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História The Crescent - Em tons de preto e vermelho


Escrita por: DryMMBlack

Notas do Autor


Espero que gostem, boa leitura! *-*

Capítulo 21 - Em tons de preto e vermelho


15 de janeiro de 2019 - 06h12min. (POV Maya)

 

 

 

 

Desperto naturalmente, porém com certa dificuldade. Meus olhos vão se abrindo lentamente e eu me movo na cama tentando me encorajar a levantar. De todas as noites movimentadas que tive desde que cheguei aqui na Reserva, essa noite com certeza foi a mais longa de todas e eu não estou falando daquela parte fofinha que foi o momento na praia com Sammuel e os rapazes. Eu tô falando é do que aconteceu depois...

 

 

 

 

Flashback ON (15 de janeiro de 2019 - 02h00):

 

 

 

 

— Vocês sentiram esse cheiro? --- A pergunta veio repentinamente e por incrível que pareça, Paul a fez no mesmo instante em que Sammuel parou de tocar bruscamente seu violão.

 

— Que cheiro? --- Eu questiono inocentemente. 

 

— Não é possível... 

 

 

Jared comenta e Sammuel abandona o violão ficando em pé de imediato, os outros rapazes o seguem enquanto Rachel, Kim e eu nos entreolhamos intrigadas, mas confesso que elas parecem bem menos assustadas do que eu. Que sem saber o que acontece começo a ter aquela sensação de calafrio novamente, e o mais estranho é que Sammuel parece perceber meu corpo reagindo assim e me olha automaticamente.

 

 

— Collin e Brady, levem a Kim e a Rachel pra casa do Billy e fiquem por lá até eu dizer que está tudo bem. --- Sammuel instrui e os rapazes mais novos da matilha fazem como ele diz. Logo ele se move como se notasse algo e volta a falar. — Paul e Jared, vão atrás dele! --- E assim seguem os dois correndo e se transformando em seguida, deixando para trás apenas as migalhas das roupas que vestiam.

 

— E Maya? --- Kim o questiona antes de ir, parecendo preocupada.

 

— Ela ficará aqui comigo, ele não vai levá-la novamente. Nem por cima do meu cadáver!

 

 

Sam a responde, mas sem sequer olhar pra ela. Seus olhos estão fixos em um ponto distante na floresta, mesma direção para onde foram Jared e Paul. Collin e Brady seguem com as meninas e Sammuel me puxa bruscamente, mas eu entendo que é por causa da tensão do momento. Quil e Embry tem a mesma postura de alerta de Sammuel e eu tento questionar mesmo já desconfiando do que seja, mas sou impedida de falar por Sammuel que cobre minha boca com a mão.

 

 

De repente o ruído de um estrondo me sobressalta e ao olhar nessa direção eu vejo algo que me faz estremecer inteira. Um borrão passa tão rápido que quase não sou capaz de notá-lo, mas logo me remete àquele que me levou da casa de Sue e que agora eu sei que tratava-se de um vampiro. Sammuel me puxa um pouco mais me prendendo entre seus braços, eu sinto que o corpo dele está ainda mais quente que o costumeiro e isso me indica que seu lobo em alerta está pronto para se libertar a qualquer momento. Eu não posso dizer que não me preocupo, afinal é claro que com toda essa proximidade se ele se transformar eu serei atingida... Mas agora eu fico mais tranquila por saber que mesmo que ele se transforme no lobo, continua sendo o Sammuel que eu amo.

 

 

— Maya, não sai de perto de mim. 

 

 

Ele o diz e eu assinto tentando forçar meus olhos a acompanhar o que vem a seguir. Os dois lobos alcançam o vampiro e um deles o agarra pelo tronco lançando-o no ar enquanto o outro avança para atacá-lo. O vampiro tenta reagir mas o lobo acinzentado, que pelo que me lembro é o Paul, o impede agarrando-o em seu pescoço.

 

 

— NÃO!!! Não arranquem a cabeça dele, não antes de ele me dar algumas respostas...

 

 

Sammuel instrui os dois que se posicionam com ele entre os dentes, daqui até mesmo eu percebo que qualquer movimento que ele tente fazer, lhe será fatal.

 

 

— Vocês cuidem da Maya pro caso dele escapar, eu vou atrás de respostas. --- Sammuel se dirige aos rapazes e logo volta-se a mim. — Não se preocupe Maya, vai ficar tudo bem... 

