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História The Difficult Choices - Chapter LIII


Escrita por: Warner

Notas do Autor


- VOOLTEII! Nem tô acreditando! Agora vai...
- Nem preciso explicar pq fiquei afastada esse tempão né? Só espero que tenham entendido, e segue o jogo.
- Gente, se preparem que essa volta vai ser bem, vamos dizer, explosiva.
- MUITO OBRIGADA PELAS MENSAGENS DO ÚLTIMO CAPÍTULO! Li tudo e amei, brigada mesmo <3
- Beijoss e boa leitura!

Capítulo 55 - Chapter LIII


Fanfic / Fanfiction The Difficult Choices - Chapter LIII

P.O.V Yoongi

1° Dia da Semana de Provas

Finalmente tinha chegado os malditos dias em que os alunos daquela universidade enxergariam que nem o máximo de esforço nos estudos seriam o suficiente para a aprovação nas matérias. A manhã mal havia começado e já dava pra ouvir passos desgovernados no corredor, gritarias vindo de diversos lugares, e até objetos sendo revirados sem o menor cuidado.

É, estão oficialmente iniciados os jogos da semana de provas. E que a sorte nos proteja.

Meu companheiro de quarto sumiu feito fumaça. Era mais um dos belos exemplares de alunos que já estavam sofrendo antes mesmo que a realidade surgisse para assusta-los. Assustador e cômico, na mesma proporção.

Eu estava tão despreocupado que tive que verificar no celular pra ter certeza que hoje era a maravilhosa prova de química analítica. Dei mais um leve revisada e depois soltei um suspiro.

– Acho que estou pronto. – disse para mim mesmo. Ter controle emocional é o melhor naquele momento. Não queria parecer zumbis desesperados, como a grande maioria da faculdade.

Antes de sair verifiquei novamente as mensagens, mas nada de novo. Lisa continuava me evitando, apesar das centenas de palavras enviadas, pedindo desculpas por algo que nem cheguei a fazer e até implorando por qualquer sinal de vida. Sentia-me culpado por estar guardando só pra mim uma coisa tão séria quanto os cortes da garota, mas em contrapartida o receio de traumatiza-la ainda mais me consumia. Decidir então por dar espaço dali em diante. Quando ela estiver pronta, vai se abrir.

Eu sei do que estou falando.

Passei pelo quarto de Jimin e Jungkook no mesmo instante em que a porta se abriu. Encarei o rosto do mais baixo que gargalhava tanto, que chegava a se curvar quase ao chão. Atrás dele, o Jeon trazia consigo um caderno nas mãos em que recitava algumas fórmulas de forma totalmente equivocada.

Jimin olhou para Jungkook mais uma vez e depois se virou na minha direção. Seu sorriso desapareceu no mesmo minuto. Eu nem tinha percebido, mas havia parado bem em frente aos dois. Ao notar as encaradas, dei de ombros e apontei para o elevador.

– Vão descer agora?

Foi uma pergunta totalmente aleatória. Jungkook apenas deu um leve soslaio para Jimin e depois voltou ao seu caderno, sem preocupação aparente. Já enquanto o segundo concordou, parecendo impressionado por aquela conversando estar acontecendo.

– Claro... Quer dizer, vamos sim. – ele sorriu. E nossa! Como estava com saudade daquilo.

 Fui em frente a passos largos, os outros dois seguiam lado a lado. Apertei o botão, e eles chegaram logo em seguida.

– Qual a sua prova hoje? – perguntei direcionado totalmente a Jimin. Jungkook nem precisava de resposta, como cursávamos quase todas as cadeiras juntos por sermos de engenharia, as provas na semana seriam parcialmente iguais.

– Ah, Introdução a Arquitetura. – respondeu, mexendo no cabelo escuro em seguida. – Vai ser moleza, eu estudei bastante. Ao contrário de certas pessoas...

Ele deu uma cutucada na barriga de Jeon com o cotovelo. O mais alto soltou um pigarro ao perder a concentração.

– Porra Jimin! – ele parecia irritado de verdade.

Sorrimos um pro outro ao notar a sua reação.

– Pensei que estivesse irritado comigo. – comentou Jimin em tom relativamente baixo. O elevador chegou nesse mesmo momento, mas antes tive que negar.

– Não vamos falar mais sobre isso. – olhei de Jungkook para Jimin, e parecei que o mesmo havia entendido o recado e sorriu mais uma vez. – Isso ainda vai me matar...

– O quê? – ele parecia confuso.

– O ELEVADOR? – Jungkook esbugalhou os olhos para a porta que se fechava.

