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História The Empire Of War - Grite!


Escrita por: Kallberg

Notas do Autor


Aproveitem o capitulo. 😘

Hinata maravilhosa na capa.

Revisado 17/11/2018

Capítulo 7 - Grite!


Fanfic / Fanfiction The Empire Of War - Grite!

—E então? -Fugaku questionou pela segunda vez as ladys que não se mexeram um milímetro desde a chegada do lorde. —Alguém pode me explicar o que damas de tão alta estirpe fazem caídas no meio da rua? Podem haver rebeldes por aqui!

—Oh, Então foi isso! Há rebeldes nessa área. -Mei exclamou com falso alivio, atraindo para si todos os olhares curiosos. —Não imagina o susto que passamos lorde Uchiha! Um rebelde tentou nos atacar agora a pouco.

—Um rebelde? -Fugaku indagou descendo rapidamente de seu garanhão negro.

—Sim, eu a princesa Temari estamos numa viagem pelo reino para seu trabalho de conclusão de castely rose, nossa carruagem quebrou e Temari estava ansiosa demais para aguardar o conserto. Então, essa tolinha pegou o primeiro cavalo que conseguiu e saiu na minha frente, ela não sabia dos perigos dessa estrada por isso viemos parar aqui. -A arquimeistre contava a falsa história com tanta certeza que as outras mulheres quase acreditavam mesmo que soubessem a verdade. Era de se esperar que alguém que guarda os segredos mais obscuros de castely rose soubesse contornar uma situação como aquela. —Quando cavalgávamos um rebelde apareceu na frente tentando nos roubar o que assustou o cavalo que saiu em disparada, nossa má sorte só piorava sem ter quase nenhum controle do cavalo, quase passou por cima da senhorita Sakura que estava no caminho de volta para o castelo Uchiha. Por isso a coitadinha se machucou.  -Ela apontou para Sakura que estava ao lado da tia encarando o lorde das terras Uchihas, Sakura sabia que não fora morta durante a sua estadia nos Uchihas pela proteção de sua tia, por isso não desgrudava dela. —Mas felizmente estamos todas bem, na medida do possível.

Fugaku olhava para as mulheres com um sobrancelha arqueada sem parecer acreditar nem por um segundo em toda aquela história. Haviam muitos furos, e bem.... Um mentiroso reconhece outro mentiroso, não é o que dizem? Entretanto, antes que dissesse qualquer palavra um trotar de cavalos vindos da fortaleza negra se fez presente fazendo todos se voltarem para a estradinha de terra de onde o próprio havia vindo anteriormente.
 
A carruagem negra com o brasão Uchiha virou a esquina com velocidade e parou a alguns passos do estranho grupo, por fim o cocheiro desceu para ajudar a senhoria a descer.

—graças ao deuses que Fugaku encontrou vocês! Ficamos tão preocupados quando não as encontramos no palácio. -Mikoto desceu exasperada. —Hoje era um péssimo dia para uma de suas caminhadas minha querida Sakura. -Lamentou se aproximando de sua protegida, e se espantando ao perceber alguns machucados em seu rosto. —oh! Esta ferida! Você foi atacada? Deixe-me cuidar disso...

—Eu estou bem, foi apenas um acidente. - Sakura falou um pouco nervosa, fechando melhor sua capa em volta do corpo, pelo menos haviam encontrado aquilo, odiaria aparecer na frente de seu ex sogro totalmente exposta. 

—Certo, mas o que você está fazendo aqui Mikoto? -O Uchiha interrompeu a conversação preocupado, sua esposa e seu filho mais velho eram provavelmente as únicas pessoas no mundo que ele demonstrava algum amor e preocupação. —É perigoso, pensei ter deixado isso claro!

—Eu já ia me esquecendo meu querido, chegou uma carta com o selo dos Hatake vinda do acampamento de guerra, está escrito por fora que era de extrema urgência. -A morena se explicou ignorando a represália do marido e tirando de sua pequena bolsinha a carta em perfeito estado.

