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História The Empire Of War - Um líder é aquele que suporta a dor


Escrita por: Kallberg

Notas do Autor


Heeelo meu povo! Olha eu atrasada de novo 😅😅
Mas vamos considerar que os últimos capítulos tem tido o dobro do tamanho dos capítulos normais. Esse em especial é um presente para os românticos! Então aproveitem!

Inspiração do Castelo Yamanaka 👇

Capítulo 26 - Um líder é aquele que suporta a dor


Fanfic / Fanfiction The Empire Of War - Um líder é aquele que suporta a dor

Assistiu Sasuke saindo desvairado pelo jardim das vinulas, o acompanhou com os olhos até o próprio salão onde ele agarrou um taça cheia da bebida servida na reunião, fez cara feia assim que a bebida desceu por sua garganta, os nortenhos não pegavam leve no álcool.

Sasuke definitivamente não estava bem, ele ia acabar pirando.

Fugaku estava passando dos limites.

O dito cujo apareceu logo após Sasuke, assistindo assim como ele,  Sasuke virar outro e outro copo de bebida.

Ouvira tudo, toda a ameaça... o plano...

Como diabos aquilo tudo estava acontecendo tão rápido? Alguém dentro do Norte tinha que estar ajudando seu pai para que aquele plano desse certo. Não havia como Fugaku ter conseguido armas no Norte sem ajuda.

Assim que atravessaram a ponte todos os Uchihas haviam sido revistados e interrogados, fora um processo longo e trabalhoso. Ademais, Shikaku estivera supervisionando tudo... Não havia como uma arma Uchiha estar ali dentro.

Haviam nortenhos envolvidos.

Tinha que descobrir quem e como...

—pode sair daí agora Itachi. -Era a voz de Fugaku, fria e dura.

Ele havia sido descoberto.

—Sasuke pode ser idiota o suficiente pra não perceber que estava aqui, mas eu convivi com você se escondendo para escutar minhas conversas a vida toda.

—a vida toda... -Itachi repete saindo das sombras. —talvez por isso eu não esteja tão surpreso com o que vi.

—um homem faz o que ele tem que fazer. -Fugaku responde sínico.

—Um homem, você diz. Um monstro, eu vejo.

Com a resposta travada do filho, o rosto do lorde se contrai irritado. —Cuidado Itachi, você é meu filho, meu filho de verdade. -andou até o comandante, ficando face a face. —Mas se entrar no meu caminho mato você também.

—acredite, nunca duvidei disso. -Itachi diz firme, sustentando o olhar duro do pai. —mas eu não me importo. Não se Sasuke vem logo a minha frente. -aquilo era algo que Fugaku sempre odiou, o amor e o cuidado que o filho tinha com o bastardo. —Não vou deixar que faça isso com o meu irmão.

—Ele não é seu irmão.

—Ele é sim! -Itachi exclamou. —Ele é meu irmão, você gostando ou não. E eu daria a minha vida por ele!

—que bom então que o alvo não é você. -Fugaku rebate com um sorriso cruel.

—o que você quer dizer?

—Se Sasuke não seguir as ordens, ele será considerado traidor a casa Uchiha. E como traidor deverá ser executado. -a face dos dois Uchihas eram o perfeito contraste. Itachi tinha a face tomada em horror enquanto Fugaku parecia saborear cada palavra daquela sentença. —cada soldado Uchiha possui licença para mata-lo se falhar. Nem você pode protegê-lo de um exercito.

—você é um monstro. -Itachi sussurra se pondo a andar de volta para o salão das vinulas, tinha que encontrar Sasuke.

—alguém vai morrer nas vinulas hoje, Itachi. Cabe a você decidi quem. -Fugaku diz observando o filho sair quase cambaleando de nervosismo. Havia quase uma diversão na voz de Fugaku. Aquele era o seu momento, sua vingança, e estava adorando aquilo. —independente de quem seja, eu vou amar assistir.

(...)

Itachi andou pelo salão sem se importar com os olhares assustados dos convidados do casamento, andava empurrando qualquer um que entrasse em seu caminho. Tinha que encontrar Sasuke.

Procurou por todo salão, pelos jardins e pelos quartos. Perguntara a Naruto, Sakura e Mikoto, nenhum deles sabia lhe dizer o paradeiro de seu irmão, tudo o que diziam era que Sasuke estava estranho, bebendo tudo o que via pela frente e se esquivando deles.

Bem... Ele estava fazendo isso muito bem...

Era a terceira vez que vinha ao salão principal e nada dele.

Apenas lordes e mais lordes bebendo e conversando bobagens que não lhe dizia respeito.

Itachi levou as mãos ao cabelos os bagunçando nervoso e irritado, aquilo estava acabando consigo. Tinha que dar um jeito naquela situação.

—Hey Itachi! -Kiba, filho da viúva das terras selvagens o abordou com um amigável tapinha nas costas. —Por que esta com essa cara feia?! qual é? é o casamento do seu irmão! vamos brindar! -o Inuzuka praticamente gritou pegando duas taças de uma das criadas que passavam. —vamos brindar antes que Sasuke e o rei desçam novamente e não possamos mais... bem... brindar ...

Itachi estancou no lugar. Sasuke já havia subido para a benção do rei. Estava atrasado.

Se desvencilhando dos braços do jovem Inuzuka, põem-se a correr na direção das escadas que levavam a sala mais alta das vinulas, perto da lua, onde o rei e a deusa Isis abençoavam o noivo. Mas que naquela noite se mataria o rei.

Kiba assistiu sem entender  a saída corrida do Uchiha, dando de ombros ele apenas vira as duas taças de bebida antes de procurar outro desavisado para propor um brinde.

Itachi chegou ofegante  ao alto das escadas , dando de cara com a única porta do corredor fechada, eles estavam lá dentro.

Se aproximou sorrateiramente da porta tentando ouvir o que acontecia lá dentro antes de intervir.

Havia apenas silencio, ninguém dizia nada por quase um minuto, nem a voz de Sasuke ou Minato era ouvida. Havia apenas o mais quieto silêncio.

Intrigado, o Uchiha abre a  porta devagar e silencioso. 

Atrás da porta encontrou apenas a imagem de uma adaga suja de sangue jogada com um corpo caído ao seu lado, enquanto outro se debruçava em cima deste. Itachi grunhiu agoniado, havia chegado tarde.

Contudo,  quando finalmente o homem por cima se ergue revelando seus cabelos dourados Itachi sente um batida falhar.