– Não! – estirei as mãos em uma tentativa de acalmar os ânimos. – Só estou pensando alto.

Jimin riu mais uma vez da reação exagerado de Jungkook enquanto o mesmo soltava uma lufada de ar em alívio.

– Alto até demais.

***

Com o fim da primeira prova, o meu cérebro já estava totalmente desgastado pelo resto da semana. Até o fim dessa maratona posso ser um dos vários a precisar urgentemente de um transplante de vida.

Pior do que eu, apenas Jeon Jungkook. O garoto havia feito tantas contas erradas no decorrer da prova, que não duvidaria que ele tivesse desagastado pelo menos três borrachas inteiras só nos primeiros minutos.

O nível do exame estava oscilando entre o razoável e o extremamente difícil, e o bom foi ver nas expressões dos demais alunos da sala que eu não fui o único a pensar aquilo.

Mas de um modo geral, foi um bom início de semana. Só tirando a parte totalmente depressiva ao escutar os choros melancólicos de alguns ao perceber que tinham se fudido mais do que imaginavam e dos calouros ao conversar sobre o gabarito e verificarem que haviam reprovado. De resto, tá de boa.

Eu só queria voltar ao meu modesto quarto, tirar uma soneca de praxe, e estudar para as provas que se aproximam. Essa semana vai ser longa.

– Finalmente te encontrei. – Hoseok gritou, se afastando de um grupo de garotas na frente de uma lanchonete e vindo à minha direção. Minha reação foi simplesmente ficar de cabeça baixa e continuar andado na direção dos dormitórios. Apesar de adorar o Hoseok, a última coisa que eu queria naquele momento era conversar.

Eu só queria dormir! Era tão difícil entender isso?

– Ei, espera! – ele me alcançou e colocou a mão no meu ombro.

– Eu tô sem tempo agora... – revirei os olhos ao ver sua expressão ficar mais séria.

– Quando você iria me contar?

Fiquei segundos tentando entender o que ele tinha falado, sem decifrar nada. Tentei esperar uma continuação, mas ele apenas cruzou o braço em forma de espera.

– Contar o quê? – enfatizei, fazendo o outro debochar.

– Ah não me venha com essa. Esperaria qualquer coisa de você Yoongi, mas traição? – ele continuou, com o semblante triste.

Minha respiração ficou acelerada de uma hora pra outra. Agora fazia sentido. O momento tenso havia chegado.

– Então você descobriu... – fitei o chão sem saber como reverter aquela situação.

– Sim, o próprio Taehyung assumiu. – seu tom de voz assumia o quanto parecia decepcionado. – Apesar dele ter me convencido que você nunca quis o meu mal, e no fundo também sei disso, só que eu queria saber o motivo disso tudo. Por que você não confessou?

Engoli no seco. Eu sabia que em qualquer momento aquela história viria a tona. Mas o problema é que eu não estava preparado pra tudo aquilo ainda. Lidar com Hoseok era difícil pra mim. Ele foi uma das poucas pessoas que verdadeiramente se aproximaram e que se importaram comigo desde o começo. E saber que posso decepciona-lo me afetava de um jeito avassalador.

– Olha Hoseok... – salvo pelo toque do celular. – Só um momento.

Peguei o aparelho, e percebi que ele tinha feito o mesmo. Verifiquei as mensagens, e lá estava Lisa. Finalmente tinha dado sinal de vida.

O texto dizia: A partir de agora, tudo ficará bem.

Olhei para Hoseok que tinha dito a mesma coisa enquanto observava o celular.

– Espera, você também recebeu? – indaguei, com a voz falha.

O outro concordou mostrando a sua tela.

– E pelo que parece não fomos os únicos. – ele continuou. – A mensagem tá pública.

Senti a brisa daquele dia ensolarado bagunçarem o meu cabelo a medida que um calafrio vindo da minha nuca se espalhasse pelo resto do meu corpo.

– Hoseok, você sabe me dizer se a Lisa fez a prova hoje? – observei os dormitórios lá longe, enquanto o garoto respondia em negação.

– Acho que não, esses dias ela não está se sentindo muito bem...

Não precisava saber de mais nada. Minhas pernas agiram sozinhas, e percorreram todo o trajeto que me separava do prédio de destino. Os pulmões anunciaram o cansaço, mas força de vontade se sobressaiu sobre qualquer outra coisa.

Parei no saguão central, com as mãos sobre os joelhos e a respiração desgovernada. Meu rosto estava queimando, assim como os meus órgãos internos. O único problema agora seria achar o andar certo, e o pior, entrar na área feminina sem chamar quaisquer atenções.