O homem rompeu o selo com o brasão Hatake sem cerimônia lendo seu conteúdo rapidamente e em seguida a amaçando com brutalidade. Fugaku bufou demonstrando irritação e voltou para seu cavalo.

—O que aconteceu, meu querido? -Mikoto perguntou preocupada segurando o homem antes que ele subisse no animal. —O que tinha na carta?

—Tenho que ir para o cerco agora, e você também deve ir Tsunade, sua presença foi requisitada pelos seus conhecimentos médicos. -Ele falou para Tsunade que apenas assentiu e ele se virou novamente para a esposa. —Aqui não diz muito, apenas que é de extrema urgência minha presença na nossa divisa com norte.

—No norte? -Temari indaga apressada, tinha certeza que o homem possuía os melhores garanhões e que elas teriam permissão para adentrar pelo menos alguns quilômetros a mais se estivessem com ele. —Engraçado, estávamos indo para lá.

    ♚  

Naruto andava em círculos pelo amplo escritório do lorde das torres que estava sentado confortavelmente em sua grande poltrona postada atrás de sua mesa abarrotada de papeis os qua não ousara tocar, estavam todos nos mesmos lugares desde de que partira com seu pai para a primeira reunião de guerra em tempestade vermelha.

—Esse cara, Sai, pode ter desaparecido do mapa mas não tem como sabermos se ele fugiu ou foi morto. -O rei do Norte divagou se virando para o moreno que cada vez mais escorregava na cadeira ficando quase deitado, já estavam ali a mais de uma hora vendo e revendo pontos da problemática. —Você mandou homens atrás dele?

—Sim, eu o fiz. Mesmo que eu realmente acredite que Sai esteja morto, provavelmente no fundo das águas de jade. -O moreno respondeu bocejando em seguida, aquele jeito do Nara o irritava.

—Droga! Não dá para vencer uma guerra dessas se tem alguém te sabotando por dentro! -Naruto exclamou socando a parede com brutalidade, fazendo Shikamaru revirar os olhos com a explosão. —Temos que encontrar um jeito de pegar o traidor.

—Acalme-se, já estamos trabalhando nisso. -o Nara respondeu se levantando e andando até a pequena mesinha ao lado de Naruto onde havia uma bela jarra de vinho servindo duas taças cheias.

—Estamos...? -O Uzumaki indagou pegando a taça oferecida pelo companheiro. —Inoichi estaria incluído? Vocês entraram juntos na reunião e ele foi direto falar com Hiashi assim como você fez comigo.

Shikamaru ergue uma sobrancelha com surpresa, talvez o rei do Norte seja mais perceptivo do que imaginava, mas ainda assim era uma afirmativa errada.

—Não. Inochi estava fazendo outra coisa. Ele não sabe nada sobre a traição, os únicos que tem conhecimento da situação são Chouji, eu e você. -Shikamaru tomou um longo gole de vinho. —Por mais que eu conheça Inoichi a minha vida toda nesse momento não podemos confiar em ninguém, pode ser qualquer um.

Naruto assentiu sorvendo o líquido de sua taça. Eles realmente não podiam confiar em nenhum daqueles homens lá fora, não podiam confiar nos seus malditos aliados! Nem sabia se podia confiar no próprio homem a sua frente.

—Então o que ele fazia? -o Uzumaki questionou encarando o moreno, que o devolvia o olhar por cima da taça. Shikamaru estava sempre fazendo tudo sem avisa-lo, como poderia confiar nele?

Batidas rápidas na porta foram ouvidas fazendo os lordes desviarem seus olhares para a mesma.

—Entre. -Shikamaru falou deixando a taça vazia junto a jarra.

A porta se abriu lentamente revelando a imagem de Hyuuga Hiashi vestindo sua clássica armadura ostentando o brasão Hyuuga.

—Senhores. -o Hyuuga saudou os outros ocupantes do escritório que lhe responderam igualmente.

