História The fairy family - Reiji

Meus olhos estavam ardendo, forcei o mesmo a abrir tentando reconhecer onde eu estava. Sem sucesso, queria que tivesse sido apenas um pesadelo, mas não tudo era real. O meu corpo estava dolorido, pareciam ter drenado toda a minha força vital. Respirei fundo tentando manter a calma. Comecei a notar os detalhes do quarto, tudo era em tons escuros e avermelhado. Passei os olhos até parar em um canto específico, lá estava um deles. Olhando atentamente para cada movimento meu. 
- Seu nome.- É aquele mesmo garoto que me empurrou diversas vezes.
Ignorei ele, fechei os olhos respirando fundo novamente. Ativei meu anel para captar a energia da lua, sentia que aos poucos a vitalidade ia voltando ao meu corpo trazendo aquele costumeiro calor.
O ar faltou e nem tive tempo para assimilar o que estava acontecendo, aquele desgraçado subiu em um piscar de olhos com as mãos em meu pescoço. Não estava com força suficiente para lutar, usei o pouco ar que restava para dizer.
-Nã-o em-coste em mim- saiu como um sussurro, mas tenho toda certeza que entendeu.
-TSC... Garota tosca. – ele afundou seus dedos em meus cabelos e me puxou para perto do seu rosto- eu gosto quando lutam- roçava os lábios em minha bochecha enquanto pronunciava lentamente. Fechei os olhos tentando fugir daquela imagem demoníaca na minha frente.
Era isso o que ele era. Todos eles eram. 
-demônios. -disse fria abrindo os olhos e fitando diretamente os dele.
Senti uma pancada na cabeça forte antes de apagar completamente. 
~ Narrador ~ 
Após o ocorrido cada um foi para seus aposentos até a hora do jantar. Que por mais que o caos estivesse instalado Reiji permanecia com suas regras. O mesmo ficará dedilhando calmamente a mesa que estava em sua frente. Tentando com a sua maneira calculista, compreender o que havia ocorrido. 
Lembrou exatamente o aroma que a misteriosa garota exalava, aquilo estava consumindo lentamente a sua razão. Mas ele não era assim, e não deixaria se levar pela sensação. 
O tempo passou rápido, logo chegaria a hora do jantar.
Ao longo que conforme os minutos iam se aproximando das 23:00 todos estavam presentes sem nenhum atraso. Se entre olhando o silêncio reinou na mesa até Yui, timidamente se pronunciar.

-Estou feliz... -continuou incerta- que estejam bem. -abaixou a cabeça.
-A senhorita poderia dizer o que estava fazendo fora do quarto? – Reiji pronunciou palavra por palavra nitidamente forçando uma falsa calma.
A garota gelou, sua expressão deixava claro isso. Ela começou a tentar falar, mas era como se as palavras não quisessem sair.
- Diga. -Reiji transpassou sua raiva para o punho fechado que fez a mesa trepidar e a loira pular em um susto.
- E-eu achei que-e pudesse acabar com... – disse com sua voz transbordando insegurança – o sofrimento. 
-  seja direta. – ajeitou seus óculos como de costume deixando a pressão cair sobre a pobre garota.
- H-hai. – relutante ela disse – eu me joguei da janela. 
Todos na mesa se entreolharam novamente menos Shu e Subaru, que pareciam estar longe dali. 
O que? -Ayato olhou indignado para a loira em seu lado.
-g-gome- antes de terminar suas desculpas  foi interrompida por Reiji.
- Na minha sala 12:00. -todos já sabiam o que significava. 
- não precisa disso.- ayato disse sério.
-Yui, se você tivesse atingido o chão – kanato olhou sério para a garota – você se tornaria a noiva mais feia de minha coleção. 
- nhm ~ e cadê a nossa nova bitch-chan. -ele olhou para Reiji com o olhar interrogador. – ela já esta em seu quarto? – sorriu debochadamente.
Reiji olhou para Yuma com seu olhar repreendendo friamente.
A garota recobrava aos poucos seus sentidos, levantando da cama sentindo a cabeça doer. Quando tomou consciência do que havia acontecido, procurou marcas de dentes pelo seu corpo, mas não encontrou. Apenas uma vermelhidão no pescoço onde o idiota pouco tempo atrás havia feito pressão.
Andou sorrateiramente até a porta, percebendo que a mesma estava trancada. 
