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História The Empire Of War - Félix


Escrita por: Kallberg

Notas do Autor


Desculpe qualquer erro!
Aproveitem o capitulo :*

Apartir desse capitulo vou colocar de capas as imagens que me inspiraram a fazer os lugares da fic para vcs terem uma ideia.

Essas são as "Torres Nara" (porém na mimha bela cabecinha, as torres são muito mais altas. Mas como é só pra ter ideia...)

Capítulo 13 - Félix


Fanfic / Fanfiction The Empire Of War - Félix

—Shikamaru? Shikamaru?! -a voz doce e feminina se alterava a cada segundo assim como as batidas na madeira grossa da porta se tornavam mais frequentes e fortes. —Abra essa porta imediatamente! Não me faça obrigar o seu pai a derruba-la muleque! 
 

—Yoshino, deixe o garoto, ele provavelmente já deve estar dormindo. -Shikaku resmungou tentando convencer a mulher a ir. —E nós deveríamos fazer o mesmo. 
 

—Não! Onde já se viu?! Ele nos deve explicações! -a mulher exclamou voltando a bater insistentemente na porta. —Nós nos damos ao trabalho de preparar uma festa surpresa para ele, e ele me fica com aquela cara de bunda o evento inteiro? Fui apresenta-lo ao príncipe Uzumaki e sabe o que ele fez? Virou as costas e saiu deixando o pequeno principezinho com as mãos abanando! -ela exclamou indignada com a atitude descortês do filho para com o pequeno Uzumaki, ainda mais que era de extrema importância que os dois fossem introduzidos a uma conversação. —Shikamaru sempre foi preguiçoso, mas nunca mal-educado desse jeito. Sabe o que me deu vontade de fazer naquele momento? Lhe meter uma porrada nas fuças! 

—Yoshino pelos deuses! Se acalme mulher! Até amanhã descobriremos o que ele tem...

—Amanhã? Se ele não abrir essa porta nesse exato segundo eu vou... - a morena gritava irritada, ela já podia extravasar agora que os convidados haviam partido, ali ela podia ser ela mesma, Shikamaru conhecendo sua mãe deveria tomar cuidado, sabia que ela não tinha muitos limites. 

Mas o menino não parecia ter medo do perigo quando escancarou a porta der repente com a face tão brava quanto a da mãe, se não mais. —O que?! 

—"O que?!" Essa é realmente a palavra que você quer usar agora? -Ele pergunta com a face alterada como se estivesse dando uma chance de ele se retratar. —Você age como um ser humano mal-educado a noite inteira me pergunta "o que?" Eu vou te mostrar o que! 

—Ok. Pare Yoshino! -Shikaku fala segurando a esposa que se debatia nervosa, enquanto o pequeno Nara se mantinha com a face impassível. —Shikamaru, o que deu em você?! 

A pequena cópia do então lorde das torres hesita por um segundo quando seu pai lhe direciona a palavra, mas logo inflama suas bochechas rosadas e lhe aponta nervoso. —Vocês mentiram para mim! São mentirosos! 

—mas o que..? -Shikaku franziu a testa em completa confusão com as palavras do filho. Era por aquilo que ele ficara com raiva? O lorde não conseguia acreditar não conseguia acreditar. 

Já Yoshino conseguia e aquilo a enfurecia ainda mais. —Eu não acredito nisso! Esta me chamando de mentirosa?! 

—Espere Yoshino, eu vou falar com ele. 

—Falar? Esse menino está precisando é de uns bons tapas! 

—Vamos fazer assim, eu falo com ele agora e se amanhã de manhã não estiver tudo certo você pode fazer o que quiser que eu não vou interferir. Mas agora eu preciso que você vá dormir. Preciso ter uma conversa de homem para homem com o nosso filho. -a morena pensa em retrucar mas a face de seu marido não dava espaço a isso, Shikaku raramente tomava sua frente dessa forma, se retesou e saindo ainda irritada em silencio pelos corredores. Era bom ele desse um jeito por que estava realmente irritada com o comportamento do menino o dia todo. —Entre. -Shikaku ordena e o filho que obedece a contragosto. O mais velho adentra logo depois fechando a porta atrás de si. —está com raiva por que "mentimos" para fazer um surpresa para você..? 

