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História The Empire Of War - Depois da batalha vem a verdade


Escrita por: Kallberg

Capítulo 25 - Depois da batalha vem a verdade


Fanfic / Fanfiction The Empire Of War - Depois da batalha vem a verdade

Paz.

Durante aquele pequeno e estranho tempo eles viviam em paz.

Desde o casamento do sangue do império com uma Uzumaki o reino estava em paz.

Os Uzumaki tiveram apenas filhas mulheres, não ameaçando o império, pois mesmo que uma Sabaku pudesse governar sozinha, isso nunca seria aceitável na cultura nortenha, com a exclusiva exceção de Mito Uzumaki num momento de urgência.

Já Rasa, herdeiro do império, estava na idade de se comprometer, e todos concordavam que a união daquelas duas poderosas famílias beneficiária a todos.

Todos, menos a filha mais velha dos Uzumaki. Kushina se recusou a aceitar o jovem príncipe e ninguém nunca conseguia obrigar a princesa a fazer algo que não fosse de seu agrado, principalmente depois da morte da mãe.

Com a licença as palavra do mestre Jiraya "Kushina era teimosa como uma mula!"

Mais havia uma alternativa, a filha mais nova do rei, Karura, a jovem era fruto de um relacionamento extraconjugal do rei com uma pebleia, mas contrariando a todos o rei levou a menina ainda bebê para viver no castelo como uma princesa. Talvez o número escasso de sangue Uzumaki no mundo tivesse ajudado os nobres a aceitar a menina, afinal havia apenas o rei e a teimosa Kushina, a linhagem Uzumaki estava desaparecendo.

Oferecer a jovem mestiça ao príncipe do império poderia ser considerado uma ofença, mas nem ao menos foi preciso propor isto ao homem, ele mesmo caiu nos encantos da jovem moça no primeiro olhar, ele fizera o pedido, e todos ficaram em paz.

Eles só se esqueciam que o sangue quente dos Uzumaki corria pelo corpo da jovem, e que ela não acreditava naquela falsa paz. Ela era rebelde demais.

Talvez todos eles, jovens, fossem rebeldes de mais.

Até mesmo ele, Minato, a resiliência em pessoa, tinha uma rebeldia guardada dentro de si.

Ele queria algo que não podia ter, mas assim como a a princesa Karura, tinha que seguir as ordens, contudo a rebeldia queimava dentro de si. E da mesma forma que ela, uma hora se entregaria a esse sentimento.

—perfeito Minato! -princesa Tsunade parabenizou batendo palmas juntamente com um homem que a acompanhava, o loiro não o conhecia. —todas as flechas no alvo!

Minato se volta para os recém chegados se curvando levemente.

—minha senhora, senhor. -os cumprimenta com educação, como era devido.

—caralho! eu nunca vi tamanha destreza com um arco e flecha. -o homem alto que a  acompanhava disse analisando os alvos acertados. —quando disse que o rapaz era bom Tsunade, não imaginava que fosse tão filho da puta!

—Jiraya tenha o mínimo de educação. -a Senju ralhou. —esse é lorde Jiraya, e Jiraya lhe apresento o melhor arqueiro de todo o reino, Minato Namikaze.

—Namikaze... -divagou. —é uma grande falta de sorte que tenha nascido numa casa tão insignificante, poderia virar uma lenda com o nome certo.

Não era uma provocação, era a verdade. Todos sabiam que independente do que acontecesse no fim de uma batalha a glória iria para o comandante, um homem de nome pesado.

E sua casa era apenas mais uma que era vassala dos Senjus, como muitas outras.

A casa Senju era a maior do reino, possuía mais que o dobro de vassalos que qualquer outra casa, eram uma das mais antigas do continente, mas ainda assim não tinham tendencia ao orgulho, na verdade eles eram excessivamente protetores e amavam uma boa festa regada a vinho.

—estou satisfeito com meu nome, meu lorde. Não me faria diferença outro. -Minato responde firme. —servir a casa Senju é uma grande honra.

—não seja hipócrita meu jovem. Sabe que esse papo de "o nome não faz diferença" é papo furado. -Jiraya rebate se apoiando num dos alvos e observando atentamente o loiro. —um jovem bonitão como você, com esse talento arrastaria o mundo. Poderia ter o que quiser.

Era verdade, um nome de peso lhe daria o seu sonho. Minato não se importava com o resto, fama e dinheiro, ele só queria sua amada, mas que lhe era impossível quando não se era nascido numa das grandes casas.

—olhe garoto, eu também não nasci numa grande casa, mas eu fiz meu próprio nome. -Jiraya fala chamando a atenção do Namikaze novamente. —posso ajuda-lo se quiser... Vou sair em viagem pelo Norte na manhã seguinte e preciso de um escudeiro. Se estiver interessado...

Era uma grande oferta, Jiraya conhecia a todos, viajar com ele poderia transformar sua vida... Mas não podia deixar as terras Senju... Não  podia deixa-la.

—agradeço a oferta, mas terei que recusar.

Hinata olhou rapidamente para trás, Naruto e Sasuke vinham ofegando pela neve branca do norte enquanto carregavam Itachi nos braços. O Uchiha havia se ferido gravemente no rio de jade, eles haviam mergulhado para se safar da queima no rio, mas ainda assim Itachi fora acertado por um destroço da explosão das torres.

Não havia como alguém ter sobrevivido nas torres, ou nos barcos. Era como Naruto dissera: é um plano arriscado, mas é genial.

Eles mesmos sobreviveram apenas por que Naruto sabia do plano, e para onde ir. Shikamaru havia apresentado ao rei do norte todas entradas e saídas das torres, todas as artimanhas escondidas, inclusive um velho túnel da merda por onde eles passaram. Era fedido, estava meio destruído pela explosão da matriz e era completamente repugnante, mas era seguro e rápido. Os levaria em linha reta até o campo da casa de caça dos Nara. Exatamente onde eles estavam agora.

—pra onde agora? -ela perguntou assim que se viu de frente a uma estradinha com duas direções.

—para o norte. Sempre pro norte. -Naruto responde com Itachi grunhindo de dor ao seu lado, o Uchiha tinha um enorme pedaço de madeira fincado no ombro esquerdo. Eles tinham que chegar rápido. —a outra leva a floresta negra.

