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História The Crown - A princesa


Escrita por: Whyyminsuga

Notas do Autor


Oie, alguém ai?
Talvez não, mas se existe deve saber que sou extremamente grata por estar lendo. Obrigada mesmo. <33
Escutem ...Ready for it?
É isto!

Capítulo 4 - A princesa


Acho que a garota a minha frente não esperava que eu fosse aceitar seu desafio, vejo isso em seus olhos surpresos. Jimin me olhou espantado e Jungkook o acompanhou. Senti meu braço sendo puxado levemente, então fitei Jimin com uma sobrancelha arqueada. Ele maneou a cabeça para o lado, entendi seu recado de imediato e me deixei ser afastada minimamente dos demais.

 

— Com licença. — Jimin pediu, me arrastando para onde ninguém nos ouvisse.

 

Os demais assentiram então o maior sorriu minimamente em agradecimento. Ao ficarmos a sós cruzei os braços insatisfeita e o fitei esperando uma justificativa plausível para me afastar.

 

— Escute-me, você tem que voltar atrás e recusar o desafio. — Falou concentrado em minha expressão.

 

— E por que eu faria isso? — questionei.

 

— Ela é mortal, bem treinada desde pequena — a fitou de soslaio. — e você descobriu seu poder a pouco tempo.

 

— Gosto quando me subestimam. Pode dizer que não consigo, provo que está errado. — Sai andando rápido.

 

Voltei para perto dos demais, junto a Jimin que aparenta estar cada vez mais preocupado. O instrutor me fita com entusiasmo, sei que ele deseja me ver sendo humilhada pela loira bem treinada.

 

— Desistiu querida? — perguntou Haylei com um sorriso ladino, puro desdém.

 

— Claro que não. — Rebati, tirando o sorriso de sua face.

 

— Ninguém vai duelar. — Jungkook falou nos surpreendendo, pois até então ele estava observando tudo calado.

 

— Finalmente alguém que pare esse absurdo, espero que elas te escute irmão. — Jimin fitou o mais alto exalando alivio.

 

— O que acha instrutor? — a garota astuciosa perguntou cautelosa.

 

— Acho tolice, tenho certeza que Ízia vai se sair tão bem quanto vossa majestade — fitou Jeon. — Não devemos nos preocupar tanto.

 

— Então que seja feito o duelo — Jungkook consentiu — Mas reze para nenhuma delas sair inconsciente daqui.

 

Sim, ele ameaçou Namjoon sem nenhuma dificuldade, parece que fez algo comum do dia a dia. Por que não estou chocada? Acho que estou sempre esperando atitudes do tipo vindas dessa gente. Espera... Inconsciente?

 

— Vou fazer isso vossa majestade. — Fez uma reverencia mínima.

 

Haylei sorriu vitoriosa ao conseguir a aprovação de Jungkook, em seguida me fitou e apontou com a cabeça o lugar adequado para o duelo, então assenti sem expressão. A segui até onde o piso é colorido, ao chegar uma espécie de campo de força surgiu em nossa volta, com certeza para proteger quem assiste o duelo.

 

Estou começando a me arrepender, sinto que agi de maneira precipitada de todas as maneiras possíveis. Onde enfiei o cérebro na hora que aceitei tal proposta? Não consigo acreditar em minha capacidade de ser cabeça dura. Antes que pudesse pensar em uma maneira de me defender, uma rajada forte de vento veio em minha direção me jogando no chão com tudo, a uns dois metros de distância me levantei sentindo meu corpo entrar em estado de alerta.

 

Fitei a loira, que está sorrindo vitoriosa antes mesmo de vencer. Puxei o ar com força para meus pulmões, sinto o fogo em meu interior, mas não consigo liberá-lo. Ela viu minha dificuldade com a defesa e novamente se aproveitou disso.

 

Ela girou o dedo indicador em direção ao chão, formando um redemoinho em formato de furacão. É pequeno, mas sei a força que tem. Veio em minha direção e, atordoada fechei os olhos esperando que me atingisse novamente, e aconteceu ainda pior, pois o vento se transformou em algo cortante como pequenas facas. Sinto passar pelos meus braços cortando instantaneamente, e o sangue escorre no chão banhando-o de vermelho.

