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História The Difficult Choices - Chapter XXXV


Escrita por: Warner

Notas do Autor


- Oii, volteii finalmente kkk
- Desculpem a demora, é que agora a faculdade me pegou de jeito. Tive que fazer dois trabalhos gigantes em menos de três dias, por isso não sobrou tempo de escrever nem nada. O pouco tempo que me restou respondi os comentários de vocês, e desde já MUITO OBRIGADA pelo apoio de sempre, amo vocês <3 Tomara que entendam esse "pequeno atraso"
- Bom, voltando, capítulo narrado pelo Jimin com altas emoções. Espero que gostem, até que é grandinho kkk
- Beijoss e boa leitura <3

Capítulo 35 - Chapter XXXV


Fanfic / Fanfiction The Difficult Choices - Chapter XXXV

P.O.V Jimin

Senti meus olhos queimarem à medida que lágrimas escorriam sobre o meu rosto em gotas dolorosas. Minha visão estava borrada pelo líquido, me fazendo esbarrar nas pessoas pelo caminho enquanto recebia xingamentos em resposta.

A dor que sentia era algo novo. Nunca tinha sentindo algo parecido. Uma vontade de gritar para o mundo e quem sabe acabar com aquele nó que estava preso em minha garganta, já que só o choro não supria.

Era a dor de se decepcionar e de ser enganado, manipulado como um macaco de circo. Era ruim o bastante para se transformar em algo insuportável de fluir. Chegou um momento quando estava a caminho dos dormitórios, que a necessidade de bater e xingar alguém subiu a cabeça.

Mas foi algo passageiro. Ao ouvir o barulho tão familiar do elevador – como odiava elevadores agora – expirei com força e adentrei no local encarando aquela temida câmera acima de mim.

E sem pensar duas vezes, ainda olhando para aquele objeto, levantei a mão e mostrei o dedo do meio. Repensei segundos depois como aquela cena pode ter parecido estranha.

Um garoto com os olhos vermelhos depois de um ataque dos nervos, em uma pose nada modesta e convencional, mostrando o dedo do meio para uma câmera em um elevador vazio. Parecia ser totalmente um drogado depois de uma sessão de ervas. Não me surpreenderia caso fosse abordado pela diretoria no dia seguinte me oferecendo ajuda.

E para surpresa geral da nação, eu aceitaria.

Só queria me isolar. Tentar fugir daquela realidade tão dolorosa e ingrata.

Até cheguei a pensar em ir direto ao meu quarto, mas imaginar em encontrar Jungkook já me fazia querer dar meia volta. E também, o mesmo não queria me ver nem pintado de ouro. Foi bem claro em dizer que queria ficar sozinho por tempo indeterminado.

E a última coisa que faria era voltar ao teatro. E como já estava no meu andar, decide ficar por ali mesmo. Caminhei até a cozinha e como era hora do almoço, e eu estava sem fome alguma, sentei sobre a cadeira e escorei a minha cabeça sobre as mãos erguidas na mesa. Fiquei naquela mesma posição durante minutos, apenas pensando e sentindo aos poucos o remorso cessar.

– Não sei por que... – ouvi a voz de Yoongi e rapidamente fechei os olhos com força. – Mas sabia que te encontraria aqui.

– Vai embora. – sibilei entredentes.

– Não antes de me explicar.

O garoto sentou no lado oposto, ficando bem na minha frente.

– Ainda quer fazer isso? – rebati, sentindo a barriga embrulhar. – Você traiu todos aqueles que um dia confiaram no seu caráter.

– Quantas vezes eu vou ter que dizer que me arrependi pelo que fiz? – ele persistiu, ainda com calma.

– E quantas vezes tenho que responder que não acredito na sua palavra?

Todo o meu estresse estava de volta. Agora com força total.

– Então não acredita que as pessoas possam se arrepender? – Yoongi não parava de me olhar, ao contrário de mim que não conseguia manter a visão nele nem por cinco segundos sem pensar em algo violento.

Soltei um sorriso irônico.

– O problema é que você pode estar me enganando agora. – disse. – Como posso acreditar em tu agora? Logo depois de tudo o que aconteceu...

Trinquei os dentes ao perceber que o nó na minha garganta estava três vezes maior. Os olhos começaram a arder e como meio de intervir, apertei a parte superior da minha coxa direita e inspirei repetidas vezes.

– Eu errei feio ao me aliar com aquele cara que um dia acreditei ser o meu amigo. – indagou com a voz firme. – Mas eu estava lidando com um monstro que tinha prazer em manipular as pessoas. E como já disse, foi por meio de você e Hoseok que realmente percebi a verdade. E aquela droga de vídeo só me fez ter a certeza de que ele estava me manipulando também para conseguir o que queria. Te afastar do Jungkook.