Ela apenas assentiu correndo novamente na frente procurando pela cabana que Naruto indicara, nunca havia estado na cabana dos Nara, mas Naruto parecia conhece-la bem.

Bem... Hinata só queria chegar logo ao local, Itachi precisava ser tratado e no rio ou no túnel de merda aquilo era absolutamente impossível. Além de que eles precisavam se aquecer, nem sabia como ainda não haviam morrido por hipotermia.

—pelos deuses! -Hinata arfou assim que avistou a pequena cabana, correndo até ela, mas parando assim que avista fumaça saindo pela chaminé.

Havia alguém ali.

Naruto e Sasuke a alcança ofegantes e trêmulos, os olhos azuis e negros seguiram pelo mesmo caminho que os dela fizeram anteriormente direto para a fumaça da chaminé. Naruto cerrou os olhos desconfiado enquanto Sasuke soltou um longo suspiro aliviado que confundiu os outros dois integrantes do grupo.

—Sakura... -murmurou. —Sakura!

Naruto e Hinata  olharam confusos o Uchiha até que a porta da cabana se abriu e por ela passou uma cabeleira rosada e bagunçada.

—em nome de Gor! -Sakura exclamou parada na porta.

Finalmente.

Finalmente eles estavam juntos.

... Mesmo que não na melhor das situações...

(...)

—coloquem ele aqui!  -a Haruno instruiu retirando as almofadas e fotos do pequeno sofá da "sala", a única cama da cabana estava ocupada por um Kankuro delirante. —Fizeram muito bem em não retirar a madeira, ele poderia ter sangrado até a morte. -falo checando a temperatura e os sinais vitais do enfermo. —vou precisar da minha bolsa! Ela tá no quarto. -exclamou e imediatamente Sasuke se pôs a correr para lá.—O que aconteceu?! -Ela questiona mais para si mesma.

—ele foi acertado por um destroço quando pulou para me salvar da explosão do navio. -Naruto respondeu fazendo a rosada finalmente olha-lo como se apenas naquele momento o percebe-se ali.

—Estou tão feliz em ver você de novo! -a rosada exclamou abraçando forte o jovem rei. —pena que nesta situação.

—eu sei... -o Uzumaki suspirou cansado se separando da rosada que imediatamente se volta para Itachi. —Como chegamos nessa situação..?

—é a guerra. É isso o que ela faz com as pessoas. -Hinata responde vindo da cozinha e entregando uma taça de água ao Uzumaki que toma imediatamente, nem havia percebido que precisava de água urgentemente, que seu corpo todo doía e pulsava.

Ele estava um caco, na verdade todos eles estavam... Hinata, tinha o vestido em completo farrapo, um dos pedaços do antigo vestido estava enrolado em sua testa num ferimento que ela conseguirá lutando com a irmã, tinha diversos hematomas e cortes pelo corpo, mas sempre mantendo a pose altiva.

—Sakura, essa é Hinata, minha rainha. -apresentou.

—nós já nos conhecemos. -Hinata responde sorrindo pequeno para a rosada, mas antes que essa pudesse dizer qualquer coisa Sasuke volta com a bolsa pedida pela ex-noiva.

—Sasuke, me ajude aqui. -chama fazendo o moreno se aproximar imediatamente. —eu preciso que puxe a madeira. -instruiu e Sasuke assentiu sério, eles iriam fazer aquilo. —ok Itachi... Isso vai doer... -Sakura diz compadecida se aproximando do pedaço de madeira que atravessava o ombro do Uchiha. —puxe!

Sasuke não esperou um segundo antes de puxar com toda força que ainda lhe sobrava, que definitivamente não era muita, o projétil. Itachi gritou de desespero e dor tentando se desvencilhar dos braços de Sakura que o segurava sem muita eficiência.

—Naruto! -gritou chamando o amigo, mas mesmo antes mesmo que finalizasse os braços de Naruto passaram na sua frente imobilizando Itachi enquanto Sasuke puxava novamente retirando de vez a madeira impregnada do sangue Uchiha que se deixou cair com seu corpo no sofá novamente sentindo que finalmente a tortura acabara.

—oh minha santa merda! -Naruto exclamou caindo sentado no chão ao lado de Itachi

—eu não disse para parar de segura-lo! -Sakura aponta voltando novamente para perto do Uchiha agora com duas pequenas peças de aço. —É agora que ele vai gritar mesmo.

—o que quer dizer? -Sasuke indaga largando a madeira que acertara seu irmão se juntando a Naruto que já se posicionava para segurar o enfermo.

—a madeira deixou várias farpas pelo corpo dele. Temos que tirar todas, uma por uma, antes de fechar. -Sakura diz agarrando com a garrinha da pinça a primeira farpa presa a carne pulsante de Itachi. Puxou e o homem esperou nos braços dos dois homens, puxou outra  e outra vez e cada vez mais agoniado Itachi tentava fugir daquela tortura, mas Sakura não parou, não antes de retirar cada uma das farpas e finalmente fechar o ferimento que deixaria uma grande cicatriz no corpo agora magro do comandante Uchiha.

Mais uma pra coleção.

Quando terminou já era noite, suas mãos tremiam e os dois homens ao seu lado mal conseguiam se manter de pé.

Era como Naruto dissera mais cedo "como chegaram àquela situação..?"

Ela não tinha forças para se levantar dali, Naruto parecia que desmaiaria a qualquer momento, Sasuke se tremia inteiro, aquele era o grande trio que eles se tornaram. Estavam aos cacos

—bem a tempo. - a voz doce de Hinata chamou a atenção do trio fazendo-os olha-la e suas barrigas roncarem imediatamente.

A ex-Hyuuga trazia uma grande travessa de arroz e carne em suas mãos além de suco e cerveja que já estavam na mesinha de centro.

—a despensa estava cheia. -ela se explicou colocando a travessa junto as bebidas. —achei que ninguém aguentaria ir até a mesa de verdade então podemos comer aqui mesmo. Sei que todos estão precisando... -Nenhum dos três se mexeu, Hinata se sentou de frente para eles com calma pondo o primeiro prato. —então, vamos comer..?

—você pode ter certeza! -Sakura exclamou se juntando imediatamente a Hinata na mesa seguida de Naruto e Sasuke.