 

Meu grito agudo não a parou muito pelo contrário, a fez aumentar a intensidade do ataque. Haylei gargalha alto como se meu sofrimento fosse sua maior diversão, na verdade acho que se tornou exatamente isso. Ela é tão sádica quanto qualquer Yorks.

 

— Está gostando da surra? — perguntou retorica.

 

Trinquei o maxilar sentindo o ataque ficando cada vez mais fraco, acho que está ficando cansada. Isso é um ponto positivo, pois não aguento mais essa dor agoniante. Usei todas as minhas forças para abandonar o chão, e agora de pé sinto o sangue ficar mais quente junto às outras partes do meu corpo. Levantei os braços no ar sentido algo vir lá de dentro, e em poucos segundos chamas vermelhas tomaram conta do lugar, fiz ir em direção a Heylei a queimando nos braços.

 

Ela gritou me xingando, perdeu a classe, pois não sabe o que é ser derrotada. Seus braços estão em carne viva, assim como os meus, a única diferença em nossos ferimentos é que fogo queima e o ar não.

 

Ela veio correndo em minha direção preparando os braços para um novo ataque, mas ela não contava com a minha rapidez. Libertei chamas ainda maiores, e então suas pernas foram queimadas, a gravidade do ferimento a fez cair no chão gritando.

 

Aproximei-me de seu corpo e a puxei pelos cabelos, obrigando-a a ficar de joelhos no chão quente, recebi grunhidos e pedidos de ‘pare’ mas com a adrenalina pulsando em minhas veias apenas continuei meu ato. Puxei seu rosto fazendo-a me olhar, e então voltei sua frase contra si mesma.

 

— Está gostando da surra? — questionei debochada.

  

Sinto o ódio em seus olhos, mas as queimaduras impedem-na de contra-atacar. Negou em um aceno de cabeça a contra gosto, sentindo que se não se rendesse algo pior poderia lhe acontecer. O escudo de força desceu me fazendo notar que isso não é uma batalha de verdade, é apenas um duelo para testar minha capacidade. Fitei os demais me olhando com certo espanto, acho que até eu mesma não acredito no que acabou de acontecer.

 

— Impressionante, seu poder é incrível. — Namjoon falou, batendo palmas leves.

 

— Lhes mostrei o que consigo fazer quando me subestimam. — Fitei Jimin, que aparenta estar atônito.

 

— Não foi tudo isso. — Jungkook exala arrogância ao falar.

 

— Ela quase fez churrasco de Haylei. — Jimin fitou o irmão com uma expressão de incredulidade.

 

— Sorte de principiante. — O mais velho soltou cruzando os braços.

 

— Eu chamo isso de talento. — Jimin foi cortado pelo instrutor.

 

— Bruto talento extremamente bruto, que vai desenvolver com os treinos. — Namjoon me fitou analítico.

 

— Acho que ela vai muito além. — Jimin acrescentou.

 

De repente a dor incomoda dos cortes começou a sumir, então fitei minhas mãos e braços vendo os mesmos sumindo aos poucos. Espantada olhei para Jimin e disparei:

 

— Meu corpo, está cicatrizando. — Quase gritei.

 

— Isso é normal — riu o mais novo. — Faz parte, qualquer ferimento que não atinja o coração pode ser curado.

 

— Se atingir o coração...

 

— Você morre. — Respondeu Jimin.

 

— Ou perde a capacidade de amar novamente. — Jungkook me fitou com desdém, parece que algo o magoou.

 

Antes que eu pudesse responder o príncipe mais novo surgiu em nossas vistas, com maestria caminha em nossa direção e recebe olhares críticos dos outros irmãos. Isso é algo que estranho totalmente, pois os dois mais velhos aparentam ter uma boa relação, então por que o mais novo é indiferente?

 

— Fizeram uma festinha e nem me convidaram. — Taehyung sorriu sarcástico.

 

— Não há festa nenhuma aqui Taehyung. — Jungkook despejou ríspido.

 

— Nossa que mau humor irmão, posso te perguntar o motivo? — questionou mantendo sua pose de deboche.

 

— Não se faça de desentendido, sabe muito bem. — Jungkook retrucou.

 

Taehyung continuou com um sorriso irônico na face, mas desviou os olhos do irmão e fitou Hailey, a garota agora está se levantando com a ajuda de Namjoon. O mais novo dos irmãos me fitou dos pés à cabeça e voltou a se pronunciar:

 

— Não acredito que essa inferior venceu uma das melhores guerreiras da nobreza. — Despejou com seu jeito prepotente.

