História The Detective - Chapter.9

Primeira semana de maio - Sem vítimas - 0/4

Uma semana se passou, o mês de maio já havia iniciado, o assassino ainda não tinha dado as caras, sem pistas, sem novas vítimas, sem novas ocorrências, o homem estranho ficou parado em frente ao meu apartamento mais três dias seguidos, isso me assustou, mas não falei com ninguém, se ele tentar alguma coisa eu sei me cuidar.

Já estávamos quase na metade da semana, eu e o detetive estávamos fazendo patrulhas de carro em volta do Daegu Arboretum todas as noites e isto estava me deixando mais cansada que o normal, eu mal tenho voltado para minha casa. Eu e o detetive pegamos um pouco de intimidade, já não nos chamamos somente de detetive, acredito que isso seja um avanço.

Neste momento, eu estava  no banco passageiro do meu carro, o detetive estava no banco do motorista olhando as ruas, estávamos estacionados em frente ao Arboretum, Ele estava de olho por aí enquanto eu descansava.

Det.Min- S/N...S/N, acorda.

Ele balança meu ombro enquanto me chama calmo.

 -Hm?...É a minha vez?

Det.Min- Não, já passou do horário.

Descobrimos que há sim um horário, o suspeito sequestra as vítimas próximo a meia noite, leva elas até o Arboretum entre meia noite e meia, e duas da manhã, por fim, mata suas vítimas brutalmente entre duas e três e meia. Não achamos um horário certo, mas definimos estes para ter uma base.

 -Já? Você nem me acordou, Yoongi.

Det.Min- Você ficou acordada ontem a noite, e de novo com essa coisa de me chamar de Yoongi.

-É seu nome, não reclame.

Det.Min- Tá, tá, tanto faz. Me dê seu endereço, te levo para casa.

-Por que está falando como se fosse um playboy?

Det.Min- Eu estou sendo gentil.

-Pense comigo, se você me deixar em casa, como vai para sua?

Det.Min- Com seu carro.

-Mas não vai mesmo. Sai do carro e vem pro banco do passageiro.

Resmungos saem de sua boca enquanto trocamos de lugares, ele me passa seu endereço, apesar de eu me lembrar da rua, dirijo calada até a casa do mesmo.

Quebra do tempo

Det.Min- Obrigado pela carona, até amanhã.

-Até.

Ele sai do carro, entra em sua casa e eu vou em direção ao meu apartamento, hoje eu estou tendo uma sensação ruim, estou com medo de voltar para casa. Mas não tenho para onde ir, é lá que eu moro, não é mesmo? Minhas coisas e tudo mais.

Estaciono meu carro na minha vaga, subo as escadas. O medo me invadiu por alguns segundos, isso não acontecia sempre. Abro a porta de madeira, entro no meu apartamento,  coloco minhas coisas na mesa de jantar e olho para meu celular, onde havia uma notificação do detetive.

Det.Min

-Está tudo bem aí?

Está sim, só fiquei com um pouco de medo de- entrar em casa.-

-Eu acho que você deveria ficar em um hotel até o mês acabar.

Não preciso, vou ficar bem aqui em casa.-

-Você que sabe, se precisar de alguma coisa, me liga.

Ok, o mesmo para você.-

Tranco a porta da frente, fecho as janelas, vou para meu banheiro, tiro minhas roupas, tomo banho, troco de roupa, entro em meu quarto, tranco a porta somente por segurança, desligo as luzes e me deito para dormir.

Dia seguinte.

Como eu e o detetive estávamos fazendo patrulhas de madrugada, poderíamos chegar um pouco mais tarde.

De manhã, enquanto eu dormia, ouvi um barulho na minha fechadura do quarto que logo sumiu quando dei uma batida na cabeceira da cama, isso deve ter assustado o que quer que tenha sido isso.

Levanto de minha cama preocupada, faço todas minhas higienes, troco de roupa e logo estava tomando meu café da manhã. Eu estava muito alerta, apesar do cansaço, o assassino pode muito bem vir aqui novamente, me sequestrar, me levar para o Daegu Arboretum e me matar. 

Este tipo de pensamento estava rodando em minha cabeça enquanto saia de casa, dirigia e finalmente enquanto eu estava em minha mesa.

Det.Min- Temos que ficar alertas, S/N.

O medo tomou conta de mim novamente enquanto eu pensava no barulho da minha fechadura de manhã, o que me fez morder meu lábio e cerrar minhas sobrancelhas.

Det.Min- S/N? Está me ouvindo?

-Alguem tentou entrar no meu quarto hoje.

Det.Min- Como assim?

A preocupação em sua voz era aparente, suas sobrancelhas estavam arqueadas e seus olhos levemente arregalados.