Povo ??? On
-hunf... Onde eu me meti. – rolei os olhos em reprovação. 
Olhei para a janela que parecia ser uma das únicas saídas. 
Abri a mesma, e vi que não tinha onde me apoiar seria uma queda direto as flores que estavam perfeitamente cultivadas.
-nem pense... –ouviu uma voz – não as estrague. 
Virei calmamente até dar de cara com o dono da voz, avistei um garoto com um semblante desleixado no rosto. A porta estava entreaberta era minha oportunidade.
Parece que o garoto percebeu meu interesse na porta, que tampouco novamente a minha visão com seus olhos interrogadores fitando-me bem de perto.
Antes que se aproximasse de mais fiz uma breve descarga energética paralisar momentaneamente o rapaz de cabelos claros. 
Era uma magia simples e de baixo custo energético quem me permitiu sair em passos largos, até o corredor.
- isso é enorme... -olhei perdida para o corredor que parecia não ter fim.
- nhm ~ eu tenho algo enorme para lhe mostrar tbm bitch-chan. – aquela voz de novo. 
Comecei a correr sentindo que era inútil, ali estava cheio daquelas aberrações. 
- Onde esta sua educação? – acabei trombando em algo no meio do caminho – senhorita?
Aquele cara me dava calafrios a maneira que ele se porta, e o jeito autoritário que as palavras são pronunciadas através de seus finos lábios. 
- me responda – ajeitou o óculos enquanto me encarava.
Contornei ele andando tentando ignora-lo assim como fiz com os outros. 
Sem mais palavras ele me segurou pelo braço e sem nenhum requinte me arrastou até parar em uma porta, apenas para abrir e me empurrar lá dentro entrando logo depois.
-Yui... – olhei incrédula para a menina desacordada e presa pelos pés com vários cortes espalhados pelo corpo.  
- monstro – quando ia me virar pra atingi-lo de alguma maneira. Minha boca foi tampada com algo que me fez ficar mole, não o suficiente para apagar. Eu enxergava um pouco escuro, enquanto sentia aquelas mãos grandes e geladas percorrerem pelos meus braços levantando e prendendo em alguma coisa.
Ahh..- soltei um gemido de dor abafado quando ele prendeu aquela porcaria no meu pulso.
Meu corpo foi prensado na parede, eu nunca tinha chego tão perto de um homem. Estava aflita e me sentindo suja.
Encostou sua boca em minha orelha – Shhh... – ele colocou o dedo indicador nos meus lábios- ainda não comecei com o seu castigo. - Afastou-se abruptamente. Meu corpo cedeu e meus pulsos voltaram a doer.
Eu tinha ideia do que estava por vir observando ele sumir e voltar com algo nada agradável em suas mãos.
- Prazer... – ele se aproximou brincando com aquele fino chicote em suas mãos – Meu nome é Reiji. -sorriu. Escutei o ar ser cortado e um ardor atingiu meu braço, logo um liquido quente escorreu na pequena fenda que ele havia feito.
Seu sorriso aumentou, olhando em meus olhos e depois para o corte. Meu coração estava acelerado e o ritmo ia aumentando enquanto ele se aproximava. Escutei novamente o ar cortado e não pude conter o grito. Mordi meus lábios enquanto tentava não emitir mais sons. Os meus olhos marejavam, entretanto procurava seguras as choro. Ele estava se divertindo com a minha dor.
- você vai dizer – ele segurou meu rosto forçando  eu olhar em seus olhos.
Ele não havia retirado seus óculos, a única coisa que veio em minha mente foi acerta-lo com a cabeça. Acredite, deu certo.
 Ele se afastou, arrumou os óculos em seu rosto. Mesmo estando quebrados, e ao perceber isso jogou o longe. E fixou seu olhar em mim transbordando ódio. Minhas pernas bambearam, vi Yui se mexer um pouco. Eu instantaneamente olhei aflita para ela, o tal Reiji acompanhou com os olhos.
Sorriu ironicamente e começou a se aproximar dela, até eu entender o que aquela mente sádica havia pensado.
- você... – ele esticou o braço dando a entender que iria bater nela novamente – vai me dizer senhorita?
Antes que eu pudesse responder ele a atingiu, virei o rosto enquanto escutei ela choramingar sem forças para emitir qualquer som.
Ele iria repetir o movimento até que...
-Niray. -sussurrei.