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História The Cure - Jikook - 58


Escrita por: AP_Moura

Notas do Autor


Acho que vocês já devem estar acostumados com o troca-troca de capas que eu faço, mas perdoem a autora ela tem problemas com capas kkkkkkk

Boa leitura <#

Vocês vão entender no final a foto

Capítulo 59 - 58


Fanfic / Fanfiction The Cure - Jikook - 58

x-x Jungkook x-x 

 

  À medida que o tempo passava eu tinha mais certeza que deveria estar dormindo. 

  Meu corpo clamava para descansar. Eu já não suportava sentir o gesso pinicando minha pele como se formigas estivessem forrando a tala, constantemente eu sentia a vontade de dar tapas para poder coçar, mas me impedia antes de fazer isso. E depois de toda nossa... atividade da tarde, eu me sentia exausto como se tivesse dirigido um caminhão à noite inteira. 

  Maldita perna.

  Maldito ChungHo. 

  Jimin já estava no terceiro sono. Deitado de frente para mim, eu via seus olhos mexendo sob as pálpebras, mas pelo seu rosto, conclui que estava tendo um sonho tranquilo. Caso não estivesse, provavelmente estaria grunhindo e se agarrando a mim. Era um bom sinal. 

  Assisti seu rosto por um bom tempo, até me pegar quase chorando apenas por olhá-lo. Mil coisas passavam pela minha mente, coisas dolorosas e vários "e se...", mas eu não podia me apegar a eles, seria uma derrota maior do que a que eu estava lidando, apenas por não acompanhar. Quando ele me disse que eu não iria, eu fiquei com raiva, e como fiquei, era como tirar de mim a única coisa que podia me manter são. Acompanhar, estar por perto, eram coisas que podiam acalmar meu coração. Mas agora não, ele está decidido, e eu não vou contrariar sua vontade já que o encontro é dele. 

  O sono não é suficiente para me manter na cama, então me levantei. Lá fora ainda era pico de dia, mas já me sentia pressionado e ansioso para que aquele dia acabasse e tudo estivesse bem. Devagar, coloquei as pernas para fora da cama e me levantei, tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acorda-lo. 

  Assim que me pus de pé, na mesinha de cabeceira, o celular começou a vibrar. O peguei rápido. Na tela brilhava o nome "Mãe", eu não queria atender, mas me forcei. 

  Fui para a varanda e fechei a porta de vidro, só então atendendo a chamada. 

  -Mãe.

  -Oi, querido. -ela disse, quase surpresa, como se esperasse que eu a ignorasse. -Tudo bem?

  -Tudo. -menti. -E com a senhora? 

  -Estou me virando. 

  Depois do escândalo ChungHo, mamãe não quis ficar naquela casa, ela tinha sido subordinada a viver com aquele homem por ele pagar nossas dívidas, no fim, de tudo que ele tinha feito até então, a única coisa útil, foi que quase não tínhamos ficado com nenhuma dívida a mais. E ela agora vivia na nossa antiga casa nos arredores de Seul, só que sem dívidas e com um emprego melhor de secretaria. 

  -Como está o Jimin? -ela perguntou. 

  -Está dormindo agora, mas de modo geral... ele não está bem. 

  Ela suspirou do outro lado da linha. 

  -Eu sei, querido. Sinto muito por tudo isso ter acontecido. 

  -É, eu também sinto. -minha perna formigou com a lembrança vaga de ter ouvido que ela tinha levado uma pancada na cabeça no dia do sequestro. -E a senhora está melhor da cabeça? 

  -Ah, sim. Aquilo não foi nada. -era como se eu pudesse vê-la dando de ombros. -Estou vivendo melhor aqui, quem sabe você volte para cá qualquer dia desses. Ou... não sei, o que vocês vão fazer depois do tempo que estão aí? 

  -Temos mais uma semana que a escola liberou. Vamos passar mais esses dias aqui, depois Jimin vai voltar para ficar com a mãe dele na casa de um tio. -Jimin tinha me explicado isso na noite anterior, antes de brigarmos e antes do plano mirabolante. -Ele vai morar com ela, e eu vou para casa. 

  -Eu sei que é doloroso ficar muito longe, mas namoros sempre foram assim. 

  -É, eu fiquei mal acostumado. 

  Ela deu uma risada. 

  -Em pensar que a senhora me ameaçou por causa disso. -continuei. -E agora está tentando me confortar. 

  -É para isso que as mães servem. Proteger. 

  -Eu sei, eu sei. -suspirei. -Só... vou ter que me acostumar com tudo novo. 

  -Nós conseguimos. 

  Sorri, e balancei a cabeça como se ela pudesse ver. 

  -Logo estarei em casa. -eu disse. 

  -E poderemos tomar sorvete e assistir novelas. -ela disse, animada. -Vou ver quais as melhores que estão passando agora. Como sempre fizemos. 

  -Vai ser ótimo. -antes que pudesse evitar, senti uma lágrima caindo pela bochecha. -Eh... mãe, eu tenho que ir. Os meninos querem ir fazer compras. 

