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História The Clash 2 - The Distance, The Overcoming and The Change - "Meu Nome é Maximilian Miller". Part.2


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Trazendo a segunda parte do capitulo anterior!

Narração Maximilian

Capítulo 32 - "Meu Nome é Maximilian Miller". Part.2


O horário de aula finalmente chega ao fim. Lucy, Sarah e eu estamos no estacionamento esperando meu motorista, que irá nos levar até a casa do Robert. — Estou nitidamente ansioso.

 

— Hey! — vejo então Jeff correndo em nossa direção.

— Ele sabe que está usando o uniforme da escola, não é? — Sarah pergunta confusa.

— Apenas ignore. — Lucy diz.

 

   Jeff chega até a gente, tira o blazer e coloca dentro da mochila.

 

— Vocês vão para a casa do Robert não é? Rola uma carona? — ele pergunta parecendo apressado.

— “Rola”. — repito em sussurros.

— Não foi você que dispensou o motorista mais cedo? — Lucy pergunta em deboche.

 

   Jeff insiste em olhar para trás como se estivesse sendo seguido. — Nesse exato momento o meu motorista chega, estaciona o carro e caminhamos até ele. Vejo então outro carro aparecendo, é o mesmo carro que trouxe Jeff mais cedo.

 

— Matthew está me irritando com esse negocio de babá. — ele reclama irritado.

— Vem. — digo sorrindo.

 

   Lucy, Sarah e eu nos sentamos no banco de trás, enquanto Jeff senta no banco do carona. — Sorrio quando ele se abaixa quando passamos pelo carro.

 

— Não se preocupe Sr. Johnson. — meu motorista diz querendo rir. — Acho que ele não viu o senhor.

— Até você? — ele pergunta irritado. — Para de me chamar assim.

 

   Seguimos enfim para a residência dos Green, que não fica longe da escola.

 

---//--

 

   Assim que chegamos pude notar que realmente esta acontecendo uma festa, a porta de entrada está aberta, e tem tanta gente, mais tanta gente, que estou considerando voltar para o carro agora e ir embora.

 

— Isso é uma festa normal para ele? — Sarah pergunta. — A escola inteira deve estar aqui.

— Acho que não vou conseguir fazer isso. — digo, dando passos para trás.

— Não seja bobo. — Jeff coloca a mão em meu ombro. — Finge que essas pessoas não estão aqui, você já fez algo assim antes, lembra?

 

   Olho para Lucy e para Sarah, que concordam com ele. — Por que sinto que vou me arrepender de entrar ai? — Entramos os quatro juntos na casa, porém Jeff simplesmente foi carregado por uma garota assim que entrou. — A música esta absurdamente alta.

 

— Eu não estou vendo o Robert? — pergunto gritando.

— Talvez esteja lá em cima. — Lucy supõe.

— Eu não vou subir, vou esperar ele descer.

 

   Percebo então que Sarah também já se misturou. — Que sensação desconfortável.

 

— Eu quero beber. — digo.

— Ótimo, eu também. — Lucy diz aliviada.

— Você está gravida. — digo. — Nada de álcool.

 

   Ela me olha irritada. — Sigo para a mesa de bebidas, pego um copo de alguma coisa. — Não faço ideia do que seja isso, mas cheira como perfume de banana com leite. — Tomo tudo de uma única vez, e encho o copo novamente. — Sinto-me desconfortável por ser o único aqui dentro com mochila, Lucy, Jeff e Sarah deixaram suas mochilas dentro do carro, fui o único a não tirar.

 

— Max é Max não é? Oi Max! — Anna simplesmente surge em meio à multidão.

 

   Por que diabos ela repetiu meu nome três vezes?

 

— Anna? — pergunto confuso. — O que está fazendo aqui?

— Eu morava aqui bobinho. — ela diz sorrindo.

— Morava aqui... — repito em sussurros.

— Eu sou amiga da Melissa. — ela sorri ainda mais. — Vem cá, já conversou com sua irmã, ela está lá na cozinha ajudando a...

 

   De repente vomito nos pés de Anna, que irritada corre daqui. — Okay! Eu não bebia fazia um tempo, isso significa que eu realmente não deveria estar aqui. — Ando um pouco tonto tentando desviar das pessoas, sou empurrado sem querer, caio no chão e fico ali parado. — O que está havendo? Por que não consigo me mover... Alguém, alguém me ajuda! — Começo a ver as pessoas ao meu redor como vultos, vultos esses que parecem querer vir me pegar. — Isso é coisa da sua cabeça Maximilian, você é mais forte do que isso. — Max? — Por favor, pare com isso. — Max? — Pare de chamar meu nome...

 

— Para! — sussurro sentado no chão com as mãos na cabeça.

— Max? — alguém insiste em me chamar.

 

   Sinto a mão quente de alguém tocar a minha, sou levantado e só então percebo que estou sendo ajudado pela Lucy. — As imagens dos vultos desaparecem, e voltam a serem as pessoas dançando pela casa. — Lucy me leva até o escritório da casa, me coloca sentado no sofá e fica parada em minha frente.