—Sasuke... - sussurra antes de correr até o corpo caído do irmão, Minato ao se lado não dizia nada enquanto ele vasculhava pelo corpo do mais novo procurando algum ferimento da adaga no chão, entretanto mais uma vez se surpreendendo e não encontrando nada. —o que..?

—ele esta bem. -Minato finalmente se pronuncia com a voz fraca. —Só esta dormindo.

Com olhos questionadores Itachi se volta para o rei do norte, não entendia bem o que estava acontecendo ali.

—eu sabia Itachi. Desde o primeiro momento eu sabia que Fugaku tentaria me matar aqui. Era tentador demais para ele. -Minato ri com amargura. —Shikaku me avisou, Jiraya me avisou, mas... -solta um longo suspiro. —Eu estou tão cansado... Tão cansado de manter essa mentira, de fazer pessoas que eu amo sofrer... Sasuke, Kushina... É tudo minha culpa.

—o que você fez..? - questiona mesmo que sua mente perspicaz já soubesse a resposta.

—vai haver uma guerra. De uma forma ou de outra. -responde convicto. —Se eu decidisse matar todos os Uchihas nas vinulas em forma de retaliação, Os Senjus e o império se virariam contra o Norte, além de que eu seria um monstro exatamente como Fugaku. Se eu contasse a verdade a Sasuke e fizéssemos esse casamento ir em frente sem incidentes Fugaku o mataria, e então eu iria atrás dele e começaríamos uma guerra. Se eu deixasse que Sasuke me matasse o Norte ira declarar guerra aos Uchihas. A guerra é uma certeza, a única mudança é quem ira morrer para que se de o ponta pé inicial. É por isso que... -Minato murmura enquanto abre sua capa revelando um ferimento de adaga em seu peito, próximo ao coração. —Se alguém tem que morrer serei eu que comecei tudo isso.

—oh merda! 

—mas não posso deixar Sasuke passar por isso. Já baguncei demais a cabeça do garoto. -Minato diz determinado, Itachi assentiu entendendo onde ele queria chegar. —Mas acabei descobrindo que se matar enfiando uma adaga em você mesmo é mais difícil do que eu pensava.

—Você quer que eu o faça. -Itachi diz sério, e Minato responde com um sonoro "Sim". —Isso vai causar uma guerra.

—Para proteger Sasuke. -o rei do Norte responde determinado.

—Para proteger Sasuke. -Itachi repete desembainhando sua espada.

 "Tudo para proteger Sasuke" se repetia em sua cabeça enquanto atravessava o aço de sua espada pelo coração do rei do Norte,  lhe dando um morte tão rápida quanto conseguia.

O corpo de Minato caiu assim que retirou sua espada, nos olhos do antigo rei do norte havia apenas paz, finalmente. Dos seus lábios saiu um ultimo sussurro.

—Kushina... Perdão...

Sua morte fora rápida, certeira e suja. O sangue de Minato escorreu pelo piso imaculado das vinulas até alcançar Sasuke caído ao lado.

Sasuke acordaria logo e acreditaria, assim como todos, que ele o havia assassinado. E estaria salvo das garras de Fugaku. Mas na mira do ódio de Naruto.

—me escondi na sala e poucos minutos depois você acordou Sasuke. -Itachi conta se virando para o irmão que tinha as mãos na cabeça em descrença. —você entrou em desespero quando acordou sujo do sangue de Minato, se aproximou trêmulo do corpo dele para vê o que você achava que tinha feito. E então vocês chegaram. -se vira para Naruto e Sakura que se sentavam junto com Hinata em cima da mesa mesmo. —pegaram Sasuke com a arma na mão, sujo de sangue, nem havia o que pensar. Então, Sakura teve um ataque, quase perdeu o bebê, Naruto surtou e começou a atacar tudo o que via pela frente. Por todos os lados começaram a aparecer espadas e gritos e eu tinha que tira-los dali... E eu tirei. Nós levei de volta para a fortaleza negra junto com o resto dos Uchiha. Lá começamos a planejar uma guerra que já era pré-datada.

—Isso só pode ser brincadeira... -Naruto murmurou irritado.

—Naruto, essa é a verdade... -Itachi diz tentando alcançar o loiro.

—deixe essas mãos longe de mim! -Vociferou, Naruto. —isso... Isso é loucura... -se levantou andando pela pequena sala. —Estou sentado na mesma sala que o assassino do meu pai que traia a minha mãe com a mãe do meu melhor amigo que agora é meu irmão que não é mais o assassino do meu pai!

Aquela situação era surreal.

—eu te entendo -itachi tenta novamente.

—entende o caralho! -o loiro exclamou nervoso. —estamos de lados opostos nessa história, você mais do que qualquer pessoa não me entende. Nem tem esse direito. -Itachi assente voltando a sua posição inicial no sofá. Naruto leva as mãos ao rosto as esfregando como se tentasse colocar sua cabeça no lugar. Estava perdendo o controle e não podia fazer aquilo. —Eu preciso sair daqui.

Dessa forma, ele pegou uma das capas que Shikamaru havia deixado para eles e saiu porta a fora.

Hinata suspira se levantando para ir atrás do loiro.

—deixe ele, Naruto precisa ficar sozinho. -Itachi diz a interceptando.

—eu sou a Rainha, meu lugar é ao lado de Rei. -ela responde simplesmente voltando ao seu caminho.

No mesmo momento que ela sai Sasuke se levanta saindo na direção oposta a de Naruto. Itachi chega a chama-lo mas Sasuke parecia nem ouvi-lo, seus olhos negros estavam perdidos no nada.

Todos pareciam precisar daquele momento.

Hinata seguiu pelo mesmo caminho que Naruto fizera anteriormente, saindo pela portinha dos fundo da pequena cabana.

Ele estava lá, ajoelhado na neve branca, envolvido por uma capa grossa que lhe protegia do frio do inverno Nortenho.

—vai congelar desse jeito, jogado na neve. -ela diz chamando a atenção do homem.

—só estou de joelhos. -corrigi se virando para vê-la se aproximar e se sentar ao lado dele na neve em silêncio. —estou bem. Só preciso esfriar a cabeça.

—veio ao lugar certo então. -Hinata sorri levando suas mãos aos cabelos claros dele e retirando os flocos de neve que ali se alojavam. —o que vai fazer?

—Quer dizer, quanto a Itachi? Sasuke? Ou o meu pai traidor?

Era claro o tom irônico do rei, ele estava nervoso, mas Hinata não se intimidava quanto a isso.

