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História The Drugs (Yoonkook) - 9 Min Yoongi


Escrita por: BittersweetKath

Notas do Autor


*voz de apresentador de tv* BOM DIA BOA TARDE BOA NOITE BOA MADRUGADA eu tenho um anúncio importante a fazer:
Meu aniversário foi ontem
(Ninguém liga)
A única parte que seria legal vocês saberem é que eu ganhei uma mesa digitalizadora e em breve vou desenhar a capa da fic (sim essa é temporária, só pra não ficar sem mesmo)
Enfim, aproveitem e não revisei então foi mal qualquer erro

Capítulo 9 - 9 Min Yoongi





    Manhã de quinta-feira, a chuva caía violentamente no chão, fazendo poças pelas ruas, onde era possível ver o próprio reflexo, caminhando com um guarda-chuva transparente pela bagunça barulhenta e molhada. Eram sete horas, a hora que eu deveria estar em casa preparando as comidas para o dia. Mas eu estou fazendo isso? Não. Estou caminhando até a loja infame, que me liga desde a outra quinta dizendo que o maldito óculos estava pronto. Resolvi tomar uma atitude porque ontem eu jurei que se recebesse mais uma ligação alguém seria gentilmente mandado para um lugar não muito legal. 

    Entro na loja, abrindo a porta de vidro decorada com uns desenhos de óculos e bolinhas com adesivos dourados. Acima da plaquinha dizendo que o ambiente tinha ar-condicionado estava escrito: Coolglasses com uma letra cursiva extremamente "fresca", e as duas letras "o" tinham um óculos no lugar. Estavam ganhando a corrida mas tragicamente tropeçaram na linha de chegada. Que nome tosco. O lugar era tão bonito para o nome que recebeu, tipo "Ah que nome nós vamos colocar?" "Sei lá, óculos são legais então...óculoslegais?" "Aí a gente coloca em inglês porque até merda em inglês é mais poético que a nossa língua" "Genial!". 

    Abro um pequeno sorriso imaginando a conversa, entrando finalmente no lugar, que tinha essas decorações amarelas e brancas por toda a parte, dando um ar leve. 

    Caminhei até o balcão branco, onde uma mulher esbelta de cabelos loiros cacheados apoiava a cabeça na mão, com um olhar vago, como se estivesse dormindo de olhos abertos. Era a mesma que me atendeu, qual era seu nome? Cássia?

    — Olá. — digo.

    A garota tentou disfarçar, mas era visível que a assustei. Sorri novamente, isso aconteceu comigo incontáveis vezes. Estava sorrindo mais que o normal na última semana. Voltando, qual era mesmo o nome dela? Celeste? Clarissa? 

    — Olá! O que precisa? — disse num tom forçado.

    Por mais que eu não lembrava seu nome, lembrei que ela me disse esta frase quando vim antes, e dessa vez sem a parte do "tudo bem?" Deve ser um dia ruim para ela.

    — Eu vim buscar meu óculos. — a garota solta um suspiro, e desaparece numa sala que tinha ali. 

    Ouvia-se um burburinho lá de dentro, e nesse tempo tentei lembrar o nome dela. Charlie? Charlene?

    — Por que é a porra do seu trabalho, Charlotte. — ouviu-se uma voz estridente e abafada, que só eu escutei. Era um grito. E eu sabia que o nome começava com "c". 

    Depois de uns dois minutos, Charlotte aparece com uma caixinha nas mãos. Olhei para seu rosto, percebendo que jogou o cabelo sobre um dos olhos, e o outro estava vermelho, com os lábios lutando para reprimir um biquinho. Abriu um sorriso amarelo, respirou fundo, e andou até mim, com os cabelos parecendo dançar no ar com todos aqueles cachos dourados. Por Deus, ela é muito bonita. Antes que você venha questionar, sou gay, não cego (só um pouco cego). 

    — Está aqui. — disse, colocando delicadamente na mesa. 

    "Você está bem?" "Aconteceu alguma coisa?" Pensei em perguntar para ela enquanto fechava a conta e me contava sobre alguns cuidados com uma fala que deveria sair de seus lábios naturalmente a esse ponto. Percebi que seus olhos fitavam o balcão, tentando inutilmente fazer com que eu não percebesse seu estado. Ou talvez eu fosse uma das poucas pessoas que realmente se importassem em notar os pequenos detalhes, e infelizmente uma das poucas pessoas que se importam com os mesmos. 

    Paguei e peguei a caixa, sem tempo para verificar o produto, ou ao menos paciência. Mas não saí de lá sem abrir um sorriso (tem algo de errado comigo) compreensivo e dizer com a voz doce "Obrigado, Charlotte." O que a deixou confusa, provavelmente perguntando como eu sabia seu nome. Pego o guarda-chuva e o abro, saindo da loja. Sinto uma rajada de vento frio de repente, culpa de ter saído da loja que não era quente, mas também não era fria de rachar. 

    Sigo o caminho até em casa, lamentando a triste morte que o meu tênis sofreria por afogamento, sendo avisada cada vez mais pelos sons das poças. O guarda-chuva de nada me servia por causa da maldita ventania, tanto que ao abrir a porta de casa com tamanha força no estilo "cheguei", eu parecia ter enfrentado um tsunami antes de chegar aqui. 