—Naruto. -Hinata chamou a atenção do loiro que se volta imediatamente para ela. —Achei isso na dispensa. -estende um pequeno papel meio amassado as mãos do rei que o abre perante os olhos curiosos dos outros.

Em seu interior apenas um simples bilhete.

"Espero que esteja vivo, que tenha conseguido chegar até aqui. A cabana está abastecido com tudo o que possa precisar. Quando partir... Sabe o que tem que fazer.
Shikamaru."


Naruto sorriu pequeno guardando o papel e se incluindo para a comida deu a primeira garfada.

—eu realmente estou com fome! -tendo como sinal de competição os outros três não perderam tempo e também se serviram com fervor.

Os quatro praticamente atacaram a comida, famintos e exaustos, mal viram quando caíram no sono assim que secaram a travessa de comida que Hinata fizera.

Ao final, eles ainda eram humanos.

Shikamaru havia aniquilado todo Hyuuga que estava nas torres, todo barco que ousara se levantar contra o norte, cada maldita ameaça que pisou no norte fora destruída, mas pagou um preço alto por isso.

Sua casa já não mais existia, estava destroçada junto com os corpos dos Hyuugas. Metade de seu exército que deveria ser o único presente para não levantar suspeitas perecera ainda nas torres. E os poucos soldados que restaram marchavam pela neve em silêncio, o luto alastrava a todos. As perdas de seus entes queridos e também das torres abalara a todos os Naras.

Eles eram silênciosos e quietos, passavam como uma sombra pelo norte demonstrando seu luto.

Seu rei poderia estar morto, assim como a rainha.

E havia ainda Temari, Shikamaru não queria pensar nela, mas era impossível. Ele ouviu seus clamores, é claro que ouviu. Mas não podia fazer nada, àquela altura do campeonato tinha que acreditar que tanto o rei quanto a rainha conseguiriam tomar conta de si mesmos. Ambos sabiam do plano, estavam cientes dos riscos, eles não poderiam simplesmente parar tudo naquele momento.

Mas Temari não queria saber, ela nem olhara em sua cara nas últimas 12 horas de viagem. A jovem guerreira apenas subiu em um dos cavalos que lhe ofereceu e foi marchando a frente, indo cada vez mais para longe dele.

Por segurança mandou Gai junto a garota, eles andavam em silêncio como todo o grupo.

Logo chegariam a vila vermelha, sua primeira parada. Não haviam muitas vilas e cidades perto da entrada do norte, primeiro por que haviam muitas batalhas contra Uchihas e invasores e a população preferia se afastar, e também pela grande floresta negra que cercava as terras Nara. Shikamaru sabia que haviam rebeldes lá, era um ótimo lugar para se esconder e também "seguro" já que a floresta era extremamente perigosa para forasteiros. A diversidade de plantas venosas e animais selvagens era absurda, além é claro dos próprios rebeldes.

Por isso todos viajam pela estrada do rei, que ligava as torres ao castelo Uzumaki, mesmo com as voltas da velha estrada valia mais a pena que se arriscar na floresta, não era qualquer um que sabia andar por ela.

Mesmo que Shikamaru conhecesse a floresta negra como os corredores das torres nem ele se arriscaria a marchar com um exercito por lá. Por isso demoram belas 12horas na neve constante até a pequena vila vermelha.

Ao avistar as casas pequenas e precárias Shikamaru se pôs a galopar mais rápido tomando a frente do comboio. Na entrada da cidade os moradores os observavam se aproximar, era como se para ter certeza que eram nortenhos chegando e não Uchihas. Os outros comboios já deveriam ter passado por ali e a população ficara assustada.

Shikamaru desce de seu garanhão assim que se encontra de frente da população embrulhada em peles de animais tentando se aquecer no inverno nortenho.

—boa noite -saudou observando os aldeões parados na entrada da cidade, eles pareciam confusos, amedrontados. —esta uma noite congelante hoje. Eu ficaria agradecido se essa pequena vila nos acolhesse esta noite. Por favor....

Os aldeões se olhavam como se procurassem um no outro a resposta para toda aquela situação. Ele tinha um exercito, por que estava pedindo..? O que estava acontecendo? Haviam Uchihas vindo? O norte seria invadido? Haviam tantas dúvidas que eles nem mesmo sabiam como responder o jovem lorde das torres, ou o que quer que tenha sobrado delas.

Contudo, após segundos em silêncio uma velha senhora apareceu do meio da população tomando a frente.

—por favor meu lorde, me acompanhe. -ela estende sua mão trêmula demonstrando o caminho pela cidade, dessa forma os aldeões foram abrindo caminho para a cidade como o mar. —a vila é pequena, mas daremos  jeito de acomodar a todos. Afinal esses bravos homens vem lutando bravamente para nos proteger da ameaça Uchiha.

Shikamaru foi seguindo a senhora pelas ruas da pequena vila enquanto seu exército vinha mais atrás sendo guiados por outros moradores que lhes arrumavam abrigo e comida.

Tinham muito o que fazer ali.

(...)

—o que estamos fazendo aqui? -Gai questionou interceptando Shikamaru na frente da porta do quarto que ocupava na pequena hospedagem onde ele e alguns comandantes foram hospedados. Shikamaru estava no primeiro andar jantando numa grande e farta mesa com soldados e aldeões, e só tarde da noite voltava para pernoitar. —estamos perdendo tempo. Devíamos estar marchando para o castelo Uzumaki para nos juntar ao outros. Não perdendo tempo com conversa fiada!

—eu não estou perdendo tempo. -o Nara respondeu calmamente. —essas pessoas estão assustadas e confusas, não podemos simplesmente chegar aqui manda-las sair e destruir tudo o que tem. Precisamos mostrar a elas que estamos fazendo o melhor para o Norte, não precisamos de mais problema com nosso próprio povo. -suspira. —só vamos passar essa noite aqui. É o tempo que preciso.

Shikamaru falou sério junto ao gigante, era incrível como nada que o Nara fazia era impensado.

Vai suspirou alto, mas antes que pudesse dar uma resposta ao Nara a porta de frente para eles fora escancarada com brusquidão. Shikamaru não precisava olhar para saber quem era. Mandara que a colocassem bem ali de frente para seu quarto por medida de segurança afinal ela ainda era uma garota, a única no meio de todos aqueles soldados.