—A que devo a honra meu lorde? -o moreno indagou voltando a poltrona que ocupara anteriormente, e indicando aos dois outros homens para que se acomodassem também, sendo o convite recusado pelos dois lados.

—Irei direto ao ponto. -Hiashi anunciou sério fazendo Shikamaru olha-lo com curiosidade. —Meu sobrinho Neji me mandou uma carta avisando que chegara em poucas horas. É melhor nos prepararmos logo.

O Nara levantou uma sobrancelha como se questionasse ao lorde de que ele falava, enquanto Naruto ostentava um sorriso pretencioso de lado, pela primeira vez ele surpreendera o gênio.

                               ♚

Chegaram ao acampamento ainda naquele dia juntamente com a noite, o vento batia forte contra eles e o céu escurecia cada vez mais, tanto pela noite quanto pela tempestade que se aproximava. Mal desceram de seus cavalos e Fugaku já arrastava Tsunade e Sakura consigo, mas antes de ir mandou alguem levar Temari e Mei a alguma tenda disponível.

—Venham comigo senhoras. -Kankuro falou com a face dura, passando direto por elas sem espera-las. Ele estranhara a presença delas ali, mas não perguntaria nada.

—Kankuro! -Temari gritou correndo para se colocar ao seu lado com Mei em seu encalço. —Onde você está indo? Não vai dar um abraço na sua irmã? -Ela disse com um pequeno sorriso indo envolver o irmão mais novo em seus braços.

Mas não aconteceu, Kankuro foi mais rápido se esquivando com destreza, fazendo a menina o olhar intrigada.

—Mantenha distância. -disse rude.

—Kankuro! Que diabos está acontecendo com você? Sou eu, temari, sua irmã.

—eu não me importo. Não me importo com o que você está fazendo aqui, ou por que diabos você acha que tem o direito de me abraçar. -O guarda real falou duro, parando em frente a uma pequena cabana, que diferentes das outras era de madeira, possivelmente a que fugaku usaria, vantagens de ser mulher e uma princesa. —Estou apenas seguindo ordens. Então aproveite a estadia.

Ele saiu antes que a chocada Temari pudesse dizer algo. Quando ela finalmente recobrou a consciência se viu sozinha do lado de fora da barraca.

—Que porra você estava pensando quando encheu o saco de Fugaku para virmos juntos para cá? -Mei indagou de dentro da pequena barraca, e a garota bufou em resposta ainda do lado de fora. Parecia até que ela não queria ir para o norte, isso deixou Temari intrigada, a fazendo esquecer um pouco a forma com que kankuro a recebeu. —Eu já tinha arrumado tudo para que ele não desconfiasse de nada, para que pudéssemos seguir para longe dele e você me vem com isso!

—Sim. Foi uma bela mentira aquela. Obrigado por nos salvar. -Temari respondeu entrando na cabana, a ironia com que falara era quase palpável o que fez Mei revirar os olhos sem paciência. A loira respirou fundo se acalmando afinal o que Mei falara naquela manhã era verdade, ela precisava da arquimeistre. —Vir com ele era forma mais rápida e fácil de chegarmos aqui, e provavelmente de achar uma brecha para entrar no Norte, uma vez que a ponte se encontra levantada. –a garota respondeu jogando a pequena bolsa com tudo o que lhe era indispensável numa pequena mesa. —Afinal é para lá que estamos indo, não é mesmo? -Certo, ela não conseguia se segurar, ironia era quase seu nome do meio.

—É claro que sim. -Mei falou se sentando na cama improvisada e desconfortável. —Mas ficar aqui é perigoso de várias formas. Primeiro se Fugaku nos descobrir ele nos mata sem nem pensar duas vezes, acredite em mim, você acha que o conhece pela sua fama, a verdade é muito pior. Aquele homem é um monstro.

—Eu não me importo. Não vim por ele. Fugaku é apenas um caminho chegar aqui. -ela se espreguiçou estralando diversas articulações, fora uma viagem longa e cansativa mas ela não estava com tempo para descanso. —Que se dane. Vou dar uma volta por aí e ver se eu consigo descobrir uma forma de entrarmos no norte.