—Eu não gosto de mentiras. -o menino respondeu emburrado. 

—bem.. Você vai ter que conviver com elas. -o Nara mais velho fala simplesmente recebendo um olhar indignado do filho. —Um dia você vai tomar o meu lugar aqui, vai ser o lorde das torres e vai entrar no jogo -ele se senta na enorme cama ao lado do pequeno. —É um jogo perigoso Shikamaru, você o conhece, mas ainda não entende. Todos jogam com espadas reluzentes e afiadas, mortais é claro. Mas os grandes jogadores sempre escondem suas presas e venenos em sorrisos singelos e vinhos frescos. Mentiras são as grandes peças desse jogo.

—Um jogo de merda esse. -o menino retruca.

—Você não gosta de ser enganado, não consegue acreditar que não percebeu nada, e isso está te matando. -Shikaku ri da face ainda emburrada do filho. —Sabe... foi difícil te enganar, incrivelmente você é ainda mais inteligente do que eu era quando tinha a sua idade, mas eu tinha um trunfo, você não esperava que eu fosse mentir para você. -o Nara fala ficando sério der repente. —Isso pode te matar no futuro. Todos são suspeitos criança. Todos. Não deixe que te enganem. 

—Está dizendo que eu tenho razão em estar com raiva? 

—Não. Ninguém vai te pedir desculpas por ter te enganado. -o mais velho zomba com um pequeno sorriso. —Estou dizendo que se você quer sobreviver a um império de guerra você tem que descobrir quem está mentindo para você, e jogar com ele. Tudo se resume a isso garoto. 

—por que? Por que viver mentindo.

—Por que todos querem vencer o jogo. E para vencer você tem que jogar, precisa blefar, omitir, enganar e mentir. Não vou mentir para você criança esse é um jogo sujo. Você pode ter as melhore intenções, mas estara tão atolado em mentiras quanto o mais inescrupuloso jogador da mesa. 

—o vencedor vai ser o melhor mentiroso? 

—Não. Todos são falsos, por isso ainda não temos um vencedor. -Shikaku finalizou, recebendo como resposta a expressão confusa no rosto do menino. Ele não o culpava, só entendia verdadeiramente o jogo quando se estava nele. —Vou te contar uma história. -o mais velho começou recebendo um olhar indignado do filho. Porém, ignorou-o prosseguindo. —Há muito tempo atrás, Tymir o senhor da Verdade, Félix a Mentira, Gor o Fogo vivo e Jade a Água estavam viajando juntos. Eventualmente encontraram um grande rebanho de gado. Discutiram o assunto e chegaram à conclusão de que seria melhor dividir o rebanho em quatro partes iguais para que cada um pudesse levar consigo uma quantidade igual de animais. 
Mas Félix era ganancioso e arquitetou um plano para ficar com uma parte maior. 
"Ouça o meu conselho" sussurrou ela, puxando Jade, a Água para um canto. "Gor está planejando queimar toda a relva e as árvores das suas margens para conduzir seu gado pelas planícies e ficar com os animais para si. Se eu fosse você, acabaria com ele logo agora, e assim repartiríamos a parte dele entre nós. "
A Água foi tola o suficiente para acatar o conselho da Mentira e lançou-se sobre o Fogo, apagando-o. 
Então, Félix, a Mentira dirigiu-se em seguida para a Tymir, sussurrando-lhe: 
"Veja só o que fez Jade! Acabou com o Fogo para ficar com o gado dele. Não deveríamos associar-nos a alguém assim. Deveríamos pegar todo o gado e partir para as montanhas. " 
Tymir, a verdade acreditou nas palavras de Felix e concordou com seu plano. E, juntas, levaram o gado para as montanhas. 
"Esperem por mim" gritou Jade, correndo no se encalço, mas é claro que não conseguiu correr morro acima. E foi deixada para trás, no vale. 
Ao chegarem no topo da montanha mais alta, Felix virou-se para a Tymir e pôs-se a rir. 
"Consegui enganá-la, sua idiota!" disse ele, soltando uma risada estridente. "Agora você vai me dar todo o gado e será minha escrava, ou eu a destruirei."
"Ora essa! Você me enganou" admitiu a Verdade. "Mas eu jamais serei sua escrava."
E as duas brigaram; e enquanto se batiam, os trovões ecoavam pelas montanhas. As duas se agrediram como o quê, mas nenhuma conseguiu destruir a outra. 
Acabaram decidindo chamar o Vento para decidir quem seria a vencedora da disputa. E o Vento subiu a montanha a todo velocidade, e escutou o que ambas tinham a dizer. E por fim falou: 
"Não me cabe apontar a vencedora. A Verdade e a Mentira estão fadadas à disputa. Às vezes, a Verdade ganhará; outras vezes a Mentira prevalecerá; neste caso, a Verdade deverá se erguer e tornar a lutar. Até o fim do mundo, a Verdade deverá combater a Mentira e jamais buscar o descanso ou baixar a guarda; caso contrário, será aniquilada para sempre."
Assim é que a Verdade e a Mentira continuam lutando até hoje. 

