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História The Difficult Choices - Chapter XLVI


Escrita por: Warner

Notas do Autor


- Primeiro, desculpem o atraso <3
- Batemos a marca de 70.000 exibições, 1.700 favoritos e 2.550 comentários! WOW
- Brigada a todos que apoiam e adoram a minha história, já sabem que amo todos né? ^^
- PARA TUDO! ESSE É O CAPÍTULO QUE EU MAIS AMEI ESCREVER. SÉRIO! ESPERO QUE GOSTEM TANTO QUANTO EU.
- Caps lock off, ufa. Beijoss e boa leitura <3

Capítulo 46 - Chapter XLVI


Fanfic / Fanfiction The Difficult Choices - Chapter XLVI

P.O.V Jimin

Ainda estava tentando digerir tudo o que tinha rolado. Na companhia de Yoongi, voltei ao meu quarto desolado e com a cabeça pilhada. Hick, o ser do passado, ressurgiu das trevas e trouxe consigo toda a energia negativa que poderia existir na face da terra. Se eu já o imaginava um monstro só nas lembranças de Hoseok, agora pessoalmente ele era o capeta em pessoa.

Sabe aquele tipo de gente que incomoda só com a presença? Hick era desse tipo. O jeito como falava e encarava os outros ao seu redor era intimidador e assustador ao mesmo tempo. Ainda tinha a parada da demolição do teatro que tirou todos os resquícios de alegria e esperança que restavam entre aqueles que estavam empenhados no projeto do show de talentos. Foi um grande banho de água fria.

Mas a surpresa do dia foi à chegada surpresa do Taehyung. Se a situação em si já estava péssima, tudo mudou com ele. O modo como agiu foi até gratificante. Pela primeira vez fiquei feliz por ele estar ali. Na parte dos socos implorei na minha cabeça para que continuasse, mas vi que já era o suficiente quando Hick contorceu a boca um pouco para o lado em um sorriso vermelho.

Para não sair muito por baixo – não vou negar, meu lado fraco sentiu pena daquele ser humano jogado no chão – até ofereci ajuda para o infeliz, ato repetido por Lisa. Mas ele negou da pior maneira possível, quase pulando no meu pescoço.

Destranquei a porta do meu quarto com um estalo e ouvi Yoongi tranca-la momentos depois soltando uma lufada de ar bem audível. Não tínhamos cogitados tocar no assunto desde que decidimos voltar para os nossos respectivos cômodos. Nem sequer falamos qualquer coisa enquanto caminhávamos pelo campus ou atravessávamos o largo corredor do dormitório. Minha visão ficou fixa em meus tênis se movimentando, enquanto o outro me seguia pelos calcanhares como um guarda-costas.

– Você deveria ter ficado com o Hoseok. – cogitei indo até o armário em busca de um casaco. A temperatura estava começando a descer em decorrência do dilúvio que estava acontecendo naquele minuto.

Yoongi, pelo contrário não parecia incomodado com a alta umidade. Pra dizer a verdade, ele nunca parecia estar incomodado com nada. Bem good vibes.

– Que nada. Assim que o Hick fugiu com o rabinho entre as pernas, o Hobi ficou parecendo um bobalhão perdido em pensamentos. – foi até a cama ainda desforrada e se jogou sobre ela. – E pela cara dele, as imaginações eram bem boas...

Sorriu assim que terminou a frase. Enquanto eu ficava ligado apenas em uma coisa. Hobi? Que intimidade toda é essa?

Mas só pra frisar, zero ciúmes.

– Ainda não acredito que o Taehyung socou o Hick.

Falei, sentando no colchão ao seu lado. Yoongi ficou todo eufórico a ponto de movimentar os membros sem parar e morder o travesseiro para conter os certos espasmos. Soltou um grunhido pra dentro da garganta que mais parecia uma grande concordância.

– Ganhou o meu respeito! – ele apontou pra mim com o rosto antes pálido, agora corado de excitação.