Temari.

—e quando vai contar ao povo que explodiu seu rei e a rainha, ham? -Temari questiona nervosa, ela devia ter escutado tudo. —como vai sair dessa Sor. Gênio?

Shikamaru suspira alto se voltando para figura loira com a face teimosa. —você não sabe disso.

—é claro que eu sei! -ela exclama quase aos gritos. —eles poderiam estar nas torres! Eles poderiam estar lá dentro e ainda assim você mandou que explodisse todos no lugar! Eu sei e Gai sabe! -diz buscando o apoio de Gai que a olha confuso. —não é mesmo Gai?

—senhorita... -diz incerto.

—Gai por favor nos deixe a sós. -Shikamaru o interrompe sério com seus olhos grudados na imagem nervosa da loira. —preciso conversa com a senhorita Temari.

—eu não acho que seja apropriado... -o Rock diz incerto, respeitava Shikamaru como um grande comandante e estrategista que era, mas não confiava no Nara para deixá-lo a sós com aquela jovem.

—não se preocupe, eu sei cuidar de mim mesma. -garante. —Lorde Nara sabe bem que sei usar uma espada. - sorri maldosa para o Nara, mas este nem ao menos respondeu apenas acenando para que o Rock os deixasse, e assim ele o faz mesmo que a contra gosto.

Ao se verem sozinhos no quieto corredor Shikamaru abre a pequena porta de madeira do quarto que lhe fora ofertado.

—entre, por favor. -ele diz dando espaço para ela pudesse passar, mas a Sabaku continua o olhando parada com os braços cruzados batendo os pés no chão de forma teimosa. —o que? Acho que nossa experiência com conversas no corredor é um grande exemplo do quanto isso pode acabar mal.

Foi inevitável, um sorriso malicioso nasceu nos lábios finos do Nara ao se lembrar de quando estivera com a loira nos braços e foram descobertos.

—você é nojento. -ela dispara antes de passar de nariz em pé pelo Nara.

—nojento..? -considera. —esse não é um dos adjetivos com que estou acostumado...

Temari revira os olhos sem paciência

—oh pelos deuses Nara vá direto ao assunto!

—certo madame. -ironiza fechando a porta do quarto atrás de si enquanto Temari ficava ao lado da janela fechada do quarto pela neve que caia. —eu preciso que se mantenha calada sobre Naruto e Hinata.

—como é? -ela praticamente grita. —você quer que eu te acoberte? Você só pode estar brincando...

—não estou pedindo isso. -Shikamaru suspira nervoso. —Estou pedindo que me ajude a manter o norte unido.

—como manter, se você matou o rei?!

—você não sabe! -agora fora a vez dele quase gritar fazendo Temari recuar minimamente. —mas que droga! Da mesma forma que eles podem ter morrido, podem ter sobrevivido! Naruto era a isca, mas tínhamos uma rota de fuga preparada e poanejada! -ele estava cansado de todos julgando e não entendo o seu lado, tudo o que ele tinha que fazer para manter o Norte inteiro. —Konoha está sem um rei, e os lordes, o povo, eles precisam de algo que os mantenha unidos, que mantenha o norte vivo. Não há como lutar contra os Uchihas com o reino aos pedaços! -suspira bagunçando um pouco seu cabelos. —Você não precisa entender o meu lado, a maioria não entende, mas eu realmente preciso que me ajude nessa...

—Eu entendo. -Temari suspira alto  fazendo Shikamaru olha-la estranho, ninguém nunca entendia.—Acredite, eu entendo. Mas isso não quer dizer que concordo.

—o que quer dizer?

—Pra um gênio você faz muitas coisas estúpidas. -Temari murmura antes de prosseguir. —seu plano... Você não havia contado a Hinata, pôs a vida dela em risco, mas não lhe disse nada. Naruto contou depois quando tudo já estava em andamento.

—ela estava sob suspeita, contar a ela sobre o plano poderia estragar todo o plano. -Shikamaru explicou como se fosse óbvio, mas Temari parecia ter outra visão.

—e não contar poderia tê-la matado! Se não matou... -ela falou com sua voz definhando conforme prosseguia, aquela era uma possibilidade muito real. —você querendo ou não, ela é sua rainha, você devia isso a ela.

—eu não me importo. -Shikamaru diz firme. —eu nunca me importei com quem é o rei ou a rainha ou o caralho a quatro. Eu vivo pelo norte, eu luto pelo norte, apenas isso. -repetiu as mesmas palavras que respondera a Naruto tanto tempo atrás. —reis para mim são apenas consequência. Naruto se tornou diferente por que me provou que era digno, incluindo nessa última batalha quando botou o Norte a frente de sua vida. Então não me peça para que eu coloque o Norte em perigo por causa de uma única pessoa, seja ela quem for.

Aquilo fora como um tapa na cara de Temari, era como se Shikamaru só planeja-se e calcula-se tudo, e nunca olhava o lado humano da coisa. Era como se ele fosse uma maldita máquina fria, insensível e calculista.

—sabe qual o seu problema lorde Nara? -Temari questiona com a face vermelha em indignação pelas últimas palavras proferidas. —Você vive desconfiando de todos, mas nem por um segundo passou pelo seu cérebro brilhante que poderia usar o sangue Hyuuga da Hinata a seu favor?

—sim, passou. -confirmou com convicção. —Mas era muito arriscado. Ela poderia ser uma traidora!

—ela não é uma traidora! -Temari exclama nervosa.

—Como eu iria saber? -Shikamaru questiona exasperado.

—Você não é um maldito gênio? -pergunta debochada. —descobrisse.

—é ai que esta. Todas as setas lógicas estavam viradas para ela. Ela é uma Hyuuga droga! A herdeira! Como diabos eu iria saber que ela era a porra da fruta boa no meio das podres? -ele estava ofegante como se tivesse corrido uma maratona, Temari fazia aquilo com ele. Perdia todo o controle sobre si mesmo. —Como eu saberia que ela não nos trairia?! Como eu vou saber que você não me trairia?!

Em meio a todas as acusações ele a havia deixado literalmente contra a parede como uma forma que dizia que ela não iria fugir.

Não daquela vez.

