História The Detective - Chapter.10

Chegamos na delegacia e a secretária Jiyo veio em nossa direção com uma folha em mãos.

Secr.Jiyo- Eu olhei os registros de vendas da casa de pediu, detetive Min.

Det.Min- Obrigado, Jiyo.

Nos sentamos, eu o olho e limpo minha garganta.

-Registro de vendas?

Det.Min- Ah, eu só queria conferir uma coisa.

-O homem que você falou alto?

Det.Min- Sim, mas tudo indica que ele comprou a casa tem um mês.

-É você todo paranóico.

Det.Min- Tenho que conferir.

-Paranóico.

Sorrio de lábios e volto minha atenção para meu computador. Eu havia pedido ajuda de alguns agentes policiais do andar superior, mas eles estão sempre muito ocupados.

Det.Min- Ei, S/N.

-Sim?

Ele não diz nada mas faz um sinal com sua mão indicando para eu ir até ele. Me levanto, vou para trás de sua cadeira e olho seu computador.

Det.Min- Olhe, ele está totalmente de preto.

O vídeo das cameras de seguranças que mostravam o assassino estavam passando em velocidade reduzida, a gravação estava mais clareada e pausada.

-Sim. Normalmente usam uma cor escura. Mas por que está relevando suas roupas?

Det.Min- Menos seus sapatos. São cinzas e manchados, provavelmente de sangue...em todos os vídeos de segurança.

-Isto é interessante. Mas, mesmo se descobrirmos uma coisa diferente em suas roupas, seria meio complicado acharmos ele.

Det.Min- Eu sei, mas pelo menos temos alguma coisa que pode nos ajudar.

-Bom trabalho, Yoongi.

Det.Min- Eu deixei você me chamar de Yoongi, mas não me chame no trabalho.

Rolo meus olhos para cima sorrindo de lábios e volto para minha cadeira. O sapato cinza realmente me assusta. O homem que ficou parado em frente a minha casa também usava sapatos cinzas. Espero que seja somente uma conhecidencia.

Quebra do tempo

Eu e o detetive trabalhamos por várias e várias horas, almoçamos juntos, pegamos nossas coisas quando anoiteceu e fomos até o Arboretum com meu carro. Estava perto da meia noite, nós dois tínhamos acabado de entrar no parque para vistoriar a área, nossas pistolas estavam em nossos coldres e estávamos atentos a qualquer movimentação no local.

Det.Min- Está com medo?

Sua pergunta sai em um tom de deboche.

 -Não, não estou com medo, Yoongi.

Det.Min- Achei que estaria.

Uma risada baixa do detetive ecoa pelo parque vazio enquanto eu dou uma cotovelada leve em seu braço.

-Vamos nos dividir e procurar.

Det.Min- Claro que não. Está maluca?

-Por quê? Seria muito mais rápido.

Det.Min- Como você é teimosa. É a terceira vez que eu digo a você. Estamos em uma missão com um assassino de mulheres no ramo policial, nesta faixa noturna, com a sua idade e neste lugar. Você é uma mulher detetive, estamos no horário aproximado que ele mata suas vítimas e estamos no lugar que ele mata.

-Entendi, entendi, mas...como sabe minha idade?

Det.Min- Registros, S/N.

-Você me estudou?

Det.Min- Eu tinha que saber com quem eu iria trabalhar.

Arqueio minha sobrancelha olhando para uns arbustos que estavam se movendo levemente de uma forma estranha. Fiz um sinal de silêncio para o detetive e apontei para os arbustos, apontamos nossas pistolas para lá e caminhamos lentamente.

Conforme nos aproximamos dos arbustos, os movimentos que eles estavam fazendo parou, talvez seja somente um animalzinho perdido. O detetive mexeu nós arbustos, um besouro vôou em sua direção o fazendo assustar e cair para trás.

Coloco as costas de minha mão em frente a minha boca enquanto ria do mesmo.

-Se assustou com um besouro?