  -Certo. Cuidado com essa perna. -ela avisou, a voz risonha. -Tchau, querido. 

  -Tchau, mãe. 

  Desliguei o celular e baixei a cabeça. O choro preso no peito foi acalmando, até eu voltar ao meu controle. Quando ergui a cabeça novamente, ouvi a porta se arrastando. Olhei para trás e o vi parado, coçando os olhos enquanto cambaleava para fora do quarto. 

  -Jungkookie. -Jimin resmungou, esticando os braços. -Não saia da cama assim, sem avisar. 

  Eu ri e o abracei, levando-o de volta para o quarto, para longe do vento frio. 

  -Está quase na hora. -eu comentei, apertando-o nos meus braços. -E... 

  -Não deixo, nem na mala do carro. 

  Eu neguei, beijando a ponta do seu nariz. 

  -Não é isso. Eu te amo. 

  Ele ficou rígido e franziu a testa para mim. 

  -Eu também te amo. -Jimin disse. -Não faz isso, me da medo, parece que vai me fazer uma super revelação que vai me deixar mal por dias. 

  Eu ri. 

  -Só estou dizendo que confio em você para ir sozinho, por mais que não tenha parecido antes, eu confio. 

  Jimin abriu um sorriso radiante e me beijou. Seus lábios capturaram os meus, e ele liderou o beijo, me enchendo de suspiros. 

  -Obrigado. Isso é uma revelação boa. 

  -Mas lembre da promessa. -avisei. -Volte. 

  -Vou lembrar.

 

***

 

  Pela tarde o carro já estava pronto. Com isso quero dizer que, YoonGi Hyung tinha colocado uma toalha e um cobertor no banco de trás, uma mochila com salgadinhos e quatro garrafas de água em um cooler. Faltava agora apenas que eles dois entrassem no carro e fossem embora. 

  Jimin estava parado ao meu lado, com um braço ao redor da minha cintura e encarando o carro como se fosse uma abóbora podre e cheia de moscas. Eu sabia o motivo, todos sabíamos, mas não era bom tocar no assunto. Por isso, o puxei para dentro de casa de novo. Na sala, minha sogra estava andando nervosa, como parecia ter feito nas últimas horas, talvez já houvessem sulcos dos pés dela no chão. E sentados no sofá, Taehyung e Hoseok Hyung passavam umas últimas informações para YoonGi, sobre cintos de segurança e sobre prestar atenção em cada passo do Jimin. 

  -Já falou com a sua mãe? -sussurrei para o Jimin, quando me encostei do lado da escada, e ele imediatamente me abraçou. 

  -Já. Várias vezes. -ele murmurou, ajeitando o queixo no meu ombro. -Sabe, eu passei muito tempo sem ela, é estranho ter ela de volta. É bom, mas eu não sei oque fazer. 

  -Só conforte ela, para ela não ficar com tanto medo. 

  Do outro lado, vi Hoseok chegar para perto da porta e me indicar o relógio, depois mostrar dez dedos. Dez minutos. Balancei a cabeça e ele saiu, com os namorados o seguindo. 

  -Yaegiya, -chamei, e ele me olhou sorrindo. -Temos dez minutos. 

  Ele ficou pensativo, olhando para um fiapo na gola da minha camiseta, e então soltou um suspiro. 

  -É. Eu te amo. Só para não esquecer isso, e deixar você mais calminho. -ele sorriu. -Vou voltar daqui para meia noite. Confia em mim?

  -Complemente.

  Ele me olhou um momento, como se estivesse decorando meu rosto. Se erguendo um pouquinho, ele roubou um beijo, mas antes que se afastasse eu o segurei e o deixei continuar. Tentei me apertar bem contra ele, e quando ele se afastou, eu ainda tinha a sensação do calor do seu corpo em mim, e planejava manter isso grudado na minha pele. 

  -Vou falar com a minha mãe. -ele disse, parecia estranhar a frase. -Eh... certo. Eu vou lá. 

  Ele ainda me beijou mais uma vez antes de sair atrás dela. Enquanto isso eu fui para fora, esperar junto dos outros que ele chegasse. YoonGi estava encostado no carro, e os outros dois tinham sumido temporariamente. 

  -Pode confiar seu principezinho a mim, Jungkook. -YoonGi brincou. -De verdade.  

  Eu ri. 

  -Parece que foi ontem que você estava chamando ele de "coisinha". 

  Ele balançou a cabeça e sorriu.

  -Parece que foi ontem que estávamos brigando por causa do Taehyung. 

  -Você estava brigando sozinho. 

  YoonGi deu de ombros e passou as mãos nos cabelos. 

  -Eu era ciumento. 

  -Agora teve que aprender a dividir, é assim que a vida compensa. 

  Ele pensou em responder, mas fechou a boca e concordou. Era inédito, YoonGi Hyung sem palavras? Sem nem mesmo revidar? 

  Franzi a testa. 

  -O que aconteceu com o meu antigo Hyung? 