—Não. Você não pode ir. -A meiste falou rapidamente.

Temari levantou uma sobrancelha intrigada e questionou.

—Por que não?

—Esqueceu da parte "estar aqui é perigoso"? -Mei disse como se aquilo fosse óbvio. —Chega de arriscar a sua vida por hoje, não é mesmo?! Vamos apenas nos deitar e dormir.

—Em nome de Gor, não seja ridícula. -A loira agarrou sua espada e se preparando para sair.

—Temari não. -A arquimeistre se levantou séria.

—Por que você se importa tanto que eu saia ou não. -A garota se pronunciou com estranhamento.

—É perigoso. Já disse. -Ela se colocou em frente a porta.

—Mei saia da frente. -Temari avisou com pouca paciência dedilhando por sobre o cabo de sua espada.

—Eu sempre estou tentando manter você viva. Por que não me ajuda um pouco?

—Sou uma pessoa livre para escolher onde eu vou. -Temari falou tentando manter a pouca paciência que possuía. —Saia. Da. Frente.

—Por que você sempre me obriga as piores táticas? -a mulher lamentou antes de sair da cabana fechando a porta atrás de si com rapidez e a fincando sua própria espada entre os dois troncos travando a porta.

Segundos depois ouviu o corpo de temari bater contra a madeira.

—mei o que você está fazendo? -Temari gritou com sua voz sendo abafada pelas paredes de madeira da cabana.

—Protegendo você. -Ela respondeu. —como eu já faço a um longo tempo.

A arquimeistre se afastou devagar da pequena cabana, enquanto a garota gritava amaldiçoando toda sua família, bom... Se ela não ia praticamente atentar contra própria vida agora Mei não via problemas que ela ficasse brava.

A mulher quase sorriu de alivio, mas parou assim que escutou a gritaria que se iniciou, estava acontecendo o que ela tanto temia. Mais do que nunca, não sentia nenhum remorso de prender a menina.

                               ♚

Sasuke andava pelo salão abarrotado de nobres, parando apenas para cumprimentar um ou outro que lhe felicitava pelo noivado, logo ele respondia com um aperto de mão e um sorriso radiante, o que chegava a assustar alguns, os Uchihas não eram exatamente conhecidos por sorrisos. Mas ele estava estupidamente feliz, não conseguia e nem queria se controlar, ele finalmente ia se casar com a mulher que amava, e ainda descobria que ia ser pai! Mesmo que ninguém ainda pudesse saber desse pequeno e maravilhoso detalhe, até que ele e Sakura estivessem oficialmente casados. Droga, ele estava quase explodindo de felicidade!

Aquilo era tão estranho...

—Sasuke! O que você está fazendo seu idiota? -Naruto chamou o amigo lhe dando um rápido e discreto cascudo para que os outros convidados não percebessem a incomum situação. —É o ultimo dia das festividades do seu noivado! Você não pode deixar a noiva sozinha no terceiro dia, dá azar.

—Meu pai mandou me chamar lá fora. -o moreno se justificou ainda com seu enorme sorriso fazendo Naruto imita-lo. — Vou ver o que ele deseja e prometo que volto num minuto.

—Fala isso pra Sakura que está aturando as suas primas sozinha. -O Uzumaki brincou apontando para a rosada que sorria forçadamente para 4 garotas Uchihas que a interceptaram quando buscava pelo noivo. A garota ao perceber os dois homens a encarando lhes manda um pedido de socorro com o olhar.

—Ajude a Sakura por favor. Eu já volto. -O Uchiha fala se retirando rapidamente, não dando chance para que o loiro o questionasse.

Naruto foi ao socorro da amiga, era o padrinho afinal.

Sasuke atravessou os corredores luxuosos da vinula da lua até chegar ao imenso jardim onde mais tarde naquele mesmo dia ele se casaria. Já estava escurecendo, chegava a hora.

—pai! -Sasuke chamou em voz alta, fazendo a figura de Fugaku Uchiha sair por detrás de alguns arbustos com sua habitual carranca.