 

— O que foi isso? — ela pergunta assustada. — Max você está tomando seus remédios?

— Claro que sim. — minto.

— Max! — ela insiste.

— Eu achei que eu estava melhor. — digo assustado.

 

   Lucy de repente chora e se senta do meu lado. — Eu odeio quando ela faz isso.

 

— Desculpa. — peço. — Eu não vou mais fazer isso, eu prometo.

— Droga Max. — ela diz ainda alterada. — É dá sua saúde que estamos falando, para de agir como uma criança, o que aconteceria se eu não estivesse aqui? Provavelmente você entraria em surto novamente.

 

   De repente as palavras da minha mãe e do Jeff começam a fazer ainda mais sentido em minha cabeça. — Acabei de ter um surto novamente, e dessa vez não foi o Jeff que estava ali por mim, mas sim a Lucy. — Mas e quando não tiver ninguém para me proteger? É isso o que eles estão tentando me dizer não é?

 

— Acho que eu vou embora. — digo. — Não tenho condições de...

 

   A porta do escritório de repente abre, e Melissa Green fica parada na entrada assim que percebe que sou eu que estou aqui.

 

— O que vocês...

— Eu vou procurar a Sarah. — Lucy diz indo até a porta.

— Lucy... — a chamo envergonhado.

 

   Lucy sai do escritório, nos deixando sozinhos. — Meu coração está batendo tão forte, tão forte que mal consigo respirar. — Melissa está usando um vestido preto brilhante com um cinto dourado na barriga, um sapato prata de salto alto, seus cabelos pretos estão soltos, ela está usando franja, seus olhos são de um verde tão expressivo quanto o do Jeff. Ela é linda... E ela é... Ela é minha irmã.

 

— Nossa eu imaginei essa situação tantas vezes na minha cabeça, mas agora que está acontecendo me sinto tão esquisita. — ela diz se sentando no outro sofá, do outro lado do escritório.

 

   Eu não sei o que dizer, na verdade não sei como dizer. — Estou tão assustado e envergonhado, que tudo que consigo pensar é em levantar e correr para fora daqui. — Ficamos os dois em silencio, um olhando para a cara do outro esperando alguém falar alguma coisa. — Qual o motivo disso ser tão difícil?

 

— Eu sinto muito! — falamos ambos.

 

   Então sorrimos. — De alguma forma vê-la sorrir fez todo o nervosismo desaparecer.

 

— Desculpa. — ela pede. — Pode falar.

— É, é que... Eu sinto muito pelo seu pai. — digo ainda intimidado.

 

   Ela olha em direção a porta e joga os cabelos para trás.

 

— Não vou mentir e dizer que não estrou triste com o que aconteceu óbvio que estou. — ela diz. — Mas... Mas mesmo que por pouco tempo eu soube que ele sempre esteve vivo, e que nunca voltou para casa, e quando finalmente deu as caras ele tentou tirar de mim o que eu tenho de mais precioso, a vida e a confiança do meu irmão, do meu irmão Robert. — ela acaba por sorrir no final da frase. — O que importa é que tudo aquilo acabou.

— Sim. — digo. — Melissa... Eu não sei como dizer isso, nem sei o que você está pensando sobre isso também, ou o que o Robert pensa, mas... Eu, eu acho que sou seu irmão.

 

   Lagrimas caem de seus olhos, ao mesmo tempo em que um enorme sorriso surge em seu rosto. — O seu sorriso me faz lembrar o Robert.

 

— Nunca esperei que minha mãe fosse fazer algo assim. — ela diz. — Quero dizer, trair o meu pai, não ter você, não, não era isso é que...

 

   Sorrio. — Ela e o Robert têm o mesmo problema quando vão falar de assuntos sérios, ambos se embolam nos pensamentos, e suas frases quase nunca fazem sentido.

 

— Eu posso te pedir um abraço? — pergunto envergonhado.

 

   Melissa então se levanta e vem até mim, estende sua mão, e quando a toco ela me puxa para ela. — Melissa provavelmente é da mesma altura que Lucy, sua cabeça bate em meus ombros.

 

— Outro irmão mais novo. — ela murmura. — Eu mereço...

— Desculpe pelo transtorno. — peço ainda envergonhado.

 

   Ela simplesmente me dá um soco de leve na cabeça. — Que droga foi essa?

 

— Você é meu irmão agora, membro da minha família, pare de falar comigo como se eu fosse uma estranha.

— Mas você é uma estranha. — digo em sussurros. — Eu mal te conheço.

 

   Melissa sorri para mim novamente. — Então isso é ter uma família composta por irmãos? — De certa forma, me sinto tão bem perto dela agora que sei que ela é minha irmã.

 

— Irmã. — digo em sussurros.

— Disse alguma coisa? — ela pergunta confusa.

— O Robert... Eu queria falar com ele também. — digo me afastando um pouco.

