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História The Dumb Girl - Chapter 10 - Homework with Lauren


Escrita por: Triumpharmony

Capítulo 10 - Chapter 10 - Homework with Lauren


Depois de toda a festa, as meninas se despediram de Lauren animadamente. Camila estava visivelmente cansada, estava recostada no tronco de uma árvore enquanto observava Lauren procurar as chaves do carro feito louca pelos bolsos de seu caso e calças. A latina desceu as costas pelo tronco até se sentar em meio às raízes grossas que ultrapassavam o solo. Ao esticar o olhar, notou uma pequena flor em meio à elas e não hesitou em pegá-la para si e colocar atrás da orelha.


Como estou? -Perguntou cutucando a perna de Lauren por trás. 


-Linda como sempre. -Lauren sorriu mas logo sua expressão se tornou aflita. -Não encontro as chaves! -Exclamou por fim.


São essas penduradas na costura da sua calça?  -Camila perguntou divertida apontando para o molho de chaves pendendo no ar.


-Porque não me avisou antes? -Lauren bufou.


Gostei de te observar preocupada. Suas feições mudam rapidamente, já notou isso?


-Eu não costumo ficar me notando. -Disse simples.


Pois deveria. É simplesmente adorável. 


-Vou aderir esse conselho, e utilizá-lo enquanto me olho no espelho. -Lauren riu. -Agora vou levar a princesa pro castelo. -Disse observando o movimento de pessoas baixar quase que por completo.


O enorme campo agora só contava com lixeiros que faziam a limpeza da grama, alguns catadores de lata com seus enormes sacos e uma disposição incrível, e os vendendores das barracas que no momento as guardavam dentro de seus caminhões. Por um momento, Lauren deixou-se levar por seus pensamentos de auxílio às pessoas. Se houvessem mais oportunidades de emprego, talvez os catadores não precisariam se sacrificar no frio daquela noite em buscar de pequenos cilindros de alumínio somente por alguns trocados. Poderiam vir somente curtir a festa, ou estar em casa com suas famílias. E foi isso que a motivou a sair do carro rapidamente e entregar seu casaco à uma das catadoras, a mais velha de todas, e alguns trocados que sem dúvida a ajudaria. Voltou sentindo os pelos se arrepiarem devido ao vento daquela noite, mas voltou se sentindo completa. Ao entrar novamente no carro, fitou uma Camila com os olhos brilhando.


-O que foi? -Perguntou corada.


O que você fez foi lindo. Não é todo mundo que pensa em ajudar uma simples catadora de latinhas como você fez. Gosto disso, Lauren Jauregui.


-Todos merecem o mínimo de conforto possível, e me parte o coração ver alguém tão idosa ter que se sacrificar nesse frio em troca de míseros trocados. -Disse simples. -E fico feliz que goste disso, Camila Cabello. 


Ajudar é sempre bom. Gostaria de te ajudar a ajudar. -Sorriu com a língua entre os dentes.


-Talvez um dia eu te leve à um lugar especial pra isso. -Lauren sorriu. -Mas agora minha tarefa é levar a princesa pra casa -Disse por fim, ligando o carro.


[...]


Depois de voltas e mais voltas pela cidade, finalmente o carro preto de Lauren estacionou em frente à casa dos Cabello. A casa estava em uma total escuridão, a não ser pela pequena janela do andar debaixo que contava com uma fraca luz acesa por entre as cortinas. Camila abriu a porta e saiu delicadamente do carro, se pôs de pé na calçada num pedido mudo para que Lauren saísse do carro também. E ela o fez.


-Bem.. a princesa está entregue. -Sorriu dando a volta no carro. -E eu consegui não bater o carro.


Você ao menos tem uma carteira de motorista?


-Não. -Lauren respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.


E como você sai comigo, num carro perigoso e sem carteira? Poderíamos ser presas!


-Já ouvir falar em táticas de conquista? Um carro pode abrir muitas portas. -Lauren disse risonha.


Está me chamando de interesseira?


Em um segundo a expressão brincalhona de Lauren se tornou preocupada.


-O que?! Mas é claro que não, eu juro que era só uma brincadeirinha infame sobre o fato de todos os caras descolados usarem seus carros pra conquistarem as meninas. Mas você é diferente, e melhor que todas elas e eu nem sou um cara. Só sou uma menina que queria me aproximar de...