—Então por que não podemos lutar com a verdade? 

—por que você geralmente morre. -o mais velho respondeu simplesmente. —Quem seria você nessa história? Seria destruído como Gor? Deixado para trás como Jade? Lutaria como Félix ou Tymir? 

—Eu acho... -Shikamaru põem a mão pequenina sobre o queixo com a face pensativa. —Eu acho que não sou um Deus. Eu sou Shikamaru Nara, um humano. E eu vou cometer erros, como um humano. Eventualmente vou mentir e fazer coisas erradas. Eu gostaria de ser como o vento. Mas eu com certeza levaria a minha espada 

—como eu disse... -Um discreto sorriso nasce no rosto do Nara mais velho que se levanta ajeitando o menino na cama. —ainda mais inteligente que eu na sua idade. 


                                                         ♜ 

Passaram a tarde inteira presos na sala de conselho de guerra dos Naras que explodiu em gritos raivosos e murmúrios duvidosos por um longo tempo depois que Neji deixara aberto a todos as atividades no mínimo "estranhas" de Hiashi. 

Naruto tentava botar seus pensamentos em ordem para entender o caralho que estava acontecendo e fazer com que todos os lordes nortenhos presentes naquela sala se acalmassem ao mesmo tempo. Não dera muito certo e no final perderam a tarde inteira em "discussões inúteis que não os levaria a nada" como Shikamaru murmurou assim que se acomodou ao seu lado na grande mesa do conselho. Porém, se mantendo calado desde então. 

Assim como estava naquele momento, acomodado em sua grande poltrona no escritório principal no último andar das torres, onde os dois com a presença de Jyraia, Chouji e Neji, que se encontrava parcialmente deitado no sofá macio do lugar, tentavam buscar uma resposta plausível para tudo aquilo. 

—Ok. -Naruto suspirou parando der repente sua caminhada pelo perímetro escritório. —é uma encenação! Não tem como as marinhas se enfrentarem sem ninguém do império perceber que estão enfrentando Hyuugas e contar para Fugaku que estão sendo traídos. Quer dizer... Tem os barcos com o símbolo dos Hyuugas, os olhos... Não tem como Fugaku não saber. 

—Fugaku não sabe que esta batalhando com Hyuugas, por que ele não esta. -Neji fala como se fosse óbvio. —Ele acha que esta tendo problemas com piratas. Hiashi contratou mercenários e seus barcos para dificultarem a passagem dos barcos sulistas, abordo vão apenas alguns capitães Hyuuga para certificarem que tudo esta sendo feito conforme o combinado, eles é claro nunca vão para a batalha. -ele suspira cansado, não importa o quanto eles se esforçassem parecia que Hiashi sempre estaria um passo à frente. —Hiashi esta enganado Fugaku. 

—E nós. -Shikamaru murmura expirando uma densa fumaça branca de tabaco. 