—Eu não vou trair você. -Temari respondeu tão ofegante como ele próprio. Daquela distância, com as suas respirações se misturando ele podia ver claramente os olhos dela. Reparar nas pintinhas esmeralda no meio daqueles olhos verde musgo, e ter certeza de que ela estava sendo sincera.

Ela não o trairia. E naquele momento isso era tudo o que ele precisava saber.

No mesmo instante, antes que seu cérebro pudesse ao menos processar qualquer coisa que o impedisse de levar aquilo a frente, Shikamaru segurou a parte de trás do pescoço dela e fez com que Temari se aproximasse. Dei-lhe um segundo, um segundo para poder lhe impedir, mas contrariando tudo o que ele esperava Temari acabou com o último espaço entre eles selando seus lábios num beijo desejoso.

Como se eles esperassem a tempos por isso. Talvez esperassem...

Ao tocar os lábios macios e quentes da loira toda a corrente elétrica que ele sentia sempre que se aproximava dela se intensificou milhares de vezes. Shikamaru já não conseguia pensar. Todo o seu corpo a queria. Agora.

Temari beijava bem. Bem demais para sua sanidade, ele percebeu. Seus cabelos cheiravam demais. Seus seios fartos espremidos junto a seu peito eram demais. Tudo nela parecia ter ficado demais der repente. E em poucos segundos suas mãos já não se contentavam com o pescoço fino e delgado dela.

Olhando-a com um olhar sedento, Shikamaru desceu a mão do pescoço ao ombro de Temari que estremecia com cada milímetro de pele tocada, beijou no vão entre os seios dela que pediam para serem trocados enquanto levava suas mãos para as costas dela abrindo os botões do grosso do vestido.

Nesse instante, Shikamaru para erguendo seu olhar até os verdes dela escuros de desejo.

—tem certeza? -perguntou ele.

Nem sabia por que o fizera, ele não queria parar, Gor sabia o quanto ele a queria naquele momento, mas não iria em frente se não tivesse uma resposta afirmativa por parte da loira.

—eu só tenho certeza de uma coisa agora, e é disso.

Temari não sabia se era sua bendita rebeldia, sua cabeça nas nuvens ou o desejo louco que sentia por ele, mas o queria. Queria que ele a possuísse ali e agora.

Dando continuidade ao trabalho Shikamaru, Temari retirou as mangas do vestido deixando que ele caísse até se embolar no seu quadril. Shikamaru não precisava de maiores encorajamentos. Num piscar de olhos, ela já estava completamente. No instante seguinte, suas costas bateram contra o colchão velho da pousada, Shikamaru subiu ficando por cima dela beijando seu busto enquanto passeava as mãos por suas coxas. Temari podia sentir a pressão da ereção dele contra seu corpo demonstrando o quanto ele a desejava. Foi então que ela o empurrou.

Shikamaru a olhou confuso imaginando que ela havia desistido. Mas sua confusão não durou muito pois Temari começou a despi-lo de sua camisa, havia uma voracidade no olhar dela que o deixou maluco.

Ao sentir as mãos delicadas dela passarem pelo seu peito Shikamaru controlou-se para não agarra-la novamente e deixou que ela o explorasse. Fechou os olhos ao sentir os lábios dela fazerem uma trilha de beijos que subia pelo seu pescoço até a orelha, enquanto isso suas mãos trabalhavam em desabotoar sua calça.

Temari sorriu satisfeita quando o membro ereto dele se revelou para ela, tocou de leve o pênis do lorde testando a textura da anatomia masculina até então desconhecida para ela, e escutou Shikamaru grunhir com aquele simples toque. No entanto, não houve muito tempo para admira-lo pois Shikamaru já a havia derrubado de volta na cama beijando a de forma voraz.

O corpo todo dele se encaixava no dela, pressionando em meio ao beijo. Seus seios eram praticamente esmagados pelo peitoral duro dele. Era incrível sentir a pele quente dele, mais incrível ainda a boca.

Temari gemeu alto ao sentir os lábios de Shikamaru em seu mamilo, sugando-a, mordiscando... Rude e delicado. E ela só queria mais.

Quando as mãos grandes de Shikamaru passearam pela parte interna, subindo perigosamente junto a suas partes internas que quase doíam de tanto que ela o queira e as tocando por inteiro Temari não consegui segurar outro gemido.

Num escasso momento de lucidez, Temari se perguntou o que diabos eles estavam fazendo. Provavelmente ela se arrependeria na manhã seguinte, mas não naquele momento.

Naquele momento ela só queria mais.

Mais dele.

Nela.

Então, quando Shikamaru retirou seus dedos de dentro dela e dirigiu seu membro para o mesmo lugar, ela ergueu instintivamente o quadril, pedindo involuntariamente para que ele a preenchesse. Para que ele a amasse.

E foi nesse momento, quando sentiu-o por completo dentro dela, que Temari percebeu a verdade...

Ela o amava.

Droga! Ela amava Shikamaru Nara.

A água escorreu turva com barro e sangue pela sua pele levando as marcas da batalha. Após o merecido jantar Sakura se ofereceu para ajudar Hinata com o banho, elas foram até uma pequena sala de banho que tinha nada mais que um balde onde elas trouxeram água e pouco a pouco jogavam sobre seu corpo.

Foi libertador.

No pequeno e único quarto onde Kankuro jazia imóvel na cama, Sakura buscou um velho é simples vestido nortenho de inverno, era quente e aconchegante.

Ela fazia costurava o pequeno corte, mas tão estratégico, na testa de Hinata que alguentava a pequena tortura em silêncio.

Mas o silêncio não durou muito e a ex-Hyuuga pôs-se a falar.

—Eu nunca tive a chance de te agradecer de maneira adequada. -Hinata começou der repente sentindo uma longa pontada da agulha de Sakura.

—o que? -a rosada perguntou.

—Eu não me lembro de muita coisa daquele dia, mas Temari me contou. - fala se virando para a Haruno, a olhando fundo com seus olhos pérola.—Me contou que você lutou com um Uchiha, foi contra aqueles que a acolhiam para salvar minha vida. Uma desconhecida. Então, obrigada Sakura.

—Não precisa me agradecer, eu lutaria por qualquer um que fosse maltratado nas mãos de Fugaku. Ele é um monstro.

—essa informação é de conhecimento geral. -fez graça iniciando uma pequena gargalhada. —mas sério... Obrigada.