Lauren calma, eu estou brincando! 


-Você. -A morena terminou aflita. -Por Deus, Camila! Você quase me mata do coração.


Por que tanta preocupação em me deixar brava?


-Porque a partir do momento em que eu me interessei por você, eu me obrigo a te fazer feliz e te proteger. -Disse corando levemente.


Você é uma gracinha, sabia? Melhor que muitos caras por aí. 


-Eu confio no meu taco. -Disse sorrindo convencidamente.


Você é besta.


-Hey! -A morena protestou.


Estou brincando! -Camila se rendeu com os braços pra cima. Tenho que entrar, antes que o Sr. Alejandro pense que você me sequestrou. 


Lauren assentiu com um pequeno sorriso e abriu os braços para que instantaneamente, Camila se aconchegasse neles. A morena entrelaçou os braços em volta da latina que apertou o rosto contra o peito dela. Lauren depositou um beijo na testa de Camila e a observou subir os quatro degrais da varanda, e a observar da porta antes de entrar.


-Boa noite, Camila Cabello. 


Boa noite, Lauren Jauregui.


E após ver a porta ser fechada, e ter a certeza de que a pequena latina estaria segura, Lauren ligou o carro e seguiu em direção à sua casa com um sorriso bobo estampado no rosto.


[...]


-E como foi o encontro, Kaki? -Alejandro perguntava ao vê-la entrar sorrindo em casa.


Foi incrível! Lauren me tratou muito bem e fez eu me sentir confortável no meio de todos. E depois ela me trouxe até aqui, e disse coisas bonitas.


-Ela é uma boa garota. Sinto isso. -Alejandro comentou confiante. -Aproxime-se dela, Kaki. 


Vamos com calma, papa. Não quero me decepcionar novamente e criar falsas expectativas. 


-Não é por causa de pessoas podres que você deve perder oportunidades boas. Há tantos milhões de pessoas no mundo, e você deu a sorte de encontrar uma bem do seu lado. 


Obrigada pelo conselho, papai. 


E foi assim que a noite de Camila foi tranquila. Apesar de demorar a pegar no sono por conta do sorriso instalado em seu rosto.


E há duas ruas dali, uma Lauren chegava em casa, surpresa por ainda estar sozinha. Mas nada que a aborrecesse, seu dia tinha sido incrível. E agora era só repousar a cabeça no travesseiro, e tentar tirar o sorriso enorme que estava ali.


°°°


-Hora de acordar, Kaki. -Sofia beijava a bochecha da irmã. 


Camila dormia na diagonal, devido à sua forte movimentação durante a noite. Sua coberta estava em uma das pernas, o travesseiro tapava metade do rosto e os braços pendiam pra fora da cama. A mesma ao ouvir a voz infantil de sua irmã, se levantou preguiçosamente com o rosto amassado. 


-Bom dia, irmã! - Sofia se sentou no colo da maior. 


Bom dia, baby.


Camila a abraçou fortemente e fez menção de se levantar. Sofia subiu em suas costas como um filhote de coala e Camila a carregou até o banheiro para fazer sua higiene.


-Como foi o encontro com a Lauren ontem? -Perguntou sapeca.


Não foi um encontro, Sofia. Foi só uma saída entre amigas.


-Sabe o que eu acho, Kaki? -A pequena perguntou colocando a cabeça no ombro de Camila. -A Lauren é uma menina muito boa, e parece gostar muito de você. Ela fala de você toda hora, e fica sorrindo que nem boba.


É mesmo? -Camila perguntou com certa animação. 


-Sim, então eu acho que você poderia sair com ela. -A pequena disse despreocupada.


Camila sorriu e saiu do banheiro, colocando Sofia de pé em cima da cama. A pequena parecia querer dizer algo, mas estava em dúvida e andava de um lado pro outro no colchão. 


Diga logo o que você quer, Sofia.


-Só mais uma coisinha! -Sorriu sapeca. -A Lauren foi a única que se aproximou de você e não te fez chorar por você não falar nadinha. Ela continuou bem aqui. -Disse e desceu da cama num pulo, correndo pra fora do quarto.