—Fale baixo garoto. Não precisamos atrair bisbilhoteiros. -Fugaku falou acenando para que o mais novo fosse com ele para uma parte mais afastada do ambiente. O Uchiha mais velho olha ao redor com cautela antes de entregar rapidamente um objeto embrulhado em uma pequena seda. —Pegue isso.

O mais novo observa com curiosidade o pacote, ele sabia o que tinha ali sem precisar desembrulha-lo era demasiado familiarizado com a arma para reconhecer uma adaga. Mas a pergunta era: para que ele iria querer aquilo ali e agora, e de onde seu pai a tirara, uma vez que armas eram proibidas nas vinulas.

—Onde diabos o senhor arrumou isso? -Sasuke questiona com os olhos fixos no pacote em suas mãos. —Ninguém entra nesse lugar sagrado com armas. Há precauções para evitar isso. Como...?

—oh sim, eu me lembro das "precauções" -Fugaku respondeu ironicamente. —Como aquela humilhação que tivemos que passar, sendo todos revistados na ponte antes de passarmos. Esses malditos esquecem que nós também somos parte desse lugar.

—Era necessário, a tensão entre nossas casas ainda é muito grande, mas com o tempo vamos vencer essas diferenças e nos unir novamente. -O moreno argumenta nervosamente, ele acreditava naquilo, ele realmente via o fim da história com paz. —Eu e Sakura vamos nos casar nas vinulas como todos os lordes antigos do reino de Konoha pelo convite do próprio rei Minato. Isso já é um grande avanço.

—Não. É uma esmola. -O lorde ratificou. —Mas vamos usar essa esmola. Quando Minato lhe chamar para a benção do rei você vai pegar isso. -Ele agarrou as mãos de Sasuke envolvendo as entorno da adaga. —E vai mata-lo.

—Não vou fazer isso. Minato é como um pai para mim...

—Não, ele não é. -Fugaku ralhou irritado. —Se você tiver um pingo do espírito Uchiha vai fazer o que estou mandando! Esse grande homem que você admira nos deixou na sarjeta por décadas! Décadas de vergonha perante os outros lordes. Décadas passando fome! -Ele exclamou, encarando com intensidade o mais novo. —Você diz amar aquela criatura rosa, não é mesmo?

Sasuke se prepara para corrigir o pai pela maneira com que se referia a sua noiva, mas o homem é mais rápido e continua.

—Bem, eu amo a sua mãe também. Eu tive que vê-la passar necessidade, fome e frio por que os Uzumaki acabaram com tudo o que tínhamos! Você quer ver a mulher que você ama passar por isso? Quer ver seus filhos passarem por isso? - Fugaku questiona Sasuke que lhe olha assustado. Ele nunca deixaria Sakura ou seu filho, que ainda nem nascera, passarem por aquilo, mas ele... —pois é isso que vai acontecer. Pense moleque. Guardas armados até os dentes estão quase com o mesmo número de convidados, embaixo da casaca de cada lorde nortenho há uma arma, seja uma adaga, espada ou o que for, está lá. Pode investigar se quiser, eles estão preparando uma emboscada. Essa noite não termina sem sangue garoto. Você vai decidir se é o deles ou o da sua família e da sua querida noiva.

Sasuke desembrulha o pacote agarrando a pequena adaga, seu cabo era cravejado com brilhantes onix e sua lamina brilhante de aço Uchiha , era realmente uma bela arma. Ele podia fazer isso. Não poderia deixar Sakura passar por aquilo. Seu filho não passaria por aquilo. Tinha que proteger sua família, mas... Naruto também era sua família. Não. O loiro também tinha uma adaga guardada, ele havia visto mais cedo. 

—Entendeu? - O lorde questionou. —É pelo bem das pessoas que você ama. Vai fazer isso?

  —Eu vou. -Sasuke respondeu guardando em sua casaca a pequena adaga. Uma pontada dolorosa atingiu seu corpo. —Sim. Eu vou protege-los.