Sakura assente encabulada voltando a se concentrar no ferimento da morena. E assim ficaram em silêncio por longos segundos, com Sakura trabalhando e Hinata quieta tensa a cada agulhada.

Finalmente a Haruno finalizou cortando a fina linha e suspirando cansada, mas Hinata nem mesmo se mexeu, ela tinha o olhar fixo no nada.

—o que? No que está pensando? -Sakura inquirio fazendo Hinata olha-la der repente.

—estou apenas pensando... - diz suspirando

—pensando no que? -Sakura volta a questionar.

—o fogo grego demora em média uns cinco dias para apagar, nevando uns três. -divagou. —já perdemos um dia de vantagem. E nem temos como sair daqui com dois feridos...

Sakura assentiu se levantando, ela se esquecera que Hinata era cria de Casterly Rose, elas estavam sempre pensando passos a frente.

—dois feridos... Talvez logo não mais. - suspirou andando até o Sabaku desacordado. —Sasori disse que o veneno mataria Kankuro em cinco dias, já se passaram quase dois dias e não temos como conseguir a cura.

—por que não? -Hinata questiona curiosa.

—bom... Primeiramente não sabíamos a cura para esse veneno, mas graças aos papéis de minha tia descobri como confeccionar um antídoto.

—Isso é ótimo! Esses papéis devem ter muita coisa importante se pertenceram a lady Tsunade...

—É, na verdade eu ainda não li tudo. -Sakura responde coçando a nuca em nervosismo. —mas de qualquer forma não importa o que estamos procurando, não há como ir buscar...

—por que não?

—O principal ingrediente da porção é flor de Gor que só germina na floresta negra, ninguém entra na floresta negra é muito perigosa. - responde sem olha-la tirando um cabelo da face de Kankuro. —e também já é inverno, a maioria delas já devem ter murchado, não há o que fazer.

—mas se existe a possibilidade...

—olha, esqueça ok... É perigoso demais entrar na floresta negra. -Sakura sente suas palavras saírem rasgando, aquela situação era frustante. Kankuro salvara sua vida e ela simplesmente não podia fazer o mesmo. —nenhum de nós nem ao menos conhece a floresta. Tem animais selvagens lá, e plantas venenosas e rebeldes... Eles não iam gostar muito de ver a rainha de Konoha por lá...

Hinata se levanta decidida a dar prosseguimento àquela discussão, mas antes que pudesse fazê-lo Naruto adentra afobado no quarto fazendo as duas garotas pularem no lugar.

—Itachi acordou.

Jiraya voltara a sua casa ainda naquele dia dizendo que iria embora no dia seguinte e que estendia seu convite até a manhã de sua partida...

Aquela hora da matina ele provavelmente já estava partindo.

O jovem mestre não entendia que ele não poderia sair das terras Senju, não conseguiria.

Minato suspirou frustado mirando do tronco no alto da arvore num pequeno arbusto a metros de distância, havia um coelho ali ele sabia.

Mas antes que atacasse o pequeno animal escutou ruídos vindo de suas costas, com seu instinto de caçador atiçado Minato se vira num rápido giro mirando instantâneamente em seu  novo alvo.

Mas assim que avista as feições jovens e meigas da herdeira dos Senjus o Namikaze desvia imediatamente a flecha mortal que acertaria em cheio no rosto da garota desatenta.

Mikoto gritou quando a flecha que com muito trabalho Minato desviou caiu em frente seus pés.

—mas que diabos você está pensando?! -ele gritou. —eu poderia tê-la matado!

—em nome de Isis! -a morena exclamou levando a mão ao peito que subia e descia descompassado. —eu acho que já morri de susto.

—o que veio fazer aqui? -Minato questionou depois de alguns segundos em silêncio. —não devia estar aqui na mata senhorita. És uma lady, seu lugar é no castelo. -diz recolhendo seu arco e flechas e se pondo a andar de volta aos arredores de sua casa com Mikoto em seu encalço.

—preciso falar com você. -ela diz nervosa colocando uma mecha de seu cabelo negros atrás de orelha. A jovem Senju era de uma beleza inigualável, seus cabelos e olhos negros como a noite escura em contraste com sua pele branca e imaculada lhe conferiam um ar de doçura e beleza que Minato nunca conseguirá superar. —Minato, por favor...

—sim, minha senhora. -respondeu com o máximo de frieza que conseguia.

Eles não se falavam a semanas, não desde que brigaram. Mikoto havia se declarado para ele na primavera e assim eles iniciaram um pequeno namoro escondido até que Minato terminou tudo semanas atrás.

O loiro se martirizava pois sabia que não poderia dar tudo o que uma lady como ela precisava e numa briga que começara com um simples desentendimento ele terminou tudo de uma vez.  Sentia falta da morena, mas não podia fazê-la feliz.

—você ainda me ama? -ela questionou parando no lugar e fazendo Minato fazer o mesmo.

Se ele a amava? Droga! Mikoto era o primeiro amor de sua vida! É claro que a amava! Por isso não poderia partir com Jiraya, não podia deixa-la, mesmo que só a visse de longe.

—Mikoto, acabou... Por que diabos você...

—Fugaku está aqui. -ela o interrompe.—aparentemente o aço Uchiha está dando muito lucro, ele trouxe toneladas daquela coisa pro meu pai. -minato engoliu em seco, ele sabia onde aquela conversa ia chegar, alguém melhor vieram pedir a mão de Mikoto. —ele pediu a minha mão ao meu pai. Mas você conhece o meu pai, ele só a concederá se eu aceitar.

—E... O que você vai dizer? -ele questionou tentando parecer o mínimo interessado possível, mas falhando míseramente.

—eu não sei... -a Senju responde incerta. —você conhece meus sentimentos, sabe que o amo, mas não posso espera-lo para sempre... -Minato sabia disso. —Diga que também me ama... Diga que me ama e direi a meu pai que não me casarei com Fugaku, eu me casarei com você, Minato Namikaze. E seremos felizes aqui. -Se aproximou segurando os mãos calejadas do loiro fazendo-o olhar em seus olhos. —apenas siga que me ama e serei sua pra sempre.

Aquilo era tentador, ele a amava. A amava com todas as forças que tinha e exatamente por isso não podia dizer-lo.

