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História The Delights of a Sin - Suddenly, Father


Escrita por: asmodeusa

Notas do Autor


YOOOOOOOO
voltei cedo. Hehehehehe
Tô com pressa! Vou sair, mas antes tive que postar o capítulo.

Sei que vcs vão ficar confusas, umas vão me tacar pedra, mas prometo que a tia castiga o Sehunnie, pra depois dar bastante amor. U.U♡♡♡

Prometo que no próximo capítulo trago interação entre nossas amorinhas de novo

Obg por todo o amor que vcs estão dando a fic, eu amo muito vcs por isso♡♡♡♡

Enfim, vamos lá.

Espero que gostem, boa noite e boa leitura!♡☆

Capítulo 7 - Suddenly, Father


Fanfic / Fanfiction The Delights of a Sin - Suddenly, Father

○●○●○88○●○●○



Saco



Ótimo jeito de se começar um capítulo, né?



Já não bastava ter passado mal na frente de Anthony, ainda tinha que quase desmaiar na frente de quem? Da pior pessoa no momento, na frente de Luhan.



Merda



O Beta quase que desmaia junto ao ver o irmão de consideração como um morto vivo pelos corredores do apartamento. Na hora, não raciocinou que seria por conta da mordida, mas quando viu o Alfa colocar a mão sobre o ombro e contorcer o rosto em dor pura, soube na hora.


MerdaMerdaMerdaMerdaMerda


Nunca na vida ouviu um sermão tão longo quanto o que ouviu de Luhan. O mesmo cuidou do Alfa, e quando esse já estava um pouco melhor, o forçou a ficar de pé e o colocou para fora de casa.


L- Se você não quer me ouvir, eu que sou um dos únicos que quer seu bem e sua felicidade, beleza, mas nunca mais apareça na minha frente.- Virou o rosto, deixando o Alfa ver apenas uma lágrima solitária correr pelo belo rosto do Beta.- Não vou permitir que morra na minha casa, sendo que nem confia em mim.- E fechou a porta na cara de Sehun.



Ok, tinha errado com Luhan? Talvez, Sehun não se encontrava em estado de pensar muito, mas que a parte do “nem confia em mim” se dava a Yonghwa e Shinhye, isso ele tinha certeza. Droga, não imaginava que ele ficaria tão magoado.


Na rua, já que tinha deixando a camionete com Yonghwa, se dirigiu a casa de Junhoe a pé, porque, sinceramente, não estava com cabeça para aguentar os pais desesperados por estar tão pálido. Mas aí se lembrou da casa pequena de Sallyra. Antes da Ômega ir morar com Junhoe, ela morava em uma casinha menor que a que mora com o Alfa agora. Sallyra havia lhe dado a chave, caso quisesse ir até lá para, sei lá, pensar, ou passar o tempo.

Respirou fundo e ficou indeciso se ia pra casinha, ou para a casa do casal.


Foda-se, se fosse para aguentar outro sermão, então era melhor ficar sozinho.


Esticou as costas, fazendo ecoar o som das estraladas, e logo estralou o pescoço, suspirando ao se sentir mais leve. Aos poucos foi fechando os olhos e pelos negros começaram a surgir por todo o corpo. Seu rosto foi se alongando, as orelhas sumindo e nascendo outras em meio ao coro cabeludo, a coluna foi se esticando e seus membros diminuindo. Suas unhas cresceram e se tornaram pretas, quase sumindo em meio aos pelos que cada vez cresciam mais, e logo um enorme lobo de uns 1,60 de altura surgiu naquela calçada.  

Suas roupas foram rasgadas na transformação, então o animal de aparência muito feroz, se inclinou e pegou com a boca o resto da calça, mas especificamente, a parte que tinha os bolsos, já que não poderia ficar sem seu celular, chaves e carteira.  

E começou a andar graciosamente, passando entre as poucas pessoas que já estavam acordadas aquela hora, lembrando que era umas cinco horas da manhã, que se assustavam e automaticamente atravessavam a rua.