—Agora volte para o baile ainda falta uma hora para o momento certo. -Fugaku sorri empurrando o garoto em direção a entrada da vinula da lua, onde ocorria o baile oferecido pela família da noiva.

Sasuke estava enjoado, ele fora treinado para matar toda e qualquer ameaça a sua família, mas isso ficava extremamente difícil quando pessoas que ele considerava também sua família eram a ameaça.  Sentiu uma longa pontada em seu peito. Mas ele tinha que fazer isso. Pelos deuses era um Uchiha! Esbarrou num guarda nortenho que fazia a guarda daquela entrada do salão, estava armado com uma enorme espada embainhada.

—eu sinto muito senhor. -o soldado se desculpou com frieza, Sasuke apenas lhe mandou um aceno rápido como resposta da mesma maneira.

Agarrou a primeira taça de vinho que um criado trazia a tomando num gole, enquanto observava sua noiva vir em sua direção com uma cara nada boa.

—Sasuke onde você estava? Sei que é o baile da minha família, mas preciso de você do meu lado hoje. -Sakura falou segurando o braço do noivo que já buscava outra taça, o olhando curiosa. —O que está acontecendo? Você está bem?

—Sim. -O moreno retirou as mãos finas de Sakura de si, parando outro criado e bebendo outra taça cheia. —Vai ficar de qualquer forma.

Ele anuncia saindo em seguida pelo emaranhado de lordes deixando Sakura para trás sozinha e confusa.

—Me desculpe Sakura. -O moreno suspirou.

Outra vez sentiu uma longa pontada. Droga ele reconhecia aquilo.

—Não. -Uma voz respondeu. Era a voz de Sakura, ele tinha certeza.

—Isso é um avanço. -Sasuke anunciou gemendo pela pontada se sentira em seguida. —Você nunca havia se quer respondido.

—Erro meu. A partir de agora apenas o mais completo silêncio.

—Não, por favor. -Sasuke suplicou. -Eu amo sua voz. Mesmo que só a escute em sonhos.

—Sonhos? -a rosada repetiu incrédula mas com um sorriso cruel crescendo em seu lábios. —oh, pelos deuses Uchiha! Se você está falando, também está sentindo a dor das agulhadas, por que eu não lhe dei nada para aliviar a dor.

A garota deu outro ponto com certa brutalidade fazendo Sasuke abrir os olhos esbugalhados.

—Porra Sakura! -Sasuke quase gritou, segurando a mão de Sakura que segurava a agulha. Já era a segunda vez que acordava com aquela maldita coisa o perfurando. —Que diabos você está fazendo aqui?

—Te costurando. Já que você fez o favor de estourar os pontos agindo igual a um idiota, não que você já não seja há um tempo. -A rosada puxou sua mão de volta com força trazendo junto a agulha e a linha, fazendo Sasuke gemer mais alto de dor e ela o olhar assustada.

—Eu estou falando sério. - o moreno falou com a face dura, ele fazia bastante isso mas Sakura aprendera com o tempo a não ligar e seguir em frente. —O que diabos você está fazendo num acampamento de guerra?

—Vim com a minha tia. Fugaku intimou ela a vir para a guerra pelos Senju e eu me ofereci como ajudante. -a garota se ajeita ao lado do Uchiha para voltar ao trabalho. —Então ela tem tido bastante trabalho e como o outro médico está com medo de vir cuidar de você, seu pai me mandou ser útil e dar um jeito em você. -Sakura falou com ironia, dando uma pausa para fazer alguns pontos, mas retomando em seguida. —O velho curandeiro disse que você tentou bater nele e em todos aqui e que só parou quando Lorde Hatake lhe acertou na cabeça. Talvez o grande lorde Uchiha espere que você me ataque também.

—Eu nunca atacaria você. -Sasuke falou sério. A única coisa que ele queria na vida era mantê-la segura. A pequena garota sempre estaria sobre sua proteção. —Espera. Você não é medica.