Camila analisava os fatos, e era verdade. Lauren continuava bem ali. Não era de se negar que a latina possuía uma beleza indescritível, mas todos os rapazes que se "interessavam" por ela se cansavam por conta de seu pequeno problema, e isso só a machucava cada vez mais. Ter 16 anos e nunca ter sido beijada por ninguém de verdade, e com seu consentimento, pra ela era uma vergonha. Seu primeiro beijo se é que podia se dizer assim, acarretou uma das piores lembranças de sua vida, depois da morte de sua mãe. Camila chorava por noites tentando esquecer o que havia acontecido naquela noite que era pra ser apenas um natal comum em família. E jurou que se calaria diante daquilo para evitar mais problemas. E cumpriu o juramento.


Aos 14 anos, um menino de outra turma se interessara por ela. Seu nome? Austin Mahone. O "relacionamento" dos dois durou alguns meses por mensagens, afinal mal se encontravam na escola. Camila suspirava ao ler as coisas bonitas que o mesmo a mandava todos os dias, mal podia acreditar que havia alguém interessado nela, era incrível. Ou era pra ser. Afinal, no dia do grande encontro, ao perceber que Camila era muda, tudo mudou. Uma garota deixada só na mesa de uma sorveteria em meio à chuva, lágrimas e o bloqueio das mensagens e redes sociais. Tudo aquilo contribiu para o fechamento da pequena Camila Cabello em seu próprio mundinho. Deixá-la chorando enquanto a chuva a encharcava não foi uma boa idéia, Austin. Definitivamente, não foi. O que realmente foi, é que desde aquele dia Camila perdeu o 0,1% de interesse que ainda lhe restava sobre meninos. Mas naquele dia, concluiu que eram todos iguais.


E nenhum deles a merecia. 


Na verdade, a única pessoa a ter uma chance estava começando agora. E Camila estava gostando de tê-la no início do "labirinto" de seu coração. 


°°°


E o despertador tocou pela quinta vez, fazendo uma Lauren preguiçosa despertar. A mesma descobriu-se e levantou da cama indo em direção à porta do quarto. Ao abrir, chegou até o corrimão do corredor, e olhou para o andar debaixo. Ainda estava sozinha, nem sinal de sua família. 


-Não me importo. -Disse pra si mesma.


Mas o problema é que sim, ela se importava, mas não queria. E isso corroía cada vez mais os seus sentimentos por qualquer um dos Jauregui. Correu até o banheiro, fez sua higiene pessoal e ao abrir sua gavetinha secreta - era como chamava o fundo falso na gaveta de seu banheiro - encontrou suas pílulas, alguns comprimidos tarja preta, uma cartela de cigarros e uma pequena garrafinha de vodka. E ali no cantinho sua cartela colorida preferida desde os 15 anos. Quando fora apresentada por uns amigos, Lauren hesitou em experimentar, mas depois de sentir todas as diferentes sensações dadas por ela, quis mais e mais. Um fato que a família Jauregui jamais saberia, é que há dois verões atrás, Lauren havia ficado internada por uma semana por conta de uma overdose na casa de amigos em Los Angeles. E ali estava ela novamente, de frente pra elas. 


A morena pegou o pequeno pacotinho onde estava o "pequeno quebra-cabeça" e o observou por bons minutos. Pensou em todas as atividades que deveria fazer durante o dia na escola, pensou em uma suposta prova surpresa, e na aula de educação física. Precisava estar ligada pra tudo aquilo, não é mesmo? Então ela tirou um pequeno quadradinho da cartela. Mas antes de levá-lo a boca, pensou naquilo que faltava. Pensou em Camila. E aquilo foi o suficiente para jogar o quadradinho no vaso sanitário e dar descarga o mais rápido possível. Lauren fechou a gaveta e saiu do banheiro às pressas, expulsando qualquer pensamento negativo de sua mente.


-Não posso fazer isso comigo mesma. -Sentou-se na cama confusa. -Posso?


Era mais uma de suas perguntas em que não havia ninguém próximo pra responder. Ninguém de sua família. 


°°°


-Bom dia, meninas. -Lauren disse sorrindo. A mesma havia chegando na escola com um calça preta rasgada nos joelhos, uma blusa até a coxa, na cor cinza. E nos pés, seus inseparáveis coturnos.


Camila sorriu ao vê-la chegar, e se aproximou da mesma.


Oi, Lauren Jauregui.