—de que lado ele esta afinal? -chouji indaga perdido, a tempos ele tinha perdido a contagem das cartas. 

—ele esta enganando a todos. Jogando com a gente e nos manipulando como marionetes. Hiashi não esta do nosso lado ou de Fugaku. Ele luta apenas por si. Ele é Félix. 

—o que quer dizer? -o Uzumaki questiona se virando para o moreno jogado confortavelmente em sua poltrona. 

—Quero dizer que Hiashi odeia os Uchiha ainda mais que o triângulo, e acredite isso é difícil de acontecer. Assim, eu fiquei me perguntando por ele se juntaria com alguém que ele odeia tanto? -o Nara divaga pela primeira vez naquela noite deixando de lado seu cigarro e se focando no mestre a sua frente. —Então eu lembrei que nos disse mestre Jyraia, "Hiashi é frio demais para fazer algo por ódio, mas que faria tudo por poder." Como na lenda, ele esta fazendo com que os próprios jogadores se destruam entre si, para ficar com tudo. 

—Tudo? -Naruto indaga irônico e nervoso. —Ele não tem nada! Ele esta do outro lado do rio com um único soldado, sentado ao lado de homem que ele esta traindo e que eventualmente vai descobrir e mata-lo. 

—Naruto esta certo. -Neji disse ratificando a fala do amigo. —Hiashi não tem um exército, nenhum apoio verdadeiro, o castelo Hyuuga na ponta da lua esta muito longe para que ele vá se esconder atrás de seus muros. Ele cavou a própria cova. 

—Não exatamente. -Jyaraia interviu. —Ele nunca agiu com desespero, na verdade tudo parecia muito bem planejado. E até mesmo quando Inoichi o confrontou dizendo que já sabia de tudo ele agia como se não importasse, como se naquela altura descobrirem não fizesse diferença. 

—Por que provavelmente não fazia. Ele deve acreditar que de alguma forma vai voltar para o norte. -Shikamaru falou se levantando despreocupadamente do sua confortável poltrona. —ainda mais forte. 

—Hiashi. Nunca. Vai. Voltar. -Naruto sibilou apoiando-se sobre a mesa abarrotada de documentos do lorde Nara o encarando. —A não ser sua cabeça numa bela bandeja de prata. 

—Você vai se casar com a filha dele, uma escolha que você jamais tomaria por livre e espontânea vontade, apenas para proteger o norte, por que você não tinha escolha. -Shikamaru falou se levantando despreocupadamente do sua confortável poltrona encarando seu soberano de volta. —E se você não tiver escolha? Se para proteger o norte você não tivesse escolha se não aceitar Hiashi de volta? 

—E como ele faria isso? Como ele me convenceria a perdoar um homem que tramou contra a vida do seu rei, matou dois lordes de altíssimo escalão, um deles o seu pai! Como você espera que Hiashi me convença a fazer isso? 

—Ele já esta fazendo isso. - O Nara respondeu com seus olhos sugestivos ainda fixos nos azuis de Naruto, como se o lembrasse com esse olhar que se eles estavam conversando naquele momento e não sendo invadidos pelas Uchihas era por que Hiashi estava lidando com a marinha real, para muitos dos lordes que estavam na reunião no momento em que Neji fizera a revelação Hiashi passara de traidor para herói. 

Na verdade naquele momento, para todos os efeitos, Hiashi era o grande herói que estava a salvar o norte.

Eles estavam perdendo o jogo.

                                          ♜ 

—Sakura? -Hinata fala como se testasse como o nome soava com a sua voz. —Tenho que encontrar uma forma de agradece-la um dia. Ela foi tão corajosa. 

—ela foi. -Temari sorri ao se lembra da determinação da amiga em retirar Hinata dos braços do Uchiha. —Louca também... Mas eu não posso julgar ninguém por isso. 

As duas sorrirão a afirmação, aquilo era bem verdade afinal. 

Batidas foram ouvidas do outro lado da porta e Temari foi abrir se deparando com a mesma criada que a repreendera mais cedo, ignorando a loira ela se volta para a Hinata. 

—Senhorita Hyuuga vim trazer essas ervas para passar em seus ferimentos. 

