, eu não sou filho da Michelle? — Lagrimas finalmente caem dos meus olhos. — Como ele teve coragem de fazer isso comigo, com a gente? Como ele pode fingir esses anos todos nos fazendo acreditar...

 

— Isso é verdade? — pergunto.

— Maximilian, por favor... — meu pai pede.

 

   Eu não aguento mais isso, não aguento mais mentiras. — Meu peito dói tanto. Estou tão confuso. — Empurro Spencer que deixa sua arma cair, pego-a e aponto para ele. — O que eu estou fazendo? Eu só quero que isso acabe, quero acordar e descobrir que estou dentro de um pesadelo. — Viro a arma para o meu próprio peito.

 

— Max para! — Jeff grita.

— Max! — Lucy grita desesperada.

 

   Se eu fizer isso a dor vai passar não vai? Se eu apertar o gatilho todo esse sofrimento vai desaparecer não vai?

 

— E-Eu não aguento mais. — desabo em lágrimas. — Eu não aguento mais! — grito assustando a todos.

 

   Um dos capangas de Spencer tenta vir até mim, mas o mesmo o impede.

 

— Todos mentem pra mim. — digo perturbado. — Todos dizem que só querem me proteger, vamos proteger o Max, vamos fazer do Max a nossa imagem, vamos fazer do Max um homem... Mas eu não aguento mais isso! — continuo a gritar. — Não dá mais, não dá...

— Filho, por favor, para com isso, solta essa arma. — meu pai pede assustado.

— Filho? — repito. — Filho? Sim, eu sou o seu filho.

— Max...

— Por que mentiu pra mim? — pergunto em lagrimas. — Eu não tinha o direito de saber quem é a minha mãe? Você me fez acreditar a vida inteira que a minha mãe, que a Michelle tinha me abandonado quando na verdade nem minha mãe ela era.

— Max, por favor. — Lucy pede. — Olha o que você está fazendo, olha o que está tentando fazer consigo mesmo.

— Não dá mais Lucy. — pressiono ainda mais forte a arma contra meu peito.

 

   Posso estar sendo covarde, desistindo de tudo assim de uma hora para outra, mas eu simplesmente não aguento. — Durante todo esse ano eu fingi ser alguém que não sou, fingi ser um homem forte, um homem de decisões que não se impõe a mais ninguém, alguém que sabe o que quer e segue seu caminho sozinho, mas esse não sou eu... A verdade é que sempre fui dependente das pessoas, para tudo, mas eu não quero mais. — Por minha culpa, todos estão nessa situação agora, por minha culpa a Sarah foi tortura. — Não, eu não quero viver com isso, então se eu tiver que morrer para toda essa dor sumir, que assim seja.

 

— Uma vez você me disse que eu era covarde por fugir de quem eu sou. — Jeff diz chamando minha atenção. — O que você está sendo agora?

— É a coisa certa a se fazer...

— A coisa certa a se fazer é abandonar todo mundo? Fugir e fingir que nada aconteceu? Vai tirar sua vida porque aquele babaca enganou você a vida toda? Michelle é a sua mãe, não importa quem te deu a luz, foi ela que esteve com você a vida toda, foi ela que chorou quando você foi embora, foi ela que sofreu calada por você durante todos esses anos. — ele então grita. — Quem está sendo covarde aqui? Fala Miller!

— Jeff... — Lucy murmura. — Max, chega...

— Exatamente. — Spencer se levanta. — Chega!

— Não! — grito.

 

   Não importa o que digam, não importa o que eu penso, se eu fizer isso à dor e a culpa irá passar, e até mesmo seus olhares sumirão da minha memória. — Fecho os olhos e ouço seus gritos me chamar. — Respiro fundo...

 

   E então um tiro!


Notas Finais


Spencer Green pai de Robert se apresenta com a "G.T"... Mas será que tão simples assim?

Max é filho da mãe do Robert, e com esse final como as coisas seguirão?

Até mais pessoal!


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