  -Ele está namorando dois tagarelas, então ele aprendeu a só falar o necessário. -ele respondeu, mas sorria como um idiota. Não era uma reclamação, ele só estava dizendo que estava feliz daquele jeito. No jeito YoonGi de ser. -Falando neles...

  Taehyung e Hoseok Hyung vieram correndo de dentro da casa, cada um agarrado com um travesseiro grande. 

  -Por que? -perguntei. -É para levar o Jimin para uma conversa ou vocês vão fazer um piquenique? 

  Taehyung riu, enquanto enfiava os travesseiros pela janela aberta do banco de trás. 

  -Bem, Jimin pode querer tirar um cochilo, fazer um lanche, talvez ele fique tristinho e precise de um lençol. -ele explicou, apontando os acessórios dentro do carro. -E tem uma caixa com água e refrigerante ali dentro. 

  -Estou seriamente cogitando a ideia de ir nessa missão. -disse Jin Hyung, aparecendo pela porta e ficando ao meu lado. -Não posso ir? 

  -Se deixássemos você ir, Jungkook ia querer ir, e o Jimin já disse que ele não vai. -disse YoonGi, apontando para mim como se me desafiasse a tentar, oque eu achei uma tremenda falta de respeito. -Então ninguém de vocês vai.  

 Eu queria dizer que eu me calei e fiquei quieto esperando o Jimin voltar, mas aquilo me irritava muito, e não foi oque eu fiz. 

  -Olha, eu só não volto a brigar por causa disso, porque ele me pediu para não fazer isso. -eu disse, irritado novamente. -Já é muito idiota eu não poder ir. 

  -Com a perna desse jeito, -Jin Hyung falou. -Você não vai mesmo. 

  Cruzei os braços e me neguei a continuar aquilo. Eu já tinha tentado, não tinha dado certo. Eu não iria mais falar nada. 

  Jin Hyung pareceu notar o quanto que aquilo me aborrecia e passou um braço pelos meus ombros, dando um aperto carinhoso no meu ombro. 

  -Vamos lá, vai ficar tudo bem. Vai ser rápido. Você não vai nem sentir. 

  Balanceia cabeça quando quis dizer que já estava sentindo. Eu ainda podia sentir a pressão que seus lábios tinham deixado nos meus, mas já estava sumindo aos poucos, por mais que eu tentasse preservar. 

 Passamos uns segundos calados, quando finalmente ouvi os passos dele se aproximando da porta. Quando me virei, ele e a mãe dele estavam lá, muito parecidos, mesmos olhos. Jimin estava com os olhinhos brilhando, como se tivesse quase chorado. Ele tentou se recompor de última hora, lançando um sorriso maravilhoso para todos nós. 

  -E então? Vamos? -ele bateu nos bolsos checando o celular. -Ta tudo aqui. 

  YoonGi se afastou do carro, e abriu a porta. 

  -Estou pronto. 

  -Certo... 

  Taehyung foi o primeiro que não aguentou e correu para abraçá-lo, com força, como sempre fez. Logo após foi a vez do Hoseok Hyung. E então o Jin Hyung. Namjoon Hyung chegou de repente correndo, estava usando um avental de cozinha, e tinha um macarrão na manga da camiseta, ele abraçou Jimin e sussurrou alguma coisa que só ele ouviu. 

  E era a minha vez. Nessa hora eu tentei memorizar cada centímetro do seu corpo perto do meu, e também quando ele me beijou rápido, por ter muita plateia. 

  Quando se afastou, Jimin piscou um olho para mim. 

  -Voltamos o mais rápido possível. -Jimin disse, ainda apertando a minha mão, enquanto eu o levava até a porta do carro. -Não se preocupem. 

  -Ah, claro que não. Imagina. -Jin Hyung ironizou. -Quem está preocupado aqui? 

  Namjoon passou um braço na cintura dele e o puxou um tanto brusco para fazê-lo calar. 

  Jimin abriu a porta do carro e entrou. Quando a porta fechou eu ainda me inclinei na janela só para lhe sussurrar mais uma coisa. 

  -Chuta bem nos meio das pernas dele. 

  Ele riu e deu um tapa no meu braço. Eu me afastei e o carro começou a roncar o motor. Dei a volta e me aproximei dos meus Hyungs e da minha sogra, que tinha os ombros tensos.

  O carro começou a se mover e dar a volta da fonte, em direção os portões. Acenamos para eles até que fechassem o portão. 

  Infelizmente a essa altura, meu corpo já tinha esquecido o formato que tanto tentei manter em mim.


Notas Finais


Então, estamos na reta final dessa história. Faltam dois capítulos e um epílogo. Ou seja, planejo terminar no capítulo 60.

Porém, eu já tenho ideias de fanfics por aqui. A espero poder realizá-las. Por isso eu proponho uma votação, quais vocês gostariam de ver, só pelo nome mesmo (mas se quiserem posto as sinopses):

•TaeGi - Apenas Amigos
•Jikook - O Rei Perdido
•Jikook - Talassofobia


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