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História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 06. Asshole


Escrita por: mackenzie-

Capítulo 7 - 06. Asshole


[...]

Acordo de vagar, deixo com que o som dos pássaros invadisse meus ouvidos, e o cheiro reconhecível entrasse por minhas narinas. O peito de Carl me serviu como travesseiro esta noite. Ergo um pouco a cabeça para observa-lo: estava dormindo, com o braço enlaçado em torno de meu pescoço.

Corri o olhar pelo quarto, estava claro e o clima bem agradável. O lençol que nos cobrimos na noite anterior estava largado despojadamente no pé da cama; dormimos com o calor um do outro.

Os fleches da noite anterior passava rápido em minha mente: entramos no quarto exaustos após cumprimentar todos e voltar.

Flashback*

—O-o que está fazendo? —Meu tom vacilou, entreguei a vergonha de cara.

—Calma —Disse ele, rindo. Era a primeira vez que havia visto-o rindo. Carl tirou a parte de cima de seu smoking. Lembro-me que Maggie pegou esse quando viu naquela loja e o entregou. Eu sabia que ficaria lindo nele, e ficou.

Suas mãos tiram rapidamente a blusa branca, deixando a mostra seu peitoral alinhado, após tirar, Carl desembola a blusa em sua mão. Fico sem graça, sem nem ao menos saber para onde olhar. Resolvo tirar meu salto, e assim que faço isso, mecho em meus fios de cabelo.

Ele se aproximou, sabia que tinha se aproximado. Seus dedos vão para meu queixo, erguendo meu rosto. Olho-o sem graça. Ele riu, riu muito fofo por sinal.

—Está com vergonha —Afirmou. Acariciando minha maça do rosto —Está vermelha —Soltei uma risada amarela, sentindo minhas bochechas queimarem —Relaxa, vamos apenas dormir. Não farei nada que não queira. —Então, ele apaga as luzes, me guiando até sua cama.

—Eu não quero —Digo, baixinho, com vergonha. Ele assente.

Nos deitamos, me afago em seu peito, e ele me aninha. Assim, dormimos. Sem malicia, sem sexo, sem brigas.

Flashback off *

Me levanto cuidadosamente, indo até a porta. Antes de fecha-la encaro ele ali, dormindo profundamente. Sorrio fraco, tendo dentro de mim sensações incríveis.

Passo pelo corredor, indo até meu quarto. Lá, pego uma roupa, e minha nécessaire. Vou ao banheiro, tomando um banho rápido, e dentro do box faço minhas higienes. Saio rapidamente já trocada.

Deixo a toalha na escrivaninha do meu quarto, e quando saio, vejo a porta se fechar. Presumo que Carl havia entrado. Desço as escadas rapidamente sentindo o cheiro de panquecas de martilho, sorrio ao ver Maggie na cozinha.

—Bom dia —Digo, me sentando na mesa redonda, e juntando minhas mãos.

—Bom dia —Respondeu, trazendo para a mesa um prato com panquecas até o topo.

—Parecem deliciosas —Olho para aquilo pensando com que calda iria por cima.

—Pode comer —Se sentou em minha frente.

Comecei a me servir. Maggie parecia mais quieta que o normal; mesmo não a conhecendo perfeitamente, sei que não era seu forte ficar calada.

—O que houve? —Pergunto, fitando-a enquanto como minhas panquecas.

—Não estou me sentindo muito bem —Sorriu fraco, balançado a cabeça de um lado para o outro.

—Já falou com o Glenn? —Agora fico preocupada.

—Não se preocupe, Katherine... —Ela dá uma pausa, e finalmente sorri ao dizer: —Você tem outro apelido? Katherine é muito grande, e todo mundo te chama de Kath...

—Sempre me chamaram de Kath —Desfoco o olhar para o fundo da cozinha, mas logo volto minha atenção a ela.

—KitKat —Riu, ao dizer feliz

—O doce? KitKat?

—Não. Seu apelido a partir de agora será KitKat —Sua risada era contagiante, me fazendo rir também.

—Bom dia —A voz rouca de recém- acordado de Carl soou atrás de mim, fazendo-me virar parcialmente para vê-lo.

