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História The Disease Called Love - Chapter II


Escrita por: Amurat

Notas do Autor


Eu esqueci de mencionar isso no outro capítulo, mas antes tarde do que nunca. A doença que Frisk tem na história é a hanahaki (doença das flores), é uma doença fictícia causada por um amor não correspondido. A pessoa cujos sentimentos não foram correspondidos, começa a desenvolver flores (sendo essas as favoritas da pessoa amada) nos órgãos que representam os sentimentos presos dentro de si, conforme a doença vai avançando, o enfermo passa a vomitar flores inteiras, isso faz com que ele se machuque internamente por causa dos espinhos das flores. Eventualmente, a doença levará a morte.
Há duas formas de curar a doença, a primeira é ser correspondido e a segunda, é uma cirurgia para remover as flores, porém, isso fará com que o enfermo esqueça de tudo sobre a pessoa amada e corre o risco de nunca chegar a amar de novo.
Nessa fanfic a doença ainda é uma "novidade", portanto, não tem cura conhecida.

Capítulo 2 - Chapter II


 O rapaz deitado na cama de seu quarto assistia há algum programa avulso na TV, não lhe era permitido sair do hospital e ele sequer tinha um colega de quarto, então costumava passar seus dias vendo TV ou perambulando pelos corredores do lugar. Desligou o aparelho com o controle remoto e tossiu, no processo flores da cor rosa saíram de sua boca.

 ─ Doença idiota! ─ Praguejou. Estava cansado de ficar ali, então resolveu sair do quarto e ir andar um pouco. Levantou-se da cama e saiu do cômodo, em seguida se dirigiu até a recepção do hospital onde algumas poucas pessoas esperavam para serem atendidas. Acabou avistando um rosto familiar, deu um pequeno sorriso de reconhecimento e caminhou até ela.

 ─ Seu irmão se machucou de novo? ─ Ao ouvir a voz, a garota de olhos escarlates se virou e sorriu para ele.

 ─ Não, dessa vez sou eu. Me machuquei, então vim fazer um curativo. ─ Ela subiu a manga do casaco no braço esquerdo, revelando um curativo feito no cotovelo.

 ─ Parece que ainda vamos nos encontrar muito.

 ─ Nem me fale. ─ Os dois riram. ─ Bem, estou de saída, até mais. ─ Ambos se despediram e Chara deu as costas para ir embora, mas esta parou em seu caminho, virando-se de volta para o rapaz. ─ Pensando bem, eu não tenho nada pra fazer agora, então posso ficar mais um pouco.

 ─ Oh, certo, que tal ir ao jardim? Esses corredores brancos estão me fazendo pirar. ─ Ele sugeriu e ambos caminharam até o jardim do hospital, onde outros pacientes estavam. Eles se sentaram sob a sombra de uma árvore e Frisk, quase que imediatamente, teve uma crise de tosse.

 ─ Desculpa a pergunta, mas como você pegou essa doença?

 ─ Ah, bom, sinceramente, eu não faço a menor ideia. ─ Respondeu o rapaz dando de ombros. ─ Basicamente não se sabe como essa doença surgiu e nem há cura ou tratamento.

 ─ Se não há tratamento, o que você faz no hospital? ─ Questionou Chara, confusa.

 ─ Meus pais. Eles acham que me fazendo ficar aqui fará com que eu tenha... Alguma chance... ─ Diminuiu o tom da voz na última parte. ─ E ah, um fato, algumas pessoas chamam isso de “doença do amor” ─ fez aspas com as mãos ─, pois, há quem ache poético esse lance de vomitar flores. Uma das partes que mais odeio é que eu vomito rosas e eu realmente odeio rosas.

 ─ E há algum tipo de flor que você goste? ─ Ela perguntou com certa curiosidade.

 ─ Tulipas. ─ Frisk disse.

 ─ Sabe, essa situação toda parece realmente algo digno de um livro infantil.

 ─ Então acho que isso faz de mim a princesa indefesa. ─ Sua voz saiu em um tom mais fino e este piscou os olhos freneticamente, dando o sorriso mais meigo que conseguia. Chara acabou caindo na gargalhada e logo ele se juntou a ela. ─ Haha... Obrigado. ─ Disse enquanto enxugava as lágrimas que escorreram de seus olhos por conta do riso.

 ─ Pelo que? ─ Questionou a de olhos vermelhos assim que conseguiu recuperar seu fôlego.

 ─ Por ficar aqui comigo mesmo eu sendo um completo estranho. Meus amigos raramente me visitam então meus pais são os únicos que vem aqui regulamente, então, eu fico bastante entediado aqui.