—obrigada. -Hinata sorri gentil. —pode deixar na mesinha ao lado. 

A mulher segue o comandado com a face em dúvida mas sem ter coragem nem permissão para questionar sua ama, dessa vez se volta para Temari segurando-lhe o braço. —não acha que esta muito tarde senhorita? Lady Hyuuga precisa descansar. Vamo-nos para o nosso lugar. 

—"o lugar de vocês"..? -Hinata questiona antes que a mulher levasse a loira para fora. —e onde diabos seria isso? 

—Na ala dos criados senhorita. -a mulher responde. —Temos uma pequena ala no primeiro andar, os Naras são muito generosos.

Uma pequena ala para todos os criados? Não sabia quantos criados tinha nas torres, mas se tivessem metade do que tinham os Hyuugas, uma pequena parte do primeiro andar não era nem o começo para o suficiente, Hinata vira uma vez quando era criança onde os criados dormiam e sabia que aquilo não era nada confortável.

—então vamos senhorita. -a criada começa a puxar Temari que apenas da de ombros a seguindo.

—vai o caralho! -Hinata exclama indignada, mas assim que o rosto assombrado da criada e o risonho de Temari se voltam para ela, percebe o que fizera. —quero dizer... Tema vai depois, ainda preciso dela.

—oh, certo então senhorita. -a criada assente mesmo que a contra gosto se pondo a sair.

Assim que a porta é fechada a Sabaku se volta para a amiga.

—Serio? Eu dormi tipo 4 horas picotadas na ultima semana! Preciso da uma desligada!

—Você já viu essa pequena ala? -Hinata pergunta a Sabaku que acena negativamente. —e onde você dormiu ontem a noite?

—não dormi. –Temari responde.

—você dorme aqui comigo. Essa cama é enorme, e eu vou precisar da sua ajuda com as ervas. -A Hyuuga finaliza enquanto a loira novamente apenas da de ombros.

—Sim senhora. -a loira responde ironicamente, ela não se importava em onde ia dormir desde que pudesse faze-lo.

—Então, você estava no acampamento Uchiha? -Hinata perguntou displicente como quem não quer nada, soltando um pequeno gemido ao se sentar em sua cama, era sempre assim. Aquelas dores não iriam embora tão cedo. —O império esta apoiando os Uchihas não é mesmo..? 

—Sim eu estava lá. -Temari respondeu a ajudando a tirar a grande camisola, as criadas acharam que como o rei já invadira o quarto uma vez não seria prudente que ela ficasse sem vestes no mínimo adequadas, mas as duas sabiam que as costas castigadas ficariam melhor sem o contato com aquele pano grosso. —Já era esperado que meu pai ficasse contra o norte, uma vez que existe uma proposta separatista vindo daqui. Ele acredita que esta destruindo uma ameaça. 

—e você? -o Hyuuga questiona observando a reação da loira que estava misteriosa demais para ela. Mas a única reação que ela expressara foi uma careta confusa. —No que você acredita? Que o seu pai esta certo? Que o Norte é uma ameaça? 
 

Temari se mantem em silêncio por alguns segundos, fazendo a morena quase voltar a insistir por uma resposta quando ela a ajuda a se deitar de bruços na grande cama. Mas a loira se manifesta antes que fosse preciso. —Eu com certeza não acredito na forma de governo do meu pai, mas também não levo muita fé no seu rei, ele me pareceu... como posso dizer... Idiota. Eu acho que seria como o vento da lenda da verdade e da mentira... "Lutem para sempre! Eu não posso decidir!" -ela solta um pequeno riso zombeteiro pelo nariz. 

—vai ficar para sempre em cima do muro? -a Hyuuga volta a questionar, enquanto a loira dava de ombros e pega uma pequena bacia com algumas ervas que a criada havia deixado ali. —E enquanto ao seu projeto de conclusão em castely rose? Algum avanço? 