—Bem... —Maggie se levanta em um solavanco— Trabalho feito: panquecas para a família de Rick, então, vou indo —Ela passa por mim, esfregando rapidamente meu ombro —Tchau, KitKat. Tchau, Carl.

Assim como ela, eu me levanto, deixando Carl sozinho na mesa.

—Aonde vai? —Indagou, se virando para me ver colocar o prato na pia.

—Na enfermaria, ver o Steve. Desde ontem quando deixei ele lá não fui vê-lo —Dou de ombros.

Carl fica calado, contudo não me sinto confortável em dar-lhe um beijo, então, subo as escadas indo até meu quarto. Lá, coloco um cropped preto que do lado é aberto, em seguida, uma jeans preta. Arrumo minha mochila com armas e facas para caso me chamem para algo.

Volto a descer, meio desengonçada por meu cadarço estava desamarrado. Assim que paro no pé da escada me agacho para amarra-lo. Coloco meu cabelo em um ombro só, abrindo a porta.

Assim que a luz do sol bate em meu rosto e o vento forte sacode meus cabelos, percebo que me sinto... vazia (?). Parecia que se eu o deixasse ali sozinho uma parte minha também ficaria.

Respiro fundo, fecho a porta, e ando em passos pequenos até a cozinha, onde Carl estava em silêncio, virado para um armário, procurando algo. Seus músculos se contraiam e descontraia; ele ainda estava com a jeans da noite anterior, sem blusa. Seus cabelos perfeitamente arrumados e a faixa branca passava pelo seu olho.

Me aproximo dele, abraçando involuntariamente sua cintura. Ele, por um momento não entendeu nada, mas logo se virou, me abraçando. Cafungo o seu cheiro, tentando capitar todo o seu perfume. Ele me afaga, parecia estar precisando daquele abraço, parecia que ele não abraçava uma pessoa há muito tempo...

Meu coração palpitava mais forte, parecia que iria pular do meu peito. Me encaixei em seu cheiro, ali me deixando inteira. Ele ergue meu rosto, segurando ambas partes de minha bochecha. Seu olhar parecia me perfurar por inteira, ele queria encontrar algo em mim, e eu, por coincidência, também queria. Parece uma guerra de território, que o vencedor pode se orgulhar; mas tem apenas um problema: nós dois somos ambiciosos.

 Até que aproximo meus lábios ao dele, e se apenas um abraço havia disparado meu coração, aquele beijo com toda certeza fez com que ele tropeçasse e quase parasse. Deixo minhas mãos pousadas em seu pescoço, e ele, me puxa para mais perto pela cintura.

Deixamos que explorássemos cada canto de nossas bocas, permitido mordidas nos lábios e mãos bobas.

—Não se machuque —Ele beija minha testa, quando finalmente paramos de se beijar —Depois eu vou ver ele, pedir desculpas quem sabe... —Carl andou até a mesa.

—Duvido muito —Ri, e Carl retribui a risada baixinho. Caminho até a porta novamente, e então, saio.

O sol estava bem fraco, e nuvens se formavam para chuva. Fui até a enfermaria, trombei com algumas pessoas que me cumprimentaram, contudo, não conhecia nenhuma de fato.

Afinal, cheguei em seu quarto, e lá estava Steve, sentado na cama prestes a sair. Creio que cheguei em uma boa hora.

O quarto era pequeno, com duas camas em seu centro e um criado mudo no meio das duas. Tinha diversos aparelhos e uma mesa na parede com remédios. Havia prateleiras, e armários. Parecia, de fato, um mini hospital. Tinha de analgésicos para seringas.

—E aí? —Disse, assim que me viu. Sentado na ponta da cama, seu olho estava inchado ainda, mas menos do que antes. Carl havia pegando-o de jeito.

—Você perdeu o Natal —Sorrio, me aproximando um pouco, rapidamente jogo meu cabelo para trás.

—Caramba, fiquei tanto tempo fora?! —Brincou, e eu ri fraco.

—Como está se sentindo? —Pergunto, mexendo nas pontas de minhas unhas sem nem ao menos olha-las.

—Bem —Deu de ombros, se levantando vindo até mim, ele coloca as mãos no bolso da jeans.

—O que a Denise disse? —Indaguei.

