O Jeon fez questão de não me olhar muito, a paisagem parecia mais interessante para ele no momento. Já que eu não tinha nada pra fazer também fui apreciar a paisagem e era bem normal.
Mas se passaram muitas horas desde que saímos daquela “escola”, se teletransportar parecia menos chato. O Jeon adormeceu a tempos, quem não faria?
A fome me apertou repentinamente, meus sentidos bem mais aguçados e eu estou levemente irritado. Meu olhar seguiu em direção ao pescoço do loiro, ele estava um pouco suado. Fazendo que com seu cheiro aumentasse naquela limusine, eu sentia seu sangue correr em suas veias, mas meus instintos estavam focados no cheiro de seu sangue.
Ficar sedento assim, é meio perigoso.
Mas, eu precisava de sangue.
Soltei um largo suspiro, eu gostava de ver as expressões faciais de quem eu mordia. Realmente, é uma pena! Mas teria muitas chances de vê-lo gemendo com as mordidas que eu lhe daria futuramente.
Eu me aproximei com meus poderes, já que não queria acordá-lo. Eu arrumei sua posição, já que eu não queria matá-lo por um erro bobo ou que ele se mexesse involuntariamente.
Eu havia colocado no meio do banco sentado numa posição ereta, coloquei uma perna de cada lado de seu corpo e me endireitei em seu colo. Dei meu eye-smile ao ver o pescoço de Jungkook, era branca e sem marcas… Que apetitoso.
Pronto, bom apetite pra mim! Como será o gosto de seu sangue?
Seu sangue está bem gostoso...
— O que você está fazendo? -Diz um pouco assustado e com os olhos levemente arregalados.
— Ué, estou me alimentando. -digo o óbvio.
— E por acaso eu tenho cara de comida?
— Se esqueceu, você foi entregue a mim justamente para eu me alimentar. Então vê se aquieta, porque eu ainda não terminei. - Digo já me aproximando, mais o msm me empurra e fica em forma de defesa.
-Não vou servir de comida pra ninguém, sai de perto eu sou faixa preta em karatê.
Esse garoto é tão burro ao ponto de achar que tem alguma chance contra mim? Eu sou muito mais forte que ele, haja pavio longo.
— Você só pode estar brincando -Digo segurando o riso - Eu sou muito mais forte que você. Então para de frescura, eu já estou perdendo a paciência.
— Frescura nada, não é você que tá servindo de bolsa de sangue humana pra alimento dos outros. Se você quer sangue, porque não rouba bolsas de sangue dos hospitais?
-Sangue de hospitais são ruins, são frios. Eu prefiro sangue direto da artéria, são mais quentinhos.
— É bom você se acostumar com sangue de hospital, pois de mim você não bebe mais uma gota.
— Você não pode contra mim, eu bebo sim seu sangue, foi pra isso que você foi escolhido, pra me alimentar.
— Eu bebo verbena.
— Isso não cola comigo, se você realmente bebesse isso, eu estaria passando mal, afinal eu bebi seu sangue.
Ele ia proferir mais algumas palavras, mas meu motorista foi mais rápido.
— Chegamos senhor.- Diz e abre a porta do carro.
Vou até a porta do Jeon e ele fazia de tudo para não ser tirado do carro. Mais óbvio que consegui tira-lo de lá. O puxei e coloquei o mesmo em meus ombros.
— Eu não vou com você! Me põe no chão agora! - Dizia se debatendo.
— Pare de se debater! Não adianta, eu sou mais forte. - Digo e ele continua a se debater, que garoto insistente. — Vou morder sua bunda se continuar com isso. - Ameaço novamente e o mesmo para de se debater.
— Bom garoto.- Digo e dou um tapa em sua bunda, fazendo o mesmo ter um leve sobressalto.
Fomos para dentro do castelo, pus ele no chão e fui rumo a meu quarto. Eu precisava de um banho, o dia lá fora estava muito quente.
Entrei em meu quarto, peguei uma muda de roupa e fui para o banheiro tomar um banho. Após terminar saio só com uma toalha na cintura. Sem querer deixo minha toalha cair, e no mesmo momento o Jeon abre a porta.
Pego minha toalha e a ponho novamente. E o Jeon me encarava descaradamente.
-Gosta do que vê? -digo com um sorriso malicioso. O garoto fica totalmente vermelho, um tomate teria inveja do vermelho que se tornou seu rosto.
-Vou tomar seu silêncio como um sim. "Afinal quem cala consente", não é mesmo?
Ele não diz nada, só sai do cômodo e bate a porta. E eu consequentemente começo a rir. Bom saber que ele é tímido em relação a isso. Vou usar isso a meu favor. Pobre Jeon vou fazer da sua vida um inferno, e o motivo de minhas risadas.
E um pouco depois me recomponho das risadas, vou me vestir sem pressa alguma. Os hyungs não demorariam tanto à chegar, passamos muito tempo naquele “automóvel” e se eu não me engano teria que organizar a tabela de refeições para o Jeon, juntamente com os hyungs e o mesmo.
Não quero ele aprontando uma com a minha pessoa -e com os outros claro- por aí.
— Hmm… Deu vontade de comer arroz refogado com muito alho.- Eu já tinha me alimentado bem, mas não significa que não poderia comer alimentos humanos, mesmo que eles não me dêem minhas energias necessárias para o dia a dia.
Como pude me esquecer? Não levei Jungkook para o seu quarto, deve estar perdido pelo castelo…
Legal! Vou ajeitar detalhes no escritório. Só que não.
Ele poderia dar um jeito de fugir, não é que eu não confiasse o bastante no castelo. É que ele pode perder muito sangue e como fica pra mim depois?
Eu já estava fora do quarto, exatamente no longo corredor. Ao longo deles tinha grandes janelas de vidro, nelas estavam escorrendo pingos de chuva, aparecia alguns trovões. Eu observava calmamente a paisagem lá fora enquanto eu andava pelo corredor, o vento fazia com que as janelas tremularem e as árvores e outras plantam se mexessem e causem um baixo barulho com suas flores e folhas.
Me teletransporto até a sala, já que bateu uma preguiça de andar até aqui. Okay! Se você fosse um humano em que parte de um castelo você estaria?
– Embaixo da cama ou outra coisa;
– Perdido e desesperado;
– Ou na cozinha.
A primeira opção seria complicada, não iria procurar ele debaixo de tudo. Me imaginei procurando ele até embaixo das pedras.
A segunda opção era improvável, ele poderia e está perdido, desesperado? É, talvez.
E terceira opção, ele poderia ter achado a cozinha.
Me teletransportei novamente para lá.
Mas tenho uma coisa a dizer: Que garoto insistente!
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