Neguei incrédulo.

– Para uma pessoa ter respeito, ela tem que se dar o respeito primeiro. Coisa que o seu velho amigo ainda tá longe de conseguir. – exclamei, sentindo a língua queimar. – Ele e o Hick lá, são tudo farinha do mesmo saco.

Enlacei os braços ao redor do corpo enquanto escutava o barulho inconfundível das trovoadas misturadas com os pingos de chuvas em um ritmo frenético.

– Ele pode mudar. – franzi a testa assim que escutei as suas palavras. – Até se desculpou...

– Pedir desculpas é uma coisa muito fácil. Agora mudar é outros quinhentos. – me levantei já com os nervos alterados. – Pode até ser uma jogada dele para voltar ao pedestal.

– Pensei que você visse sempre o lado bom das pessoas. – ele me olhou com um sorrisinho. Parecia ser mais um dos seus testes.

E que se dane. Eu tinha caído novamente com louvor.

– Nem todas as pessoas tem um lado bom. – enfatizei. – E Taehyung ainda não demonstrou o seu.

Passaram-se alguns minutos. A chuvarada diminuiu e Yoongi aproveitou o bom momento para tirar uma bela soneca. Agarrei o meu notebook, o coloquei sobre o colo e recostei as costas na parede úmida. Respondi um pequeno questionário que já estava atrasado sobre as aulas práticas de arquitetura. No final consegui responder 80% das perguntas corretamente e fiquei feliz comigo mesmo. O pouco que estudei nesses meses estava surtindo efeito.

Apesar dos problemas BEM frequentes, ainda me sentia na obrigação de separar duas horas por dia dedicadas a apenas estudos diários e seus derivados, que era o necessário. Podia ser em qualquer horário. Tarde, noite ou até madrugada, mas eu tinha que parar pra estudar. Ainda mais com a semana de provas se aproximando.

O peso de ter dormido tarde e acordado bem cedo estava se exercendo sobre as minhas pálpebras, que lutavam para continuar abertas enquanto eu lia uma matéria sobre gestão ambiental. A nuca já começava a pinicar de tanto que estava forçando a mesma em movimentos bruscos também chamados de pescadas. Até que rendi ao meu limite, fechei o computador e encostei o topo da cabeça sobre a parede.

Era de um cochilo que eu precisava. Para recompor as energias e voltar tudo a tona ao seu devido lugar. Sonhei com cenas, que mais pareciam fotos que viam e sumiam em uma velocidade absurda. Desde Hoseok em meio a lágrimas, até Taehyung com uma expressão desesperada em seu semblante. Deveria ser o meu subconsciente relatando o que eu estava sentindo por meio dos meus sonhos.

Escutei um ruído baixo ao meu lado, e aos poucos fui abrindo os olhos, prendi um grito no meio da garganta ao presenciar Jungkook parado no meio do quarto, com a sua mala ao seu lado e com o radar ligado enquanto encarava Yoongi dormindo em sua cama. Não esboçava quaisquer sentimentos, nem de aprovação ou negação, só que aquilo já era péssimo o suficiente.

– Merda. – falei, fazendo-o tremer de susto, pois nem percebeu que eu tinha despertado. Do outro lado do cômodo, Yoongi acordou ainda meio embriagado e pronto pra rosnar em desaprovação, mas ao perceber o que estava rolando, levantou da cama em um sobressalto e arrumou a camisa torta de um modo desajeitado. – O que está fazendo aqui?

Reformulei a pergunta na minha cabeça ao perceber que o tom não tinha caído muito bem. Havia soado mais como um “O que está fazendo aqui? Não tá vendo que eu não te quero mais?” do que um “O que está fazendo aqui? Já estava demorando pra voltar”. E eu queria dizer completamente o contrário.

E Jungkook percebeu, tanto que luz negra tomou conta do seu olhar.

– O Taehyung me colocou pra fora. – respondeu secamente, totalmente desnecessário.