    Eles me esperavam lá, compartilhando os mesmos olhares mortos. Cumprimentei todos, e comecei a fazer as coisas necessárias. Atrasamos alguns minutos para abrir definitivamente, mas ninguém chegou nesse curto período. Foi aí que troquei de roupa, e segurei o óculos, olhando fixamente o espelho. Coloquei. Abri os olhos. Agora eu tenho certeza de que sou cego. O fato é que você não percebe o quanto precisa de um óculos até ter um. Desço um pouco desorientado por conseguir ver direito, mas acho que vou precisar me acostumar com isso. As linhas que antes eram mais soltas e turvas agora ficam retas, pontiagudas, definidas.

    Respiro fundo e me dirijo até o café. Respiro fundo antes de abrir a porta e entrar. Jennie está lá, mexendo em seu celular com olheiras enormes.

    — Oi Jennie. 

    Olhou para mim com desânimo,sussurrando um "oi" baixinho.

    — Então...você usa óculos agora.

    — É.

    — Você está muito fofo.

    — Ah, para. Eu não sou fofo.

    — É sim. — chega mais perto e aperta as minhas bochechas. 

    — Posso ver? — pergunta, pegando sem esperar uma resposta, e coloca — Nossa! Como você enxerga qualquer coisa com isso?

    Dou de ombros, e recupero o óculos. Fico no balcão, com Jennie ao meu lado, e iniciamos mais um dia. 



    4:00 da tarde, o café está vazio, então tiro um tempo para me escorar na bancada, olhando para o local, respirando fundo. Jennie estava particularmente desanimada hoje, suspirando a cada poucos minutos. Chamei-a para mais perto, e ela veio do meu lado.

    — Jennie, aconteceu alguma coisa? — acho que posso perguntar isso para ela.

    Seus ombros relaxaram, assim como sua postura, e pensei em talvez segura-la porque parecia que iria desabar a qualquer segundo. Suspira mais uma vez, e me olha, triste. 

    — Não é nada muito grave Suga, é só...as coisas estão uma merda. — olha para a parede.

    — As coisas estarem uma merda me parece grave.

    Riu, olhou de novo para mim, e para a porta da cozinha, e para mim de novo.

    — Meu pai. — disse, cruzando os braços.

    — Sim?

    — Ele não aceita...ele...não nos aceita. — deu ênfase no "nos".

    — Ah, então resolveu contar pra ele? — Jennie assente com a cabeça.

    — Foi nesse fim de semana. Foi horrível. Ele gritou, surtou, virou a mesa, e quebrou a garrafa de seja-lá-Deus que bebida era aquela. A parte mais merda de tudo é que ela insistiu em ir junto, e eu deixei, eu deixei, EU deixei!!! — começa a franzir a testa, e apertar os olhos, contendo o choro.

    Pensei em dizer alguma coisa, tipo um "tudo vai se acertar com o tempo", mas existem situações onde isso não se aplica. Quando se têm um pai alcoólatra que fez sua mãe ir embora e te deixar sozinha com ele enquanto o mesmo não tinha controle da raiva, batia em você, e você sabe que ele te "quer" e sai para ficar com outras mulheres semanalmente porque ainda lhe resta um pouco de humanidade. Então aí você descobre que é lésbica, e olha só! Seu pai é homofóbico. Então você acha uma namorada, vai morar junto dela para fugir disso, e ele não gosta disso e acha que ainda tem alguma autoridade sobre você. Como sei disso? Sabe os papos de cozinha? Então foi mais ou menos assim.

    — Ele...fez alguma coisa com a Jisoo? — pergunto, sabendo que se aquele homem tivesse tocado um dedo nela, Jennie estaria querendo estrangular alguém.

    — Não...não fisicamente. — começa a soluçar, e algumas lágrimas teimosas escorrem por seus olhos. 

    Tudo que faço é abraça-la, sabendo que continuar com as perguntas só traria mais más recordações, às vezes é melhor calar a boca e não exigir demais das pessoas. Jennie me abraça novamente, e apoia a cabeça no meu peito. Provavelmente estava surpresa pela minha demonstração de afeto, mas sabia que eu não iria tentar qualquer coisa também, e sabia que precisava de pessoas para desabafar sobre isso, então simplesmente retribuiu. 

    — Você...não quer ir lá para trás, tomar uma água, conversar com a Jisoo e voltar aqui quando se sentir melhor? — olho para baixo.

    Ela somente assente com a cabeça, e nos separa, porque estava ficando estranho. 

    — Mas...tem certeza de que se vira sozinho? 

    — Aham. Agora vai lá com a marida. — falo, rindo um pouco.

    — Você anda muito sorridente Yoongi, está "alto"? — faz aspas com as mãos, achando um jeito mais bonito de dizer bêbado.

    — Não. — Não agora. Digamos que eu sei todos os problemas deles, e eles não sabem nada sobre mim. 

    A de cabelos castanhos desaparece pela porta no exato momento que um carro estaciona lá. Será um longo dia.

    




    

    



    
 


Notas Finais


Drama Jensoo porque Jensoo é vida
Até o próximo
E aqui cá entro nós
Nessa fic quem vocês votam pra ser seme e uke? Eu estou confusa


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