 

Com a adrenalina ainda correndo em meu corpo o fitei seria, sem me importar com meu plano abri a boca e o enfrentei.

 

— Se quiser posso fazer o mesmo com você. — Fitei seus olhos, mas não esperava pela risada que ecoou pelo local.

 

— Acha que eu teria pena de você? — perguntou ainda com um sorriso presunçoso na face.

 

— Não preciso de sua piedade. — Falei rapidamente.

 

— Então vamos duelar, mas no próximo treinamento. — Disse alternando o olhar entre mim e seu irmão mais velho.

 

— Certo. — Concordei sem vacilar.

 

— Você é muito mal educada — fitou os irmãos. — Tratem de educar sua cadelinha antes que nosso pai a ponha no quintal.

 

— Está passando dos limites. — Jungkook o fitou inexpressivo.

 

— Que seja, vou indo. — Deu as costas indo embora.

 

Logo o mais novo sumiu de nossas vistas, então me permiti respirar mais aliviada. Fitei os demais, que ao que me parece também detestam ter que conviver com Taehyung.

 

— Irei levar Haylei até a enfermaria, os ferimentos dela estão demorando para cicatrizar. — O instrutor se pronunciou, apoiando em si a princesa quase desmaiada.

 

— Oh, quer ajuda? — Jimin perguntou prestativo. — São muitos degraus até lá.

 

— Vou aceitar vossa ajuda, alteza. — Namjoon abaixou a cabeça minimamente em sinal de respeito.

 

— Nos vemos depois — me fitou com sorriso suave. — Até mais.

 

— Até.

 

Eles saíram carregando o corpo da garota quase inconsciente, pois a mesma está bastante debilitada. Observo as silhuetas sumirem de vista junto ao mais velho, que permanece em silencio. Virei-me ficando de frente para Jungkook e, levei um pequeno susto por não saber que estava tão próximo assim. Suas mãos estão atrás do próprio corpo, o tronco reto demonstra o quanto tem uma postura impecável.

 

— Acho que o treino acabou... — Falei obvia, recebendo um aceno como confirmação.

 

— Pelo visto fiquei encarregado de te ensinar algumas coisas. — Falou pensativo.

 

— Que coisas? — franzi o cenho, confusa.

 

— A insinuação de Taehyung sobre você ser mal educada não foi à toa. — Disse simplista.

 

— O que? — fiquei incrédula.

 

— Colin não suporta pessoas sem modos, e você Ízia não possui nenhum.

 

— O que quer dizer com isso?

 

— Vou te ensinar nosso modo de vida.

 

Isso é muito fácil, aprendi a ver como são desde que nasci. Seu modo de vida é uma riqueza extraída dos que estão lá em baixo. São egoístas e maiorais, as outras pessoas simplesmente não existem aos seus olhos.

 

— Pensei que como futuro rei você fosse mais ocupado. — Desdenhei.

 

— E sou, tenho muitos compromissos — rebateu. — Mas hoje é o seu dia de sorte, pois tirei o dia de folga.

 

— Quem te autorizou a isso? — ironizei.

 

— Eu, como futuro rei posso tomar decisões.

 

— Que seja, por onde começamos?

 

— Sabe dançar? — questionou.

 

— Serio isso? — ri. — Claro que não.

 

— Vá para o seu quarto, creio que já saiba o caminho. A noite depois do jantar nos encontramos no jardim.

 

— Para que? — arqueei uma sobrancelha.

 

— Se puderes parar de matracar lhe agradeço. — Bufou impaciente.

 

E então ele deu as costas e saiu andando em direção aos outros, mas antes de sumir de vista virou-se em minha direção parecendo ter se lembrado de algo.

 

— Antes que me esqueça, é bom você começar a ler sobre etiqueta.

 

E então ele virou-se, dando-me as costas novamente e foi embora. Este príncipe deve ter um distúrbio serio de humor, como alguém consegue ser irônico num instante e no outro sério como um general? Ou pior, parece que quer realmente me ajudar, mas não irei cair nessa.