— Ele subiu para guardar umas coisas, acho que se for lá em cima ainda o encontra. — ela diz.

— Acho que não tenho coragem de...

 

   Ela volta a me socar de leve na cabeça.

 

— Você quer parar com isso. — peço já desconfortável.

— Vocês dois eram amigos muito antes de descobrir toda essa história. — ela diz. — Toda aquela amizade simplesmente desapareceu só pelo fato do seu pai ser um idiota e minha mãe uma vagabunda? Ai que horror eu não queria ter dito isso...

 

   Volto a rir dela.

 

— Vou procura-lo. — digo.

 

   Melissa e eu saímos juntos do escritório. — Vejo Lucy nos observando, faço um sinal positivo para ela, e ela sorri aliviada. — Subimos as escadas, e assim que nos aproximamos do quarto de Robert, Melissa me deixa sozinho. — Não sei, mas agora depois de conversar com a Melissa me sinto mais confortável para falar com ele.

 

— Robert eu...

 

   Okay! Acho que estou completamente vermelho de vergonha agora! — Acabei de flagrar Robert e Thammy, ambos pelados na cama dele. — Saio de seu quarto e fico esperando do lado de fora, não demorou muito até Thammy sair completamente envergonhada do quarto. — Volto então para o quarto e vejo Robert já vestido, apenas abotoando sua camisa social.

 

— De-Desculpa por isso. — peço envergonhado. — Eu não queria, é que, é que a porta estava aberta e...

— Relaxa cara. — ele diz se olhando no espelho.

 

   Robert ajeita os cabelos, abre um sorriso para si mesmo e finalmente me encara. — Estraguei tudo? — De repente ele corre até mim e me abraça.

 

— Esperei tanto por isso, desde aquela noite. — ele diz me sufocando no abraço. — Eu tenho tanta, tanta coisa pra falar... Caramba a gente é irmão e...

— Robert...

— Eu sei é muito estranho né?

— Robert...

— Está sem falas né?

— Não consigo, não consigo respirar.

 

   Ele então me solta, abre um sorriso tímido e me coloca sentado em sua cama. — Credo era aqui que ele estava pelado com a Thammy. — Levanto-me.

 

— Eu acabei de falar com a Melissa. — conto.

— Nossa irmã. — ele diz um tanto entusiasmado.

— Sim. — concordo constrangido. — Acho que estou começando a ver tudo isso de forma diferente agora, mas que é uma grande coincidência nós sermos irmãos isso não tem como negar.

— Verdade. — ele concorda. — Imagina... Se você nunca tivesse ido aquela festa no ano passado, a gente ainda seria irmão?

 

   Que pergunta idiota é essa?

 

— Robert, nós sempre fomos irmãos, só nunca soubemos de nada. — digo. — E mesmo se não tivéssemos nos conhecido, continuaríamos sendo irmãos.

— Você é tão esperto irmão. — ele diz me abraçando novamente.

 

   Por que diabos ele está tão animado com tudo isso? — Às vezes sinto que conversar com o Robert é o mesmo que tentar conversar com um recém-nascido, ele sempre vai te olhar com aquela cara de bobo, e no fim fazer alguma gracinha que te deixa envergonhado.

 

— Então independente de tudo o que aconteceu entre nossos pais, e... E tudo aquilo, nós estamos bem, certo? — ele pergunta.

— Certo. — confirmo. — Você é o meu melhor amigo, e eu não poderia escolher qualquer outra pessoa para poder ser meu irmão.

— Literalmente falando. — ele diz sorrindo. — Vamos descer? — ele pergunta.

 

   Abro minha mochila, vejo dentro a caixinha dos colares e a carta de Lily Green. — Não tenho coragem de saber o que tem nessa carta, mas sei que Robert e Melissa tem todo o direito de ler, então... — Entrego a Robert a caixa e a carta.

 

— Isso estava com a minha avó. — digo. — Parece que foi a última coisa que sua mãe deixou antes do acidente.

 

   Em pensar que a mãe dele é a minha mãe, isso me deixa tão confuso. — Robert sorri quando vê o colar, e simplesmente guarda a carta dentro de uma gaveta. — Ele só esta fazendo isso por mim não é?

 

— Esse outro é da Melissa não é? — ele pergunta.

— Sim. — confirmo.

 

   Ele então guarda os colares também na gaveta. — Sinto um clima tenso de repente. — Ele me puxa pelo braço, e juntos descemos para junto aquela multidão novamente. — Robert me deixa e se junta aos seus convidados. — Saio da casa com um sorriso bobo no rosto.

 

— Já vai?

 

   Olho para trás e vejo Jeff vindo até mim. — Agora eu entendo os motivos de não estarmos juntos, entendo de verdade... E também entendo que não voltaremos de uma hora para outra, se é que voltaremos. — Mas eu ainda o amo, definitivamente o amo.

 

— Cumpri meu objetivo. — digo animado. — Falei com eles, Melissa e Robert.

— Seus irmãos. — ele diz.