– E você concordou com esse plano mesmo assim. É isso que não entendo! Por que disso?

A primeira lágrima escorreu sem a minha permissão. A reação de Yoongi foi instantânea. Ele pareceu ficar incomodado e preocupado.

– Sei lá, nem sei bem o que se passou na minha cabeça em concordar com aquilo. – ele balançou a cabeça tentando tirar o foco de mim. – Fui o maior babaca ao pensar que liberando aquele vídeo, você passaria a me olhar com outros olhos...

E eu te vejo agora com outros olhos, só que no lado negativo.

Pensei em dizer, mas me contive e apenas continuei a encarar as minhas mãos.

– E caso eu ainda estivesse te enganando, acho que a última coisa que passaria pela minha cabeça seria revelar a verdade. Concorda? – ele perguntou, mas eu não abri a boca pra responder. – E te ver cada vez mais próximo do Jungkook, me fez surtar...

Era impressionante como aquela discussão mudou de intensidade tão rapidamente. Até o jeito como Yoongi se portava se alterou. Agora parecia bem mais melancólico.

Aquilo parecia estar o afetando por dentro mais do que a mim.

– O meu maior instinto, desde que te conheci, foi te proteger. – continuou com a voz embargada. – Te ter ao meu lado era gratificante.

O encarei por um milésimo de segundo e percebi os olhos molhados. Não aguentaria vê-lo chorando mais uma vez. Me afetava de um jeito inexplicável.

– E agora, ver você se afastar de mim... – uma longa pausa na fala que Yoongi usou para engolir no seco. Usando as costas da mão, ele limpou os olhos e fungou o nariz. – É difícil. Você é a única pessoa dentro dessa universidade que realmente importa pra mim. Na verdade, fora também.

Ele sorriu de forma espontânea. Aquela declaração só me fez ter mais vontade de surtar. O cérebro estava dando curtas voltas dentro do meu crânio. Já fazia muito tempo que eu não lidava muito bem com as escolhas racionais. Naquele instante tudo o que a razão definia era confuso e inexplicável. O lado emotivo sempre foi o meu forte. Seguir as escolhas do coração parecia ser a forma correta. E era claro o que ele queria. Perdoar.

Mas aquela seria a forma correta de lidar com aquela situação? Tão confuso e ao mesmo tempo fácil.

– Se quiser, posso gritar pra todo mundo ouvir o quão idiota eu fui. O próximo vai ser o Hoseok, depois o Jungkook e depois todo o campus vai ficar sabendo disso. – o garoto argumentou se levantando da cadeira e ameaçando começar a gritar. – Ou você pode me bater.

– O quê? – franzi a testa ao ver o mesmo se aproximar.

– ISSO! Bate em mim. Desferi toda a raiva que está sentindo no meu peito. – ele bateu no próprio corpo e fechou os olhos.

Dei de ombros e ergui a mão, lançando-a contra o peitoral do garoto em uma tapa bem modesta. O outro abriu um dos olhos e depois de me encarar de volta na minha posição convencional se deu de desentendido.

– Essa é a sua raiva? – o garoto perguntou, me fazendo sorrir. – Olha se não conseguir te fazer rir.

– Idiota. – cochichei fitando o teto e tentando manter o rosto sem expressão. Mas era uma tarefa difícil.

– Lembra que foi aqui que nós encontramos pela primeira vez? – ele olhou em volta, me forçando a fazer o mesmo.

– Você estava dormindo. – relembrei, sentindo um leve frio na barriga. – E gritou comigo quando o acordei.

– Eu odeio quando me acordam. – Yoongi respondeu.

– E desde quando mesas de cozinhas servem de cama?

– Quando você é obrigado a dividir cama com outros garotos em um orfanato por anos e ser testado até o limite em uma escola militar, não se vê muita diferença. – ele queria demonstrar que aquilo não o tinha abalado, mas pelo jeito como se expressou parecia ter sido difícil.

A conversa cessou de ali em diante durante longos minutos. Yoongi persistiu em ficar ao meu lado acocorado em uma posição não lá muito confortável enquanto mantinha a visão fixa em algo na sua frente.

– Você gosta dele né? – estava bem claro que Yoongi estava se referindo a Jungkook. E não tinha motivo nenhum para esconder qualquer coisa naquela altura do campeonato.

– Sim. – concordei em tom baixo, mas claro.