 

 

Sammuel toca meu rosto com carinho e segue em direção a eles. O vampiro permanece estático e eu começo a lamentar não ser uma Loba Quileute como a irmã de Seth, isso me ajudaria a ouvir a essa distância o que acontece lá. Ficar daqui sem saber nada da conversa que acontece lá, me incomoda, mas não tenho o que fazer. Vejo que a situação começa a ficar mais tensa através da expressão corporal que Sammuel assume, mesmo à essa distância ele me parece exaltado.

 

 

— Você ouviu o que ele disse? --- Quil comenta com Embry.

 

— É claro que ouvi. --- Embry responde e os dois se entreolham e depois olham pra mim. Eu estranho isso.

 

— Do que vocês estão falando? Porque estão olhando pra mim? --- Questiono intrigada.

 

— Nada ué... --- Mesmo sem ter lá grandes intimidades com Embry, fica nítido pra mim que ele mente.

 

— Ah me fala poxa, eu não consigo ouvir nada e aquela coisa estava atrás de mim de novo. Eu quero saber porque.

 

— O Sam vai te explicar tudo com certeza... 

 

— Mas vocês podem me adiantar o assunto. --- Rebato a afirmação de Quil.

 

— Olha lá, ele tá voltando. 

 

Embry nos alerta e meus olhos vão direto para Sammuel que caminha em nossa direção. Logo que ele se aproxima, pega minha mão. 

 

 

— Vamos embora Maya, eu te explicarei depois. 

 

 

Pisco os olhos sem entender o que está acontecendo, o semblante de Sammuel demonstra sua preocupação e antes que eu tenha a chance de pedir qualquer explicação ele volta a falar.

 

 

— Procurem o Seth e o Jacob, emitam o alerta. Eu entrarei em contato assim que puder. Vem Maya, temos que ir...

 

 

Ele me puxa pela mão e segue comigo apressadamente, logo que ele percebe que eu não sou capaz de acompanhar seus passos, Sammuel estaca e volta-se a mim. 

 

 

— Maya, se afaste, eu vou me transformar e carregar você. Preciso que confie em mim Maya, temos que sair daqui o mais rápido possível...

 

 

Eu assinto e imediatamente dou passos para trás me afastando do alcance do grande lobo negro em que ele se transforma rapidamente. Ele baixa a cabeça e eu entendo nesse gesto o que devo fazer. Me aproximo dele e toco seus pelos sentindo a textura macia na ponta dos meus dedos, ele lança um olhar pra mim que eu sou incapaz de decifrar, ele baixa mais o corpo me dando maior acesso a ele e então eu me movo por cima de suas costas. Me ajeito e o lobo se levanta me fazendo me agarrar a ele pra não cair. Daqui de cima as coisas parecem diferentes, não sei explicar. Eu sinto uma estranha sensação de liberdade quando ele começa a correr pela areia em direção à floresta. Sentir o vento frio tocar meu rosto enquanto eu me agarro como posso nesse lobo sobrenatural é insano, e parando pra pensar um pouco eu nem consigo acreditar no que estou vivendo. É novo, é diferente e é único!

 

 

O rumo que o lobo toma não nos leva para a casa de Sammuel, e eu não faço a menor ideia de pra onde ele está me levando. Seguimos entre as árvores numa velocidade impressionante, mal sou capaz de identificar as casas pelas quais vamos passando em nosso caminho. Até mesmo o grande celeiro escapa rapidamente aos meus olhos e é quando começo a me dar conta da distância que estamos de casa e cada vez aumentando. Pra onde será que ele está me levando? O que será que aquele vampiro disse, para que Sammuel tome essa atitude de fugir comigo assim no meio da noite? Aliás... Porque raios o vampiro voltou a me procurar se tudo já foi esclarecido aos bruxos com relação à minha adoção? Já não foi suficiente aquele teste místico, pra saber que eu não faço parte dessa ordem esquisita, que assassina pessoas em rituais de sacrifício? E eu pensando que estava livre disso, que poderia seguir minha vida em paz e feliz com essa nova fase... A velocidade do lobo diminui e ele muda a direção da sua corrida, eu já nem sei mais aonde estamos. Sammuel para e mesmo com a escuridão da noite, eu vejo uma cabana, ele se abaixa e eu entendo o que devo fazer. Desço e me afasto para que ele volte a forma humana e é quando eu o vejo virar e se afastar. Tento ir atrás dele mas, ele se locomove muito mais rápido que eu, e então eu desisto.  Olho ao redor e só há árvores para todos os lados, a cabana diante de mim é pequena e parece vazia. Pouquíssimos minutos depois a porta da cabana se abre e eu chego a engolir seco, é quando Sammuel novamente em forma humana atravessa a porta vindo em minha direção.