—Gelo, repouso, e sem brigas —Balançou a cabeça.

—Sem brigas —Reforcei as palavras dele, seriamente.

—Diga isso para Carl. Eu não ataquei ele! —Observava atentamente o que ele dizia.

—Até porque se atacasse iria morrer —A voz que eu conhecia a quilômetros soou atrás de mim.

Me viro, indignada. Ele havia me seguido este tempo todo?

—Olha quem veio defender a Katherine —Riu, Steve.

—Você está pedindo para apanhar de novo —O punho de Carl estava cerrado, e ele se aproximava com raiva.

—Bate em mim, porra —Steve estava irritado. Uma veia se saltava na lateral de seu rosto, e o olhar semicerrado era de dar medo.

—Parem com isso —Grito, tentando esconder o medo —Vocês não sabem ficar sem brigar não?

—Cala a boca, Katherine —Carl se virou rapidamente.

—Vai embora, Carl —Grito para ele, agora brava.

Carl não diz nada, apenas se vira, lança um olhar fulminante para Steve, e se vai.

—Olha... —Tento me explicar, porém Steve me corta.

—Eu conheço o Carl melhor do que você, Kath, não se preocupe —Sorriu. Como ele podia sorrir depois desse momento?

—Ás vezes ele age como um babaca — Reviro os olhos, me lembrando de todas as vezes que ele foi um idiota comigo.

—O Carl se tornou um babaca. Ele não era assim. —Steve voltou a se sentar na cama, e eu, ainda o escutando, fui até a cadeira mais próxima, pegando-a e colocando na frente ele.

—Como assim? —Sento-me na cadeira recém posta, ficando de pernas de índio.

—Vou resumir: Carl namorava com uma garota, fazia de tudo para ela. Mas, a garota tinha mania de grandeza, e foi para uma caçada, até hoje não voltou. Carl se tornou o maior babaca do mundo. Quando saia com o Rick pelos lugares, sempre que achava uma garota a salvava, era gentil, e então, fodia com ela —Ele dá uma pausa, suspirando —Todas as meninas de Alexandria já passaram com isso. De algum modo ele acha que, se ficar com as meninas daqui, vai esquecer da ex namorada morta, mas pelo contrário, só fez ele virar um idiota, grosso, e sempre de mau humor.

Fico parada, sem reação. Meus olhos não descolavam dos dele. Soltei um suspiro longo, pois percebi que segurava esse tempo todo.

—Não me diga que você... —Steve dá uma pausa, como se eu já soubesse a pergunta.

—Não. Eu não transei com o Carl. Ele tentou, mas o pai dele chegou bem na hora —Balbucio sem reação.

—Não cometa esse erro Katherine —Steve me alertou —O beijo pode ser um passaporte para o desastre. Estou falando para o seu bem.

Fico em silêncio, de cabeça baixa. Como ele pode ser tão baixo assim? Ficamos juntos por menos de dois dias e ele já tinha intenções perversas comigo? Deixei mais do que claro que não queria transar com ele, mas mesmo assim não vai desistir, e tentará me amolecer até conseguir.  

Mesmos sendo apenas um beijo, me senti usada. Por isso que Carl me trata bem e de repente, briga comigo sem motivos. Ele queria me usar para substituir a falta que a ex fazia para ele. E o pior: eu estava na casa dele, ele podia tentar ficar comigo quando quisesse, e no final, acharia alguma garota por esse mundo e foderia com ele, logo, me esquecendo.

Mordi os lábios inferiores, e não contive as lágrimas descendo.

—Katherine? —Steve me chamou —Kath —Ele se aproxima, me puxando pelas mãos me levantando. Seus braços me prendem, abraçando-me. Ele afaga minhas costas, e diz baixinho para eu não chorar.

Na real, não sei o motivo do choro. Entretanto, desejo com todas as minhas forças que essas lágrimas escorrendo não sejam porque senti, por algum momento, amor por Carl nesses beijos. 


Notas Finais


AAAAAAAA COMO EU AMO VOCÊS!! CADA COMENTÁRIO LINDO! Obrigado mesmo, meninas. Amo cada uma de vocês!
Roupa da Katherine: http://www.polyvore.com/katherine/set?id=210932636


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