Não que fosse estranho um lobo na cidade, lógico que não, eles viviam em um século onde os lobos dominavam os genes humanos, mas a forma de animal do Sehun, era realmente assustadora.

O lobo era negro como a noite, destacando apenas seu olho claro, que nessa forma, ficava ainda mais branco que antes. Monstruosamente grande, parece até um Lúpus nessa forma, assustando todos que sentiam seu animal interior praticamente implorar para que fugissem o mais rápido possível.


Já Sehun nem ao menos se importava, estava perdido demais em pensamentos. Para completar o pacote de merdas na semana, estava brigado com Luhan. É, não tinha como piorar.


.- Shhhh…


Sua orelha direita logo se põe em pé, mexendo um pouco, ouvindo uma voz infantil em meio aos carros e saltos que faziam barulho. Quando ouve com mais clareza, forçando sua audição apurada, percebe um chorinho fraco, parecendo de bebê, vindo de uma viela escura do outro lado da rua.

Franzi as sobrancelhas, ato que em sua forma animal, o deixou mais apavorante que antes, parecendo estar nervoso, quando estava apenas confuso e curioso. Sentiu que devia, então focou seus olhos naquele breu, mesmo estando do outro lado da rua, viu dois olhos amarelos lhe encarar de volta e pensou que já havia visto eles em algum lugar.

Decidiu que iria ver quem era, não sabia o porque, mas devia.

Atravessou a rua devagar já que, mesmo em sua forma de lobo, se encontrava fraco, e quando se aproximou a viela, ouviu um fraco rosnado, fazendo com que abrisse um pouco a enorme boca, como se estivesse sorrindo. Entrou naquela escuridão enxergando tudo com facilidade, e se deparou com uma criança encolhida no canto, lhe olhando seriamente.

Pelo olhar, era uma Alfa, e na hora se lembrou de onde conhecia aqueles olhos.



Para no sinal, cantarolando um dos rocks que tocava no som graças ao pen-drive de Luhan, quando olha pela janela e vê uma pequena menininha de cabelos negros o olhando fixamente de um beco escuro e arreia uma sobrancelha, parecia uma pequena Alfa pelo olhar duro. Mas apenas arranca quando percebe que ficou olhando demais a menina e não viu o sinal abrir.



A menina era uma moradora de rua? Com aquela idade? Tudo bem que é normal haver mendigos, mas naqueles tempos, onde os lobos dão prioridade para os filhotes, ver uma criança abandonada, era de certo modo estranho.  

Quando fez menção de se aproximar a criança rosnou mais alto, parecendo querer proteger algo, que Sehun logo percebeu o que era. Ao lado da menininha, havia uma mantinha, quase que camuflada em meio às caixas sujas e jogadas, que se mexia cada vez mais, até que o lobo viu um bracinho sair da manta.

Não era apenas uma menina abandonada, era uma criança e um bebê!


Ignorando o rosnado da pequena, se aproximou e soltou o resto da sua calça que levava nos dentes, antes de inclinar o corpo e com o focinho, abrir a mantinha, expondo o bebezinho que era a cópia da menininha. Era um menino de bochechas rosadas e rostinho manchado pelas lágrimas.  

Sehun cutucou a barriginha com o focinho, conseguindo arrancar um risinho fraco do bebê, o que o fez sorrir novamente. O pequeno parou de chorar aos poucos e encarou com curiosidade o enorme lobo que o olhava com carinho.

Seus olhos eram cor de mel, a pele branquinha, quase como a leitosa de Sehun, e seus cabelinhos eram negros, igual o da menininha. Ao lembrar dela, olha para a mesma e a encontra o encarando profundamente. A mesma tinha cabelos longos, pele tão branca quanto a do pequeno, e olhos igualmente cor de mel.