 

— Você me assustou... Como entrou? 

 

— Não foi minha intenção Maya, agora vem, vamos entrar.

 

 

Ele alcança meu antebraço e me puxa por ali, como se eu fosse uma criança sendo escoltada pelo pai. Eu não gosto muito disso, mas entendo que ele o faça pelo nervosismo. Entramos na cabana escura e eu tiro meu celular do bolso acionando a lanterna. Esse pequeno foco de luz num ambiente tão escuro, faz toda a diferença. Olhando ao redor vejo a simplicidade e me surpreendo por não estar no estado lastimável que eu pensei ao olhar por fora. Vejo uma mesa de madeira com quatro cadeiras, uma cama com um baú, também um fogão de lenha e um armário ao lado de uma pequena pia de cozinha. Girando meu corpo percebo uma saliência na parede e direcionando a luz ali, noto um corredor que a pouca luminosidade me impede de ver o fundo.

 

— Que lugar é esse Sammuel? O que está acontecendo, porque me trouxe pra cá? --- Questiono preocupada e isso piora quando o vejo suspirar coçando a cabeça.

 

— Essa cabana de caça era do meu pai, nós costumávamos vir pra cá quando eu era criança. Não sei se você lembra dessas viagens...

 

— Sim, eu lembro vagamente. A titia ficava furiosa quando seu pai sumia com vocês por dias nessas viagens. Eu só não sabia que era em Forks... --- Respondo.

 

— Não estamos mais em Forks, Maya e nem sei quando voltaremos para a Reserva. Por enquanto é mais seguro pra você nós ficarmos por aqui...

 

— Me explica o que tá acontecendo? --- Questiono. — Porque aquele vampiro estava atrás de mim novamente, o que ele quer? As coisas não ficaram claras para os bruxos?

 

 

Crivo Sammuel de perguntas, afinal, só ele pode me dar as respostas que eu tanto preciso nesse momento.

 

 

— Se acalma Maya. Você está segura, eu estou aqui com você... --- Ele vem e toca meu rosto daquele jeito que me faz relaxar automaticamente. — Ninguém vai encostar em você, ok? Não comigo por perto, eu nunca mais vou me descuidar, eu prometo.

 

— Sammuel, por favor, me diz o que tá acontecendo... --- Insisto.

 

— Aquele sanguessuga não veio à mando dos bruxos Maya, não dessa vez. --- Ele me responde e eu fico ainda mais confusa.

 

— Ué, ele veio sob as ordens de quem então? --- Questiono com estranheza.

 

— Quem o enviou foi...

 

 

 

 

Flashback OFF.

 

 

 

*Toc... Toc...*

 

 

Meus pensamentos são interrompidos quando alguém bate na porta. Sammuel salta da cama num pulo e em segundos volta ao seu semblante calmo, de certo reconhecendo pelo cheiro quem está do lado de fora da cabana. 

 

— É o Paul. --- Sammuel se dirige a mim, mas segue até a porta abrindo-a.

 

— Oi, bom dia... --- Paul nos cumprimenta mas com seu tom mais sério.

 

— Se certificou de que não foi seguido e de encobrir seus rastros? --- Sammuel o questiona.

 

— Sim, é claro. Toma, aqui estão as coisas que você pediu... --- Paul responde à Sammuel e entrega a ele uma bolsa grande e uma espécie de cooler. — Está tudo bem por aqui? É só disso mesmo que vocês precisam?

 

— Por enquanto isso já ajuda Paul. --- Sammuel o responde e volta-se à mim. — Aqui Maya, Paul nos trouxe coisas para comer. Você precisa se alimentar... --- Sammuel deixa o cooler sobre a mesinha de madeira e abre a tampa. Eu me ajeito antes de me levantar da cama e vou até lá com o estômago reclamando de fome.

 

— Não tem café, né?

 

Pela cara que Paul faz, percebo que ele se frustra por não ter trazido, me apresso em tranquiliza-lo, afinal ele já está fazendo muito em vir até aqui.

 

— Não tem problema, minha pergunta é que foi idiota Paul. Muito obrigado pelo que você trouxe.

 

Ele meneia a cabeça positivamente.

 

— Eu trago mais tarde, Maya, pode deixar... --- Ele garante.

 

— E então, alguma novidade? --- Sammuel o inquere.