Não tinha o suficiente para fazer Mikoto feliz, poderia ser idealista e dizer que tinha, mas sabia ser mentira. Mikoto era uma verdadeira lady, até nos mínimos detalhes. Ela não saberia viver com pouco, e nem ele lhe cobraria aquilo. Não podia...

—você deveria ir, já está tarde. -foi tudo o que dissera antes de dar as costas a amada voltando a caminhar para sua casa.

Ao avistar a clareira onde sua pequena casa ficava encontrou a última pessoa que esperava naquele momento.

Ele já deveria ter partido...

—não desisto fácil das coisas garoto. -jiraya disse sorrindo junto com dois cavalos. —Sua última chance para esta viagem.

Minato suspirou exausto, mas antes que sua cabeça dissese algo seu coração soltou um: ok.

Andou até um dos cavalos do mestre subindo em cima do garanhão.

—ham... Não vai pegar nada? -o mestre questionou subindo também no cavalo. —essa vai ser uma longa viagem...

—isso é tudo o que eu preciso. -Minato responde batendo na "bolsa" onde levava suas flechas.

Jiraya assentiu confuso com as atitudes do rapaz, mas ao avistar a figura feminina aparecer por entre as árvores sua face se iluminou, agora ele entendia tudo.

—Escuta garoto, ela foi seu primeiro amor, com certeza foi forte e devastador... Exatamente como todo primeiro amor deve ser. -o mestre sorriu lembrando-se da sua juventude. —Mas acontece de novo... O amor... E pode ser mais forte, mais assustador e provavelmente vai machucar ainda mais. Mas você supera e segue em frente, por que assim é a vida. Essa foi a primeira garota que você amou, mas não vai ser a última. -Jiraya sorriu para seu novo pupilo, Minato definitivamente tinha muito o que aprender...

—agora desce desse cavalo e vai tomar um banho por que eu não viajo com gente fedorenta.

—Você está bem..? -Sasuke perguntou, mesmo que Sakura tivesse acabado de examinar o moreno.

—eu acho que sim. -o mais velho murmurou. —tem uma dor infernal no meio ombro, mas de resto estou bem.

—ótimo. -Sakura é quem diz mais de longe arrumando suas coisas que usara para examinar o Uchiha. —você tem muita força para já estar acordado.

—sou forte como um touro cunhadinha! Nada me derrubaria tão fácil. -Itachi faz graça piscando desajeitado para a rosada que volta a mexer em suas coisas fingindo não ter ouvido o apelido de quando ela vivia feliz na fortaleza negra com Sasuke e sua tia.

—ou talvez você só seja um filho do puta sortudo pra caralho -Naruto interfere sorrindo em deboche.

—Isso também... Gor me ama pelo meu rostinho lindo. -Itachi rebate sorrindo malicioso.

—Ele deve realmente te amar, considerando tudo o que passou nos últimos meses você estar vivo é no mínimo um milagre. -Hinata diz se sentando junto a Naruto e levando consigo o olhar inquisidor do Uchiha.

—eu te conheço? -o mais velho fala tentando desvendar a face da ex-Hyuuga.

—Hinata Hyu... Uzumaki. -ela diz atrapalhada com a mudança de sobrenomes. —sou a rainha.

—Hinata Hyuuga... -Itachi divaga mesmo sobre o olhar indignado de Naruto. —Seus olhos não negam querida. É a filha mais velha de Hiashi que foi mandada a Casterly Rose, por isso não lhe conheço.

—Deve conhecer um muitas pessoas, comandante. -Itachi estufa o peito ao escutar depois de tanto tempo alguém lhe chamar por seu título mesmo que pudesse captar na fala de Hinata uma pitada de ironia.

—Conheço. -responde calmo. —sou uma pessoa muito vivida, minha rainha.

—Fascinante. -a morena da prosseguimento ao diálogo estratégico. —e o que nos conta? Alguma mensagem de Gor...

Mas Itachi, surpreendentemente, parecia disposto a colaborar com ela.

—Na verdade sim. -ele sorri tentando se arrumar no pequeno sofá enquanto Sasuke corre para ajudá-lo. —sei por que ele não me levou.

—por que?

—por que eu sou a única pessoa viva que possui todas as respostas para as suas perguntas. -foi como se a voz de Itachi saísse como um trovão, mesmo que fosse fraca e baixa. Todos se calaram, nem Hinata ousara dizer algo. Aquele era o momento pelo qual todos esperaram. —por que eu tenho as respostas que podem mudar essa guerra por completo.

—do que está falando irmão? -Sasuke questionou aos pés do sofá.

Itachi respirou fundo tomando fôlego e olhou fixamente para o irmão mais novo.

—Sasuke, você não matou Minato. Eu matei.

—o que? Como assim? -indagou na mais pura confusão.

—eu o matei, eu enfiei minha espada no coração do rei do norte antes que você pudesse apunhala-lo com a falsa adaga Nara. -nenhum deles ousou se manifestar, Naruto nem se mechia sua face era quase madeira de tão dura, Sasuke tinha as mãos na cabeça enquanto a bagunçava em negação, ele já não entendia mais nada. —Eu o matei, mas todos deveriam acreditar que foi você.

—por que? -Sasuke indagou nervoso.

—por que se não meu pai te mataria. -aquilo fora como um soco no estômago de Sasuke, Fugaku ameaçara mata-lo..? Seu próprio pai..? —Fugaku queria que você especificamente matasse Minato, disse que te mataria se não o fizesse.

—por que?! -Sasuke questionou finalmente explodindo. —Por que nosso pai iria querer tanto que eu matasse Minato?

—por que você é filho dele. -Sakura se antepõe se aproximando com alguns papéis amassados de Tsunade que jogou no chão junto a Naruto e Hinata. —minha tia fez o seu parto, aqui tem um monte de papéis que detalham seu nascimento, é uma declaração assinada da própria Mikoto dizendo que es filho do antigo rei do norte. -todos pararam por um segundo tentando digerir as últimas informações, Naruto analisava sério os papéis que Sakura trouxera enquanto Sasuke se sentou junto aos papéis sem olhar nenhum necessariamente, seu olhar era de pura confusão, medo e dor.

Que merda estava acontecendo com a minha vida?!

—vocês dois são irmãos...