Se volta para o pequeno e encosta sua cabeça no bebê, sentindo os bracinhos minúsculos afundarem em seus pelos, enquanto mais risos infantis encoavam. Ele estava se divertindo, o que deixaria Sehun intrigado e fascinado, se não fosse sua preocupação aumentar ao notar o calor corporal do pequeno muito alto para apenas um bebê. Se afasta e olha o pequeno ser que aparentava estar um pouco melhor já que havia parado de chorar, e decide se inclinar e lamber o rostinho, fazendo cócegas no bebê, ao mesmo tempo que limpava ele. Limpou as bochechas rosadas, o cabelinho, os bracinhos magros demais para um bebê que parecia não ter muito tempo desde que nasceu, a barriginha e as perninhas, livrando um pouco o bebê da febre, já que Alfas passavam a sensação de alívio e proteção à todos que o importavam, e naquele momento, o bebê e a menina que o observava, importavam para ele. Ao pensar nela, se vira para ela e se aproxima, vendo a mesma nem ao menos recuar ou rosnar, provavelmente já sem medo ao ver o lobo cuidar do bebê. Ele não era mais um perigo.

Chega perto do pequeno rosto, a observando com curiosidade e sem se conter, começa a farejar a mesma, passando pelas bochechas, nariz, olhos, até os cabelos, notando que a pequena apenas se mantia parada, deixando com que fizesse o que quiser. A menina tinha um odor fraco de margaridas, relaxante e bem fresco, agradando o olfato do lobo que suspirou e lambeu sua bochecha. Viu as mãozinhas se levantarem devagar, meio hesitantes, então lambeu a outra bochecha, incentivando, e logo teve dedinhos emaranhados em seus pelos. Ela acariciou a enorme cabeça, quase em fascínio, já que não é todo dia que você tem a chance de chegar tão perto de um lobo daquele tamanho, ainda mais um tão gentil, não aguentando e se inclinando, abraçando o pescoço e afundando o rosto nos pelos.

Viu que a menina estava se divertindo e teve que grunhir, como se estivesse rindo. Virou a cabeça e lambeu novamente o rosto da pequena que sorriu pela primeira vez.

Uivou baixo, fazendo a menina se afastar confusa, e se aproximou novamente do bebê que ainda olhava o enorme lobo com curiosidade, e com o focinho, enrolou a mantinha novamente no pequeno ser, firmemente, e pegou a ponta com os dentes, conseguindo carregar o pequeno sem dificuldades. Se virou para a menininha que o observava e bateu a pata esquerda no chão, tentando falar algo que a pequena não entendeu. Grunhiu como pode e bateu a pata novamente, mas na direção dos restos de sua calça, que havia soltado momentos antes de se aproximar dos pequenos.

Finalmente entendendo, a menina se levanta e corre até a calça, a pegando e estendendo em direção ao enorme lobo que mesmo em pé, o animal era maior que si. Mas o lobo se curvou e deitou no chão, tomando cuidado com o bebê que carregava na boca, e olhou fixamente para a menina, que entendeu como um pedido para que subisse em suas costas, mas antes, foi até onde estava sentada antes e pegou uma mochilinha rosa bem encardida, abrindo a mesma e guardando os restos da calça dentro. Fechou e colocou a mochila sobre os ombros, e finalmente montou no enorme lobo.

Sehun se levantou, pensando que talvez não aguentaria a pequena, já que estava fraco, mas acabou que conseguiu facilmente, talvez sendo seu lado animal que realmente estava preocupado com os filhotes. Grunhiu novamente, implorando para que a pequena entendesse o que dizia e se aliviou ao sentir a mesma deitar e circular seu pescoço, ou quase, já que seus bracinhos eram pequenos, segurando em seus pelos.


Como se nada tivesse acontecido, sai da viela graciosamente, com uma pequena menininha que observava tudo com olhos sérios, deitada em suas costas e um bebê risonho, que soltava gritinhos a cada coisa que via. E aquilo de certa forma ajudou as pessoas a não terem mais tanto medo do enorme lobo, mesmo que o animal ainda passasse uma mensagem meio assustadora com aqueles olhos bicolores.