 

Ele deve se beneficiar de alguma forma me ajudando, eu só não sei como. Deve ser para sustentar apenas as mentiras de seus pais, eu sou uma dessas mentiras. Uma nobre, que de nobre não tem nada. Movi meus pés começando a sair da arena, trilho meu caminho de volta por onde vim, aliás é minha única opção. Não conheço outro rumo, e gostaria que estivesse me referindo apenas a saída. É muito mais do que isso.

 

Passei pelo jardim quase correndo, as roseiras ficam mais distantes a cada passo que dou em direção as duas grandes portas, essas levam a um dos grandes salões que existem neste palácio. Mais um exagero ostentativo da nobreza, tão sem nexo. Arrepia-me saber que para eles viverem num lugar como esse porque ‘inferiores’ tiveram que construir, ganhando migalhas em troca. Nojo desses Yorks é o que sinto.

 

Subo as escadas tão depressa que meus pés quase não tocam os degraus banhados pelo longo tapete vermelho. É como se chegar ao quarto fosse o maior objetivo da minha vida, quando na verdade não é. Eu só quero me isolar, me manter distante dessa gente o máximo possível.

 

O vestido rasgado e sujo atrapalha minha trajetória, mas não tanto quanto esses sapatos de saltos. Coloquei mais força em minha perna direita para subir mais uma remeça de degraus, mas acabei me enrolando num pedaço de tecido solto, resultando num belo tombo.

 

Fui ao chão tão rápido que sinto apenas a dor do impacto de meus glúteos contra o chão. Levantei a cabeça fitando uma porta, que na vinda não havia visto, até então tudo me parece normal. A porta se abriu me assustando então levantei rapidamente me recompondo de imediato, mas tenho certeza que não estou nada apresentável.

 

— Olá. — Acenei em direção à garota de cabelos negros.

 

— Olá... — abaixou a cabeça envergonhada.

 

Ela aparenta ser mais nova que eu, mas não muitos anos. Talvez tenhamos a mesma idade, mas os anos me atingiram com mais facilidade pela forma como fui exposta ao sol e outros fatores. Quanto a ela, com vestes e uma postura ereta digna de uma Yorks, que denunciam que é nobre desde que nasceu nunca teve que sair do conforto.

 

Sei que não deveria ser amigável com ela, mas tem algo em sua face que expõe o quão diferente dos outros é. Tem algo em seu corpo magro e delicado que a torna frágil, oposta aqueles vermes arrogantes e sem coração.

 

— Como se chama? — perguntei cautelosa.

 

— Débora, mas pode me chamar de Debi, se quiser. — Falou ainda tímida.

 

— Poderia te dizer que é um prazer te conhecer, mas está mais para alivio. — sorri fraco. — Me chamo Ízia.

 

— Digo o mesmo Ízia — aproximou-se, olhando para os lados. — Sei algumas coisas sobre você.

 

É como se ela tivesse medo de ser flagrada fora do quarto comigo, confusa analisei melhor sua expressão corpórea. O vestido lilás se destaca sobre a pele pálida da menor, mas também há uma pequena marca roxa em seu braço e ela ganha vida de forma negativa. Seus ombros que lutam contra o desejo de se curvar demonstram o quanto ela batalha contra uma dificuldade em seu interior.

 

— Se sabe sobre mim, então também deve saber que sou uma prisioneira aqui. — A fitei analisando sua expressão.

 

— Sei sim, mas não se preocupe eu também sou.

 

— Como assim? — perguntei confusa.

 

— Não posso ficar fora do quarto sem autorização. — Deu as costas atravessando a soleira da porta.

 

Persistente a segui, entrei no quarto e fechei a porta rapidamente. Ela sentou-se na cama grande e confortável fitando o chão com uma tristeza notória estampada em sua face.

 

— Quem é realmente você? — questionei sentando-me ao seu lado.

 

— Sou filha do rei e da rainha, sou uma princesa. — Revelou me deixando atônita.

 

— Mas eu achei que eles só tivessem três filhos, por que ficas nas sombras? — questionei desacreditada.

 

— Porque sou filha adotiva, e eles não querem que o mundo saiba da minha existência. — Deixou uma lagrima escapar.

 

Finalmente compreendo a situação de Debi, ela se sente prisioneira dentro de sua própria casa. Não imagino o quanto isso é difícil, pois sempre tive uma família amorosa. Essa garota não tem país, ela tem monstros que fingem querer o melhor para ela.