Lauren sorriu e a abraçou fortemente, sendo correspondida na mesma intensidade. 


-Oi pra vocês também. -Dinah reclamou. 


-É, suas ridículas. -Normani retrucou.


-Deixem elas, meninas. -Ally apaziguou.


-Se vocês não perceberam, eu disse "Bom dia, MENINAS" -Lauren aumentou o tom de voz ao pronunciar a palavra chamando atenção de todas.


-Ah, desculpe. Eu fiquei surda com tanto carinho. -Dinah riu olhando pra Camila que ainda não havia se soltado do abraço de Lauren.


-O certo seria cega, não? -Ally perguntou.


-Faz sentido, Dinah. -Normani concordou com Ally.


-Ah, fiquem quietas as duas. -Dinah cruzou os braços e entrou pra sala de aula.


Normani seguiu reto para sua aula de Inglês, e Ally para de Química. Camila e Lauren continuaram no corredor, abraçadas esperando o movimento cessar.


-Tem aula do que agora, Cabello? 


Física. E você, Jauregui?


-História. E depois do recreio, artes o resto da manhã. 


Eu também!  -Camila disse com certa animação.- Nos encontramos depois, Jauregui. -Disse saindo do abraço vagarosamente. 


Lauren a puxou novamente e deixou um beijo casto em sua testa para surpresa de Camila que não esperava tal ato. A latina ainda ia demorar a se acostumar com a diferença de Lauren para os outros garotos. Lauren não teria vergonha dela, certo? É o que Camila esperava.


Ou melhor, desejava.


[...]


-Eu já formei minhas duplas antes de vocês chegarem. Quero uma releitura do quadro O Abaporu, de Tarsila do Amaral. [N/A: quem nunca fez esse quadro na aula de artes, né non?] Tragam amanhã já pronto, pode ser feito com qualquer material. Só tragam pronto.


-Tomara que tenham me posto com alguém bom. -Lauren dizia pra si mesma.


-E as duplas serão: Michael e Kaya, Justin e Jason, Angel e Joanne, Bryan e Bob, Carrie e Mariah, Lauren e Camila.


-Isso! -Lauren comemorou alto demais causando risos entre os outros estudantes.


Camila sorriu no cantinho onde estava. Não podia ter uma dupla melhor, e agradecia à Deus ou melhor, à professora por tê-la deixado fazer a dupla com Lauren após toda a insistência antes da aula começar. Mas ninguém precisava saber disso, certo?


-Estão liberados, podem ir pra suas casas, assim terão mais tempo de fazer o trabalho. -Continuou. -E sem desculpas esfarrapadas. 


Todos assentiram positivamente e saíram da aula, restando apenas Lauren e Camila. A latina arrumava seu material cuidadosamente, enquanto Lauren a esperava pacientemente com um sorriso no rosto. Cada detalhe nela, causava suspiros na maior que não se contia. 


O que está olhando? -Camila perguntou corada.


-Uma menina muito bonita. -Lauren sorriu.


Não tô vendo nenhuma menina bonita nessa sala além de você. 


-É porque essa sala não tem espelhos. -Lauren riu. -Mas não se preocupe, se você for no banheiro, vai ver a menina bonita logo de cara. -Concluiu se encostando na cadeira.


Camila suspirou satisfeita com o elogio. Gostava da maneira como Lauren falava com ela, com toda a paciência e o carinho do mundo. Seria possível ter isso pra sempre?


Onde iremos fazer o trabalho?


-Eu posso sugerir a minha casa. -Lauren sorriu. -Meus pais não estão por lá, então poderemos fazer o trabalho sem interrupções. -Disse tentando soar normal.


Não é perigoso ficarmos sozinhas em casa?


-Não é como se eu fosse uma maníaca que prende todo mundo no porão. -Lauren disse risonha. -Até porque nem um porão eu tenho. -Deu de ombros.


Onde estão seus pais?


-Pra falar a verdade, eu não sei. -Respondeu. -E nem me importo. -Lauren mentia para si mesma.


Vou ligar avisando pro meu pai, e aceito o seu convite. -Camila disse sorrindo.


Lauren deu espaço pra mesma passar pela porta, depois passou fechando-a em seguida. A morena deu a volta e puxou Camila para mais perto de si, a abraçando por cima dos ombros. A latina sorriu olhando no fundo dos olhos verdes da maior, e se aconchegou no abraço. Não seria nada mal passar uma tarde toda com Lauren, seria?