—Estou em treinamento. -a rosada falou com sua voz soando ofendida. —Eu sou boa nisso. -Ela falou dando o último ponto necessário, foi o seu recorde de tempo. Sasuke a olhava com uma mescla de dúvida e admiração no olhar. Sakura via apenas a dúvida. —Você e seu maravilhoso pai podem duvidar, eu vou provar do que sou capaz.

O Uchiha tentou explanar seus outros pensamentos, fazia um bom tempo que não conseguia mais do que duas frases de Sakura, era estranho pensar na frágil garota como uma medica, mas se ela queria brincar assim... Porém, antes que o fizesse gritos foram ouvidos do lado de fora da tenda.

—O que está acontecendo? -a garota se levantou num supetão e seguindo em direção a saída da tenda, Sasuke tentou se levantar para acompanhá-la, mas Sakura o mandou um olhar o fez parar. —Não ouse levantar dessa cama Uchiha. Eu acabei de terminar esses pontos, se você os estourar eu estouro a sua cara. -Ela anunciou com a expressão assassina. Ela havia mudado muito em poucos meses, mas era de se esperar de alguém que passou pelo que ela havia passado. —EU vou ver o que está acontecendo, e você vai ficar aqui.

E assim ela saiu sem voltar a olhar para trás, deixando ele dessa vez sozinho e confuso. 

Deu pouco mais de cinco passos antes de trombar com uma multidão de soldados gritando e assoviando animados, estavam todos portados em semi-circulo como uma plateia energética que gritava insandesida. Sakura ficou nas ponta dos pés para poder ver o que diabos estava acontecendo.

Antes ela não tivesse visto aquilo.

Fugaku Uchiha arrastava Hinata pelos cabelos por todo o corredor de barracas parando em frente a um grosso tronco e a empurrando com brutalidade contra ele.

A rosada se posicionou para correr e ajudar a menina, mas foi parada por pelas mãos calejadas de Mei.

—Você não pode ajuda-la. -a arquimeistre sussurou para a garota. —Você é uma garota. Eles têm um exército. Fora que Fugaku não precisa de muito para mandar matá-la também.

Sakura retesou com o comentário sabia disso, mas...

—Onde está Temari? -Ela questionou como se tivesse uma grande ideia, pelo menos a loira lutava, não que ela imaginasse que a garota desse conta de um exercito, mas...

—Na cabana em segurança, para que não banque a heroína como você ia fazendo a pouco. -Mei respondeu a olhando com a face dura. —O que há com essa geração? São todos idiotas inconsequentes?

Sakura se manteve em silêncio, não tinha uma resposta para aquilo uma vez que ela realmente estava agindo assim.

—Vejam! -o lorde gritou agarrando novamente os longos cabelos negros da menina expondo seu rosto fino. —Essa é a filha de Hyuuga Hiashi, o lorde mais rico do Norte, um porco fudidamente poderoso! -Fugaku entregou a menina que se debatia loucamente para dois homens que a prenderam as correntes ao redor do tronco e rasgando as costas do vestido sujo que ela usava desde que fora capturada. —Nessa manhã os malditos nortenhos zombaram de nós e nos subestimaram, de novo. Eu estou cansado desses filhos da puta com complexo de Deus! -A multidão que só aumentava a cada segundo gritou em concordância. —Em sua carta eles dizem que mataram o meu filho e que a garota não lhes interessa. -sorri de maneira sádica. —Bom... Eu estava realmente me coçando para derramar sangue nortenho, então boa notícia para mim. -ele agarrou um longo chicote trazido por um soldado, Sakura arregalou os olhos assustada ao entender a merda que aconteceria. —Péssima para você menina. -sussura junto ao ouvido da morena.

Fugaku se afasta, ergue o chicote e o desce em seguida com força rasgando a carne exposta de Hinata que trinca os dentes pela dor, ela não gritaria, já aguentara tortura piores que aquilo. Sakura encarava tudo em choque, ela não acreditava que convivera com aquele homem, que dormira sobre o mesmo teto que ele.

