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  3. 1

História The Cure - S.2 - 1


Escrita por: Lady_Rovia

Notas do Autor


MEU NOTE TA QUERADOOOO SOCOOORROOOO EU FIZ ESSE CAPITULO HA 325878 ANOS DESCULPAAAAA EU VOU TENNTAR CONSERTAR TO AQUI COM OS ALHEIOS AAAAAH TA TUDO ERRADO EU NÃOREVISEI AAAAAAH

Capítulo 3 - 1


I

 

Na adolescência, um dos costumes que o rapaz de cabelos loiros adotara era o de frequentar alguns pubs da região, coisa que muitos de seus conterrâneos também faziam com demasiada frequência; fosse para beber, se descontrair, relaxar ou as três coisas simultaneamente. De certa, aquela era uma quase tradição costumeira a qual suas origens representavam. E que faziam-no se recordar vez ou outra com um pouco de nostalgia.

Ele nunca falara para ninguém de onde viera e nem se havia tido uma família; a não ser para Maggie, sua então fiel amiga e líder interina – se dependesse dele, definitiva - de Hilltop. Mas não considerara aquilo exatamente uma confissão, pois o que dissera, afinal? Gostava de rapazes – o que a levou a chegar a Daryl – e que crescera em um orfanato, ocasionando em uma infância difícil e num crescimento complicado, resultando em problemas de relacionamento.

No entanto, agora parecia que se conheciam há décadas. Não que ele já tivesse revelado todo o seu passado, mas sentia-se tão bem com a moça que fora inevitável não torna-la e considera-la sua melhor amiga.

- Eu sei que está sendo difícil pra você. Nossa, Glenn e eu já tivemos problemas parecidos.

- E como é que vocês se acertavam?

- Não era algo fácil. Apesar de brigarmos, eu sabia que ele se esforçava para me manter a salvo. Eu sabia que tudo o que ele fazia era pensando em mim. – Ela desviou o olhar, ficando cabisbaixa.

Paul não chegou a ver a expressão no rosto de Maggie porque estava de costas, olhando para o lado de fora da janela. As pessoas da colônia pareciam treinar com tanta dedicação, tendo em seus olhos algo que o deixou bastante satisfeito com o que viu.

Esperança.

Talvez o mudo pudesse mesmo ser consertado, no final das contas. Seria sonhar demais?

- Mas mesmo assim vocês brigavam.

- Você sabe o motivo.

Foi então que Jesus se virou e a olhou. Ela exibia um meio sorriso desta vez.

- Vocês tinham que trabalhar juntos. – Concluiu o ninja.

- Juntos éramos mais fortes. – Ela completou.

- Eu espero que aquele cabeça dura entenda isso um dia. Amanhã eu irei com a Tara e mais duas pessoas a um dos postos avançados dos Salvadores e nem posso conversar com ele a respeito. Eu sei que eu não vou morrer – ele sorriu da pequena demonstração de convencimento. – Ou poderia? Mas sei lá, gostaria de vê-lo antes de ir.

- Vai vê-lo quando retornar. – Ela o abraçou. – e eu também irei. É bom que não morra mesmo.

 

Depois que se despediu de Maggie, Paul seguiu para a floresta. Faria o que os seus colegas da comunidade estavam fazendo. Treinaria também. Mas para seu treinamento, ele gostava de mais espaço, mais liberdade e até mesmo um pouco mais de desafio. 

Após caminhar bastante e perceber estar em uma distância mais afastada de todos, se deparou com alguns zumbis próximos a um lago. Era exatamente o que estava procurando.

De mão vazias, ele aproximou-se da horda, fazendo os mortos vivos perceberem sua presença e logo se enfurecerem, tentando alcança-lo. Mas aquilo não pareceu intimidá-lo, o ninja partiu pra cima e embora tenha levado mais tempo e esforço do que esperava, conseguiu desvencilhar-se, derrotando todos os zumbis.

Pouco depois seguiu caminho, até encontrar uma casinha abandonada, a qual adentrou e acomodou-se em um sofá surrado que ficava na desgastada sala.

Haviam alguns porta-retratos caídos no chão. Paul pôde observar dois homens abraçados, dando a entender que eram um casal e duas crianças loiras sorrindo ao lado deles.

Certamente filhos.

 

- Elas são realmente adoráveis. Talvez possamos adotá-las.

- É uma grande responsabilidade, Paul.

- De certa forma, pensar que posso fazer algo por suas vidas, que elas podem ter uma vida diferente da que eu tive, que posso dar-lhes esperança... de certa forma, me faz estar preparado para assumir a responsabilidade. Não acredita que eu esteja?

- Isso se chama compaixão. Se quer ajudar tanto assim crianças que passam pelo que você já passou, então farei uma doação generosa para o orfanato delas em seu nome. Satisfeito?