– Percebi isso por que apesar de tudo, depois do tal vídeo vazar, você parece estar mais preocupado de como lidar com ele, do que em qualquer outra coisa. A sua raiva de mim não foi pelo motivo de ter me aliado ao Taehyung, e sim por ter afetado os outros ao seu redor. – ele ponderou. – Não está preocupado se houver repercussão ou nada parecido. Tudo gira ao redor dele. E você sabe disso.

Não respondi. Fiquei processando aquela situação por tempo até demais.

– Você já fez a sua escolha. Não sei se percebeu. – ele continuou soltando um leve sorriso no canto da boca.

– Yoongi... – virei para fita-lo mas o mesmo negou em seguida. Como se soubesse o que eu estava pronto para dizer.

– Se isso for te fazer feliz, tenho a primor lição que vou ficar feliz também. Por que é assim que as coisas funcionam, pelo menos no amor. – ele buscou a minha mão e eu me despus a agarrar a mesma com força. – E também, não só existe o amor pelo lado romântico. O que sinto por ti é algo forte. E depois do beijo foi que reparei bem nisso. É fraternal. Eu sempre tenho vontade de te proteger, de tudo e de todos.

– Como um irmão mais velho. – completei fazendo o garoto ao meu lado concordar.

– Pode parecer loucura já que a gente se conhece faz pouco mais de um mês, mas eu te amo por isso. – ele apertou com mais força a minha mão. – É ao seu lado que me sinto bem, você é a única pessoa que me faz sentir como realmente sou sem essa casca de proteção. E te admiro cada vez mais por esses e outros milhões de motivos.

Ele mudou de posição, ficando agora de joelhos virados completamente em minha direção. Fiquei um segundo sem entender, mas depois que reparei o ar ficou preso em minha garganta.

– Park Jimin, foi você quem me fez entender o amor, antes disso posso ter a plena certeza que eu não era nada. – ele puxou a minha outra mão e voltou a se comover. – E é nesse momento que te peço que faça parte da minha família.

Foi uma sensação estranha. Uma mistura de surpresa, felicidade e tristeza. Ri, mas ao mesmo tempo chorei. A bipolaridade rolou solta.

– Ela nesse momento conta com apenas um membro. Ou seja, eu. – Yoongi ergueu a cabeça ainda com o rosto molhado. – E caso aceite, pode ter certeza que vai ter que me aturar pelo resto da sua vida. Isso é uma promessa...

– É lógico que aceito. – respondi fazendo o garoto esbugalhar os olhos vermelhos.

– I-isso é sério? – gaguejou. – Quer dizer que você me perdoou?

Assenti com a cabeça.

– Tenho que admitir que você é bem convincente. – falei com a respiração descontrolada. – Minutos atrás eu queria acabar com a sua raça e agora...

Nem terminei a frase e já recebi um abraço forte e caloroso de Yoongi. Não tinha percebido até aquele momento, de que era aquilo que eu mais precisava. De conforto, proteção e apoio. E tudo isso se encontrava em Yoongi. Apesar dos seus erros, o meu coração dizia que ele estava falando a verdade.

Não sabia expressar em palavras o que deveria responder para Yoongi, mas acho que no fundo ele sabia.

Um eu te amo também. Talvez.

– Isso aqui. – Yoongi disse com a voz abafada por causa do rosto contra o tecido da minha camiseta. Ele enlaçou os braços ao meu redor com mais vontade. – É mais expressivo do que qualquer beijo.

Tive que concordar. Apoiei a queixo no alto da sua cabeça e sorri. Por um momento esqueci que a situação que estava lidando foi só um pequeno degrau na grande escadaria de problemas que estavam por vir.

Eu queria esquecer. Mas parecia que as confusões tinham um imã e o meu corpo era feito de ferro. Assim que encarei a entrada da cozinha, percebi que aquela teoria tinha total embasamento.

O abraço cessou. Os pelos da minha nuca eriçaram. Minha garganta ficou seca.

– Jungkook... – anunciei ao ver o garoto escorado observando toda aquela cena com os olhos flamejantes.

Ao me ouvir falar, Yoongi prontamente se afastou com um sobressalto. Ao contrário do que eu imaginava a atenção de Jeon não estava em mim, e sim no outro garoto que nesse momento se levantou ficando entre mim e Jungkook.

E ficou bem claro o seu ódio por Yoongi, depois que ele falou as seguintes palavras com rispidez:

– Agora eu acabo contigo.


Notas Finais


Own, que capítulo mais fofo... TRETA!
Sempre acabando com o clima a autora aqui kkkkk
Até a próxima, FUI!


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