– Ele descobriu o plano? – Yoongi gritou alertado. O mais novo nem sequer o encarou.

– Na verdade nem sequer chegou perto. Foi bem pior. – cruzou os braços. – Ele se arrependeu, confessou tudo e se auto intitulou de monstro. Dá pra acreditar?

Fiquei incrédulo tentando raciocinar o que tinha acabado de ouvir.  Também percebi um pequeno sorriso começar a se formar nos lábios finos de Yoongi.

– E parecia ser sincero? – balbuciei.

O garoto concordou ainda com uma postura de macho alfa.

– Ele me enganou mais de uma vez. – falou. – Mas aposto todas as minhas fichas que havia verdade em todas as suas palavras.

Primeiro com Hoseok, agora com Jungkook. Apesar de ainda estar com um pé atrás, tenho que concordar que aquilo já era um bom começo para um futuro próspero. Yoongi se virou, querendo arrancar mais palavras da minha boca.

– É, pode ser que as coisas estejam mudando. – revirei os olhos ao perceber a concordância de Yoongi.

Assim que percebeu a nossa troca de olhares, Jungkook pareceu ficar ainda mais incomodado. Se havia uma coisa que ele não sabia fazer, era esconder o que sentia. Ficava bem na cara quando o mesmo forçava uma coisa que ele não aceitava.

– Então... Peguei as minhas coisas e vim pra cá. – ele enfatizou como se quisesse chamar a atenção para si. – Ele nem se despediu de mim direito. Saiu apressado, pois tinha que ir para a reitoria urgentemente...

Mais uma vez eu e Yoongi nós encaramos no mesmo momento. O mais velho parecia assustado, mas certamente já esperávamos que aquilo fosse acontecer. Dessa vez tínhamos a mesma coisa em mente.

Hick. – sussurramos em tom ríspido. Jungkook apenas olhou de um para o outro, completamente confuso.

– Quem é Hick? – perguntou, processando aquilo lentamente.

– Precisamos falar com o Hoseok. – Yoongi anunciou, o ignorando.

O mais velho se movimentou e foi até a porta pronto pra sair. Estava prestes a segui-lo, quando notei a expressão facial de Jeon cair como uma bomba sobre mim. O jeito como mexia a língua ainda dentro da boca, era como um grito desesperado de ciúmes. Eu mal havia ligado para a sua presença desde que tinha chegado, e isso certamente o tocou. Imaginei a situação estando no corpo dele e engoli no seco.

– Você vem? – o outro destrancou a porta e colocou o corpo pra fora. Olhei de soslaio para Jeon, que fazia questão de me ignorar. Voltei para Yoongi que concordou com a cabeça. – Entendi.

E sumiu, fechando a porta com força. Fechei os olhos ao ouvir o barulho extremamente alto. Jungkook foi até a sua cama, passou as mãos sobre a mesma de leve, e fez cara de nojo. Certamente estava pensando em trocar os lençóis o mais rápido que conseguisse.

– Quem é Hick? – repetiu, agora mais nervoso.

– É uma longa história. – simplesmente respondi.

Só que ele não parecia satisfeito.

– Vocês dois estão bem próximos. – cogitou, limpando a poeira que tinha se acumulado sobre a cabeceira da sua cama com os dedos.

– Não começa. – bufei. – Já passamos por isso várias vezes...

– Na verdade, fico feliz com isso. – ele esfregou a palma da mão, uma na outra. – Ele se importa. Está cuidando de você.

– Sério que você está feliz? – franzi a testa. – Não parece.

O garoto mais novo se empalidece, mas força um sorriso para comprovar o seu argumento.

– Bem, às vezes eu tenho vontade de socar um travesseiro. – ironizou. – Mas só às vezes.

E pela primeira vez ele ri. E era impressionante como ele me contagiava, desde pequenos gestos até o modo de agir. Jungkook irradiava luz. Não uma como a de Hoseok, que emanava felicidade e esperança. Mas sim uma mais intrigante e forte. O garoto exalava sedução pelos poros.