Paul retrucou ficando levemente irritado.

- Não é apenas a compaixão. Eu me sinto verdadeiramente ligado a elas.

- Meu querido, então isso se chama empatia. Você vê nelas a sua imagem do passado. – O homem mais velho aproximou-se do loiro, tocando o queixo dele. – Mas não precisa mais se sentir assim. Não mais.

- Você tem sempre uma palavra para usar com tudo. - Disse sentindo-se um pouco frustrado. - Não pode me apoiar pelo menos uma vez?

- Você é muito sonhador. Se te apoiar em tudo, é capaz que crie asas e voe para longe de mim.

- Acha mesmo que eu faria isso? Do jeito que esconde nosso relacionamento de seus amigos do trabalho, não duvido que você é quem faça isso um dia.

O outro homem fitou Paul, com o seu intenso e indecifrável olhar.

- Não, eu não faria isso. E você obviamente não faria também, porque eu jamais permitiria. Se decidisse voar, cortaria eu mesmo as suas asas e se fosse preciso, te trancaria em uma gaiola.

O rapaz loiro olhou-o abismado com a resposta. Percebendo isso, o moreno tardou de tranquiliza-lo, abraçando-o.

- Não é o bastante permitir que faça as aulas de artes maciais?

Dessa vez foi a vez do loiro sorrir debochado.

- E como não deixaria, se você é o meu professor?

 

Paul voltou a si quando escutou passos no lado de fora da casa. De início pensou se tratar de zumbis, mas a voz de o que pareceu ser de um homem o fez desconsiderar a hipótese. Se aproximou da porta, tentando enxergar por alguns buracos que haviam na madeira a pessoa do outro lado. Mas, seus sentidos o fizeram se atentar para outro detalhe. Mais precisamente, atrás dele.

Quando se virou para atacar o provável inimigo, sentiu a mão grande e áspera tapar sua boca, sem qualquer delicadeza. Seus olhos automaticamente se arregalaram ao reconhecer a figura a frente.

Daryl fez um sinal com o dedo, indicando que Paul não fizesse barulho e assim o ninja obedeceu.

Os dois juntos dessa vez olharam para o lado de fora, percebendo que o homem não se encontrava mais lá.

- O bundão ali era do grupo dos Salvadores. – Daryl finalmente falou. - Fica aí que eu vou atrás dele.

Paul sobressaltou-se de onde estava.

- Como é que é?!

- Eu mandei você esperar aqui. É mais seguro e eu volto logo pra te levar de volta pra Hilltop.

A indignação de Paul se intensificou e ele segurou Daryl pelo braço, fazendo o arqueiro recuar e olhá-lo intrigado.

- O que você pensa que está fazendo? - Daryl continuou sem entender. – Você não pode fazer essas coisas assim.

Daryl grunhiu como um animal e soltou-se do loiro.

- Do que tá falando?

- Daryl, eu não aguento mais essa situação. Eu nem lembro qual foi a última vez que eu te vi e a cada vez que nos vemos você tá mais diferente. Não pode pensar que não sou capaz de fazer o mesmo que você porque você sabe que eu faço. Eu me esforço todos os dias, faço o melhor que eu posso, deveria considerar trabalharmos juntos e não separados.

- Isso vai além do que você pensa.

- É por isso que tem se comunicado com o Dwight? Isso é ridículo. Confia mais em um deles do que em mim.

- Como é que você sabe disso? Você anda me seguindo por acaso? – Daryl estava indignado.

- Não... quer dizer, só umas duas vezes, eu...

- Escuta bem! Eu não quero mais que você faça isso. Eu não quero mais que saia sozinho, que se arrisque por aí que nem...

- Você?

- Você não sou eu.

- É claro que não. Mas você pode fazer o que der na telha por aí, já eu, muito donzela tenho que ficar trancado, esperando você voltar. E se voltar...

- Então, se é pra ficar menos preocupado, talvez devêssemos dar um tempo...

Paul quase caiu para trás ao escutar aquelas palavras da boca de Daryl.

- V-você... você tá falando sério? – Ele diminuiu consideravelmente o seu tom de voz e abaixou a cabeça, totalmente abalado.

E foi quando Daryl virou-se para olha-lo novamente. Naquele momento o caipira nunca se amaldiçoou tanto pelo modo como falara com aquele maldito loiro emotivo.

Por Deus! Existia outra pessoa mais adorável no mundo do que aquela pequena criatura?

- Ei! – Daryl o puxou pela nuca, envolvendo-o totalmente em seus braços. – Tudo bem. Eu falei sem pensar.

Paul inicialmente não disse nada, apenas permitiu-se ser envolvido pelo abraço quente e aconchegante do moreno. Era incrível como ele se encaixava perfeitamente ali.