 

— Carlisle está tentando entrar em contato com um possível informante dentro daquele Clã, assim que ele tiver alguma notícia, Jacob nos informará. Ele está é muito nervoso Sam, querendo saber onde vocês estão, disse que quer ver por ele mesmo que a Maya está bem...

 

 

Paul afirma veemente e a menção do nome de Jacob me faz engolir em seco, não quero mais problemas com Sammuel.

 

 

— Não me importa o que o Jacob quer ou deixa querer agora Paul, o importante é nos certificarmos que Maya permaneça segura. A mente de Jacob não é sigilosa naquela casa, Edward vê tudo e quem nos garante que ele não entregaria nossa localização, sob ameaça?  

 

 

— É eu sei disso Sam, mas o Jacob está impossível. Pra vir aqui sem que ele viesse atrás de mim, eu tive o maior trabalhão!

 

— Imagino que sim Paul e eu te agradeço por isso, sei o quanto Jacob, sendo seu cunhado, significa pra você. --- Sammuel toca o ombro dele num gesto de gratidão.

 

— Tudo bem Sam, sem problema.

 

— E o Seth? --- Questiono sem pensar e me arrependo em seguida sob o olhar de Sammuel, mas decido não ceder ao incomodo dele, afinal Seth é uma pessoa que quero muito bem.

 

— Ele ainda não apareceu Maya, já tentamos inúmeras vezes falar com ele pelo celular, procuramos ele nos possíveis lugares onde poderíamos encontra-lo e nada ainda. Sue também não soube nos dizer onde o filho está...

 

 

Minhas sobrancelhas arqueiam ao ouvi-lo. Onde será que o Seth se meteu?

 

 

— Peça ao Collin e ao Brady para procura-lo, a última vez que soube dele, Seth estava na porta da minha cozinha. Que eles começam buscando por lá o rastro dele. --- Sammuel instrui Paul que assente.

 

— E o vampiro? --- Questiono outra vez.

 

— Nós estamos com ele. Sam acha que ele ainda tem informações úteis para dar, então até lá o manteremos vivo, se é que se pode chamar assim....

 

— E ele não revelou mesmo o porquê dos tais Volturi terem mandado ele pra me sequestrar?

 

— Ainda não, mas quando eu saí de lá, Jared parecia estar perto de conseguir arrancar essa resposta dele. --- Paul afirma com um sorrisinho satisfeito.

 

— Eu nunca pensei que existia esse tipo de coisa, já era tão surreal pra mim entender a parte da bruxaria. Agora, Homens que se transformam em lobos enormes? Vampiros? Pior que isso... Clã de vampiros? É demais para a minha compreensão...

 

 

Comento e me sento em uma das cadeiras de madeira.

 

 

— E mulheres... Homens e Mulheres se transformam em lobos enormes. --- Paul me corrige e então me lembro de Leah, que é a quem ele se refere.

 

— Eu sei que é tudo muito novo pra você Maya, mas você se acostumará, eu garanto. --- Sammuel me diz e se volta a Paul em seguida. — É melhor você ir Paul e lembre-se de se afastar daqui o máximo possível antes de assumir a forma humana, assim não partilhará com os outros as imagens da nossa localização.

 

— Deixa comigo Sam... Se precisar de alguma coisa me avise e Maya, mais tarde eu trago as coisas para você fazer o seu café.

 

 

Paul sorri pra mim e em seguida move a cabeça num cumprimento à Sam que corresponde e fecha a porta da cabana assim que Paul

 

 

 

  

15 de janeiro de 2019 - 21h00min.

 

 

 

 

O dia hoje passou mais lento do que o normal. Estamos aqui nessa cabana de caça, sem energia elétrica e sem nenhum dos utensílios e dispositivos que temos em casa, com isso estamos tendo a chance de conversar e interagir bem mais do que teríamos, em meio às constantes interrupções. Seja dos dispositivos eletrônicos, seja dos admiradores de Maya que vivem batendo na porta da minha casa atrás dela, enfim, sem nada incomodando esse nosso tempo à sós.