Depois de quase uma hora de caminhada, aquela maldita casa era realmente afastada da cidade, chegaram na antiga moradia de Sallyra.

Já que não tinha como destrancar, apenas se agacha um pouco, pegando impulso, e pula pelo muro, passando o portão, e para no tapete velho da porta de entrada. Grunhi como pode e deita, sentindo a pequena em suas costas descer e olhar o lobo, que bate novamente a pata no chão, pedindo algo. A menininha olha para a porta e lembra das calças, tirando a mochilinha das costas e a abrindo, pegando a calça e em um dos bolsos, achando um molho de chaves. Levanta o mesmo e olha para o lobo que uiva baixinho e vira o rosto para a porta.


Depois de um tempo, a pequena finalmente acerta a chave e abre a porta, entrando primeiro. Olha em volta e percebe que era uma casinha pequena, um sofá médio, uma TV antiga que talvez nem pegasse mais, a cozinha era ligada à sala, dando a vista de um pequeno fogão, uma geladeira média e uma cadeira no canto. Havia um corredor pequeno e estreito, que dava em duas portas fechadas.

O enorme lobo entra logo depois, fechando a porta da maneira que podia naquele estado e passa pela pequena, indo até uma das portas, a abrindo com a cabeça, já que estava apenas encostada, entrando no quarto e se aproximando da cama de solteiro. Deita com cuidado o bebê, lambendo a bochechinha  antes de se virar e encontrar a menininha na porta. Aproxima da mesma e uiva baixinho, olhando para o bebê na cama logo depois. A pequena entende e vai até o irmão, sorrindo ao ver o mesmo esticar os bracinhos e tentar lhe alcançar.

O lobo suspira e sai do quarto, indo a área externa da pequena casa e pegando umas roupas que tinha esquecido na casa, três blusas, uma calça e um short de moletom, uma cueca no plástico ainda, nem sabia como tinha uma cueca nova naquela casa, mas deu graças a Deus por isso, e uma cueca lavada. Pegou tudo com a boca e foi até o banheiro pequeno da casa, voltando a sua forma humana, deixando os estralos de sua coluna voltando ao normal, ecoar pelo cômodo. Suspira e veste a cueca que não é nova, a calça de moletom  uma das blusas. Se olha no espelho e joga um pouco de água no rosto, pensando na merda que tava fazendo.


Quando volta ao quarto, vê a menina lhe olhar sério, mas sem se incomodar, se aproxima e sorri ao ver a mesma na frente do irmão, o protegendo. Leva uma mão em direção a pequena e sorri pequeno, em pedido mudo de confiança.  

Ela hesita, mas lembra que aqueles olhos eram o mesmo do enorme lobo, então deixa o homem a sua frente segurar sua mãozinha, sorrindo e a puxando para o colo.

Firma a pequena nos braços e tira os cabelos da frente do rosto miúdo, observando os pequenos detalhes daquela garotinha. Viu que a mesma estava bem suja, estimava que morava nas ruas a bastante tempo e confirmou ao acariciar de leve os cabelos longos e senti-los oleosos e sujos.





Depois de banhá-los, o que não foi difícil já que o bebê estava mais preocupado com o pote de shampoo e a menina simplesmente deixou que ele fizesse o que quiser, vestiu o neném com uma blusa sua, lógico que não coube mas apenas amarrou no canto e serviu, não poderia deixar uma criança com febre, descoberta. E a pequena, a vestiu com a cueca nova, e a outra blusa. Ficou gigante em si, mas dava para ela andar pela casa, pelo menos.  

