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História Gossip Girl - 360


Escrita por: xcstylesx

Capítulo 4 - 360


– Do que vocês dois estão falando? – perguntou a mãe de Louis, esgueirando-se ao lado de Luke e apertando a mão de Troye.

– De Sexo. – Troye deu-lhe um beijo molhado na orelha Eca.

– Oh! – guinchou Jay Tomlinson, ajeitando uma mecha loura que tinha escapado.

A mãe de Louis usava o tubinho de cashmere grafite que Louis tinha ajudado a comprar na Armani e mules de veludo pretas. Um ano antes ela não caberia no vestido, mas tinha perdido dez quilos desde que conhecera Troye. Estava ótima. Todo mundo achava isso.

– Ela parece mais magra. – Louis ouviu a sra. Styles cochichar com a sra. Smith. – Mas aposto que tem uma marca no queixo.

– Você deve ter razão. Ela deixou o cabelo crescer... isso é um sinal patente. Odeio as cicatrizes – cochichou a Sra. Smith em resposta.

A sala zunia de fragmentos de fofoca sobre a mãe de Louis e Troye Austin. Do que Louis pôde ouvir, os amigos da mãe achavam exatamente a mesma coisa que ele, embora não usassem palavras como irritante, gordo ou mané.

– Senti cheiro de Old Spice – cochichou a Sra. Smith com a Sra. Hemmings. – Você acha que ele está mesmo usando Old Spice? Isso seria o equivalente masculino de usar desodorante corporal Impulse, que todo mundo sabe que é o equivalente feminino de asqueroso.

– Não tenho certeza – respondeu a Sra. Hemmings aos cochichos. – Mas é bem possível. – Ela arrebatou um rolinho primavera de bacalhau e alcaparras da bandeja de Dorota, colocou-o na boca e mastigou vigorosamente, recusando-se a dizer mais alguma coisa. Não suportaria que Jay Tomlinson ouvisse por acaso. As fofocas e o palavrório eram divertidos, mas não à custa dos sentimentos de uma velha amiga.

Que besteira!, teria dito Louis se pudesse ouvir os pensamentos da Sra. Hemmings. Hipócrita! Todas essas pessoas eram fofoqueiras terríveis. E já que vai fofocar, por que não aproveitar um pouco?

Do outro lado da sala, Troye agarrou Jay e a beijou na boca na frente de todos.

Louis se encolheu à visão revoltante de sua mãe e Troye agindo como adolescentes chatinhos com paixonite aguda e se virou para olhar a Quinta Avenida e o Central Park da janela da cobertura. A folhagem de outono estava em fogo. Um ciclista solitário pedalava pela entrada do parque na rua 72 e parou num carrinho de cachorro-quente na esquina para comprar uma garrafa de água. Louis nunca tinha percebido o carrinho de cachorro-quente antes, e se perguntou se sempre ficava parado ali ou se era novo. Engraçado o quanto a gente pode deixar de ver nas coisas que vê todo dia.

De repente, Louis ficou faminto, e ele sabia que só queria uma coisa: um cachorro-quente. Ele queria um agora – um cachorro-quente fumegante, com mostarda, ketchup, cebola e chucrute – e ele ia comer esse cachorro-quente em três dentadas e depois arrotar na cara da mãe. Se Troye podia enfiar a língua pela garganta da mãe diante de todos os amigos de Louis, então ele podia comer uma droga de cachorro-quente.

– Eu já volto – disse Louis a Jaden e Barbara.

Ele girou o corpo e começou a atravessar a sala, em direção ao hall da frente. Ia colocar o casaco, sair, pegar um cachorro-quente no carrinho, comer em três dentadas, voltar, arrotar na cara da mãe, tomar outro drinque e depois transar com Luke.

– Aonde você vai? – gritou Jaden por trás dele. Mas Louis não parou; seguiu direto para a porta.

Luke viu Louis saindo e conseguiu se livrar de Troye e da mãe de Louis a tempo. – Louis? – disse ele. – Que foi?

Louis parou e olhou nos olhos azuis e sensuais de Luke.