Mas que se dane, a situação era bem mais séria do que qualquer reclamação futura.

Um grupo formando por três garotas, saíram pela catraca aos cochichos e risos e andaram em minha direção. Parei na frente das três que se assustaram com a minha abordagem suspeita. Uma delas até, a menor de todas, se deu um passo em falso pra trás quase caindo de bunda no chão.

– Preciso de uma informação. – comecei, com o corpo levemente trêmulo.

A garota no centro, que parecia ser a mais esnobe, me olhou de cima a baixo e não gostou nada do que viu.

– Quem é você? – perguntou, fazendo expressão de nojo em seguida.

– Isso não interessa agora. – rebati limpando a testa do suor acumulado pela corrida. – Quero saber se conhecem uma estudante chamada Lisa?

Duas delas se entreolharam e sorriram, como se estivessem lembrando de uma piada interna. A mais baixa, continuava na dela me encarando com seus olhos escuros e curiosos.

– A idiota que enviou aquela mensagem motivadora para metade da universidade? – a esnobe tirou sarro, estalando a língua no final.

– E que usa um tom de loiro no cabelo totalmente escroto? – a outra continuou com os insultos desnecessários.

Controlei o meu subconsciente respirando lentamente várias vezes.

– Poderiam me dizer qual o andar e apartamento dela? É importante.

A minha cabeça só repetia a mesma frase: Tá tudo bem, eu sei que está.

– Mas é lógico que não. – a do centro sorriu. – Temos coisas mais significativas a fazer, antes de servir como guia turística pra você.

As duas mais altas andaram na frente entre risos. A outra continuou me encarando, ainda mais atenta.

– Jill! – a garota esnobe gritou. – Vamos logo. Imbecil.

Ela acordou do transe, e piscou os olhos várias vezes. Soltou um leve sorriso pra mim e depois parou bem do meu lado.

– 4° andar, número 45. – ela sussurrou. – Pode pular a catraca, mas tenha cuidado com o segurança. Ele é bem razinza.

– Muito obrigado mesmo. – respondi, quase me curvando em uma reverencia. – Ah, e se afasta dessas garotas. Você não tem nada haver com elas.

Ela concordou com um sorriso.

– Vá atrás da sua garota agora. – disse, e eu nem esperei muito tempo e já estava caminhando em direção as catracas.

Vislumbrei o segurança fazendo ronda em uma área não muito longe dali, e com o olhar voltado a uma senhora que se curvava pra pegar um molho de chaves que havia derrubado no chão. Era a deixa pra entrar de uma vez por todas.

A parte difícil não foi pular nem nada do tipo, e sim ter que lidar com algumas garotas que viram a cena e automaticamente gritaram.

– VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO!

– É PROIBIDO!

– SEGURANÇA!

Dali por diante meus pensamentos foram movidos pela adrenalina. Apertei o botão do elevador várias vezes até que o mesmo abriu.

– Ei! Parado ai moleque! – deu pra ver o vulto do segurança surgir entre as frestes da porta que se fechava, me deixando sozinho naquele cubículo de quatro paredes.

Soltei o ar com força, virei para ver o meu reflexo todo desfigurado, e de brinde lancei o dedo do meio para a câmera de segurança bem acima do visor digital que anunciava a chegada no 4° andar.

Está tudo bem. Está tudo bem. Está...

Assim que a porta rangeu, e o sinal soou, minha visão foi de encontrou com Lisa. Mas não estava tudo bem, totalmente pelo contrário. Seus pulsos continham cortes longos e espessos, onde jorravam grossas gotas de sangue escuro, quase preto. Suas vestes brancas totalmente manchadas pelo líquido vermelho. A pele estava extremamente alva, quase como um cadáver. Seus únicos movimentos, era apertar o botão do elevador com os dedos trêmulos enquanto escorava a cabeça sobre a parede ao lado.

Assim que vi aquela cena meu coração apertou. Minha garganta deu um nó tão forte que doía a cada engolida.

– Lisa... – a minha voz soou totalmente alterada, mas foi o suficiente para chamar a sua atenção.

A garota sorriu ao notar a minha presença. Um sorriso fraco e já sem vida.

– Yoongi... – disse, dando um passo na minha direção, já sem forças.

Seu corpo franco caiu sobre os meus braços, e pela primeira vez deu pra sentir a sua pele fria em contato com a minha.


Notas Finais


CHOCADAA
O que acharam?
Até a próxima, FUI!


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