—quero dizer quanto a você. -sua voz saira sem vacilos, séria. Contudo, sem entender a morena Naruto se vira para ela confuso. —Você está a ponto de surtar. -explica. —E não, ninguém te julga por isso. Mas você precisa por a cabeça no lugar! Querendo ou não nós precisamos dessas pessoas, e não dá pra fazer essa viagem nessa situação.

Naruto ergue a sobrancelha direita desconfiado.

—onde quer chegar? -indagou sério.

Hinata sorri de leve, ela fora pega. —Vou entrar na floresta negra e gostaria que me acompanhasse.

O rei franze as sobrancelhas.

—E por que faria essa estúpides?

—Por que precisamos sair daqui. Logo o fogo vivo vai se apagar e os Uchihas vão atravessar o rio e chegar ao Norte. -aquilo tudo era verdade, cada dia que ficavam ali ficava mais perigoso. —Mas no momento tudo o que temos são problemas de família, neve e feridos. Nunca chegaremos a tempestade vermelha desse jeito. 

—E entrar na floresta negra no meio do inverno é a solução disso tudo por que..?

—a solução para tudo isso, não. Mas para Kankuro sim. -ela diz séria. —Ele foi envenenado por Sasori enquanto protegia Sakura. O veneno vai mata-lo em menos de dois dias se não fizermos nada.

—E por que deveríamos nos arriscar para salvar alguém como Kankuro? -Naruto questiona ser repente se levantando da neve. —ele estava do outro lado do rio tentando destruir o Norte até dias atrás.

—Por que ele não está lá mais. -Hinata o segue se erguendo decidida. —o fato de ele estar morrendo numa cama nessa cabana prova isso. Ele está morrendo por que se rebelou contra o próprio pai, por que Kankuro não é o pai dele. - deixou de fora o fator Temari que pesava para o seu próprio lado, afinal a loira nunca mais olharia em sua cara se deixasse seu irmão morrer, mesmo que ela não entende bem a relação dos dois. —E é por isso que você deve ajudá-lo. Por que você não é o seu pai também, por que você é forte o bastante pra fazer o certo. -se aproximou devagar de Naruto. —Minato foi consumido pelo mundo dos lordes, a sujeira e as mentiras... Ele errou, e feio, mas você não precisa disso. Você é bom e justo. -pôs as duas mãos no rosto de Naruto, o fazendo encara-la. —Um líder é aquele que aguenta a dor, é aquele que anda na frente garantindo que todos estejam bem. -aquele era o tipo de rei que Jiraya gostaria que ele fosse. —Sei que conhece a floresta negra. Eu vou entrar lá, com ou sem você. Mas com você eu tenho a chance de voltar. -parou esperando por uma resposta do jovem rei, que não veio. Diante do silêncio dele, insistiu. —você vem comigo, Naruto?

O Uzumaki bagunça o cabelo nervoso se livrando das mãos de Hinata, andou de um lado para o outro, chutando a neve branca, enquanto a morena aguardava sua resposta.

—você é a rainha. -finalmente se manifesta. —não posso deixá-la fazer isso sozinha.

Hinata sorriu, contudo, diferente do que esperava Naruto andou de volta a cabana de caça dos Naras.

Não ficou por lá um minuto e voltou coberto por uma grande capa de urso nortenha e lhe entregou uma menor de lobo. —é melhor vestir isso, o tempo está piorando. -ela assente o seguindo em direção a floresta. —E é melhor saber, eu não conheço a floresta. Ela é território dos Naras, eu só brincava nas beiradas dela quando vinha com o meu pai. Não mais que 30 metros pra dentro. -a rainha novamente assentiu, não demonstrando nenhuma reação a nova informação. —a uma chance de não voltarmos. Essa floresta é cheia de rebeldes, a maioria deve ter fugido mais para o norte, mas com certeza ainda tem alguns deles. E só pra saber, eles não gostam de nós.

(...)

Sasuke pegou outro bolo de neve a amassando até que formasse uma bola e jogou movente contra a das grandes árvores que cercavam a cabana de caça.

Pegou outro bolo e outro e outro, sempre as jogando com um grito esganado. Suas mãos já estavam vermelhas e dormentes, não usava luvas e a neve congelante queimava como fogo.

Ele estava com tanta... Raiva.

Raiva de Itachi, raiva de sua mãe, raiva de seus... pais. No plural.

Mas que porra!

Ele era um maldito bastardo, fruto de uma noite impensada, um maldito indesejado.

Eu deveria saber. Droga! Eu deveria saber!

Era até óbvio se parasse para pensar, Fugaku sempre o tratou como se fosse um lixo, desde que se lembrava seu pai sempre o odiou. Itachi era o preferido, o que fazia tudo certo, o comandante, o gênio. E ele era apenas o estorvo, o garoto que não chegava aos pés de Itachi... O bastardo.

—Eu não quero falar agora Sakura. -diz, assim que escuta os passos incertos da rosada atrás de si.

—mas você precisa. -ela fala parando logo atrás do homem que se mantinha de costas para ela. —Eu entendo que você esteja bravo mas...

—a quanto tempo você sabia? -ele diz der repente a interrompendo. —a quanto tempo você sabia! -repete gritando finalmente se virando para ela.

—apenas percebi quando Itachi começou a contar. -responde meio incerta com a face irritada do homem a sua frente. —minha tia me deu uns papéis antes de... -engoliu em seco ao se lembrar de Fugaku esfaqueando Tsunade. —Eu os li quando cheguei procurando por algo que ajudasse Kankuro quando eu vi algo sobre o seu nascimento, mas não deu importância no momento e passei a diante, havia registro de várias pessoas que ela havia trazido ao mundo também, nem por um segundo passou pela minha cabeça que você seria diferente. Só quando Itachi começou a falar que me liguei que havia algo importante ali, foi quando descobri.

—Foi por isso que ele a matou não é? Por que ela sabia. Por que ela tinha provas. -era uma afirmação não uma pergunta. —Tsunade morreu por minha culpa também. -solta amargo. —Minato morreu por minha culpa, essa guerra é minha culpa, é tudo minha culpa!

—Não, não é sua culpa! -Sakura interfere.

—É sim! -gritou. —É sempre minha culpa! Até o nosso filho eu matei! -era mais pura dor que Sakura via nos olhos de Sasuke. Eram olhos de quem sempre tomava a culpa para si, de quem era sempre um depósito de culpa, de Fugaku... Dela mesma. —Você não vê? O problema sou sempre eu.

—isso não é verdade. -a rosada murmura com dificuldade, perceber que ela ajudara a deixar Sasuke naquela situação a machucava mais que qualquer coisa.

—É sim. Você me disse isso.

