História The Cupid - I'll kill you. - Capítulo Extra.

Minhas mãos suavam frio.  

Após tanto tempo juntos a Sammy, e por tudo que passamos, mesmo assim não havíamos casado, o que me incomodou. Então, eu decidi fazer o pedido de casamento. Fala sério, estamos em pleno século vinte e um, uma mulher pode fazer o pedido sem que isso soasse estranho. 

Leni e Cameron cuidariam de Mary e Frank, na nossa casa. A melhor ideia que eu tive foi comprar aquela casa. Era mais afastada do centro da cidade, havia piscina e mais paz. Meus filhos cresceriam sem aquela pressão do centro da cidade, e poderiam tentar ter uma infância normal, como brincar na rua, em casa com seus brinquedos, correr a vontade e ir a parques. 

Meu plano era pedir Sammy em casamento como acontecia nos filmes, em um restaurante, a luz de velas, pedir um vinho e a aliança vim na taça. O típico pedido de casamento clichê... Mas infelizmente, nada foi como o planejado. 

— Vo- você está terminando comigo? — Perguntei, com lágrimas nos olhos. 

— Me desculpa. — Ele respondeu. — Isso não está mais dando certo. — Ele fala, e suspira. 

— Você não me ama mais? — Pergunto, e relutante, ele balança a cabeça em negativa. 

— Tem outra pessoa? — Pergunto, e as lágrimas começam a descer pelos meus olhos. — Tem outra pessoa, Samuel? — Pergunto, de novo, já que ele estava demorando a responder. 

— Sim, tem outra pessoa. — Ele responde. 

— Você me atraiu? — Pergunto, e tento parar de chorar, mas a dor é muito grande. Sammy não responde, e assim sei que já tenho a minha resposta. — Você podia não me amar mais, mas não precisava me trair. — Falo. — Você não pensou em mim? Não pensou nos nosso filhos? Na nossa família? — Pergunto. 

— Meu amor por ela foi mais forte. — Ele responde. 

— Meu Deus, não acredito que você disse isso. — Falo, e me levanto.  

Vou até o garçom que havia me servido a água e o vinho, e o pago, ele fica confuso por me ver chorando, mas mesmo assim encerra a conta. 

Saio do restaurante, e entro no meu carro. Me encolho no banco e despejo a chorar. Vejo Sammy sair do restaurante, e ele falava com alguma pessoa no telefone, vejo que ele sorri e meu coração despedaca. Com certeza deveria ser a garota que ele estava apaixonado. A garota que o fez quebrar meu coração e destruir meu coração. 

— Chego em alguns minutos. — Foi o que consegui captar dele, enquanto ele passava na frente do meu carro, e logo indo em direção ao seu. 

Quando ele saí do estacionamento do restaurante, se possível, eu choro ainda a mais. A dor é tão grande que tenho medo que ela possa me matar. Quando uma pessoa sente muita dor, ela desmaia, acho que no meu caso seria o diferente. Não era possível sentir uma dor como aquela e continuar vivo. Morrer por causa de um coração quebrado, que tragédia. Eu realmente esperava que o motivo da minha morte fosse algo menos lamentável. 

Alguém bateu na janela do meu carro, e eu levantei meu rosto para a pessoa. Era o garçom. 

— Eu esqueci de pagar alguma coisa? — Pergunto, e ele levanta a taça de vinho e duas taças. 

— Pensei que você iria gostar de terminar de tomar seu vinho. — Ele responde. 

Saio do carro e o sigo até um banquinho, ele abre o vinho e o coloca nas duas taças. 

— Sua namorada não briga de você beber com uma estranha? — Pergunto, e ele faz uma careta. 

— Meu namorado é de boa. — Ele responde, e sorri. Pego a taça de suas mãos e a viro de uma vez. — Vai com calma, ruivinha. — Ele fala, e eu despejo a chorar muito. — Porra, ele devia te chamar assim. — Ele diz, e tenta me acalmar. — Se eu pedir com jeitinho, você para de chorar? — Ele pergunta, e eu rio fraco. — Nunca sei o que fazer quando uma mulher começa a chorar. 

— Desculpa. — Falo, e enxugo meu rosto com a palma da mão. 

— Tudo bem, você acabou de ser chutada. — Ele diz, e enche minha taça de novo. Começo a chorar, novamente, e mais alto dessa vez. — Caralho, mas eu só falo merda. — Ele diz, e me abraça. — Vai ficar tudo bem, moça. 

— Obrigada. — Falo, e ele me solta. 

Terminamos de beber o vinho, e me sinto um pouco tonta. O tal garçom conversou muito comigo, e me deu muitos conselhos o que me fez esquecer tudo o que estava acontecendo. Não falei pra ele que estava me sentindo um pouco tonta, tive que mentir que estava bem para que ele me liberasse. Peguei seu número e finalmente descobri seu nome, ele se chamava Ethan. 

Ligo o carro, e dirijo em direção a minha casa. Estava tudo escuro, e só então vejo que já se passava das duas horas da manhã no meu relógio, e arregalo meus olhos. As crianças já deveriam estar dormindo. Entro na casa de fininho, e largo meus sapatos e bolsa no chão. Eu estava meio bêbada, não ligava pra isso agora. 