— Meus irmãos. — digo envergonhado. — Mas foi bom, foi mais fácil do que eu pensei que seria.

— Às vezes você complica demais uma situação que é simples demais.

— Ou às vezes as coisas são naturalmente complicadas, e nós é que achamos que elas são simples demais.

— Não entendi. — ele diz sorrindo.

 

   Vejo que meu motorista ainda está do outro lado da rua.

 

— Boa noite Jeff. — digo. — Até qualquer hora.

— Até... — ele diz apenas me observando partir.

 

   Dói não dói? Fingir não se importar, fingir que você não liga mais para alguém... Ai que droga, às vezes eu só queria jogar tudo para alto e que se dane as consequências! — Caminho ainda sorridente pela conversa que tive com Robert e Melissa.

 

— Tudo bem senhor? — meu motorista, pergunta abrindo a porta do carro para eu entrar.

— Sim. — respondo entrando. — Só quero ir para casa e descansar.

— Como ordenado deixei as coisas dos seus amigos em suas respectivas casas. — ele diz entrando no carro.

— Obrigado.

 

---//--

 

   Quando finalmente chego em casa, sou recepcionado pela minha mãe. — Por que agora fica tão difícil chama-la assim?

 

— Onde estava? — ela pergunta assustada. — Nenhum dos seus amigos atende ao telefone, e nem você o seu.

 

   Pego então meu celular do bolso e vejo...

 

— Trinta e duas ligações perdidas. — leio. — Não acha que está exagerando?

— Exagerando? Max você acabou de sair de...

— Sim eu sei. — digo passando por ela. — Mas mãe, eu só me atrasei por uma hora e meia.

 

   Repentinamente lembro-me da conversa que tivemos na noite passada. — Acho que já está mais do que na hora de eu ter uma conversa com meu pai.

 

— Meu pai está em casa? — pergunto.

— No escritório. — ela diz.

 

   Entrego minha mochila a ela, e vou até o escritório do meu pai. — Não sei bem o que dizer a ele, na verdade só quero oferecer meu apoio, mas eu sei bem que não é só isso que vai sair da minha boca... Eu tenho muito que falar com ele, muito que ainda está engasgado desde a noite do sequestro.

 

— Com licença. — digo abrindo a porta.

— Maximilian? — ele diz surpreso. — Entra.

 

   Cada vez que entro aqui sinto arrepios, sempre me lembro dos gritos de Leonard, o pai da Lucy, durante o sequestro do ano passado. — Sento-me na cadeira da mesa, e fico o encarando.

 

— Pelo visto acabou de chegar. — ele observa. — Onde esteve?

— Fui conversar com meus irmãos, junto com duas ex-namoradas e um ex-namorado. — digo de forma tão agressiva que até eu me assusto.

 

   Ele simplesmente para de digitar em seu notebook, me olha aparentemente irritado. — Eu não queria começar nossa conversa assim, mas toda vez que o vejo só consigo lembrar a forma como me humilhou ano passado, e da forma como ele me enganou a minha vida inteira.

 

— Eu já disse que não quero você se metendo com os Green. — ele diz. — É uma ordem.

— Eu cansei de seguir ordens pai. — digo o enfrentando.

— Acha que pode vir aqui e me enfrentar dessa forma? Eu sou o seu...

— O meu pai. — concluo. — Eu segui seus desejos cegamente a minha vida toda, e o que isso me custou?

— Sem sentimentalismo Maximilian. — meu pai diz levantando da cadeira. — Essa mania de querer ver o lado sentimental das coisas, essa coisa que você faz me lembrar da Michelle e...

— Como? Como eu posso lembrar a Michelle se nem mesmo minha mãe ela é?

 

   Meu pai me dá um tapa no rosto, me fazendo cair da cadeira. — Talvez eu tenha merecido isso.

 

— Típico. — digo levantando. — Quando você percebe que seu único peão já não está mais na casa certa do jogo, você logo ataca na trapaça, ou na violência.

— Você não entende. — ele diz. — Tudo o que está acontecendo, tudo o que vem acontecido...

 

   Ajeito meu blazer e arrumo a cadeira.

 

— Eu vou voltar para a empresa. — anuncio. — Dessa vez não como um estagiário, mas como o seu filho e seu sucessor. Eu vou te ajudar a salvar a empresa, não importa o que eu pense sobre o senhor, ou sobre o que você faz ou fez, eu não vou deixar tudo o que é meu por direito sumir de uma hora para outra.

 

   Ele então começa a sorrir. — Estou tão nervoso, não acredito que estou tendo coragem para enfrenta-lo dessa forma.

 

— No fim você realmente tem o sangue dos Millers. — ele diz aparentemente orgulhoso. — Você não é tão diferente de mim.

— Nem vem. — digo. — Não somos nem um pouco parecidos, você é egoísta, trapaceiro, mentiroso, preconceituoso.

— O orgulho e a ganancia. — meu pai diz. — Você sempre foi cercado de luxo, nunca se permitiria viver sem o mínimo do que tem aqui.