 ─ Ah, não foi nada, acho que você deveria agradecer ao meu irmão. Se ele não fosse tão burro ao ponto de ir parar no hospital o tempo todo, nós não teríamos nos conhecido. ─ Os dois riram novamente, porém, a voz de uma mulher chamando por Frisk desviou a atenção destes. Olharam na direção do som e avistaram uma mulher com a aparência semelhante à Frisk; morena, olhos castanhos e usava um longo vestido branco.

 ─ O que faz aqui? Já te disse mil vezes pra não sair do quarto. ─ A mulher disse num tom irritado assim que alcançou os dois.

 ─ Qual é? Mãe. Você sabe melhor do que ninguém que eu não suporto ficar trancafiado aqui. ─ Protestou o rapaz, revirando os olhos.

 ─ Não quero ouvir mais nenhuma desculpa! Quem é essa? ─ Questionou ao notar a presença de Chara.

 ─ Ah, ela é uma amiga, já estava de saída.

 ─ Prazer em conhecê-la. ─ Disse a de olhos vermelhos se levantando, um tanto envergonhada pela situação. A mãe de Frisk lhe direcionou um sorriso e voltou sua atenção para o filho.

 ─ Agora, você vai já para o seu quarto e não vai sair mais dele, entendido?

 ─ Sim, mãe. ─ Concordou a contragosto e ficou de pé, pronto para ir embora. ─ Te vejo amanhã? ─ Perguntou a Chara.

 ─ Claro. ─ Ela respondeu e ambos se despediram, o rapaz foi para o seu quarto acompanhado de sua mãe, enquanto a de olhos vermelhos voltou para sua casa.

 Depois desse dia, Chara passou a visitá-lo regularmente, os dois acabaram virando grandes amigos. Porém, assim como a amizade deles, a doença de Frisk se fortalecia mais a cada dia que passava.

 [...]

 O som de alguém batendo na porta foi ouvido, Frisk falou um “entre” e desligou o aparelho de televisão, logo a porta foi aberta revelando Chara que estava usando óculos escuros e um enorme sobretudo preto, o rapaz estranhou um pouco já que não estava fazendo tanto frio assim.

 ─ Porque você está com essa coisa?

 ─ Isso, meu caro, é porque ─ ela olhou para os dois lados e se inclinou para sussurrar no ouvido de seu amigo ─ nós iremos sair do hospital.

 ─ Haha, essa é boa. Você sabe que todos do hospital sabem que não podem me deixar sair.

 ─ Mas é claro que eu se!i Por esse motivo eu trouxe isto. ─ A garota retirou o, sobretudo, revelando as várias camadas de roupas que vestiam. ─ Tcharam! Eu peguei umas roupas do Asriel, talvez fiquem um pouco grandes, mas deve servir. ─ Ela retirou as roupas extras e os óculos, depositando tudo em cima da cama em seguida se virou e tapou os olhos, permanecendo assim até que Frisk lhe avisasse que estava pronto.

 Chara se virou para olha-lo e agora o rapaz vestia uma calça preta, blusa branca e um casaco com capuz verde. Assim como ela havia previsto, as roupas ficaram um pouco largas, mas nada que fosse muito perceptível.

 ─ Tem certeza que isso vai funcionar? ─ Perguntou Frisk totalmente incrédulo.

 ─ Bem, vamos descobrir. ─ Ele colocou os óculos escuros e pôs o capuz sobre sua cabeça, a dupla foi até a porta, Chara deu uma rápida espiada para averiguar se não havia ninguém nos corredores e logo saíram do quarto. Quando chegaram perto da recepção, a de olhos escarlates foi até a enfermeira que lá estava e começou a conversar com esta, para destrai-la. Enquanto isso, Frisk se esgueirou pelo hall de entrada e saiu sem ser notado, Chara logo se juntou a ele e os dois correram o mais rápido que puderem para longe do hospital.

 ─ Eu não.... Acredito... Que isso... Funcionou... ─ Frisk falou enquanto ofegava, tentando recuperar o folego.

 ─ Ufa... Nem eu... ─ Depois de alguns minutos os dois finalmente recuperaram o fôlego, então seguiram até um pequeno carro preto que estava estacionado ali perto.

 Chara destravou as portas e os dois logo adentraram o veículo, ela ajustou os olhos e girou a chave na ignição, dando partida. A de olhos vermelhos dirigiu pelas ruas da cidade, parando algumas vezes em semáforos ou placas de pare. Algum tempo depois eles chegaram na primeira parada, um parque de diversões.