°°°


-Eu não sei cozinhar nada, e como não tem nada de bom pra fazer nessa casa, vou comprar nosso almoço, ok? -Lauren perguntou na esquina do bar de Margot.


Nada disso, você está com uma Cabello! Eu sei cozinhar maravilhosamente bem.


-Se você diz. -Lauren deu de ombros. -Só não me mate intoxicada. -Respondeu brincalhona e levou um tapa da menor.


Ao passar pela floricultura, seu Edgar rapidamente apareceu na porta com um sorriso no rosto. Ao ver que Lauren estava acompanhada, o velhinho se apressou em por uma rosa na mão da morena e sussurrar rapidamente:


-É a sua chance de fazê-la sorrir mais uma vez. -Disse risonho.


Lauren se virou fazendo sinal de jóia para o velhinho que se sentou em sua velha cadeira de balanço. Ainda não se acostumara a todo o carinho do velho, e não entendia porquê ninguém o ligava, ninguém falava dele ou coisa parecida. Parecia que somente ela o enxergava naquele bairro.


-Hey, Camila? -Lauren sorriu cutucando o ombro dela.


Oi, Lauren.


-Uma rosa por esse sorriso? -Disse tirando a rosa de suas costas.


Camila sorriu em surpresa. Seus olhos piscavam freneticamente, ela sorria feito criança quando ganha um doce. 


Isso foi lindo. Mas... De onde roubou uma rosa?!


-Claro que não! -Lauren riu. -Eu apenas peguei na floric... -Ia dizer quando foi interrompida por um beijo estalado na bochecha.


Eu adorei. Obrigada!


Lauren sorriu e não terminou de falar. Palavras não eram mais necessárias ali.


[...]


E aqui está, uma bela macarronada digna de uma Cabello. -Camila disse colocando a travessa em cima da mesa.


-O cheiro está ótimo! -Lauren elogiou da pia da cozinha.


Nota do futuro: Lauren sentiria esse cheiro por um bom tempo.


Será que você já conseguiu fazer o suco, ou eu tenho que entrar em ação novamente? 


-Já consegui, comandante capitão! -Lauren batia continência com a jarra de suco na mão. 


Vamos comer!


As duas se sentaram na mesa sorridentes, Camila se esticou para servi-las e por Deus.. A imaginação de Lauren estava indo longe com aquela simples cena da latina lhe servindo seu delicioso macarrão. 


°°°


As pequenas mãozinhas curiosas, tateavam em cima da mesa à procura de comida. Lauren ria ao ver os dedinhos gordinhos tamborilarem nas bordas de pouco à pouco. Uma cena fofa de se ver. Camila ao entrar na cozinha e ver a diversão de Lauren, cruzou os braços em baixo dos seios fartos.


-Estão te deixando com fome e se divertindo com isso, não é bebê? -Disse com uma voz infantil, a pegando no colo e colocando na cadeirinha.


-Desculpe, mas era adorável de ver. -Lauren ria.


-Eu deveria deixar você com fome. -Camila disse rindo. -Aqui está, baby. -Colocou um pequeno pratinho com papinha na mesinha. 


-Hey, Camila Cabello. -Lauren chamava sua atenção. -O cheiro está muito bom.


-Hey, Lauren Jauregui. -Camila respondia. -Eu sou uma Cabello, e sei cozinhar. -Dizia convencida. -Não percebeu isso em todos esses anos?


-Eu te amo. -Disse a abraçando por trás. 


-Eu também. -Disse se virando para enlaçar seu pescoço com seus braços. 


-Hihihihi. -A pequena ria na cadeirinha.


°°°


Lauren, volte para a terra. -Camila estalava os dedos no rosto da maior. -LAUREN! -ela batia palmas.


-Oi! Ai meu Deus, desculpe! Eu estava pensando apenas.. -Disse sorrindo.


Eu percebi, parecia estar em outra galáxia muito boa, você estava sorrindo feito idiota.


-Se você soubesse o que eu imaginei.. -Disse baixinho rindo. -Vou servir o suco. 


Ao se levantar para derramar o líquido no copo da latina, Lauren tropeçou no pé da cadeira derramando uma boa quantidade no colo da menor que fechou os olhos sentindo as pernas gelarem.