 

   Quanto a isso, eu me envergonho em admitir, mas é verdade... Eu não me imagino pobre, eu não me imagino sem a vida que eu tenho.

 

— Parabéns então. — digo em deboche. — Seus esforços não foram desperdiçados no fim das contas. — vou até a porta. — E não pense que eu me esqueci de tudo o que o Spencer falou antes de morrer. Pai, ou você conta a minha mãe a verdade, ou conto eu, e de uma forma que você irá se arrepender.

— É uma ameaça?

— É um aviso. — digo. — No mais carinhoso estilo Miller de ser.

 

   Abro a porta e saio do escritório. — Corro para meu quarto, e assim que entro me tranco aqui. Tiro meu blazer e minha camisa e sento em minha cama. — Estou ficando com falta de ar.  — Não acredito, não acredito que tive toda essa coragem para falar com ele dessa forma... Talvez, só talvez, eu esteja começando a mudar de verdade.

 

— Se controla Maximilian. — ordeno a mim mesmo.

 

---//---

 

   Os minutos então começam a passar acelerados, assim como as horas. — O dia vinte oito de maio foi bastante trabalhoso para todos nós na escola. — O dia foi basicamente de arrumar tudo para o baile. Já que eu já fui aprovado em tudo esse semestre, estou gastando meu tempo livre ajudando a Lucy na arrumação, já que ela é a presidente do comitê de festas.

 

   E finalmente chega o dia! Hoje é dia vinte nove de maio de dois mil e quinze. O dia do baile de formatura dos veteranos da escola, Sylvester Preparation High School.

 

   Hoje não fui para a aula. — Na verdade acho que ninguém vai. — Estou em casa resolvendo os últimos detalhes da minha roupa, e criando coragem para ir. — Depois do episodio no aniversario do Robert, estou com medo de encarar toda aquela gente no baile.

 

— Preciso de ar. — digo a mim mesmo.

 

   Troco de roupa. — Visto uma camisa polo azul escura, uma bermuda branca e um all star também azul. — Saio de casa para caminhar um pouco pelo condomínio.

 

— Não pega isso desse jeito, idiota. — ouço a voz do Jeff.

 

   Vejo Jeff e outro rapaz andando no outro lado da rua. — Aparentemente o Jeff está tentando ensinar ele a andar na moto. — Tenho a impressão de que já conheço esse rapaz?

 

— Nicholas Jackson!

 

   Jenny surge de repente, e quase me faz desmaiar de susto.

 

— Dezessete anos, pai militar morto em serviço, mãe incendiária quase o matou, estava no mesmo lar adotivo que o Jeff, e agora por algum motivo os dois não se desgrudam. — ela simplesmente me conta.

— Bom dia pra você também Jenny. — digo sorrindo.

 

   Volto meu olhar para os dois. — Por que está me dando essa vontade doida de tacar uma pedra na cabeça desse garoto para ele ficar longe do Jeff?

 

— Nicholas você disse? — pergunto.

 

   É verdade... Ele é aquele garoto que desmaiou no campo da escola. — Ele mencionou algo sobre o Jeff, mas não sabia que eram tão próximos assim.

 

— Vai ficar ai olhando? — Jenny pergunta.

— O que quer que eu faça? — pergunto confuso. — Eles são amigos e...

— Amigos se beijam?

— Eles fizeram o que? — pergunto irritado.

 

   Ando enfurecido na direção dos dois. — Esse tal de Nicholas é gay? E está querendo alguma coisa com o Jeff? O meu Jeff? — Paro de andar assim que chego ao meio da rua, abro um sorriso bobo. — Eu estou com ciúmes. — Mas... Jeff e eu já não estamos mais juntos, não posso criticá-lo por isso, na verdade estou é surpreso por ele ter encontrado alguém... Alguém do mesmo sexo quer dizer, já que ele sempre lutou para fugir do que realmente é.

 

— Cuida do seu irmão. — digo voltando.

— Mas Max...

— Nós somos amigos agora, e eu desejo toda felicidade do mundo e...

 

   De repente lagrimas caem dos meus olhos, e eu simplesmente não consigo controlar a tristeza de vê-lo com outra pessoa.

 

— Max? — ouço então sua voz me chamar.

 

   Enxugo as lagrimas rapidamente. Jeff e Nicholas se aproximam da gente.

 

— Estava chorando? — ele pergunta preocupado. — Esta tudo bem?

— Não foi nada. — minto.

— Max. — Nicholas diz com um enorme sorriso no rosto. — Não sabia que morava por aqui também.

— Você o conhece? — Jeff pergunta desconfortável.

— Nos conhecemos na escola quando ele...

— Eu estava perdido. — Nicholas me interrompe.

 

   Ele mentiu... Ele não contou que o conheci quando ele desmaiou.

 

— Sei... — Jeff murmura desconfiado. — Em todo caso, Max esse é o...