Deixou os dois no sofá e foi até a farmácia mais perto, quase cinquenta minutos de distância, e pediu um remédio para abaixar a febre de um bebê. A farmacêutica olhou estranho para ele, mas deu o que Sehun queria e logo o mesmo se dirigiu ao mercadinho que tinha ao lado. Comprou tudo o que precisava e voltou quase correndo para a casinha, ficou preocupado com duas crianças sozinhas.

Quando chegou, se deparou com a pequena em pé na frente da porta, parecendo esperá-lo, e quando o viu, saiu correndo para o sofá novamente, pegando o irmão no colo e observando o Alfa ir até a cozinha e deixar um monte de sacolas no chão.  





Alimentou-lhes e deu o remédio para o pequenino, satisfeito quando viu a cor voltar um pouco nos rostos dos dois. Então eles não eram tão pálidos assim, era fome.

Aconchegou a pequena em sua perna, e o bebê em seus braços.- Qual o seu nome e o dele?- Pela primeira vez, decidiu conversar com a pequena.

Ela desceu das pernas dele e saiu correndo para o quarto, voltando logo depois com a mochilinha rosa encardida de antes. Se aproximou de Sehun e esticou os bracinhos, pedindo colo e o mesmo não negou, a aconchegando em sua perna novamente.

A pequena abriu a mochilinha e pegou um caderno de aparência antiga, o abrindo e mostrando uma folha amarelada para Sehun.


Evangeline      Naveen


S- São seus nomes?- Pergunta, ainda avaliando a letra tremida na página.  

A pequena confirma com a cabeça, fechando o caderno e olhando atentamente para o Alfa.


S- O que faziam na rua?- Evangeline dá de ombros.- Ele é seu irmão, né?- Aponta com a cabeça para o bebezinho, que se não fosse um recém nascido, com certeza estaria participando da conversa, já que os observava curiosamente.

A pequena afirma, sorrindo pequeno para o irmãozinho.


S- Certo…- Põe a menina no sofá ao lado e com Naveen nos braços, levanta e vai até os restos de suas calças que Evangeline tinha lhe dado antes. Vê no celular que já era quase três horas da tarde, cuidar de crianças eram demorado e cansativo, então decidi por os dois para dormir.

Indo em direção ao corredor, olha por cima do ombro e apenas com balançar da cabeça, chama Evangeline para o quarto. A pequena desce do sofá, com um pouco de dificuldade, e corre até o Alfa, segurando o tecido da calça, deixando com que o maior a levasse.

Ele deita com cuidado o pequeno Naveen no travesseiro, sorrindo quando o mesmo põe a mãozinha minúscula em seu nariz, e depois pega Evangeline, a deitando ao lado do irmão. Cobri os dois e quando faz menção de se afastar, a menininha lhe olha apavorada, e o bebê faz carinha de choro.


S- Ok…- Suspira e olha para os dois, não havia espaço para si naquela cama, era uma pequena de solteiro, duas crianças eram mais que o suficiente ali, então foi até o guarda roupa pequeno, e pegou um cobertor, o forrou no chão, pegou as almofadas que tinha no sofá, e fez uma cama improvisada, mas maior que a de solteiro.

Sai do quarto, ignorando os sons de choros que as crianças faziam, e vai ao banheiro, tirando sua roupa e ficando nu.

Minutos depois, o enorme lobo negro que tinha os tirado da rua, entra no quarto, olhando sereno para os dois pequenos observadores. Se aproxima e com a boca, pega Naveen, o deitando nos travesseiros no chão, antes uivar para Evangeline, e bater a pata no chão. A pequena sorri e desce da cama, vendo o lobo andar em volta do irmão, e logo deitar do lado dele, acomodando a criança perto de si. Se aproxima do lobo e senta do lado do bebê, deitando depois e descansando a cabeça nos pelos negros das costas do maior.


Alguns minutos se passam e logo consegue ouvir as respirações calmas e ritmadas. Com seu longo rabo, circula dos dois, os cobrindo, e logo fecha os olhos também.  





○●○●○88×94○●○●○




E assim se passou três dias.


