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História A Maldição - Enfermaria


Escrita por: SrtaSigyn

Capítulo 9 - Enfermaria


Hermione observava a respiração o garoto ao seu lado. Ela tentava fazer uma análise da situação dele.

Consciente. Respiração rápida e superficial. Suando frio. Perda considerável de sangue. Fratura exposta da perna esquerda, na altura do joelho. Pulso fraco.

Ela tentava não entrar em pânico, mas estava começando a ficar preocupada cada vez mais com ele. Ninguém havia vindo ajuda-los, apesar dos gritos e pedidos de ajuda dela. E, como ela havia feito uma promessa, não podia descer e pedir socorro na enfermara da faculdade.

 

Gina, Harry e Rony estavam procurando Hermione desde que ela não apareceu para jantar com eles. Estavam no terceiro andar, indo em direção da biblioteca, pois tinha certeza que aquela rata de livros deve estar tão concentrada lendo que esqueceu que era hora de comer!

Foi quando eles viram uma luz saindo de uma sala. Ao se aproximar, começaram a escutar a voz de uma garota.

- Tudo vai ficar bem. Vai ficar bem.

Gina conhecia aquela voz. Era Hermione! Mas, o que será que havia acontecido?

Quando eles chegaram na porta da sala, viram a cena mais improvável que eles podiam imaginar: Malfoy no chão, com a perna obviamente quebrada, muito sangue, Hermione com a cabeça dele no colo, suja de sangue e ele segurando a pulso dela.

- Graças a Deus! Me ajudem, por favor. - Disse Hermione, muito feliz de alguém ter chegado para ajudá-la. - Ele precisa ir para Enfermaria nesse momento!

Os meninos desceram correndo para enfermaria pedir ajuda da Madame Pomfrey, pois eles não sabiam se Malfoy tinha alguma lesão mais séria e, se eles levassem o garoto sozinhos, poderiam piorar a situação deles.

Enquanto isso, Gina ficou com Hermione. Não passou desapercebido para ela a postura protetora da garota, que estava acariciando os cabelos loiros em seu colo, nem o fato dele estar segurando um dos pulsos dela. Aquela cena era completamente inacreditável! Se alguém dissesse a ela que tinha visto aqueles dois juntos daquele jeito, ela jamais iria acreditar.

- Mi, o que aconteceu?

- Não tenho ideia, Gina. – Hermione sussurrou – Eu estava descendo para o jantar, quando encontrei ele assim. Não podia deixa-lo aqui, sozinho.

 

Draco Malfoy não conseguia entender porque ele havia pedido para a Granger ficar com ele ali.

Era a primeira vez que ele se sentia como nos momentos antes dela encontra ele: sozinho e vulnerável. A dor que ele sentia era imensa, mas as duas outras sensações pioravam e muito tudo! Seu pai tinha inimigos em todos os lugares, e ele mesmo já tinha feito uma boa cota para si. Seja de quem eles fossem, fariam tudo para pegá-lo numa situação como aquela e terem uma chance de acabarem com ele.

Mas, por algum motivo, tudo aquilo havia desaparecido quando Hermione Granger chegou. Ela não parecia alguém capaz de defender nem a si mesma de uma agressão física, quanto mais cuidar dele. Sem falar que não havia motivos para isso! Afinal, desde o dia que se conheceram, tudo que eles conseguem fazer quando estão no mesmo recinto é brigar e/ou desafiar um ao outro. No entanto, ela estava ali! Ele, segurando firme seu pulso. Enquanto ela cuidava dele e acariciava seu cabelo.

 

Não haviam passado 10 minutos quando os meninos voltaram com dois enfermeiros, que trabalhavam junto com a Madame Pomfrey, e conseguiram levar o garoto ferido para a Enfermaria. A hora da remoção foi uma tortura para o Malfoy, pois a dor era excruciante, e para Hermione, que sentia como se fosse morrer cada vez que ele soltava algum som abafado de dor. Quando terminaram de colocar ele na maca, devidamente imobilizado, ele estava mais pálido do que nunca. Todo tempo, a garota ficou próxima dele, cuidando dele, enquanto os amigos dela observavam curiosos aquilo tudo. Quando chegaram na Madame Pomfrey, ela colocou todos para fora, para cuidar do garoto.

