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História The Demon Amour [Amor Doce] - Passado de guerra e presente de conflito.


Escrita por: HellKingArt

Notas do Autor


EU NÃO MORRI !

Um fucking mês depois eu surjo das trevas para lhes trazer esse capítulo fresquinho, e pedir desculpas.

Eu tive um bloqueio, não conseguia escrever. Sinto muito.

Bem, boa leitura e não se esqueça de comentar ;)

Capítulo 15 - Passado de guerra e presente de conflito.


                      [Romênia]

[Época desconhecida]

"Aqui no subsolo...até mesmo a rosa mais bela perecerá."

Já estávamos no quarto dia do que parecia não ter mais fim. A guerra entre o Céu e o Inferno.

O suor se misturava ao sangue e à sujeira em meu rosto, meus cabelos quase cobriam meus olhos por debaixo da máscara de corvo, limitando a minha visão.

Escondido atrás de um tronco de árvore ouvia os sons da batalha se propagarem enquanto inutilmente tentava curar a ferida aberta em minha perna.

"Anjos miseráveis..."

Com pressa, abri uma garrafa com os dentes e despejei uma boa quantidade do líquido avermelhado sobre o local da ferida, nada poderia me impedir de guardar a porta para o Inferno de Hoia-Baciu.

As palavras do Conselho Demoníaco eram claras :

"Confia e serás traído, baixa a tua guarda e serás morto, matais antes que o matem.

Lucáhrio, tu és o príncipe dos demônios, não deixe que os anjos vos tomem o que é vosso, vença esta guerra."

Uma pulsação tirou-me de meus pensamentos. O inimigo estava por perto.

Levantei-me com dificuldade e apoiei-me no tronco da arvore enquanto com a mão esquerda alcançei o cabo de meu machado, um golpe deveria partir o bastardo ao meio...

Um som melodioso chamou a minha atenção, poderia estar ficando louco, mas podia ouvir alguém cantar. Era uma voz feminina e seu tom era de lamúria, o que para aquele cenário...era perfeito. Naquele momento eu me senti estranhamente atraído por aquela voz.

Mancando, me aproximei do que parecia ser uma clareira, intacta, ilesa dos acontecimentos catastróficos da guerra, e foi neste momento que a vi...

Um anjo, literalmente...as asas em suas costas não me deixaram dizer o contrário, porém...era mais do que isto... seus cabelos negros davam explêndido contraste à sua pele clara, e a cor de seus olhos era de um branco tão brilhante que eu poderia me perder neles.

Era ela quem cantava, e sua voz soava ainda mais linda pessoalmente...o que me fez questionar o quê havia de errado comigo.

Ela é um anjo...eu deveria mata-la...

Um ataque surpresa e ela não teria como se defender, suas asas dariam um ótimo troféu...

Mas então, ela me olhou...e foi como se toda a floresta desaparecesse, não havia mais nada, apenas nós dois...

--...Tu...vais matar-me ?-- ela perguntou depois de um tempo de silêncio como se lêsse minha mente, e eu simplismente fiquei sem palavras.

Eu a mataria...?

--Oh ! Está ferido !--

Ela se aproximou e eu recuei, péssima idéia. Acabei por perder o equilíbrio e cair sentado no chão, deixando escapar um gemido baixo de dor.

Se abaixando próximo a mim, ela riu levemente, me fazendo desviar o olhar, meu rosto estava estranhamente quente.

--Perdão...deixe-me ajuda-lo...--

--...E por quê o faria ?--a olhei --Tu és um anjo...--

--E é por esta razão que irei fazê-lo.--

--...Eu não devo confiar em um anjo.--

Ela mais nada disse, apenas aproximou suas mãos de meu rosto.

Me senti imove naquele momento, o que ela faria ?

Logo suas mãos suaves seguraram as laterais de minha máscara, a puxando para fora de meu rosto, simplismente não pude impedi-la. Seu rosto ganhou um leve rubor ao me ver, mas logo um sorriso gentil se fez presente.

Este anjo está tentando me enlouquecer.

--Poderia me dizer teu nome, caro guerreiro..?--

--O meu..nome ?--fui pego de surpresa. Por qual motivo eu deveria dizer meu nome à ela ? --...Hellsing..Lucáhrio Hellsing.--

--...Lucáhrio...--ela repetiu o meu nome, sorrindo de maneira infantil.

--...Diga-me o teu.--exigi.

--Meu nome ?--

--Sim.--

--Oh..bem..eu não possuo um nome de berço...mas gostam de chamar-me Seléstia.--

--Seléstia...--repeti lentamente, a vendo acentir. Logo uma fisgada em minha perna me fez acordar --Urgh...--

--Está com dor...--ela aproximou as mãos de mim novamente, mas a detive.

--Não. Não toque em mim...--

--Ora...todos os demônios são teimosos deste jeito ?--

Não respondi. Ela então, mais uma vez aproximou-se e tocou minha ferida levemente, fechei os olhos, já esperando uma dor alucinante..porém..nada veio.

Quando olhei, uma luz branca provinha das mãos da outra e minha ferida se fechava instantâneamente, Seléstia afastou suas mãos, sorrindo de forma doce e, de certa forma, acolhedora.

--Aí está, não foi tão difícil, foi ?--

A fitei por um tempo, as palavras de minha família e de meus companheiros agora ecoavam em minha mente :

"Anjos são cruéis, eles só amam à quem seguem os seus ideais egoístas de falsa bondade, nunca confie em um anjo, ele pode matá-lo sem rancor algum."

Meu olhar alterava agora entre minha ferida recém curada e o Anjo à minha frente, buscando algum sentido naquela frase. Até que suspirei, soltando um sorriso.