—Eu estava quebrada e machucada, e queria machucar você também. Eu não tinha o direito de lhe culpar, você estava sofrendo também. -era difícil admitir aquilo, admitir que errara. —Foi Fugaku, foi culpa dele, única e exclusiva.

—Não importa mais. -Sasuke responde balançando a cabeça de um lado para o outro. —eu não fiz nada, eu deixei que acontecesse.

—o que você poderia fazer? -ela questiona, e ali percebeu por que nunca fez a si mesma essa pergunta.

Estava mais preocupada em encontrar alguém a quem culpar, um saco de pancadas, que nem percebera que ele também estava destruído.

Se sentia tão culpada.

Mas Sasuke nem parecia ouvi-la.

—Naruto faria alguma coisa! -exclamou fazendo Sakura recuar. _Ele nunca teria deixado isso acontecer. -se virou para a rosada encolhida. —Você deveria ter escolhido ele.

—o que?

—antes mesmo de ir falar contigo, ele me contou que estava apaixonado por você. -Suspira se ajoelhando na neve branca enquanto sentia a neve se tornar mais intensa. —Eu não deveria ter ido falar com você. Se eu fosse realmente amigo dele, eu deveria ter ficado calado e deixado vocês serem felizes juntos. Nada disso estaria acontecendo se eu tivesse ficado quieto.

—e o que te faz pensar que eu simplesmente iria correr para os braços de Naruto se você não tivesse se declarado também? -Sakura indaga indignada sem se importar com a neve que já a deixava "grisalha"

—por que seria o certo. -afirma com seriedade. —Se eu não tivesse me entrometido, os Uchihas nunca teriam entrado no Norte novamente e Minato ainda estaria vivo, essa guerra nunca teria acontecido se eu simplesmente ficasse no meu lugar como um bastardo.

—isso é loucura. Você não pode afirmar isso. -Sakura murmura sem dar crédito ao efeito borboleta do homem.

—Não é loucura! Você não vê? -ele se ergue novamente como se uma lâmpada se iluminasse acima de sua cabeça. —Eu roubo tudo o que o Naruto ama. O pai, você...

Sakura balança a cabeça de um lado para o outro indignada.

—você nunca me roubou de Naruto! - garantiu. -Você nunca me roubou do Naruto por que eu sempre fui sua. -Sasuke finalmente parou, seus olhos se arregalaram como se um anjo de luz se posse de frente a ele.

Sakura acabou com a distância entre eles em dois passos, colocou ambas as mãos ao redor da face gelada do homem inerte. —Você nunca entendeu isso? -sussurrou antes de finalmente selar seu lábios nos dele como a muito não fazia, com amor.

Um pequeno choque percorreu seu corpo quando sentido os lábios gelados e rachados de Sasuke contra os seus, era tão familiar, tão... Seu.

Ela ainda o amava. Ele sempre a amou.

E aquela era uma verdade que nenhum efeito borboleta poderia mudar.

Não importava quais provas teriam que passar, quantas lágrimas teriam que derramar. Eventualmente eles iram encontrar o caminho de volta.

Escorregando seus lábios pelos dele finalizou o beijo se afastando apenas para ver os olhos trêmulos e confusos do moreno ainda sem reação.

Ela entendia que naquele momento não poderia pedir nada a Sasuke, naquele momento era ele que parecia perdido, ele quem havia se perdido.

Se afastou mais um pouco apenas para sentir os braços se Sasuke segura-la, finalmente reagindo.

—Eu encontrei meu caminho de volta pra você. - E então ele a beijou.

De verdade, intenso e forte.

Sakura sentiu seu corpo bater contra o peitoral do homem que amava, daquele que sempre amou, e daquele que sempre amaria.

A língua de Sasuke pediu passagem e ela deu de bom grado, seu corpo se arrepiou por inteiro ao sentir novamente o beijo dele, o cheiro dele, ele.

Passou as mãos pelos cabelos negros do Uchiha sentindo a textura, exatamente como se lembrava, como gostava.

Os braços de Sasuke roçaram por sua cintura a apertando contra si como se estivesse se certificando que aquilo era real, que não era um sonho.

Sakura queria dizer-lo que era real, que ela estava ali, que sempre estaria.

Mas não pode, beija-lo estava bom demais para simplesmente parar. Ela nem mesmo conseguiria, não agora que finalmente o tinha para si novamente. Depois de tanto tempo eles finalmente havia reencontrado seu caminho de volta para seu amor.

Demorou, mas havia válido a pena.

Agora eles estavam prontos.

Andavam em silêncio lado a lado, mas afastados. Naruto ia guiando sem saber exatamente para onde ia, mas prestando atenção de como voltar.

—quer falar sobre..? -Hinata iniciou vendo Naruto olha-la feio.

Tomando aquilo como um não retesou e se manteve em silêncio observando apenas o ambiente hostil que se encontravam.

A floresta era composta por árvores tão altas que poucos flashes de luz e neve ultrapassavam suas folhas, dessa forma se tornando ainda mais fria e úmida.

A vegetação rasteira praticamente já não existia, sendo morta pelo frio cortante do inverno. As chances de encontrar a flor que salvaria Kankuro se tornavam cada vez mais escassas.

Hinata se sentiu desesperançosa, contudo, não foi seu suspiro que escutou, mas sim o de Naruto que o fez como uma rendição antes de começar a falar.

—eu venerava o meu pai. Eu o via como um herói. Ele era um grande rei. Os lordes o amavam, plebeus o amavam, todos amavam ele. Por que ele era simplesmente incrível. E agora eu descobro isso e...

—isso não muda nada. -Ela o interrompe. —O que ele fez foi horrível, causou tudo isso. Mas não anula tudo mais que ele fez. Ele foi um bom rei e um bom pai para você.

—Sim, mas e quanto a Sasuke? - Naruto fala sem olhar para nenhum lugar exatamente. —eu fui criado com todo o luxo enquanto Sasuke, que também era seu filho, foi criado como escória por Fugaku, sendo subjugado e humilhando cada segundo da sua vida. Como ele pode deixar que isso acontecesse?

—Ele fez o que pode em sua situação, Naruto.

—Não foi o suficiente.

—Ele morreu para proteger vocês! -exclamou se aproximando de Naruto.

—E ainda assim... -bateu de frente com a garota sibilando lentamente. -Não foi o suficiente.

Hinata bufou irritada andando na frente, entendia que Naruto estava bravo, mas não considerava Minato o único culpado de toda a desgraça do Norte, ele era apenas um homem.

Mas não conseguia pensar em outra forma que Naruto se acalmasse se não o tempo, ao final aquela expedição havia sido uma grande idéia, antes ele discutir aquilo com ela que com Sasuke.