Os homens ficam em silêncio. Naruto e Sasuke por estarem em completo choque e Itachi inquieto, ele ainda não havia decidido se iria contar essa parte, mas agora não tinha mais volta.

—isso não é possível. -Sasuke murmura com as mãos na cabeça.

—É verdade. -Itachi ratifica trazendo a atenção novamente para si. —essa guerra é antiga Naruto, ela não começou por dinheiro, ela começou por amor no meu 7° aniversário...

Estávamos ganhando muito ouro com o aço Uchiha, o prestígio da família havia voltado. Papai havia reformado a fortaleza negra, transformando-a num grande e ostentoso castelo, especiarias de todos os tipos vinham de todo o reino, a carne nobre vinha do país da pedra e dizem que havia mais vinho que água no rio de jade. Era uma demonstração de poder. Então ele chamou todos os nobres do reino, os reis do império, nobres do norte e sul, até os reis do antigo reino de Konoha. Mas infelizmente a rainha não pode fazer a viagem, ela havia descoberto dias antes da viagem que  estava grávida de você, Naruto. Mas Minato viera.

Minato agarrou novamente uma taça de vinho tomando-a por completo em um só gole.

Estava nervoso... Ele não devia estar ali! Kushina estava grávida e sozinha na tempestade vermelha! Que se dane a festa idiota de Fugaku, ele iria para casa!

—minato! -a voz fina de Mikoto chamou fazendo o então rei do norte parar der repente. Fazia anos que não ouvia aquela voz. —pelos deuses é tão bom te ver!

—igualmente! -o loiro responde sorrindo para a agora mulher a sua frente —realmente faz muito tempo... Você é uma Uchiha agora.

—e você é quase um rei... -ela sorri pequeno se aproximando do loiro. —mas não mudou tanto, seus olhos ainda me transmitem o céu.

Minato não conseguiu conter o sorriso, não quando ela estava tão perto. Não via Mikoto a anos, tinham tanta coisa mal resolvida... Ele só...

—ele já estava com a minha mãe! -Naruto exclamou indignado interrompendo a narrativa do Itachi. —Como ele pode?! Como ele pode trair a minha mãe?! Ele passou todos os anos após a morte dela jurando a porra de amor eterno e a traia! Como diabos ele..?!

—Isso não significa que ele não amava a sua mãe, Naruto. -Itachi interfere. —isso apenas significa que Minato era humano e fez coisas estúpidas como todo mundo.

—Que se foda! -Naruto gritou. Ele havia acabado de perdeu a enorme figura de herói perfeito que seu pai possuía em sua cabeça. —Ela descobriu não foi? Foi por isso que ela morreu, de desgosto. Foi por culpa dele que a minha mãe morreu!

—ela descobriu um ano depois. Fugaku fez com que ela descobrisse. Era o início de sua vingança contra Minato.

—e quando Fugaku descobriu? -Hinata quem questiona agora séria.

—na mesma noite, eu estava com ele quando descobriu. Minato havia esquecido o brasão dos Uzumaki que Kushina lhe dera no quarto de minha mãe. - contou com as imagens daquele dia voltando a sua mente imediatamente. —Existem duas coisas que meu pai valoriza na vida: orgulho e Mikoto Uchiha. E Minato havia mexido com os dois.

—Ele odiava Minato, mas não podia atingi-lo. Não quando Minato estava para se tornar rei. -foi Hinata quem falou daquela vez. —então ele criou Sasuke como uma arma. Ele passou todos esses anos planejando uma vingança. Eu imagino o que a sua mãe deve ter passado...

—Fugaku ama nossa mãe, mais que qualquer coisa no mundo, ele nunca a machucou. -garantiu. -ele a amava tanto que a perdoou assim que ela jurou nunca mais se aproximar de Minato, já ao futuro rei lhe foi acumulado ódio. -o mais velho olha para o teto quase vendo a face em lágrimas de sua mãe quando Fugaku a confrontara. —Quando ela descobriu que estava grávida papai resolver assumir a gravidez como se fosse apenas mais um herdeiro Uchiha. Estava bem definido que se você nascesse com a tradicional aparência Uchiha seria criado junto a mim como herdeiro e filho de Mikoto. Contudo, se nascesse diferente do padrão Uchiha você seria um bebê morto. -Sakura arfou perante a história, definitivamente ela via Fugaku como um monstro. — acertou na loteria irmão.

—então o meu pai ia me matar se eu não me parecesse com a minha mãe? -Sasuke indaga num sussurro fraco.

Tudo o que quisera a vida toda era o respeito de Fugaku, nunca entendia por que nada o que fazia parecia ser o suficiente para o lorde dos Uchihas e agora tinha a resposta.

Era tudo por que ele era um maldito bastardo!

—Agora tudo faz sentido. -Sakura diz se ajoelhando junto a Itachi. —Era uma vingança perfeita. Fugaku usaria o próprio filho de Minato, que ele fora obrigado a criar por amor a Mikoto, para mata-lo. Porco maldito! -Sakura praguejou se virando para os dois irmãos.—Vocês dois sempre se amaram como irmãos por que vocês são. Vocês são irmãos... De verdade agora.


Notas Finais


Eiiiiita! Quem já desconfiava levanta a mão! ✋ kkk
Gente nos flash backs e até na história mesmo tá cheeeio de dicas! Kkkk
Jiraya sempre o melhor mestre com os melhores ensinamentos! É o amor da minha vida ❤️
Gente não vamos julgar o amiguinho Minato, ele foi filho da puta? Foi né... Mas é aquele negócio: somos humanos e fazemos coisas estúpidas...
E por último mas não menos importante meu OTP maravilhoso e cheiroso! Shikatema 😍😍 vocês acharam que não teria hentai hj? Kkkk Temari finalmente descobriu que tá apaixonada pelo menino Shikamaru, agora o que ela vai fazer quanto a isso.... 😬
Eu tô muito romântica ultimamente então podem se preparar que no próximo teremos Naruhina (afinal o casamento real ainda não foi consumado 😏) e Sasusaku e se der tem ainda Gaaino e Nejiten! Fala se eu não estou só o amor kkkk
Eu finalmente tenho umas folgas e vou ter mais tempo para estar escrevendo, então se tudo der certo nós voltamos a frequência normal de postagem!
Até logo😘😘


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