Segundos depois, ele se vira e continua a dizer:

– Nesse curto espaço de tempo que eu me distanciei de você, pude sentir o quão preciso de ti. – confessou, com a voz estranhamente alterada. Fui pego de surpresa pelas suas palavras. Até tive que despertar para o mundo e perceber que aquilo era dirigido pra mim. – Sua presença... O jeito como se irritava com as minhas palhaçadas, e se descontrolava quando saia do banheiro seminu. Isso me motiva a querer sorrir. Mais do qualquer coisa.

Tentei manter a compostura, mas o olhar borrado que Jeon me enviava só me fazia querer entrar em pratos.

– Por isso tenho a convicção de dizer o seguinte... – engoliu no seco, como se estivesse prestes a dizer algo que custasse a sua vida. – Eu te amo o bastante pra te deixar escolher.

Aquilo foi como um tiro bem no meu peito. Senti o impacto.

– Eu te amo o bastante para ficar feliz com as suas escolhas. – indagou, tendo que respirar fundo. – Eu te amo o bastante, pra te deixar livre Park Jimin. Pois acima de tudo... Eu te amo.

Tudo se revirou dentro de mim. A primeira lágrima brotou e deslizou pela minha bochecha com facilidade. Nem fiz questão de limpar. Queria demostrar de todas as formas o quanto estava emocionado com tudo aquilo.

Não era a primeira vez que ele tinha se declarado. Antes foi nas primeiras semanas, um pouco antes dele se mudar pela primeira vez. Só que ele estava tão puto comigo que os sentimentos se misturaram e formaram algo que saiu da boca pra fora. Agora era especial.

– Eu sei que é cedo demais para se apaixonar. – ele dá de ombros. – Mas o que posso fazer? O coração do garoto aqui é muito frágil. Fraco. Incompetente. E ficou perdidamente louco por você.

Levantei do colchão sentindo as mãos trêmulas e suadas. Meu rosto já estava úmido e o tudo parecia fora de funcionamento dentro de mim.

– Eu já escolhi. – falei em tom baixo e com a expressão fechada.

– Ah! – Jungkook coçou a parte de trás da cabeça. Ele parecia ter certeza que não era o escolhido. – Posso saber quem é?

O fiquei analisando por mais alguns intermináveis segundos. O garoto mais novo estava prestes a gritar ao perceber que continuava sem resposta.

Soltei um sorriso para quebrar o clima.

– Por que você não se aproxima pra saber? – estiquei uma sobrancelha fazendo-o concordar.

Deu um passo a frente, meio receoso parando a pouco mais de um palmo do meu corpo. O olhei de cima a baixo e ficando de ponta de pés, selei meus lábios sobre os dele. Seus olhos se abriram grandiosamente assim que me distanciei mordendo o lábio inferior. Ele tentou formar uma frase, mas estava tão confuso e feliz que o máximo que conseguiu foi grunhir palavras soltas e sem sentindo.

– Tem certeza? – perguntou com um brilho grandioso no olhar.

– Mas do que tudo. – afirmei sentindo em seguida suas mãos encostarem sobre a minhas bochechas, e me beijando mais uma vez. Só que agora mais demorado e quente.

Jeon parecia uma verdadeira criança feliz depois de ter ganhado o presente de natal. Seu sorriso ultrapassava o limite do rosto, e seus gestos – bem esquisitos – era como comparar a um jovem que tinha acabado de descobrir que a festa era open bar.

– Me põe no chão! – gritei ao sentir as suas mãos pressionadas na minha cintura e me levantando, quase chocando minha cabeça no teto.

– Você é tão leve e pequeno. – ironizou, me descendo aos poucos. Por fim beijou a minha testa. – Um verdadeiro bolinho.


Notas Finais


Momento OWN *-*
Vou tentar postar o próximo o mais rápido possível, ok? Espero que entendam ;-;
Até a próxima. FUI!


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