Ele está usando seu coração na manga, lembrou para si mesmo, esquecendo completamente o cachorro-quente. No filme de sua vida, Luke a pegava, carregava para o quarto e a violava. Mas infelizmente esta era a vida real. – Tenho de falar com você. – Louis ergueu o copo. – Enche pra mim primeiro?

Luke pegou o copo e Louis o levou para o bar com tampo de mármore pelas portas duplas que se abriam para a sala de jantar. Luke encheu um copo de uísque para cada um e depois seguiu Louis pela sala de estar mais uma vez. – Ei, estão indo para onde, hein? – perguntou Harry Styles quando eles passaram. Ele ergueu as sobrancelhas, olhando sugestivamente de banda. Louis revirou os olhos para Harry e continuou, bebendo quanto andava. Luke o seguia, ignorando Harry completamente.

Harry Styles, filho mais novo de Anne e Desmond Styles , era bonito, de uma beleza de comercial de barba. Na verdade, ele tinha feito uma propaganda do drakkar noir britânico, para consternação pública e orgulho secreto dos pais. Harry também era o garoto mais galinha do grupo de amigos de Louis e Luke. Uma vez, em uma festa da sétima série, Harry tinha se escondido no armário do quarto de hóspedes por duas horas, esperando se enfiar na cama com Jaden Smith, que estava tão bêbada que vomitou dormindo. Harry não deu a mínima. Simplesmente foi para a cama com ele. Era totalmente inabalável quando se tratava de garoto(a)s.

A única forma de lidar com um garoto como Harry era rir na cara dele, e é exatamente isso que faziam todos os garotos que o conheciam. Em outros círculos, Harry podia ter sido banido como lixo da pior espécie, mas estas família eram amigas há gerações. Harry era um Styles, e portanto estavam presos a ele. Eles se acostumaram com seu anel cor-de-rosa com monograma em ouro, o cachecol de cashmere com monograma azul-marinho e as cópias da foto de sua cara que se alastravam pelos muitos apartamento e casas de seus pais e cuspiam ara fora de seu armário na Riverside Preparatory School for Boys.

– Não se esqueçam da camisinha – gritou Harry, erguendo o copo para Louis e Luke quando eles se viraram para o longo corredor atapetado em vermelho em direção ao quarto de Louis.

Louis pegou a maçaneta de vidro da porta e girou, surpreendendo Kitty Minky, sua gata Russian Blue, que estava enroscada na colcha de seda vermelha da cama. Louis parou na soleira da porta e se inclinou para Luke, apertando seu corpo junto ao dele.

Ele estendeu o braço para pegar a mão de Luke.

Naquele momento, as esperanças dele se reanimaram. Louis estava agindo de um jeito sexy e apaixonado e será... que alguma coisa estava prestes a acontecer?

Louis apertou a mão de Luke e o puxou para dentro do quarto. Tropeçaram um no outro, caindo na cama, e entornaram a bebida no tapete de pêlo de cabra. Louis riu; o uísque que ele derrubou tinha ido direto para a sua cabeça. Estou quase transando com o Luke, pensou Louis. E depois os dois iam se formar em junho e iriam para Yale no outono, e teriam uma cerimônia de casamento enorme quatro anos depois e encontrariam um belo apartamento na Park Avenue e o decorariam todo com veludo, seda e peles e transariam um dia em cada cômodo.

De repente a voz da mãe de Louis soou, alta e clara, pelo corredor. – Niall Horan! Que surpresa agradável!

Luke largou a mão de Louis e se pôs de pé como um soldado que levou uma bronca. Louis se sentou duro na ponta da cama, colocou o copo no chão e agarrou a colcha com força, os nós dos dedos esbranquiçados. Ela olhou para Luke.

Mas Luke já estava se virando para sair, andando a passos largos pelo corredor para ver se aquilo podia ser verdade. Será que Niall Horan tinha realmente voltado?

O filme da vida de Louis dera uma guinada súbita e trágica. Louis apertou a barriga, faminta novamente.

No fim das contas, ela devia ter ido comer o cachorro-quente.


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