Det.Min- Não enche.

Estendo minha mão para ele, mas o mesmo se levanta sozinho e limpa suas roupas bravo.

Det.Min- Eu posso ter me assustado com o besouro, mas ele não fez esse arbusto se mexer daquela forma.

-Sim, deve ter sido somente um coelho. Tem vários deles por aqui.

Det.Min- Você não entendeu, S/N. Se eu entrar nestes arbustos, posso fazer os mesmos movimentos que estavam fazendo antes.

-Alguem devia estar aqui, mas fugiu. Estamos muito aparentes aqui.

Det.Min- Vamos para um local estratégico.

-Eu sei de um lugar.

Caminhamos até uma fileira com várias árvores, é um lugar muito bom, mas temos um problema. Conseguimos ver somente um dos templos.

 -Ouça o que eu digo, temos que nos separar.

Det.Min- Ouça você o que eu digo. E se nos separarmos e o assassino pegar você?

-Você tem que pegar ele se isso acontecer.

Det.Min- Pare de brincadeiras, S/N. Agora fique quieta e preste atenção.

Parece que ele não vai ceder de forma alguma, mas alguma hora ele vai perceber que precisamos ficar em lugares diferentes se quisermos pegar o suspeito.

Quebra do tempo

Minha cabeça tombava para frente a cada segundo, meus olhos quase não se mantiam abertos, eu estava muito cansada. Eram três da manhã, nenhuma movimentação estava acontecendo no templo que estávamos observando.

-Yoongi, vamos olhar o outro templo, nada está acontecendo aqui, mas pode estar acontecendo no outro.

Det.Min- Tá, vamos. Preciso esticar minhas pernas.

Nós nos levantamos, caminhamos silenciosamente para o outro templo. Pingos de sangue estavam caídos no chão, a adrenalina corria em mim quando vimos uma mulher deitada no chão.

Seu pescoço estava sangrando, suas roupas estavam totalmente vermelhas de sangue, havia uma faca em sua coxa e seus olhos se moviam lentamente.

Corremos até ela, nenhuma palavra saia de sua boca, mas ela apontou para uma direção aleatória.

-O que tem para lá? O suspeito foi para aquele lado?

Minha pergunta é em um tom de desespero. A cabeça da mulher se move lentamente em um sim.

-Eu vou ligar para a ambulância. Yoongi, tente achar esse cara.

Det.Min- Vai ficar bem?

-Vou, vai logo.

Ele corre na direção que a mulher apontou, coloco minha arma em meu coldre, me ajoelho ao lado da mesma, pego meu celular e ligo para o número da ambulância. Eu estava tão nervosa olhando a mulher parar de respirar gradativamente enquanto o tempo passava.

-Fique aqui, por favor. Eu estou aqui, não feche seus olhos.

Poucos minutos depois uma sirene de ambulância se aproximava enquanto eu estava olhando para a mulher, que neste ponto, já havia parado de respirar. Ela morreu e eu não pude fazer nada para a ajudar. Os socorristas vinham para nossa direção, eu me levantei com os joelhos da minha calça manchada pelo sangue da mulher.

Socorrista1- O que aconteceu, detetive?

Ele me pergunta enquanto outros socorristas colocavam a mulher em uma maca.

-Assassinato.

Socorrista1- Vamos a levar e ver o que podemos fazer.

-Ela já está morta, senhor.

O silêncio se faz presente em nossa conversa, mas ele me olha confuso.

Socorrista1- Está sozinha?

-Não, não estou.

É, eu não estou sozinha, mas onde o detetive se meteu? Meu olhar vai até o local que ele correu e logo volta para o socorrista.

-Com licença.

Pego minha pistola e vou caminhando na mesma direção que o detetive. Eu estava cheia de preocupação, os assassinos matam qualquer pessoa que estiver se intrometendo em seus planos futuros.

Por favor, detetive. Esteja bem e de preferência, esteja vivo.