— Desculpa. — digo o interrompendo. — Eu tenho que ir, eu me esqueci de pegar aquilo, aquele negocio lá e... Depois a gente se fala.

 

   Ando apressado me afastando dos três. — Eu não vou suportar isso, não vou suportar vê-lo com outra pessoa. — Tudo bem, eu sempre o vi com outras garotas, mas é completamente diferente. — Eu tenho que aceitar que estamos separados, mas eu achei que ele também estivesse sofrendo tanto quanto eu... Pelo visto sou o único agindo como um bobo, enquanto ele já está por ai andando com esse tal de Nicholas do abrigo militar. — Que raiva!

 

   Volto para casa e assim que fecho a porta de entrada dou de cara com Patrick. — Ele está parado no centro do corredor principal, está usando apenas uma camisa preta escrita “Death Note”, e uma cueca boxer branca. Seus cabelos pretos estão bagunçados, e ele segura na mão esquerda um copo de leite. — Acho que acabou de acordar.

 

— Max? — ouço a voz da minha mãe.

 

   Minha mãe então aparece, e se coloca entre o Patrick e eu.

 

— Bom dia, tia. — Patrick a cumprimenta.

— Patrick suba e coloque uma calça, aqui não é lugar para se andar assim. — ela ordena.

 

   Prontamente, Patrick se vira e vai em direção à escada. — Agora é impossível não é? Patrick e eu jamais seremos amigos de verdade.

 

— Tudo bem? — ela pergunta.

— Eu não preciso que me defendam sempre. — digo sendo rude. — Eu sei me defender sozinho.

 

   Passo apressado por ela. — O que deu em mim para falar com ela dessa forma? — Subo as escadas e assim chego ao meu quarto noto alguém me observando, olho para trás e vejo Patrick me encarando da porta de seu quarto.

 

— Que foi? — pergunto confuso.

— Você vai mesmo ao baile? — ele pergunta curioso.

— Esse súbito interesse de repente? — pergunto. — Vai armar alguma coisa para mim lá? Devo ter...

— Estou preocupado. — ele diz. — Pelo que eu sei você teve outro surto no aniversario do Robert, devo contar isso para os seus pais? Talvez eu deva assim você não sai de casa hoje.

— Como sabe sobre isso? — pergunto. — Na verdade... Não importa! Eu vou ao baile. — digo entrando e batendo a porta do meu quarto.

 

   E mais essa agora, como se eu realmente fosse acreditar que ele se importa comigo. — Eu cansei, cansei das pessoas me fazerem de bobo!

 

   As horas então passam. — Admito que foi lentamente, pois fiquei martelando na minha cabeça minha decisão de ir ou não ao baile, e para piorar tudo não consigo tirar a imagem do Jeff com aquele tal de Nicholas da minha cabeça. — Porém aqui estamos finalmente chegou à noite do baile.

 

   Estou parado em frente ao espelho. — Estou usando uma roupa formal, um terno preto, com uma gravata azul, meus sapatos sociais também são pretos. — Passo a mão em meu cabelo. — Está espetando. — Sorrio para mim mesmo e saio do quarto.

 

— Max! — minha avó exclama a me ver. — está lindo.

 

   Meu pai e meu avô estão sentados no sofá lendo jornal e ambos simplesmente me ignoram.

 

— Onde está a minha mãe? — pergunto.

— Ela precisou sair com o Patrick. — minha avó responde um pouco preocupada. — Mas não se preocupe, logo estarão de volta.

 

   Minha mãe e o Patrick saíram?

 

— Vou indo então. — falo alto para tentar chamar a atenção do meu pai.

— Vê se não demora. — meu pai finalmente fala. — E você sabe que não pode ingerir bebida alcoólica, então, nem chegue perto.

— Entendi. — digo com um sorriso no rosto.

 

   Saio de casa, cumprimento meu motorista e vou até a mansão dos Evans. — Por que estou tão nervoso? Eu já fui aos bailes da escola ano passado não é? Quero dizer, na verdade foi só no de primavera, mas mesmo assim... Não, aquilo não foi legal, e nem mesmo o desse ano. — Acho que tenho algum tipo de carma com bailes.

 

— Boa noite Sr. Miller. — o mordomo dos Evans abre a porta para mim.

— Maximilian. — Leonard vem até mim. — Como está? — ele pergunta em um aperto de mão.

— Bem. — respondo um pouco ansioso. — A Lucy está pronta?

 

   Ouço então o som de estalos. — Abro um sorriso. — Vejo então Lucy descendo as escadas. — Ela está simplesmente linda. — Está usando um vestido azul tomara que caia longo, o vestido possui um véu branco preso aos ombros, está usando luvas que vão à altura de seus cotovelos. Seus cabelos loiros estão presos em um coque despojado, porém ainda com sua franja lateral.

 

— Você está divina. — digo a recebendo com um beijo em sua mão.

— Galante como sempre. — ela sorri corando. — Tenha cuidado para não me fazer me apaixonar por você novamente.

 

   Com esse vestido, fica impossível dizer que a Lucy está gravida.