— Caralho, Matthew, eu estou preocupado! — Ouço Sammy dizer alto, e adentro a sala. 

Eu estava destruída. O rímel todo borrado, e toda descabelada por ter vindo com a janela aberta.  Encarei Sammy no meio da sala, todo vestido de branco e minha cabeça deu um nó. Vi rosas brancas espalhadas por toda a sala, havia velas iluminando o local, e outras coisas que eu não dei atenção porque estava confusa demais. 

— O que diabos está acontecendo aqui? — Pergunto. 

— Bom, era pra ser um pedido de casamento, mas você atrasou e provavelmente vai me matar. — Sammy, responde. 

— O quê? — Pergunto. 

— Ruivinha. — Ele diz, e se aproxima mais de mim. — Tudo o que disse no restaurante foi mentira, não há e nunca haverá outra pessoa, eu te amo demais. Eu te amo tanto que não consigo descrever em palavras. — Diz, e sorri. 

— Eu vou matar você! — Falo, e Sammy arregala seus olhos. 

— Eu falei que ela ia ficar brava, Matthew. — Sammy diz, e corre. 

Começo a correr pela casa atrás dele, o xingando de todos os nomes que eu lembrava. 

— Amanda, calma. — Ele diz, chegando perto da piscina. 

— Não quero me acalmar, quero matar você. — Falo e o empurro para dentro da piscina. 

 Horas de salão de beleza, horas em um shopping escolhendo o vestido perfeito e planejando aquela noite pra ele fazer isso. Pulo dentro da piscina, e tento subir em cima dele para afoga-lo, mas Sammy nadava melhor que eu. Ele me ergueu, me jogou mais pro fundo, onde sabia que eu não dava pé e ficaria em desvantagem, porque não nadava muito bem. Sinto braços me envolverem e me debato. 

— Aquieta, mulher. — Ele diz e segura meus braços, e começa a rir. Tenho vontade de soca-lo. — Casa comigo? — Ele pergunta, sorrindo e eu paro de me debater para checar se eu havia ouvido direito. — Eu amo você. 

— Vai se fuder. — Falo, e tento nadar pra longe, mas ele me segura e me coloca contra a parede. — Samuel, eu estou muito brava mesmo, quando eu sair daqui e reconquistar minha vantagem, eu vou dar na sua cara. — Falo, e ele sorri. 

— Então não saia. — Ele diz e me beija. 

Quando ele me beija, mesmo relutante, minha raiva se esvai. Porque beija-lo tem que ser tão bom? Eu o odeio. Odeio seu beijo. Odeio seu sorriso. Odeio seu cabelo. Odeio seu perfume. Odeio ele ser tão bonito. Odeio seus lábios. Odeio suas mãos. Odeio as sensações que ele desperta em mim. Odeio quando ele faz amor comigo. Odeio quando ele faz sexo selvagem comigo. Odeio sua risada. Odeio seus olhos castanhos. Odeio ama-lo tanto. Odeio não conseguir odiá-lo, nem mesmo por um minuto... Ou sequer um misero segundo. 

Envolvo minhas pernas em sua cintura, e meus braços em seu pescoço e o puxo para mais perto. Puxo seu cabelo quando ele morde meu lábio, e ele aperta minha bunda com força. 

— Não. — Falo, e ele me encara. 

— Não? — Ele pergunta, confuso. 

— Não vou me casar com você. — Digo. — Você não casou comigo, então eu não vou casar com você. — Falo, e ele sorri. 

— Eu me aceito casar com você, ruivinha. — Ele diz, e sorri. — Aliás, você ficou gostosa pra caralho, com esse vestido. — Diz, e me dá um selinho. — Quero arranca-lo. — Sussurra no meu ouvido, e eu mordo meus lábios. 

— Odeio você. — Falo, e ele sorri. 

— Você me ama. — Ele fala. 

— Te odeio. — Falo. 

— Me ama. — Ele diz contra os meus lábios, e me dá mais um selinho. — Diga que me ama. — Ele pede. 

— Não. — Respondo. 

— Diga. — Ele sussurra no meu ouvido e começa a beijar meu pescoço. 

— Não. — Repito. Fecho meus olhos, e ele morde o meu pescoço. Me fazendo suspirar.  

Uma de suas mãos se dirige até minha calcinha, e seus dedos começam a estimular meu clitóris. Cravo minhas nas costas de Sammy, e gemo seu nome. Ele se arrepia. 

— Diga. — Ele sussurra, e me penetra com dois de seus dedos. 

— Eu amo você. — Falo, em meio a gemidos. 

— Mais alto. — Ele manda, e eu mordo meus lábios evitando um gemido alto. 

— Eu amo você! — Falo, mais alto e Sammy me penetra com mais um dedo, e volta a beijar meu pescoço. 

Puxo seu rosto em direção ao meu, e o beijo para abafar meus gemidos. Mordo seu lábio com força quando estou quase chegando ao meu ápice, e logo Sammy morde meu lábio. Gozo em seus dedos, e Sammy me beija para abafar meu gemido alto, que poderia mais se classificar como um grito. 

— Teremos que trocar a água da piscina. — Ele diz,  e eu rio. — Você ainda não me respondeu. 

— Como assim? — Pergunto. 

— Casa comigo? — Ele pergunta, e eu sorrio. 

— Sim. — Respondo e o beijo.