Ele amava momentos como aquele.

- Eric e Aaron vivem bem juntos e aposto que durarão mais 50 anos assim. – Daryl riu. – Nós podemos viver assim também.

- Você é tão sonhador.

Aquelas palavras causaram uma sensação estranha em Paul. Ele se afastou de Daryl e o arqueiro estava prestes a questionar sua expressão quando algo aconteceu.

Um tiro passou de raspão bem no meio dos dois que entreolharam-se alarmados com a situação. Por questão de segundos, um deles não fora atingido.

Mas novamente nenhum falou nada, pois o que se ouviu em seguida foram tiros e mais tiros sendo disparados na direção deles que se abaixaram, tentando não ser atingidos.

Aparentemente, haviam no mínimo três pessoas do lado de fora tentando mata-los.  

O arqueiro tirou a besta de suas costa e tentou levantar para provavelmente enfrentá-los, deixando um Paul furioso para trás.

- O que é que você tá fazendo? - Paul sussurrou do outro lado para o arqueiro que apenas o olhou de lado e ignorou a pergunta.

- Fica aí.

Paul sentiu sua respiração acelerar quando viu Daryl passar pela porta dos fundos da casa. Ele se levantou, mas pausou por um instante como se estivesse tentando organizar seus pensamentos e chegar a algum plano que os salvasse daquele confronto. Instantes depois, saiu quase engatinhando para a direção da mesma porta a qual anteriormente o arqueiro passara.

Do lado de fora, por trás de uma arvore, Daryl atirava na direção de dois Salvadores. Um deles atirava de volta, mas o outro estava recarregando a  arma. Esta foi a deixa para o moreno mirar no homem, atingindo seu lado esquerdo do peito. O outro Salvador pareceu ignorar o colega caído no chão e continuou atirando contra Daryl. O embate entre os dois se intensificou cada vez mais e ambos exibiam o ódio que carregavam em seus olhos, deixando claro que aquilo só acabaria quando um dos dois caísse morto no chão. 

O terceiro salvador que viera junto, caminhava a passos lentos por detrás de Daryl, sem que o arqueiro percebesse. Quando estava prestes a atirar na cabeça do moreno, seu corpo foi de encontro ao chão após ter sua cabeça atingida por um chute.

- Ora, ora! Você deve ser o ninja a qual todos estavam falando. O que teve coragem de enfrentar o homem. O tal Jesus.

Sem baixar a guarda, Paul olhou com desdém para o salvador caído no chão.

- Você sabe que não estou sozinho. - Olhou rapidamente para a direção de Daryl. - Que não estamos sozinho. O melhor a fazer agora é se render.

E como se estivesse escutado uma grande piada, o moreno caiu numa forte e intensa gargalhada.

- Você... você é mesmo engraçado, loirinho. 

Paul não entendia o motivo de tanta risada do homem. O que diabos era tão engraçado? Ele estava prestes a questioná-lo, mas as palavras nem chegaram a sair de sua boca porque antes disso, ele viu pela segunda vez Daryl sem qualquer demonstração de sensibilidade dilacerar o corpo do homem completamente, fazendo os pedaços da carne se espalharem por toda a terra, inclusive nele próprio.

Aquela cena fez o estomago de Paul embrulhar e ele teve a leve sensação de que vomitaria ali mesmo. Abrindo os olhos, ele virou a cabeça para o lado, espremendo-os. Paul recordou naquele momento de um livro de algum poeta brasileiro que havia lido certo dia, quando visitara pela primeira vez uma biblioteca.

" Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável 
Necessidade de também ser fera."                       
          

Ele olhou para Daryl que também parecia compartilhar de igual atenção, embora não demostrando a mesma compreensão em seus olhos. O que Paul conseguiu enxergar naqueles intensos e cintilantes olhos azuis, foi apenas uma coisa:

Ódio.

E em contrapartida, Daryl não gostou nada da expressão de perplexidade demostrada pelo mais novo. Por que diabos ele haveria de ficar tão chateado quando se estavam lutando para sobreviver?

Daryl estava tentando mantê-lo a salvo. Mantê-lo vivo! O arqueiro temeu em pensar no problema que ele poderia arrumar por conta daquela droga de compaixão que ele parecia ter com as outras pessoas. 

Quado deu um passo para se aproximar, ele viu Paul colocar a bandana no rosto e se virar para sair. O moreno bufou, mas decidiu que não era hora de discutir, tendo em vista o estado em que o loiro parecia estar. Achou melhor eles voltarem e após tomarem um banho, conversarem.

Ele tinha certeza qu conseguiria fazer Paul mudar e pensar como ele. 

Bastava uma conversa  civilizada.

 

 

 

 


Notas Finais


Depois eu respondo vocês tá


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