Temari para por um segundo com a erva a poucos centímetros da pele castigada da Hyuuga, com tudo o que estava acontecendo tinha quase se esquecido dessa questão. Bem... Segundo Mei, Gaara estava vivo e no norte, não que ela pretendesse buscá-lo e matá-lo, aquilo parecia ridículo para ela, mas deveria encontrá-lo. O quanto seu pequeno irmãozinho já não deveria ter sofrido..? —eu descobri que Gaara pode estar aqui, no norte. 

—Em nome de Gor! Isso é incrível! Isso é um passo mais perto da sua liberdade daquele lugar! 

—É... -a loira excitou voltando ao seu trabalho e cobrindo os ferimentos da menina com as ervas. —Na verdade eu ainda não decidi se vou cumprir a missão... 

—ta de brincadeira comigo? Se você não cumprir, vai ser obrigada a ficar naquele lugar para sempre! 

—Se ele estiver vivo, Gaara deve ser um jovem sem o movimento das pernas, gentil e sozinho. Que droga de ameaça ele poderia representar? -a loira perguntou indignada. —O "mal" pode ser outra pessoa! O oraculo pode ter cometido um erro... Como com... 

—como comigo? -Hinata completa num murmúrio. —É... eu matei o cara errado... 

—o seu tio. Sangue do seu sangue. 

—Eu sei. -a Hyuuga suspira alto. —Primeiro eu me remoía por dentro por ter matado um homem que foi como um pai para mim, e o jeito que Neji olhou para mim... Era o mais puro ódio. Mas no final eu sempre me acalmava pensando que tinha feito a coisa certa, salvado a todos de um traidor. -ela ri irônica com a sua tolice. —Eu fui tão idiota, matei um inocente, quando o traidor era o meu pai. Neji deve me odiar tanto, deve estar feliz que vou me casar assim não terá que me ver na ponta da lua tão cedo. 

—ele está aqui -a loira fala terminando seu trabalho nas costas da amiga. —foi ferido na última batalha, mas esta bem. 

—graças aos deuses! Pelo menos ele esta bem... Não que ele vá aceitar que eu o visite. -a Hyuuga bufa nervosa. —Quanfo tudo virou de cabeça para baixo..? Passei de filha do grande lorde Hyuuga para filha do traidor, meu primo me odeia, e vou me casar com um estranho em semanas... 

—se lhe faz sentir melhor, meu irmão mais velho me odeia por motivos que eu não faço ideia, se o meu irmão mais novo estiver vivo eu vou ter que mata-lo para ficar livre de um inferno, meu pai provavelmente vai querer me matar se descobrir o que eu estou fazendo... -Temari fez uma pequena pausa se lembrando que não podia se abrir sobre sua ligação com os rebeldes. —Aqui... No norte... 

—Se tivéssemos vinho iriamos brindar a nossa vida maravilhosa. -ironizou Hinata. —Mas como não temos vamos apenas dormir. Você não é a única que esta precisando de uma boa noite de sono. 

                                               ♜ 

A carruagem andava em completo silêncio desde que partiram do castelo Uzumaki antes do almoço, já era tarde da noite e ninguém se quer dera um suspiro. Aquela era uma situação no mínimo inusitada, para não dizer inapropriada, uma dama nobre sozinha numa carruagem com um bruto Rock e um misterioso aleijado.

Na verdade, Lee já sabia mais sobre Gaara que a maioria, sabia o suficiente para saber que quando o castelo fora inundado por sussurros sobre um "garoto ruivo de pernas molengas nas costa de um Rock assustador" ele deveria tira-lo de lá. Sabia que fizera uma idiotice ao levar o ruivo para fora de seu quarto, Naruto o avisara que ninguém poderia ver Gaara por que aquilo colocaria a sua vida em risco. Mas o garoto estava definhando de tristeza naquele quarto e ele não imaginou que uma volta de dois minutos pudessem causar aquele rebuliço, se sentia uma idiota ainda maior.

Então, quando Ino pediu que ele a escoltasse até as torres de primeira pensou em recusar, afinal já tinha um protegido, mas quando vira o que causara, percebera que era melhor tirar Gaara dali e como a loira queria ir para as torres e Naruto estava lá, aquilo se tornava perfeito.