--Eu agradeço.--

[Agora]

'Hellsing' era um sobrenome renomado na Europa e ao redor do mundo, uma família extremamente rica e de negócios bem sucedidos, a maioria dos membros sendo conhecidos por sua seriedade e superioridade, sem falar na aparência.

Lucáhrio Hellsing, o atual líder da família, é dono de duas redes de hotéis de luxo, uma empresa de valores e várias residências espalhadas pelo país, pode-se dizer que já está habituado à riqueza. Limousines, mansões, restaurantes de luxo, etc...faziam parte de seu cotidiano.

Tirava seus óculos escuros ao sair do carro preto e encarar a fachada de um dos restaurantes maia famosos de Londres, onde havia feito uma reserva. Não tardou a entrar.

No interior do restaurante, chamava uma certa atenção. Afinal, poderia um homem de um metro e noventa de altura e com um visual gótico/vitoriano passar despercebido ?

(N/A:Lysandre que o diga.)

Não tardou a ir para seu lugar reservado, uma mesa perto da janela para que pudesse apreciar melhor a vista do céu nublado, e fez seu pedido, uma porção de 'Fish and fries' (como o nome diz, peixe e batata frita), 'Scones' ( biscoitos que podem ser acompanhados por geleias ou manteiga. Outros tipos de bolachas e sanduíches também são comuns nesta refeição.) Para acompanhar as duas xícaras de chá de camomila, e como sobremesa pediu um 'Summer Pudding' (Em sua receita são utilizados pão italiano, frutas vermelhas e açúcar.). E se pôs a esperar, não seu pedido, mas alguém em especial.

E a mesma não tardou a chegar,visto que a pontualidade é um costume inglês, logo se juntando ao pai à mesa. Houve um momento tenso de silêncio, antes do Hellsing mais velho tomar a frente na conversa.

--Também é um prazer poder vê-la, filha.--disse tomando a mão da outra para beija-la. Porém o ato foi interrompido pela mesma, que puxou sua mão de volta.

--Não posso dizer o mesmo...velho...--

O albino teve em seu rosto uma careta de desgosto por alguns segundos, ser chamado de "velho" pela própria filha era algo que odiava realmente. Logo soltou uma risada irônica, quando seu pedido veio à mesa.

--Esta sua rebeldia não vai lhe fazer bem algum...--

--Diga logo o que quer, velho.--cuspiu, levando a xícara de chá aos lábios --Eu sou uma pessoa ocupada..--

O mais velho suspirou com raiva, empurrando o prato de peixe e fritas para sua filha, em um gesto de : "Pedi isto para você, pirralha ingrata.". A mesma sorriu, respondendo : "Seja lá o que queira, a resposta é não."

--Acho eu que já tenha uma idéia do que eu quero lhe dizer...--viu a outra acentir a contragosto --Pois bem, Camila...você sabe que eu só estou fazendo isto pelo bem da família..--

--Urgh, sua falsidade me dá nojo...--a mesma enfiou o dedo em sua boca, simulando um vômito.

--....Me escute, garotinha...--falando mais baixo, o mais velho apoia as mãos sobre a mesa, se levantando e fitando a filha --Você é a minha suscessora e não é porque está morando lonje de mim agora que não tenha que me obedecer, eu não quero saber se tem planos, ou se tem outro "amor" ou algo deste tipo. Você vai se casar.--

--E se eu não quiser mais..te obedecer..?--ela não deixou barato, também se levantou, mesmo não tendo altura suficiente para enfrentar o pai. --Eu não quero me casar, é loucura...--

--Eu não dou a mínima para o que você quer...--

--É...eu sei.--se virando, ela se afasta do pai, indo na direção da saída.

--Onde pensa que vai ?!--

--Essa conversa acaba aqui..--

A mais nova encerrou, deixando o outro para trás.

                   [....]

O corpo em estado de repouso estava imove, as correntes que prendiam desde os tornozelos até as enormes asas (antes brancas, mas agora manchadas com um líquido carmim) se estendiam até onde a vista alcançava. Ela era banhada por uma luz fraca.

"Acorde, anjo..."

Escutou uma voz a lhe chamar, não tendo vontade de atender a mesma, manteve os olhos fechados.

"EI, eu estou falando com você !"

Um chute foi desferido contra seu estômago, fazendo-a gemer e cuspir uma certa quantidade de sangue. Olhando para seu agressor com uma certa raiva.

"Acordou, finalmente."

Não obteve resposta.

"Não vai falar ? Ótimo ! Olha..um passarinho me contou...que as buscas por você foram suspensas !"

Se levantou bruscamente, sentindo o fisgar das correntes em suas asas, mas não ligava mais para aquela dor.

Não era nada comparado ao que sentia por dentro.

"Surpresa ? Eu não ficaria, foram vários anos, Seléstia...todos que amava já esqueceram de você.

E sua família ? Você deve se perguntar...bem, ela se dividiu."

--...Não..--se pronunciou pela primeira vez, a voz fraca, baixa.

"É uma pena, também vai perder o casamento da sua filha mais nova, vai ser incrível !"

--Deixe-me...sair..isso já foi lonje demais !--

"Sair ? Logo agora que está tudo dando certo para mim ? MINHA QUERIDA, VOCÊ SÓ SAIRÁ DAQUI QUANDO TIVER SE TRANSFORMADO EM PÓ CELESTIAL !"

As correntes moveram-se, prendendo os braços dela para trás, lágrimas grossas escorriam de seus olhos enquanto ela tentava se soltar.

"Agora, se me dá licença..."

A figura deu de costas e se retirou do local.

Seléstia caiu ajoelhada no chão, em prantos.

Quando aquilo iria acabar...? 



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