 

— Minha princesa. — Leonard a abraça sorridente. — Tente se divertir um pouco essa noite, Okay?

— Okay. — ela concorda sorrindo.

— Vamos? — pergunto.

 

   Saímos de sua casa e fomos em direção à limusine branca em frente a minha casa.

 

— Pra que isso tudo? — ela pergunta sorrindo.

— É o nosso primeiro baile. — digo a ela. — Somos os herdeiros do Império Miller, lembra?

— Somos? — ela pergunta. — No plural?

— Seu pai é tão importante na empresa quanto o meu. — digo. — Logo... Você também é uma herdeira.

— Certo, Senhor Miller. — ela diz debochada. — Vamos mostrar um pouco de classe e glamour naquela escola. — ela então sorri.

 

---//---

 

   O caminho todo para escola nós sorrimos e conversamos lembrando os nossos momentos juntos na infância. — Como eu já disse diversas vezes, eu cresci em um colégio interno, eram poucas as vezes que eu voltava para casa, e as poucas vezes que eu voltava, eu me sentia mais solitário do que quando estava na escola, pois meus pais nunca estavam presentes, a única pessoa que vinha até mim, era a Lucy... Minha primeira amiga, minha primeira namorada.

 

   E enfim chegamos à escola. — Lucy e eu descemos da limusine, caminhamos juntos pelos corredores vazios da escola, até começarmos a ouvir o som da música vindo da quadra. — É agora Maximilian! — Assim que colocamos nossos pés na quadra, toda a atenção dos alunos e de alguns professores presente, se voltaram para nós dois. — Na verdade acho que estão só admirando a Lucy.

 

— É a Lucy... — alguém murmura. — Ela está linda.

 

   Definitivamente estão falando dela. — Sinto as mãos de Lucy segurarem as minhas com mais força.

 

— Algum problema? — pergunto.

 

   Vejo então Robert e Thammy. — Okay, acreditem ou não Robert está arrumado! Está usando um terno cinza com uma gravata rosa, enquanto Thammy usa um vestido preto brilhante curto, e todo aquele imenso cabelo está preso em um rabo de cavalo. — Robert está nitidamente encarando Lucy.

 

— De alguma forma me sinto desconfortável. — Lucy diz em sussurros.

— Fica tranquila. — digo.

 

   E a noite começa a se estender, e a chegada dos alunos faz a quadra parecer cada vez menor. — Sarah e Jasper chegaram um pouco depois que nós. Assim como Jeff e Bella, que vieram juntos.

 

   A música de repente para. Os holofotes então vão para o palco, onde nosso diretor está.

 

— Boa noite Sylvester Preparation... — ele se engasga. — Preparation High School!

 

   Todos aqui vibram como se estivessem torcendo por seus times favoritos.

 

— Agora que os votos já estão contabilizados, vamos ao rei e a rainha. — ele diz abrindo o envelope. — E o rei do baile de dois mil e quinze é... Jeff Johnson!

 

   Todos aplaudem e sorriem para ele. — Alguém ainda tinha duvida dessa vitória? — Jeff corre animado para o palco e recebe a coroa do rei. — Só então noto que Nicholas está aqui.

 

— E agora a rainha...

 

   Lucy segura minha mão. — Fico triste por ela não ter sido indicada.

 

— Louise Pryde!

 

   Até então ainda não tinha visto Louise. Ela passa por mim e pela Lucy. — Está usando um vestido roxo, seus cabelos loiros estão soltos. — Ela sobe no palco e recebe sua coroa.

 

— Com vocês, Jeff e Louise. — o diretor anuncia. — Os reis do baile!

 

   Todos vibram com a vitória dos dois. — Fico feliz em ver o sorriso brilhante de Jeff, mas por alguma razão, Louise não parece tão feliz.

 

— Eu queria agradecer a todo mundo! — Jeff grita no microfone. — E a minha incrível namorada... Te amo Bella!

 

   O que? — “Te amo Bella!”. — Como ele pode ser tão...

 

— Fica calmo. — Lucy diz em sussurros.

 

   Pronto, fiquei irritado. — Percebo Jeff me notar em meio a todos, ele desvia o olhar de mim.

 

— Você quer ir embora? — Lucy pergunta.

— Não quero estragar sua noite. — digo.

— Acha mesmo que estou me divertindo? — ela pergunta irônica, encarando Louise.

 

   Acho que Louise percebeu seu olhar, pois simplesmente pega o microfone da mão de Jeff.

 

— Eu não mereço estar aqui. — Louise diz sorrindo. — Mentira! Mereço sim, mas... Há uma pessoa que certamente ficaria perfeita com essa coroa.

 

   Todos olham para Lucy.

 

— Acho que está na hora da dança do rei e da rainha, não é? — Louise pergunta.

— Qual o seu problema? — Jeff pergunta.

 

   Um circulo se abre para dar espaço para o “rei e a rainha” dançarem.

 

— Mas antes... — Louise diz fazendo um sinal de Okay.