Naruto não se esforçava para acompanha-la em seu ritmo, andando mais atrás. 

Hinata se vira para olha-lo queria demonstrar sua insatisfação, contudo, assim que o faz sente-se pisar em falso afundando seu pé na neve fofa e caindo.

De maneira completamente contrária a anterior, Naruto apareceu ao seu lado num segundo.

—você está bem? -ele perguntou agoniado a ajudando a tirar a cara da neve. —o que aconteceu?

—eu não sei, num segundo eu estava andando normal e no outro em estava afundando num maldito burraco.

O rei assente se voltando para o pé afundado na neve da garota. Cavou com as mãos o buraco novamente examinando o tornozelo avermelhado.

—Não quebrou, só torceu um pouco. -diz, com sua voz saindo aliviada. —Você pisou numa armadilha de coelho.

—oh ótimo! Agora eu sou a senhora coelha! -exclamou levemente irritada pela dor que vinha de seu joelho. —não vimos um animal desde que chegamos aqui e eu que sou pega!

—oh merda! -Naruto se levantou der repente. —Não vimos nenhum animal.

—o que foi?

—a floresta negra tem todo tipo de animal, do mais dóceis aos mais perigosos do norte, contudo, no inverno aqueles que não hibernam seguem uma rotina bem delimitada.  Quando o tempo está bom eles saem para caçar e se alimentar, mas quando vem um tempestade por exemplo...

—vão para as tocas. -ela completou pegando o raciocínio do loiro. —Temos que voltar agora.

—Não há tempo, já estamos bem longe da cabana e agora você não pode andar. Seriamos pegos pela tempestade. -conclui.

—Então o que iremos fazer?

Naruto suspirou bagunçando seus cabelos nervoso. Olhou para a morena ainda sentada na neve e nela encontrou a resposta.

—Se há uma armadilha aqui quer dizer que o dono está por perto. Provavelmente sua casa também.

—pensei que a floresta fosse habitada por rebeldes, e que eles não gostasse de nós. -Hinata fala enquanto Naruto a puxava para suas costas a levantando.

—Não gostam. Mas são rebeldes ou a tempestade.

(...)

Havia realmente uma casa, na verdade uma cabana caindo aos pedaços, a menos de vinte metros.

Naruto entrou primeiro procurando por qualquer sinal de habitantes, mas estava completamente vazia.

Buscou Hinata e a deixou sentada no tapete enquanto tentava acender a velha lareira da casa, estava cada vez mais frio.

Assim que o fogo assendeu os ventos da tempestade bateram contra as paredes finas e velhas da cabana fazendo-a sacudir.

Procurou algo para comerem pela casa, sempre atento a qualquer movimento que demonstrasse a volta dos moradores da casa, não havia nenhum alimento ali, apenas panelas velhas e muxheladas que pareciam não serem usadas a tempos, talvez os donos da casa tivessem fugido para mais ao Norte como a maioria de seu povo. Talvez.

Dando de ombros Naruto voltou a sala, onde decidira que era melhor eles passarem a noite, junto a lareira que ajudaria a aquece-los.

—Sabe o que me surpreende? -Hinata diz fazendo-o olha-la, ela estava sentada no carpete velho e empoeirado em frente a lareira. —Você esta mais bravo com seu pai do que com Itachi.

O Uzumaki suspira com a volta no mesmo assunto.

—por que agora eu sou rei. O Norte é importante para mim. -diz firme. —O Norte é minha casa, meu reino, meu povo. E meu pai trouxe a destruição para cá. Ele causou toda essa guerra. Não Sasuke, nem Itachi, por mais que ele tenha enfiada a adaga no peito de meu pai. Foi ele, o rei do Norte, quem trouxe a guerra de volta estas terras. -Hinata se mantém em silêncio, não havia como retrucar aquilo. —Quantas pessoas já morreram pelos erros dele? Quantos ainda vão morrer?

—eu entendo. -ela confirma mordendo a parte interior de sua bochecha. —então você o odeia?

Naruto parou por um segundo perante a pergunta, ela era difícil, mas ao mesmo tempo fácil.

—Não. -ele mesmo se surpreendeu com a resposta que sairá por seus lábios. —Estou com raiva dele. E estou furioso por que ele não está aqui para que eu possa confronta-lo. -suspirou se sentando ao lado de Hinata. —Droga, eu sinto falta dele. E não sei como lidar com todos esses sentimentos de uma vez.

—isso é normal. -Hinata responde se sentando na pequena sala junto com ele. —Ninguém consegue.

—Como você lidou com Hiashi? Com o fato de ele ser um traidor filho da puta.

Hinata solta um riso amargurado se inclinado para trás.

—Eu lutei. Contra toda a minha família.

—nas torres. -Naruto murmura se lembrando de quando desconfiara de Hinata e ela lutara contra sua própria família pelo bem do Norte.

—sim.

—onde matamos todos eles. -voltou a dizer enquanto ela apenas assentiu dessa vez. —incluindo a sua irmã.

—incluindo a minha irmã. - ela repete saudosista. —Eu não pude... sabe... mata-la. Apesar de qualquer coisa ela ainda era minha irmã, que infelizmente escolheu o lado errado. -ao perceber seu tom doloroso Hinata ergue a cabeça com um pequeno sorriso, tentando mudar o rumo da conversa. —mas sabe, não tem problema. Hanabi deixou uma coisa para que eu me lembre dela para sempre.

Naruto acompanha com o olhar o ferimento que Hinata aponta acima do supercílio, já estava com um curativo que Sakura fizera, mas ainda estava longe de se curar.

—Isso foi quando lutava com ela? -Ele questiona.

—Sim. É engraçado por que em Casterly Rose ataques no rosto eram proibidos, ninguém queria estragar os rostos perfeitos das ladys. Os castigos eram sempre em lugares escondidos. -Naruto se lembrava bem de ver alguns dos resultados daqueles castigos nas costas dela na primeira vez que a vira. —Mas isso aqui é vida real, eu não posso escolher onde me ferir. Hanabi escolheu bem, cortes no supercílio são doloridos, sangrentos e deixam grandes e feias cicatrizes.

Ela soltou uma risada amargurada olhando pro tapete velho, até que sentiu os dedos frios de Naruto tocando de leve a ferida em processo curativo.

—nem se ela retalhasse seu rosto você ficaria feia. -os olhos perolados de Hinata subiram imediatamente para os azuis de Naruto que esperavam pelos seus.

Os olhos azuis estavam límpidos e expressivos demais para a sanidade de Hinata que volta a abaixar o olhar.