Outra chicotada seguida de outra e outra, 4 ao todo, Hinata tinha aprendido a contar para prestar atenção em algo que não fosse a dor, durante as torturas em castely rose, mesmo que nem sempre funcionasse. Os soldados gritavam e assoviavam para ela, eles queriam vê-la gritar, chorar e implorar clemencia, enquanto tudo o que viam era a garota fechar os olhos com força. —Grite querida! Grite! Grite alto para que o seu maldito povo possa ouvi-la! -Fugaku exclamava enquanto chicoteava incansavelmente as costas nuas da menina que suspirava a cada investida que lhe rasgava sem piedade, mas mantinha-se em silencio o que irritava profundamente o lorde e os soldados. —GRITE!

Ele a chicoteou com ainda mais força mais uma vez fazendo ela soltar um fraco soluço dolorido. Aquilo doía como o inferno e ardia como se estivesse pegando fogo, podia sentir sua pele em carne viva, seu suor escorrendo pelo esforço que fazia para manter os gritos presos em sua garganta, ela nunca daria aquele gostinho ao Uchiha.

—o que diabos Fugaku está fazendo? -Kankuro questionou se postando ao lado de Sakura. —Ele está tentando estragar tudo?

Sakura estranhou o guarda real falando consigo, estando tão chocada demorou alguns segundos para processar a pergunta e pensar em responder, mas ficou agradecida por ter demorado pois segundos depois percebeu que não era direcionado a si.

—Ele ficou possesso quando leu a carta. Sabe como ele era com Itachi. -Kakashi respondeu do outro lado do guarda falando alto o suficiente para que o homem o escutasse por cima dos gritos de incentivo a cena barbara a frente. —Não há nada que possamos fazer agora. Já está feito.

A rosada ficou intrigada com a conversa dos homens e se aprumou para ouvir melhor mesmo com a gritaria, mas a voz de Fugaku se sobressaiu novamente.

—Você acha que eu sou um monstro? -O Uchiha gritou sua pergunta para sua vítima. —Afinal eu estou chicotando a pobre garota, mas olhe só: o seu povo afundou a minha cidade e matou o meu filho. Eu ainda estou em desvantagem aqui, então vamos dar um jeito nisso. Depois que eu terminar isso, vou deixar você aqui amarrada e cada soldado nesse lugar vai te fuder como égua -gritos ainda mais altos foram ouvidos pela excitação dos soldados com o anúncio. Fazendo Fugaku se aproximar do rosto de Hinata para encara-la. —E depois se ainda sobrar alguma coisa de você, vou tirar seus preciosos olhos Hyuuga e te enviar para o seu papaizinho, para ele nunca esquecer que não se deve zombar de um Uchiha. -Ele deu um sorriso macabro para a menina que o olhava com dificuldade. —O que você acha? Justo o bastante para você?

A Hyuuga deu um fraco sorriso e respondeu:

—A espada dourada do Norte vibra pelo seu sangue. -Hinata sussurrou.

Então o Uchiha também escuta o baixo barulho que vinha pelo Norte e era encoberto pela algazarra dos soldados.

—O que é isso? -Ele perguntou em um sussurro, mas sem esperar uma resposta da garota, gritou. —Calem a boca filhos de uma rameira! Silêncio!

Os soldados se calaram aos poucos confusos olhando ao redor na noite escura que caia, como se buscassem o motivo para aquilo, mas agora em meio ao silêncio perceberam o som que vinha do norte.

—O que foi isso? -Kankuro questionou ao escutar barulho longínquo de algo de arrastando, uma coisa ele tinha certeza, era grande.

Fugaku e o resto dos soldados agora silenciosos tentavam desvendar aquele som, mas foi Kakashi quem lhes deu a resposta.

—A ponte. -o Hatake gritou. —Estão descendo a ponte!


Notas Finais


a ponte abaixou, e ela traz uma treta macabra!
obrigado se chegou até aqui, e comentem o que acharam por favor.
bjs até a próxima :*


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