Sehun não deu sinal de vida para os amigos, Jongin, que era o mais afastado dessa família, ficou praticamente boiando, pois toda vez que ia falar com Luhan ou Frank, já que Anthony não ia muito com a sua cara, os dois alegavam que não estavam sabendo de nada sobre o Alfa tatuado. Luhan sempre com uma cara de culpado e Frank, nervoso.

Tinha acontecido alguma coisa, mas como sempre, Jongin ficou boiando.


o Lúpus até tentou falar com o professor, Yixing, que como sabemos é pai do nosso Sehun, mas o mesmo disse que Sehun foi passar uns tempos na casa de uma amiga. Ele disse isso sorrindo, então imaginou que talvez, talvez, pudesse ser paranóia sua. Sehun estava bem, logo voltaria, e então continuaria a tentar seduzir o Alfa.


Isso era o que ele esperava.




○●○●○94×88○●○●○




O que diabos tinha na cabeça para levar uma criança e um bebê para casa?!?


Primeiro: Evangeline não falava ainda, o que era estranho já que ela aparentava ter uns quatro anos, então a conversa dos dois se baseava em silêncio total, apenas ela o olhando seriamente e ele devolvendo o olhar.


Segundo: Naveen era o bebê mais hiperativo que já viu na vida. Sehun olhava para ele, e o pequeno estava brincando com chaveiro das chaves, ele piscava e Naveen já estava rolando cama abaixo.

O engraçado era que a criança não chorava quando dava de cara no chão, ela ria gostosamente por longos minutos, se divertindo de um jeito estranho.


Terceiro: Não tinha nenhum documento das crianças, não sabia quando elas nasceram, quem as abandonou, onde nasceram, nome completo, nada.


Quarto: Definitivamente não sabia cuidar de crianças. Evangeline não negava nada que ele fazia, comida, brincadeira, nada, mas em compensação, lhe lançava cada olhar gélido que Sehun só não chorava porque se recusava a dar esse gostinho pra ela.

Já Naveen comia demais. Sempre estava chorando por estar com fome, e isso não era exagero! Ontem mesmo, Sehun tinha acabado de lhe dar uma mamadeira de leite morno, quando o mesmo começou a chorar. O Alfa se desesperou, tentou fazer-lo arrotar, olhou a fralda, mediu a temperatura, mas nada, ele só chorava mais alto. Até que pensou em dar outra mamadeira, e não é que ele começou a sugar fervorosamente o leite morno, novamente?!


Quinto: O que falaria para seus pais quando aparecesse com duas crianças no colo?!?!?!

Oi omma, appa, esses são os filhotes que eu achei na rua e levei comigo para uma casa abandonada.”

Seu appa provavelmente iria correr até as crianças e apertar suas bochechas. Seu omma, bem, talvez desmaia-se.


E por último: Haja dinheiro! Tudo bem que ele ganhava bem por ser o principal ganhador dos rachas de Junhoe e Sallyra, mas caramba, nunca gastou tanto na vida, em apenas três dias.

Só na sessão infantil, foi quase trezentos, em roupas e o essencial para um recém nascido.

Com leite, duzentos e cinquenta, queridos, leite tá bem caro;

Fralda, senhor, fralda é caro. Ainda mais quando Naveen tem alergia as mais baratas, o forçando a comprar a MAIS CARA! Só de fralda, foi duzentos e pouco.


Façam as contas, amigos. Sabem o quanto dá isso?!

Dá em um Sehun completamente duro.


Agora ali, sentado na varanda da casa afastada da cidade, no meio da noite, o Alfa pensava no que a sua vida tinha se tornado.

No final, acabou que tinha como ficar mais na merda.


O som da porta atrás de si sendo aberta o acordou e percebeu ser a pequena Evangeline, com carinha de sono, que se aproximou e cutucou o ombro do Alfa.


S- Hm.


Ela o olhou séria, como sempre, sem falar nada.