-Puta merda. -Lauren deu um tapa na própria testa. 


Não foi nada, não foi nada.


-Deixe eu te ajudar. -Lauren se apressou em pegar um pano de prato.


Lauren, calma! -Camila ria. -Eu não sou de açúcar, e esse suco não é tóxico, é? 


-Bem, levando em consideração que foi eu quem fez... -Disse risonha.


Vamos apenas comer, e depois eu te roubo um short qualquer. 


Lauren se admirou mais uma vez com a simplicidade da latina e se sentou em seu lugar. As duas se deliciaram da maravilhosa macarronada que a menor havia feito. Ela tinha razão, sua culinária era esplêndida. E Lauren desejava provar mais vezes. Na hora de lavar os pratos, outra confusão. Camila queria lavá-los, mas Lauren não deixava de maneira alguma. A única saída da maior, foi pegar a mangueira de água e mirar na latina que tinha seu prato sujo de molho como escudo.


-Eu tenho uma arma, e não tenho medo de usá-la. Se afaste! -Lauren mirava a mangueirinha em Camila.


Eu duvido que você seja capaz.


-Ah, é? -Lauren sorriu diabolicamente. -Então tome um jatooooo! -Disse apertando o "gatilho" e disparando água em Camila e em seu prato.


A latina corria pela cozinha tentando se proteger da água gelada, mas Lauren tinha uma ótima pontaria. Acertou cada cantinho do corpo de Camila que lançou um copo d'água na mesma a deixando molhada também. Em poucos minutos uma guerra de água estava sendo iniciada na cozinha, deixando ambas ensopadas e ensaboadas com o detergente. Lauren não se divertida há tempos naquela casa, e Camila estava conseguindo lhe arrancar boas risadas.


-Ca-Camila... -Lauren ria. -Temos que fazer o trabalho.. -Ria apontando para o balcão com as tintas e a tela.


Tudo bem, Jauregui. Mas essa guerra ainda não foi vencida.


Camila disse rindo e indo até o balcão. 


-Vou secar a mesa para podermos ter um apoio. -Disse passando um pano na mesa encharcada.


Camila de pouco a pouco foi colocando os materiais necessários na mesma, e se sentou de frente para Lauren, sorrindo.


-Bem, a tela já está desenhada. Então é só pintar de uma maneira diferente, certo?


Sim. Eu quero fazer a roupa dela de bandeira gay.


Lauren riu com a sugestão da menor, mas rapidamente foi acatada de acordo com o olhar mortal da latina.


-Onde começaremos a pintar?


Aqui. -Camila disse pincelando a tinta rosa no nariz de Lauren.


-Você não fez isso! -Lauren se fez de raivosa. 


Vai me bater?


-Vou fazer pior! -Lauren disse pegando o pincel maior e passando vermelho na bochecha de Camila por completo.


A menor se revidou passando azul em sua testa, e recebeu roxo no nariz inteiro. Camila enfiou dois dedos na tinta amarela e passou no queixo de Lauren fazendo duas listrinhas. Lauren por sua vez, pegou o preto e fez um bigode na menor que ria sem parar. 


-Vai ser assim?


Vai.


-Se você quer guerra, é guerra que você vai ter! -Lauren ameaçou passando rosa no braço da menor.


Camila pegou o roxo e passou nas mãos carimbando as coxas de Lauren rapidamente. Em poucos minutos, Lauren carimbou as suas nas bochechas da menor. Camila, raivosa pegou o pequeno pote de tinta marrom e jogou por completo roupa da maior, que fez o mesmo com a tinta laranja na blusa de Camila. 


A cozinha parecia um cenário de guerra, o chão e as paredes molhadas, alguns respingos pelos móveis e as duas protagonistas parecendo um quadro de Picasso. Após acharem que os seus corpos, cabelos e unhas não eram o suficiente, e acabarem jogando tinta pelo ar, os móveis, o chão e a mesa também haviam sido pintados. Quando decidiram prolongar a guerra para determinar a vencedora, foi que Lauren escutou o barulho do trinco da porta se abrir. As duas pararam juntas ao ver a família Jauregui entrar na sala com suas malas, surpresos ao ver o estado em que se encontravam. 


-Lauren Michelle, o que significa isso? -Clara disse nervosa.












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