-Alguem tentou entrar no meu quarto. Tentou abrir a fechadura da minha porta, mas ela estava trancada.

Det.Min- Por favor, S/N. Pela sua segurança, vá para um hotel.

-Eu não posso simplesmente morar em um hotel por um mês, Yoongi.

Det.Min- Ah mas você pode. Não só pode, como vai.

-Nao tenho tempo e nem tanto dinheiro para pagar um mês de hotel.

Det.Min- Eu tenho um amigo que é dono de um hotel, eu falo com ele para fazer uma diária barata e você busca suas coisas em casa.

-Mas eu não quero ir sozinha para meu apartamento, a pessoa conseguiu entrar na minha uma vez, o que impede ela de entrar de novo?

Ele seuspira pesado, se levanta e caminha até o elevador.

Det.Min- Vamos, eu vou com você se está com medo.

Pego minha bolsa, me levanto e vou até ele.

-Obrigado, eu realmente não quero ir sozinha.

Vamos até meu carro e eu dirijo até meu apartamento enquanto converso sobre como foi assustador a pessoa tentar abrir a porta de meu quarto.

-Eu bati na cabeceira da cama e a fechadura parou de ser forçada.

Det.Min- Deve ter sido horrível. Olhou sua casa toda depois disso?

-Eu jurei para mim mesma que era coisa da minha cabeça e fiz todas as minhas coisas rápido, não queria ficar mais tempo lá dentro.

Det.Min- Deveria ter olhado sua casa antes de sair, S/N.

-Eu sei, eu sei. Mas é horrível a sensação, você não sabe se um desconhecido está na sua casa ou se é só coisa da sua cabeça.

Estaciono meu carro em frente ao prédio, saio do mesmo junto do detetive e subimos as escadas para meu apartamento. A porta estava entre aberta, o detetive pede silêncio, tira uma pistola de seu coldre e me coloca atrás dele, pego a minha pistola e entramos lenta e silenciosamente no apartamento. Minhas coisas estavam reviradas, o sofá estava arrastado para longe, mesinha de centro virada, poltrona jogada em um canto, coisas da cozinha estavam jogadas por aí.

Fiquei mais assustada quando vi meu quarto, minhas roupas estavam jogadas pela cama e pelo chão, meu banheiro estava bagunçado, ou seja, minha casa estava revirada.

Det.Min- Seja lá quem tenha sido, já foi embora.

-Minha casa.

Me sento na cama bagunçada e o detetive vai até meu closet, pega uma das minhas malas que estavam no chão e coloca em minha frente.

Det.Min- Roupas, sapatos, carregador, fone, documentos e produtos de higiene.

Faço minha pequena mala a deixo na sala, onde Yoongi estáva.

Det.Min- Pronto?

-É...acho que sim.

Det.Min- Não fique triste, hm? Pelo menos você não está morta.

-Ah nossa, que consideração a sua, agora eu estou muito animada.

Digo com ironia, ele pega minha mala e saímos juntos do apartamento.

Quebra do tempo

O detetive estava conversando como um adolescente com seu amigo que era o dono do hotel, era um pouco engraçado a maneira como eles falavam mas também a um pouco estranho.

Yeun- S/N, seu quarto é o 512. Como foi pedido, seu nome não será anotado na lista de hóspedes do hotel.

-Obrigado.

Yeun- Por nada.

Det.Min- Leve suas coisas para o quarto e volte, temos que voltar para a delegacia.

Pego a chave, entro no elevador junto com minha mala, aperto o botão do quinto andar e espero. Foi bem gentil da parte do detetive fazer isso por mim.

Abro a porta do meu quarto, coloco a mala ao lado da cama de casal e dou uma olhada em volta. O quarto era de um tamanho bom, não tinha mofo, a cama parece macia, o banheiro era limpo e a vista era linda, mas eu não posso ficar olhando essa janela por muito tempo ou o suspeito pode descobrir que eu estou por aqui agora.

Desço novamente ao saguão, o detetive estava sentado no sofá de espera, seus braços estavam cruzados, olhos fechados e cabeça tombada para a direita. Rio baixo e vou até ele.

-Acorda, Yoongi. Vamos trabalhar.

Det.Min- Só mais um pouco.

-Trabalho, vamos.

Ele finge chorar e se levanta me olhando.

Det.Min- O que achou do seu quarto?

-É aconchegante, mas não vou poder passar bem perto da janela.

Det.Min- Está com medo do suspeito aparecer?

-Sim, por isso temos que o prender.

Det.Min- Nós vamos, não se preocupe. Agora vamos voltar ao trabalho.

Caminhamos para fora do hotel até meu carro. Mais tarde nós vamos caminhar dentro do Daegu Arboretum para ver se achamos alguma coisa suspeita ou pistas de que o suspeito esteve ali em algum momento próximo.