Bem...Esperava que Naruto soubesse o que fazer agora, mandara um mensageiro na frente o avisando de que estavam chegando. 

A situação estava péssima, mas claro não mais do que o clima dentro da enorme carruagem que os Uzumaki dispuseram, era grande o bastante para que coubesse os três confortavelmente, mesmo ele sendo daquele tamanho. Porém os outros dois ocupantes não pareciam muito confortáveis. 

Ino espremia-se no assento em frente aos dois homens com a cabeça baixa e sua longa franja tapando-lhe o rosto, ela parecia tão abatida como alguém que acabou de perder o pai poderia estar. Talvez também estivesse arrependida,afinal quando sairá sua mãe ainda não havia acordado, além de diversas ladys que estiveram nas sacadas e portas do castelo a observar sua partida com suas faces cheias de julgamentos pela cena dela entrando na carruagem"sozinha" para as torres, algumas não se detinham e exclamavam em voz alta que aquilo era uma vergonha para os Yamanaka. Lee não entendia bem o que a loira queria lá, sabia que o noivo da menina era o lorde das torres, talvez ela fosse buscar refúgio, agora que não tinha pai seria bom ter um marido para protegê-la, apesar de que ela não havia falado nada sobre suas intenções então o Rock achava melhor não fazer julgamentos. 


Gaara não falara um "a" desde que lhe notificara que iriam para as torres com Ino, deixou que Lee arrumasse tudo o que precisavam e lhe ajeitasse na carruagem ainda nos estábulos para que ninguém os visse partindo, eles já haviam chamado a atenção demais. O ruivo mantinha sua atenção inteiramente para a paisagem fora da janela, as vezes se esquecia que o garoto quase nunca via o lado de fora, apenas quando Naruto o levava para o telhado em raras ocasiões,mas Gaara olhava como se não estivesse realmente vendo aquilo, sua mente estava em outro lugar, um lugar desconhecido para Lee. 

—Senhor Gaara. -lee chamou quebrando o silêncio de horas. —Se sente bem? 

—sim. -Gaara respondeu sem retirar seus olhos do lado de fora que passava relativamente rápido. Ele conhecia aquela estrada, passara por ela a muito tempo atrás, e aquela era a primeira vez que fazia o caminho de volta. Ele não se lembrava de muito,mas sabia que já estavam proximos das torres.

Aquilo parecia loucura para ele, desde de que se afogara nas águas frias de jade e fora resgatado pelo então rei do norte era apenas ele, os três membros da família soberana do norte e seus livros. O número foi diminuindo com a morte de sua tia Kushina, depois de Minato e a partida de Naruto. Tudo o que acontecia a sua volta era desgraça. Porém, nos últimos dias sua vida dera uma guinada, ele tinha dois amigos que escolheram ser seus amigos, beijara uma garota, e sairá do perímetro das paredes de seu quarto. Acontecera tão rápido e inesperado que ele agora tinha medo do que estava por vir. Tudo parecia tão incerto... 

—Lee. -Gaara chamou se virando pela primeira vez para o amigo. —Já sentiu como se a sua vida estivesse em uma sequência de colinas e depressões? 

—colinas e depressões? -o Rock indaga confuso, não entendendo onde o amigo queria chegar. 

—Isso. -o ruivo responde se virando pela primeira vez para o amigo. —Primeiro você vive numa constante e desesperadora depressão, depois sobe uma pequena colina, observa topo das arvores abaixo, sente o vento no seu rosto... E der repente se sente descendo ladeira abaixo a mil por hora numa rua sem saída. De novo.

—Fizemos besteira, meu senhor, mas você ficará bem. -Lee fala decididamente, Gaara era seu amigo, e aquela era a sua missão. —vou mantê-lo a salvo. 

—Eu nunca vou estar a salvo Lee. 

O Rock se inclinou para rebater aquilo que ele acreditava, ou queria acreditar, ser uma inverdade, mas os relinchar altos e desesperados dos cavalos quecarregavam a carruagem o interrompeu assustando a todos no interior. 