 

   Uma imagem começa a se formar no painel branco do palco. — É uma foto, isso me lembra de quando a G.T começou a nos ameaçar.

 

— Meu Deus, Max! — Lucy diz apavorada.

 

   Percebo então todos olharem para mim. — O que estão olhando? — Então volto meu olhar para a foto. — O que significa isso? — Na foto estou eu, beijando outra pessoa... É o Jeff, porém seu rosto foi cortado da foto. E em baixo está escrito...

 

— Maximilian Miller é gay! — alguém grita.

 

   Alguém me empurra de repente, e eu caio no centro do circulo aberto. — Isso não está acontecendo, alguém me diz que isso não está acontecendo! — Vejo Jeff olhando incrédulo e assustado para a foto, e então vejo Louise andando até mim, ela tira a coroa e a coloca em mim.

 

— Parabéns. — ela diz enquanto coloca a coroa em mim. — Acho que está na hora do rei descer! — Louise provoca Jeff.

 

   Jeff! — Olho para ele em cima do palco, todos estão o encarando. — Jeff, por favor, me ajuda! Me tire daqui, me dê a sua mão e diga a todos o que sente e...

 

— E-eu... — ele gagueja. — Isso é ridículo. — Jeff então grita. — Eu não vou dançar com essa bicha, to fora!

 

   Lagrimas caem dos meus olhos enquanto o vejo correr para fora da quadra. — Vejo Nicholas correr atrás dele. — Todos começam a rir de mim, todos estão apontando para mim, me xingando... Me criticando e... Jeff, por favor... — Começa a tocar de repente uma música lenta. — Levanto-me e fico encarando a todos. — Não consigo respirar, eu estou ficando tonto. — Vejo Lucy e Robert vindo em minha direção, mas eles de repente param.

 

— Desculpe, mas eu poderia ter a honra dessa dança?

 

   Todos olham completamente surpresos. — Jeff? — Olho para trás e o vejo, está usando um terno preto sem gravata, seus cabelos pretos estão do mesmo jeito que eu lembrava, de tamanho médico cortado em camadas...

 

— Zac? — pergunto confuso.

 

   Sim, é ele, é o Zac! — Ele simplesmente me puxa, me abraça e me força a dançar no meio de toda essa gente. — Posso ouvir seus xingamentos, suas criticas, até mesmo ameaças... Porém, porém eu me sinto leve, e não entendo o motivo.

 

— Quem é aquele? — Robert pergunta.

— Zac. — Lucy responde. — O antigo colega de quarto dele do colégio interno.

 

   Toda minha vida eu reprimi meus desejos, reprimi meu verdadeiro eu. Talvez pelo meu pai, minha mãe, ou pelo status que tenho de carregar como o herdeiro dos Millers, mas agora acabou... Todos já sabem, não é? E por que ao invés de me sentir destruído e humilhado eu estou me sentindo leve... Como se uma tonelada tivesse sido arrancada dos meus ombros?

 

— Por que está aqui? — pergunto confuso.

— Eu pressenti que estava em apuros. — ele diz sorrindo.

— Você veio por mim?

— Eu não podia deixar você dessa maneira, podia?

 

   Meu coração acelera de repente. — Eu quero chorar, mas não por ter sido exposto dessa forma, mas por não ser o Jeff aqui comigo. Não me entenda mal, estou feliz pelo Zac ter aparecido de repente, mas... Não sei o que dizer, minha mente está uma confusão.

 

— Espere. — digo o afastando. — Eu preciso fazer uma coisa.

 

   Todos continuam a me encarar e a dizer coisas ruins a meu respeito. — Coragem. — Ando em direção ao palco e ajeito a coroa que Louise colocou em mim. Vejo o diretor que está me olhando com cara de piedade, sorrio para ele e pego o microfone. — Olho para todos, respiro fundo e...

 

— Meu nome é Maximilian Miller. — digo.  — Durante muitos anos eu me escondi e me forcei a ser quem eu não sou apenas para agradar pessoas como vocês, porém eu posso afirmar aqui, que não devo ser o único fazendo isso...

 

   Algumas pessoas se olham.

 

— Então obrigado Louise. — digo. — Eu aceito sua coroa.

 

   Algumas pessoas sorriem, outras continuam a me criticar.

 

— Eu sempre tive medo desse momento chegar, mas aqui estamos e adivinha? Eu não estou com medo, não mais... — abro um sorriso. — Então o que querem de mim? Uma confirmação além da foto? Então ai vai... Eu, Maximilian Miller, sou gay! — revelo.

 

   Vejo Lucy, Sarah e outros ali sorrindo positivamente para mim, porém outros ainda falam coisas horríveis. — Acabou? — Não tem mais volta, a partir de hoje eu sou o dono da minha própria vida.


Notas Finais


então, por enquanto é isso...: Max é exposto no baile e quando mais precisou do Jeff, ele nao esteve lá por ele... E agora?

Logo logo eu volto com mais!


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