—obrigada, é muito gentil de sua parte.

—Não estou dizendo isso por que sou gentil. Estou dizendo por que é verdade. - voz de Naruto era firme, mas se sentindo duvidosa Hinata novamente levanta seu rosto para buscar nos olhos azul cor de mar a verdade. —Tem noção do quanto é bela? Você é tão estupidamente bonita que sinto vontade de beija-la.

Ele estava sendo sincero, talvez  o mais do que ele mesmo esperava.

Hinata passou a língua pelos lábios os umedecendo.

—sabe... nós somos casados. Você pode me beijar. -ele diz com seus olhos colados nos de Naruto.

Contudo, daquela vez fora ele quem desviara o olhar.

—eu não posso beija-la simplesmente por que eu quero. Não quero força-la a nada.

Hinata para por um segundo se enchendo de coragem.

—Naruto, quero que me beije. -diz segurando com as duas mãos os lados do rosto másculo do loiro. —Eu quero que me beije agora.

Dessa vez fora Naruto quem buscou a verdade nos olhos perolados de Hinata, e não haviam dúvidas naquelas pérolas, ela o queria também.

Naruto elevou sua mão exitante roçando seu polegar nos contornos dos lábios de Hinata. —seus lábios estão frios. -sussurrou. —e tentadores.

—Sim. -ela diz respirando fundo em seguida. Seu coração esmurrava sua caixa torácica de tão forte que batia. —Tome eles.

Os olhos de Naruto tomam um novo brilho, era como as estrelas brilhando numa noite limpa. Ele estava certo do que queria naquele momento, assim como ela.

Num movimento quase hipnotizante Naruto passa suas mãos pelas bochechas rosadas de frio e de constrangimento da morena, por fim chega até o pescoço fino e esguio a puxando  para si, finalmente lhe tomou os lábios  num beijo lento, explorando cada centímetro da boca de sua esposa com a língua, conhecendo a forma como ela gostava de ser beijada, como ele gostava de beija-la.

Desceu suas mãos do pescoço para os ombros da garota empurrando a grande capa de lobo que ela usava para espantar o frio.

Ele cumpriria aquele trabalho agora. Hinata não passaria frio aquela noite.

Puxou o corpo de Hinata de encontro ao seu pressionando cadê pedaço seu contra ela que gemeu apenas com aquilo em sua boca. Era desconcertante sentir o corpo de Hinata contra si, mesmo com suas roupas ainda no caminho.

Principalmente quando ela começou a se contorcer em seu colo, praticamente fazendo uma dança erótica.

Ali, o beijo deixou de ser lento e passou a ser mais intenso, mais voraz. Naruto arruma Hinata em seu colo se separando do beijo apenas quando suas mãos já haviam desabotoado a parte da frente do vestido, o puxando para baixo e a deixando nua do quadril para cima, o jovem rei assistiu os seios de Hinata saírem livres, grandes e rosados, era tentador demais para que se manter longe deles por muito mais tempo.

—Você parece uma deusa. -sussurrou com a voz rouca tomada pelo desejo. —É tão linda que às vezes não me sinto digno nem de toca-la.

—não se sinta indigno. -ela respondeu. —sinta-se Rei e desfrute da Rainha.

Ela não precisou dizer duas vezes, em seguida, Naruto tomou seus seios nas mãos massageando-os com fascínio, os apertando, esfregando, sentindo-os da maneira mais despudorosa possível. Daquela forma Hinata gemeu.

Incentivado pelo gemido tímido da esposa tomou um dos seios em sua boca, chupando, lambendo e mordiscando, e então Hinata gemeu de verdade, rebolando em seu colo. Mesmo que apenas seguisse seus extintos, tentando aliviar um pouco da pressão entre suas pernas. Podia sentir a rigidez dele em baixo de si, mesmo com tantos tecidos entre eles.

E aquilo a deixou mais confiante, ela sabia o que aquilo queria dizer, estava fazendo algo certo. Decidida, Hinata levou suas mãos até o tronco coberto pela camisa grossa, Naruto já a havia mandado para longe a tempos, estava quente ali.

Passou as unhas pelos gominhos do tórax definido por baixo da camisa subindo-as e levando a camisa junto, enquanto explorava o corpo do marido.

Naruto se separa dos seios da Hyuuga apenas para deixa-la retirar sua camisa dando-lhe finalmente a visão completa de seu peitoral desnudo.

E pelo olhar faminto da Uzumaki, ela havia amado. O surpreendendo Hinata passa a distribuir beijos e arranhões por toda aquela área, deixando em brasas cada lugar que tocava.

Ela foi descendo até chegar chegar a bainha da calça de Naruto tentando abri-la. Percebendo as intenções da garota, ele a afasta a deitando no chão.

—vai com calma. -diz, se pondo por cima dela lhe beijando os lábios de leve apenas para seguir para o queixo e dali para os ombros e seios. —na primeira noite de uma dama, ela não deve servir, deve ser servida. -dizia entre uma palavra e outra beijando e lambendo o corpo leitoso da morena. Sempre descendo, mais e mais. —lhe devem ser apresentados todos os prazeres de um encontro carnal. -Hinata assistiu os olhos azuis carregados de desejo de Naruto segura-lá até parar com a face entre suas pernas, com sua respiração quente batendo contra sua intimidade pulsante. —Até levá-la ao delírio.

E então ela literalmente delírou. Sentiu a língua de Naruto passear por toda a sua intimidade como num beijo, como uma maldita tortura gostosa. Naruto lambia, chupava e Hinata se retorcia embaixo dele empurrando cada vez mais seu quadril para cima, buscando mais contato. Buscando mais dele. Suas mãos quase arrancavam os cabelos de Naruto de tão forte que os segurava o forçando a continuar o que ele estava fazendo, mesmo que ele não fosse a lugar algum.

Mantida sempre naquele ritmo Hinata suou, gemeu e gritou cada vez que Naruto lhe apresentava uma coisa nova, cada vez que ele tocava uma parte de seu corpo, cada vez que ele lhe ensinava todas as formas que a faziam sentir prazer. Era o olhar, o cheiro, o toque.

E daquela forma ela conheceu o mais alto prazer, era como uma nuvem nublando seus olhos enquanto gritava extasiada, era como uma explosão de prazer intensa e desconhecida.

Ela suspirou tentando olhar para Naruto por cima da nuvem de prazer que nublava seus olhos. Naruto agora estava de pé diante dela, terminando o que ela tentara fazer anteriormente e retirando sua calça por completo, ficando finalmente completamente nu diante dela, e dali Hinata não conseguia desviar o olhar. Para ela Naruto parecia um Deus grego, ele tinha algumas cicatrizes de batalha é claro, mas elas precisam mais um complemento a sua forma de rei.