—o que aconteceu? - Ino gritou alarmada puxando as cortinas da sua pequena"janela" para ver o que acontecia do lado de fora, se desesperando ainda mais ao perceber o cocheiro descer rendido por diversos homens armados com foices e facas velhas, quando um deles a percebe um pequeno sorriso macabronasce em seu rosto, andando na direção da pequena porta travada, aquele homem não vinha conversar.

Talvez Gaara estivesse certo, eles estavam descendo ladeira a baixo. 

                    ♜ 

—Meu rei trago informações. -Danzou entrou elegantemente na sala do trono,agora trajando seu broche do segundo homem do reino. 

—o que mais? Além de Fugaku perder Temari de vista? Aquele filho da puta não sabia que ela precisa ser monitorada todo o tempo?! -o soberano respondeuremexendo seus braços cobertos pela capa real nervosamente. —sorte a dele que tenho gente mais competente de olho naquela garota. Aquele bastardo... É a minha coroa que esta em jogo! 

—Tenho certeza de que o Uchiha pagará por isso vossa graça. Porém, temo que não possamos priorizar esse assunto agora. -Danzou falou abri do um dos pergaminhosque trazia consigo. —A frota real continua presa em alto mar próximo ao vulcão de Gor. Os malditos piratas estão dando muito mais trabalho que o imaginado. 

—Piratas? Piratas estão dando trabalho a praticamente toda a marinha real? Que diabos de piratas são esses?! 

—uma frota muito poderosa meu senhor. Eles não aparentam ser do reino, provavelmente são oriundos das terras baixas, os piratas de lá são os únicosque se unem em frotas conjuntas. 

—eu não me importo de onde diabos eles são, mate-os! 

—É claro vossa graça. Eu resolverei isso, será como a sua vontade. -o conselheiro volta a enrolar o pequeno pergaminho e respirando fundo volta a se pronunciar.—trago notícias do norte também. 

—Noticias? O que aqueles bastardos estão fazendo agora? 

—ha boatos de que um garoto ruivo com as pernas molengas andava nas costas de um Rock pelos corredores do castelo Uzumaki. -ele falou pausadamente enquanto o Sabaku absorvia o qur aquilo queria dizer. -Parece que Minato realmente cumprira a sua promessa a Karura afinal. 

—Esta insinuando que Minato manteve aquele monstro escondido todos esses anos?-o rei questionou enfurecido, toda a sua vida o maldito "rei" do Norte o atrapalhava. —aquele plebeu filho de uma rameira! 

—Se aquele projeto de ser humano ainda estiver realmente vivo o oraculo estava certo, é uma ameaça ao reino. Com Kankuro fora da jogada por ter um juramento da guarda real a preferência é para o filho homem mais próximo, então LadyTemari teria de mata-lo para evitar tal disparate. Imagine o reino sendo governado por aquela aberração. -o conselheiro falava enquanto o rosto do rei cada vez mais era tomado pelo desgosto. —mas a pergunta é... Ela tem coragempara isso? 

—Não importa. -o rei se senta em seu grande e suntuoso trono com a mente a mil, ninguém iria tirar sua coroa, nem um maldito de esquina que se auto proclama"rei", ou uma menina rebelde, muito menos uma aberração. —Ela pode não ter, mas eu tenho. Eu vou matar esse garoto, dessa vez para sempre.


Notas Finais


Olá, dessa vez eu voltei rápido hein 👏👏😊
Hoje tivemos um capitulo mais "calmo" mas com muitas informações importantes.

Um flash back do Shikababy, com o Shikaku maravilhoso dando umas diquinhas do jogo.
O povo tentando entender qual a do Hiashi...
Hinatinha matou o pai do Neji, e tenho para mim que ele não é muito fã de perdão.
Temari não quer matar o Gaara, mas o rei esta disposto a fazer isso por ela. "Pai do ano!" 👏👏👏
O nosso trio se ferro bonito, a carruagem esta sendo atacada e não tem para onde correr...

a lenda da mentira, verdade, água e fogo é uma lenda que eu conheço a muito tempo e quis adaptar aqui. (não é de minha autoria, só fiz algumas mudanças. obrigada.)


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