 

Confesso que ter a atenção dela inteiramente pra mim é algo que me deixa satisfeito, mas ao mesmo tempo, muito tenso. Maya é uma mulher linda, tem um sorriso que tira qualquer Homem do sério. Isso sem falar dos atributos físicos que nunca me passaram despercebido... Mas é aí que mora o perigo, com a atual circunstância, não posso me dar ao luxo de aproveitar de forma mais íntima a companhia dela e isso está me deixando louco. Maya me provoca de todas as formas desde o momento em que Paul saiu e nos deixou a sós, é como se ela quisesse colocar meu auto controle à prova constantemente. É quase impossível resistir à ela e as suas provocações, as vezes sucintas e às vezes nem tanto assim. Nesse momento ela “sossegou” um pouco... Paul trouxe um carregador portátil e ela conseguiu recarregar a bateria de seu celular, ela agora está conversando com sua amiga Jack e isso me permite ter alguns minutos sem ter que me controlar pra não jogá-la nessa cama. Maya parecendo adivinhar meus pensamentos, sorri pra mim mordendo o lábio de um jeito provocante e eu chego a suspirar tentando não ceder à tentação. Afinal, preciso estar atento e preparado para qualquer eventualidade, não posso permitir que minha atração por ela me distraia e acabe facilitando as coisas para os Volturi, caso eles encontrem nosso esconderijo.

 

 

 

 

15 de janeiro de 2019 - 23h00min.

 

 

 

 

Maya adormeceu em meus braços, depois de muitos carinhos que lhe fiz para que ela relaxasse. Ela teve uma crise repentina de choro quando a mesma começou a falar em sua falecida mãe, me pareceu que ela foi invadida por recordações e ela se entristeceu por não poder estar mais com a mulher que a criou com todo o amor que uma mãe tem a oferecer. A ajeito o melhor que posso na cama e a cubro com um cobertor trazido por Paul. O cheiro do café ainda paira no ar, Maya o fez um pouco antes de sua crise e agora dorme sem nem se quer tê-lo provado. Me levanto e vou até o fogão onde a lenha que eu peguei ainda queima em brasa, mantendo o café aquecido. Me sirvo e sorvo um bom gole do líquido negro e quente, que pra mim foi adoçado em excesso, mas já começo a acostumar já que Maya exagera sempre nessa parte. Parado de pé perto do fogão, sinto o cheiro que de certo entra com o vento por baixo da porta. Respiro fundo e abandono o café, saio da cabana sem fazer barulho pra não acordar Maya, pouco depois o encaro.

 

 

— Você tem 2 segundos para desistir e ir embora, eu não vou deixar você chegar perto da Maya!

 

 

Afirmo e ele continua com os olhos fixos nos meus, seu ar é desafiador e aquilo me irrita. Me irrita tanto, que eu nem preciso me concentrar na transformação, ela acontece naturalmente. Logo meu lobo está à postos em defesa de Maya, rosnando e demonstrando sua força que no caso é motivada pelo meu instinto natural de proteção. Os olhos vermelhos que antes me encaravam sem esboçar nenhum tipo de sentimento, agora se aliam ao sorriso debochado que ele me apresenta. Demetri Volturi ergue a cabeça e começa a falar.

 

 

— Tudo poderia ser mais fácil se o incompetente do meu irmão, não falhasse em algo tão simples quanto “arrancar o osso da boca” de vocês, cachorro. E por falar nele, onde está o Nélio? Não me diga que vocês o fizeram em pedaços e atearam fogo nele. Seria até um favor que me fariam, na verdade, eu poderia até ter misericórdia e deixa-lo vivo por isso...

 

 

Rosno irritado e avanço em direção a ele que recua e ri achando que eu não calculei bem meu movimento. Leigo engano o dele....

 

 

— Ah, não faça assim cachorrinho, estou tentando ser gentil já que cheguei antes dos outros. Jane seria muito mais impiedosa, então, seja bonzinho e me entregue a garota. Nós não vamos machuca-la, vamos apenas leva-la para um passeio em Volterra...

 

O tom dele é irônico e ele demonstra claramente sua distração, sendo assim, tendo eu colocado ele exatamente onde eu queria quando avancei nele e o deixei escapar, me apoio nas patas traseiras para um maior impulso, flexiono-as e salto em direção a ele. Abocanho o braço do vampiro erguendo-o o do chão e ao arremessa-lo longe ele é interceptado pelos dentes de Jacob que cravam em seu pescoço separando o corpo da cabeça. O vampiro presunçoso ficou tão focado em me provocar que não foi capaz de detectar a proximidade que estava de Jacob que nesse momento termina de fazê-lo em pedaços.

 

“Depois ateamos fogo nele Jacob, anda, se esconde que os outros estão próximos, sinto daqui o fedor deles...”

 

Afirmo em nossa comunicação mental e Jacob corre por entre as árvores, não demora mais que 5 segundos para que eu veja as capas em tons de preto e vermelho, correndo nessa direção.

 

 

“Paul, venha com os outros pra cá, os Volturi estão aqui!”

 

 

 

 

Continua...


Notas Finais


Até o próximo! ♥


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