Ele voltou para seus braços separando ainda mais seus joelhos e se curvando sobre ela, seu peso e calor eram acolhedores, eram muito Naruto.

—Esta pronta minha rainha? -ele questionou se posicionando em sua entrada.

—nasci pronta para ti, meu rei. - seus olhos se encontram naquele momento, fazendo nascer um sorriso no rosto de Naruto, aquele sorriso grande e verdadeiro que ela nunca o havia dar antes.

E aquilo a fez sorrir de volta se agarrando nos braços dele e se forçando para cima buscando beija-lo.

O corpo de Naruto fica tenso, todos os seus músculos se tensionam e ele se empurra para dentro dela.

E ali, somente ali, ele firmam sua união, não como na reunião que Naruto e Hiashi tiveram tempos atrás ou no casamento forçado nas torres, mas ali. No meio da floresta negra, durante uma tempestade de neve com o fogo da lareira velha e precária crispando ao lado de seus corpos nus, ali ela finalmente era sua rainha e ele seu rei e seus corações finalmente tinham se encontrado.

Ino avistou finalmente os portões do castelo Yamanaka. Sua casa.

Finalmente estava em casa.

Viajaram sem paradas, sem interrupções ou diminuir o ritmo, 6 dias interruptos. Nem a neve da noite nortenha os parou, Ino precisava ter certeza de que todos estavam bem. 

Bem.... A maior parte pelo menos...

Ela desceu do transporte que dividia com mais 5 pessoas, o menino que salvara e mais 3 mulheres. Lee que dirigia desceu junto com ela até os portões daquele que era conhecido como o mais belo de todos os palácios.

O jardim dourado não possuía aquela fama a toa, mesmo no inverno com a fauna exterior coberta pela camada branca de neve o lugar continuava majestoso e inigualável. O castelo ocupava toda uma pequena ilha, sendo ligada por uma ponte ao continente e ao resto de sua população, as águas que rodeavam aquele castelo diferente das do rio de Jade eram calmas e límpidas formando um espelho da imagem magistral do palácio.

Ela nem ao menos se apresentou perante os guardas que guardavam o castelo de cima das torres de vigilância e os portões se abriram.

Ansiosa, atrás das grades de ouro a viúva dos Yamanaka, sua mãe, esperava sua entrada.

Parecia que não a via a séculos.

—mãe... -suspirou surpresa antes de sentir o corpo dela contra o seu num abraço desesperado.

A mais velha havia se jogado nos braços da filha aos prantos.

—Ino! Pensei que nunca mais a veria minha menina! -a mulher falava em meio a engasgos chorosos. —eu não aguentaria perde-la também.... Não, não você..

—esta tudo bem mamãe. -a loira a confortou, observando o pátio principal do castelo tomado por cabanas e casa improvisadas, os refugiados estavam chegando. As pessoas estavam sobrevivendo. —vai ficar tudo bem...

Ino afagou as costas da mãe que para olhando para a ela. Ino estava diferente, ela nem parecia mais a sua garotinha.

Ino sorri perante o olhar interrogador da mãe, era um sorriso pequeno que dizia que estava tudo bem, que ela estava segura ali. A mais nova se solta delicadamente do aperto da mãe indo até as mulheres que trouxera consigo.

—Não se preocupem, encontraremos um bom lugar para vocês. -da o mesmo sorriso as mulheres antes de se virar para um dos guardas que abriram os portões. —por favor encontre uma cabana para estas senhoras, se possível providencie um banho e comida.

—sim, senhorita. -o soldado assente imediatamente. —tiveram sorte senhoras, ainda temos mais uma cabana que podem dividir.

—estamos com problemas para providenciar abrigo e suprimentos aos refugiados? -Ino questiona.

—sim, senhorita. -o soldado responde um pouco nervoso. —São muitos chegando e por mais que a casa Yamanaka seja uma grande produtora de grãos, abastecer toda essa gente não é tão simples.

—pensaremos em algo para resolver esse impasse. -então ela sorri novamente, fazendo as mulheres se curvarem agradecidas e o soldado assentir.

Aquele sorriso já estava ficando colado no seu rosto, mas precisava transmitir a aquelas pessoas força. Precisava mostrar a elas que havia esperança.

Precisava manter a ordem.

Não importando toda a confusão que acontecia dentro de si própria.

Procurou por Lee, ele havia sumido, precisava lhe arranjar um lugar.

O avistou mais ao longe perto de uma grande árvore conversando com um soldado moreno.

Aquele homem não era de sua casa, suas vestes não eram como o dourado de sua casa e sua aparência era quase selvagem.

Se aproximou silenciosa da dupla.

—Kiba Inuzuka. -o homem diz. —fui encarregado pelo rei a trazer seu amigo até aqui. Gaara o aleijado.

—Gaara está aqui? -Não fora a voz de Lee que o respondeu, Ino apareceu afobada assim que o nome do ruivo fora dito.

—senhorita... -Kiba diz confuso com a chegada da loira. Naruto deixara claro que só deveria revelar a presença do ruivo ao gigante Rock

—onde ele está? -ela questionou com autoridade. Definitivamente não sairia dali sem aquela informação.

(...)

Mais um dia, mais um dia que ele ficava trancado naquele quarto. Talvez devesse star acostumado afinal passara anos daquela maneira.

Mas ao menos quando estava no castelo Uzumaki ou na cabana havia companhia. Nos Uzumaki, Minato e Naruto viviam o visitando, e na cabana havia Jiraya e Temari...

Mal tivera tempo de ficar com a irmã, nem ao menos tivera chance de se despedir. Agora nem sabia se ela estava viva, se alguma das pessoas que amava nas torres estava vivo.

Temari, Naruto, Jiraya, Lee, Ino...

Todos poderiam estar mortos. Não fazia ideia do que estava acontecendo do lado de fora daquela porta, apenas o mínimo que Kiba o contava quando aparecia.

Mas não podia culpar o Inuzuka, não era como se ele fosse a criatura mais falante.

Gaara só queria saber se eles estavam bem... Se poderia ter esperança...

Batidas na porta interromperam seus pensamentos, fazendo-o suspirar. Era Kiba. Era sempre Kiba.

—um minuto. -O ruivo se ajeita na cama, se sentando ereto para permitir a entrada do soldado.