 

— Sinto muito... — Perdi as palavras no ar.

 

— Não sinta, estou acostumada com o meu destino.

 

— Você quem faz seu próprio destino. — Falei firme.

 

— Gostaria que isso fosse verdade. — Sorriu triste.

 

— Então faça se tornar.

 

Ela não disse mais nada apenas me abraçou forte, demorei alguns segundos para retribuir, pois não esperava tal ato. Acho que plantei a semente da esperança em seu coração conformado. Sinto-me bem por isso, pois comodismo não é próprio para uma prisioneira.

 

— Eles sempre me mantiveram o mais longe possível de seus verdadeiros filhos, acho que não se consideram meus pais.

 

— Mas você só os conhece assim, então os considera. Deu-lhes um título que não merecem. — Acrescentei.

 

— É exatamente isso, por isso fico feliz com a sua chegada, apesar das circunstâncias. — Me fitou contente.

 

— Eu não posso te dizer que estou feliz por estar aqui, mas posso te dizer que fico feliz por ter te encontrado. — Sorri fraco.

 

— Eu entendo que a vida aqui para você deve ser mais difícil, pois já teve liberdade.

 

Apenas assenti sem ter o que dizer, sinto que minhas palavras não podem descrever o quão horrível tem sido ficar aqui, cada célula do meu corpo implora pela liberdade.

 

— Como consegue ficar tão reta? — brinquei quebrando o clima tenso.

 

— A minha professora era muito rígida, confesso que quando era criança aprender etiqueta me dava sono. — Riu.

 

— O que acha de me ensinar? — questionei mordendo a ponta da língua.

 

— Acho uma ideia esplêndida, mas por que quer aprender isso? — ela sorriu.

 

— Obrigação. Tenho que aprender para agradar vossas majestades. — Revirei os olhos.

 

— Então, o que acha de começar agora? — perguntou tímida.

 

— Não tenho nada melhor para fazer mesmo. — Dei de ombros.

 

— Ótimo!

 

                                                                                                 (...)

 

Que treino peculiar este, que passei a tarde inteira praticando, acho que minha mente absorveu tudo o que Debi disse sem problemas, pois sua voz suave ainda preenche meus ouvidos. Ela parou de falar quando conclui a lição com os livros, que ela gentilmente me fez ler e em seguida coloca-los na cabeça.

 

— Acho que aprendeu o básico, está ótimo por hoje. — Sorriu satisfeita.

 

— Sua aluna progrediu então? — brinquei.

 

— Com toda certeza, seu diploma se aproxima.

 

— Obrigada. — Agradeci.

 

— Nossa, minhas aulas estão surtindo efeito — admirou-se. — De nada.

 

— Não seja tão convencida. — iria tocar seu braço, mas parei meu ato quando notei que iria machucar sua mancha roxa.

 

— Não é nada... — Ela notou meu olhar fixo em seu hematoma.

 

— Quando se sentir segura o suficiente, conte-me. — Falei tentando desmanchar o constrangimento.

 

Uma batida na porta foi o suficiente para nos assustar, olhamos uma para a outra com os olhos arregalados. Apontei meu dedo para si, gesticulando que é para ela falar. Sinto o nervosismo me preenchendo aos poucos, não por estar claramente me arriscando ao estar aqui, mas sim por estar arriscando Debi.

 

— Pois não? — perguntou com a voz tremula.

 

— Está na hora do jantar senhorita. O rei ordenou que lhe chama-se. — A voz de uma criada aleatória atravessou a porta chegando aos nossos ouvidos.

 

— Estou indo. — Respondeu aliviada.

 

Soltei o ar que nem sabia que estava prendendo. Aos poucos sinto o alivio se espalhar por cada parte do meu corpo, pois nos safamos. Agora preciso ser ágil e voltar ao meu quarto, para fingir que passei à tarde lá. É sobre manter minha nova amiga a salvo, então não posso falhar. Por um segundo imagino-me salvando-a e isso me dá esperanças.


Notas Finais


Eu não vou fingir que não estou triste com o desempenho dessa estória, sim o motivo é a falta de comentários, eu não quero ser chata mas é muito difícil continuar sendo ignorada. Porém isso não vai me parar, então eu peço com todo o coração que interajam se possível. Um comentário me deixa extremamente feliz...


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