Sehun suspirou e puxou a menininha para vê-la melhor.


Depois de três dias cuidados deles, os irmãos já estavam visivelmente bem melhores. Com os cabelos ônix, agora lavados e cheirosos, sem a sujeira e oleosidade, eram sedosos e brilhavam com a luz da lua. Batiam na cintura, criando um contraste lindo com a pele clarinha que a pequena tinha.

Suas bochechas eram gordinhas e rosadas, como a do irmão, e seus olhos agora brilhavam mais do que quando a encontrou na rua com o irmão.

Ela também estava mais gordinha. Sehun se lembra de quando foi dar o primeiro banho nela, e reparou que suas costelas eram quase que completamente vistas através da pele. A pequena estava esquelética. Agora, seus bracinhos tinham carne, seus ossos não estavam mais à vista, e sua pele tinha mais cor. Ela ainda era pálida, mas chegou a conclusão que ela estava bem.


E agora a olhando, sentindo suas mãozinhas tentarem lhe cutucar novamente, Sehun percebeu que talvez, mesmo se sentindo mais fraco a cada dia que passava, sua vida não tinha piorado tanto assim.


Depois de levar Evangeline de volta à cama, aparentemente ela não conseguia dormir sem o enorme lobo ao seu lado, como proteção. Sehun acabou por dormir também.

Tinha decidido algo importante e amanhecendo, sairia de casa com as crianças para resolver isso.




Terminou de alimentar Naveen e foi ao quarto, trocou a roupa do menininho risonho, pondo uma blusinha azul clara com nuvens e uma bermudinha branca.- Eva!- Chamou a pequena e logo ela apareceu na porta do quarto, com um sanduíche de queijo em mãos.- Vem cá.- Ela se aproximou e Sehun deixou Naveen deitado na suposta “cama” em que dormiam toda noite, pegou a menina no colo, a pondo de pé na cama, e a trocou também. Colocou um vestidinho vermelho com flores coloridas, e riu quando Evangeline rodopiou na cama, fazendo a saia do vestido rodar graciosamente.- Vai passar mal desse jeito.- Parou ela e pegou um elástico, prendendo os cabelos negros da pequena em um alto rabo de cavalo.- Agora quero te perguntar uma coisa.


Sentou na cama e viu a pequena se sentar ao seu lado, terminando de comer o sanduíche.- Se tivesse um meio de você e Naveen ficarem comigo, você aceitaria?- Viu a pequena arregalar os olhos.- Aceita deixar que eu seja seu novo appa?





Evangeline chorou, abraçou Sehun com todas as suas forças e o Alfa considerou isso como um sim, ainda mais quando no caminho para o cartório, em que ela passou a saltitar com um sorriso.


Mas Sehun poderia simplesmente ir até lá e fazer novos documentos? Claro que sim. Até porque, na noite anterior, havia ligado para um amigo que trabalhava no Conselho Tutelar, e perguntou se o mesmo poderia lhe fazer um favor.

Depois de prometer algumas coisas, mesmo sendo errado, o cara o ajudou e disse que poderia apenas ir até o cartório que já estaria tudo pronto.

Só teve que falar novos nomes para o outro, que alegou que eles teriam no documento a nacionalidade sul coreana. Para não dar muito na cara que estavam fazendo algo fora da lei ali, coisa que Sehun já era acostumado, as crianças teriam que ter um nome asiático.  


A menina se chamaria Evangeline Zhang, no exterior, e na Coréia, Zhang Taeyeon.

O bebê seria Naveen Zhang, lá fora, e Zhang Jimin na Coréia.


E assim Sehun;

Um corredor de racha que se diverte quase batendo sua camionete;

Um Alfa que estava morrendo,

Por conta de uma noite irresponsável onde foi marcado por um Lúpus;

Um tatuado que ainda por cima estava brigado com o irmão de consideração;

Que seus pais nem faziam idéia;

Virou pai.



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