Contudo, diferente das outras vezes ele não esperou pela permissão, a porta se abriu imediatamente após sua fala é por ela apareceu não a já costumeira cabeleira selvagem do soldado, mas cabelos loiros com cheiro de flor. Ino.

—Gaara... -ela sussurra assim que avista o jovem.

Nem um segundo mais se passou antes dela correr até a pequena cama que ele ocupava se jogando em cima dele desesperada.

Gaara parecia petrificado enquanto Ino se encolhia em seus braços molhando sua camisa com lágrimas. A loira chorava e soluçava junto ao peito do ruivo, enquanto ele próprio a olhava confuso.

Confuso por sua presença, por sua atitude e por... Ela.

Saindo do pequeno transe criado por sua mente Gaara finalmente envolve o corpo encolhido da loira em seus braços.

—tudo bem... Pode chorar... -sussurrou baixo beijando os cabelos loiros da garota. —Eu estou aqui pra você.

A loira fungou se afundando no peito do ex-príncipe. Era tudo o que ela precisava naquele momento, de alguém que a apoiasse,

De um abraço confortável onde pudesse chorar. De um lugar onde não precisasse ser forte.

—ta tudo bem... Eu estou aqui pra você...

Escutou Gaara dizer enquanto acariciava seus cabelos.

Ele não queria saber o por que, ele não queria explicações, ele nem se importava com aquilo. Ele só estava ali, e Ino sabia que ele sempre estaria.

—Senti tanto a sua falta. -Sussurrou afundando seu rosto na curva do pescoço dele enquanto o envolvia com seus braços, se agarrando no ruivo como se estivesse se agarrando a uma boia salva vidas.

Na verdade era basicamente aquilo.

 

Ele era seu porto seguro.

 

Sentiu o frio tomar todo seu corpo, abriu os olhos com dificuldade, sentindo um pequeno incômodo pela luminosidade. Se espreguiçou sentindo seu corpo leve como uma pena, e então ele sorriu.

Ele tivera Temari nos braços, a bendita garota rebelde finalmente era sua.

Não dava para conter o sorriso idiota que rasgava sua face.

Rolou pela cama ainda sorrindo levando seus braços para se aconchegar no corpo quente e leitoso da loira, mas encontrou apenas o vácuo e o lado frio da cama, Temari não estava ali.

Seu sorriso desapareceu.

—Temari... -chamou ainda rouco pelo sono, mas ninguém respondera. — Temari!

Voltou a chamar se levantando nu para procura-la pelo quarto, mas não havia muitos lugares para procurar. Eles não estavam nas torres, aquele era um quarto de uma pousada simples, mesmo Shikamaru tinha apenas o que para ele parecia um cubículo.

Temari definitivamente havia partido.

Que diabos..?

Mesmo que estivesse agindo de maneira irracional Shikamaru nem ao menos se importou e se enrolando no lençol em que ele é Temari rolaram toda a noite saiu do quarto pronto para falar com a loira no quarto em frente. Por que diabos ela fora embora?! Qual era a droga do problema?!

Mas antes que alcançase a maçaneta da vizinha da frente a figura gigante de Gai apareceu no corredor.

—então, vamos?! -Gai o interceptou com uma bolsa rústica nas costas. Ele já estava pronto para voltar a jornada pelo norte. O Rock obviamente percebera sua situação, mas não se atrevera a dizer nada.

—ham... Ok. -Shikamaru responde meio desconcertado. Estava tudo uma bagunça em sua cabeça. Ela não sabia direito o que dizer ou pensar após aquela noite. E ele sabia bem quem era responsável por aquela bagunça. —só vamos chamar Temari.

—Oh! ela já desceu a tempos. -Gai anunciou orgulhoso, como se a loira fosse uma heroína ou algo assim. —esta ajudando as crianças e mulheres a se acomodarem nas carroças para a partida. Antes do nascer do sol essa garota já trabalhava! Essa garota possui a chama da juventude!

—oh... Ótimo... Só vou... Pegar algumas coisas e já desço... -Forçou um pequeno sorriso ao gigante que retribuiu antes de continuar seu caminho.

Shikamaru suspirou alto alisando seus cabelos ainda despenteados, aquela garota ainda ia deixá-lo louco.

 

(...)

 

Já estavam todos lá, seus soldados, Gai e a população da vila que se amontoavam​ para ver o "espetáculo"

Junto deles, já montada no mesmo cavalo que usava no dia anterior, Temari olhava para qualquer lugar que não fosse ele, seus olhos verdes estavam no telhado branco pela neve das casas velhas da vila, mesmo que tivessem tomados pela neve já não suportavam nenhuma nevasca, o dia estava até limpo.

Shikamaru andou até seu cavalo e cavalgou em silêncio até os aldeões.

—sinto muito que isso seja necessário.

—sem sentimentalismos garoto. -disse a mesma senhora da noite anterior, tomando novamente a frente do povo.—você também perdeu sua casa meu jovem. Devemos seguir como o combinado. -ela diz pegando da mão do soldado a flamejante tocha que ardia com fogo nortenho. —vale a pena. -então desceu a tocha até um cocho com um líquido negro e viscoso que incendiou com o contato com o fogo, era fogo grego novamente. O fogo seguiu em linha reta sobre o líquido negro contra a neve branca até a vila e suas casas incendiando tudo.

Algumas pessoas choraram, outras apenas viraram o rosto quando as chamas alcançaram suas casas, logo não haveria mais nada lá.

A velha senhora andou calmamente de volta parando ao lado de Shikamaru. —Perdemos nossa moradia garoto, mas nossa casa está a salvo, o norte continua de pé.


Notas Finais


Bom depois desse atraso finalmente eu trago um capítulo de Love, Love, Love 🎶 até parece que aqui só tem sofrencia 😅
Primeiramente a morte do Minato nos mostrando o outro lado da história, mas o Narutinho não está muito afim de considerar isso, ele tá puto com o pai.
Naruhina lindo do meu coração ❤️ #cadeosdonosdacabana
e Sasusaku finalmente encontrando o caminho do volta para o seu amor 😍😍
Gaara amor da minha vida, fazendo o que ele faz de melhor : ser um ser humano maravilhoso e doce! Ino pelo amor de Deus cai na real! Percebe esse príncipe encantado só esperando por você!
A Temari deu um perdido no boy, coitado do menino Shikamaru, não entendeu nada kkk
O Norte resiste meus amores, ele se mantém de pé!

Estou de férias e terei mais tempo para estar escrevendo, contudo estou tendo um puta bloqueio criativo então... Porém eu pretendo estar voltando antes do Natal, vamo que vamos!
Obrigada se leu até aqui, nós vemos logo, logo 😘


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