Enquanto esperava notícias, Hermione se negava sair da porta da enfermaria. Já havia respondido todas as perguntas da reitora e tinha negado a todos os esforços dos amigos de levarem ela de volta para o Salão Comunal ou, pelo menos, até a cozinha para comer algo. Ela estava irredutível! Nem mesmo quando McGonagall a pediu para ir, ela se negou e, por fim, a reitora decidiu deixa-la em paz e pediu para trazerem uma refeição para ela.

Pouco depois do horário do toque de recolher, Madame Pomfrey permitiu que a morena entrasse e fosse até Malfoy. Hermione, que antes estava muito preocupada com o estado do rapaz, viu esse sentimento ir diminuindo conforme ela analisava o estado dele.

- Ele está dormindo. Tive que administrar vários medicamentos e isso o nocauteou. – Explicou a médica.

- Posso passar a noite aqui? – A médica pareceu não gostar muito da ideia. – Eu prometi que não ia deixa-lo. Por favor, não me obrigue a quebrar minha promessa.

- Tudo bem. Mas não o perturbe de forma alguma. Ele precisa muito descansar.

Madame Pomfrey não conseguia entender aquela situação. Ela sabia sobre as brigas e a rivalidade entre a Granger e o Malfoy. Era algo quase lendário, mesmo com tão pouco tempo. Mas ela ficou realmente mexida com o pedido e com a sinceridade da garota. Ela também havia visto ele segurando ela quando chegou. Para ela, era como se uma alma tivesse que estar junto com a outra, não importando se tivessem que brigar para que isso acontecesse.

Assim que ficou sozinha com ele, ela notou que ele estava menos pálido que que antes, quase com a cor natural. Também viu que os sinais vitais dele estavam normais. A perna esquerda estava com um gesso que ia do meio da coxa até o tornozelo. Mas o que mais chamou a atenção dela foi como ele era lindo dormindo.

Várias vezes ela se via pensando nele. Quando o viu pela primeira vez, parecia um príncipe, com a feição feroz por causa da luta que treinava. Quando brigavam, era impossível não reparar como, mesmo com todo o sarcasmo e frieza com que ele agia, ele era um pedaço de mal caminho. Ou melhor, “ele é o mal caminho completo! ” Mas olhando-o dormindo, relaxado e livre de toda aquela pose empertigada de sempre, ele era... indescritível!  Ela não conseguia entender o porquê dela se sentir tão ligada aquele idiota, prepotente e xenofóbico, mas havia algo que ela estava perdendo no quadro completo. Algo não fazia sentido dentro de tudo o que ela estava vivendo.

 Mesmo passando horas em meio aqueles pensamento e a preocupações, ela não notou que ele estava acordando e a olhando. Ele estava meio confuso, não sabia onde estava ou o que tinha acontecido. Mas ficou admirando aquele anjo que estava perto dele, como se estivesse zelando por ele. Algo que ele sabia melhor do que ninguém que definitivamente ele não merecia. Ela é tão perfeita!

- Oh! Você não devia ter acordado. - Hermione se assustou quando viu aquele par de olhos cinzas hipnóticos a mirando. Mas, assim que fechou a boca, preocupou-se do porquê de ele ter acordado. - Você está com dor ou algo do tipo? Vou chamar a Madame Pomfrey.

Assim que ela se levantou da cadeira que estava, ele segurou seu pulso de novo.

- Não vai. Por favor.

Naquele momento, o mundo parou em volta de Hermione Granger.

Tudo que ela enxergava era aqueles olhos que a seduziam e a perseguiam todas as noites.

Logico que ela já havia fantasiado uma coisa aqui, outra ali, com dono daqueles olhos cinzas enlouquecedores, mas ela jamais havia pensado que, algum dia, poderia se aproximar tanto dele. E, definitivamente, ela não havia percebido que eles estavam se aproximando até que seus lábios se tocaram.

Se o mundo havia parado para Hermione, quando eles se beijaram, foi como se dois mundos colidissem...

Draco sentiu como se uma corrente elétrica passasse por todo o corpo. Aquela parecia ser a primeira vez que ele havia beijado alguém. O Alguém certo! Mas, ao mesmo tempo, era como se eles já tivessem se beijado várias vezes antes.

Já Hermione sentiu como se aquela corrente elétrica tivesse a inundando de lembranças ou sonhos de vários outros momentos que os dois não haviam vivido! Ou será que já?



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