 ─ Então, acho que você já deve imaginar, mas, eu não tenho dinheiro.

 ─ Não se preocupe com isso, eu que te convidei então, logicamente, irei pagar por tudo. ─ Falou enquanto sacudia uma carteira cheira de dinheiro. “Asriel, te devo uma”. Pensou.

 A dupla saiu do carro e Chara o trancou, em seguida, foram até o local onde se vendia os tickets, compraram alguns e foram no carrinho de bate-bate. Felizmente a fila não estava muito grande, os amigos ficaram em carrinhos separados e começaram a bater com eles um no outro, Frisk ficou um pouco irritado, pois ele era péssimo em conduzir o brinquedo.

 Depois, para o desgosto do rapaz, eles foram para o carrossel. A de olhos vermelhos sorria feito uma criança, já Frisk, ficou o tempo inteiro com uma expressão de tédio. Por conta disso, o próximo brinquedo foi escolhido por Frisk, os dois foram na montanha-russa e quase perderam as vozes de tanto gritar.

 ─ Ta legal... Chega de... Brinquedos. ─ Disse o rapaz enquanto tentava se recuperar do medo e adrenalina que havia sentido na montanha-russa, Chara apenas riu de sua situação – apesar de se encontrar em um estado semelhante –, isso fez com que seu amigo lhe mostrasse a língua.

 ─ O que acha de pegar um cineminha agora? ─ Questionou a de olhos vermelhos.

 ─ Claro, tem séculos que eu não vou a um.

 ─ Certo, então vamos.

 Os dois fizeram o caminho de volta até onde haviam deixado estacionado o carro – no meio do trajeto Frisk acabou tendo algumas crises de tosse e por conta disso, tiveram que fazer o possível para esconder as flores – e ao chegarem lá, Chara destravou o veículo e eles o adentraram. Ela deu partida e começou a dirigir, a viagem não demorou muito já que o shopping ficava consideravelmente perto do parque.

 A dupla chegou ao shopping cerca de 20 minutos depois, a de olhos vermelhos novamente estacionou o carro e estes seguiram para o interior do prédio que estava um pouco cheio devido ao horário. Depois de comprarem algumas guloseimas os dois foram até a fila de ingressos que estava um tanto extensa, as opções de filmes naquele dia não estavam muito boas, portanto, acabaram optando por irem assistir a um filme qualquer de romance adolescente.

 ─ Será que alguém realmente acredita nessa baboseira? ─ Reclamou Chara com um olhar de tédio, logo algumas das pessoas presentes na sala de cinema fizeram o som de “shhh” para ela que revirou os olhos.

 ─ Né, até parece que alguém vai se apaixonar por alguém só dessa pessoa pegar na sua mão e olhar nos seus olhos. ─ Frisk disse enquanto envolvia a mão de Chara com a sua e a olhou nos olhos, forçando uma expressão de apaixonado. Ambos acabaram rindo, o que desencadeou mais protestos por silêncio.

 Quando se deram conta, ainda estavam com suas mãos juntas e agora estavam se encarando fixamente, seus rostos começaram a se aproximar de vagar e em questão de minutos, estavam apenas há alguns centímetros de distância um do outro. Foram despertados do transe por uma crise de tosse de Frisk, os dois então trataram de se retirar o mais rápido possível da sala.

 ─ Você está bem? ─ A preocupação era nítida na voz de Chara.

 ─ Sim, claro. ─ Respondeu Frisk quando finalmente se recuperou das tosses repentinas. ─ Poderíamos ir embora? Está ficando tarde.

 ─ Ah, certo, tem razão. Vamos.

 Os dois retornaram ao estacionamento e novamente adentraram o veículo que lá estava. A de olhos vermelhos dirigiu sem pressa pelas ruas da cidade e sequer uma única palavra foi dita sobre o quase beijo no cinema. Algum tempo depois eles finalmente chegaram ao hospital, então Chara parou o carro para que seu amigo pudesse descer.

 ─ Até logo. ─ O rapaz disse enquanto saia do carro.

 ─ Até. ─ Chara respondeu. Frisk acenou e ficou na calçada observando o veículo sumindo no horizonte, então ele teve outra crise de tosse, dessa vez ele acabou cuspindo uma flor inteira e ela estava acompanhada de sangue, que ele deduziu ser de sua garganta que agora se encontrava arranhada por dentro.

 “Eu esperava ter um pouco mais de tempo.”


Notas Finais


Parece que Frisk está ficando na pior.
Próximo capítulo será a conclusão da história, tentarei postar o mais rápido possível, see ya.

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